Sonic The Hedgehog: Outside N'Counter

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    12
    Capítulos:

    Capítulo 28

    Engrenagens Culposas - Parte Final: Paradise City

    Violência

    Olá a todos.

    Antes de mais nada, peço desculpas pela demora em postar capítulos. Nesse semestre tive muitos contratempos relacionados a trabalho e faculdade.

    Porém estou de volta a escrita e hoje trago a vocês o encerramento da saga Engrenagens Culposas. Escrevi com muito carinho e com a mesma qualidade que sempre almejo.

    Espero que gostem. O capítulo está recheado de cenas de impacto, ação e muita música.

    Agradeço a atenção e boa leitura.

    Hospital Memorial Tommy Tartaruga | Noite

    UTI do hospital

    Como vimos no último capítulo, Antoine D'Coolette, que estava em coma desde que foi atingido em cheio pela explosão de Metal Sonic durante a fuga de Elias e sua família, havia acordado. Numa luta entre a vida e a morte o coiote Lutador da Liberdade venceu a luta e acordou depois de tanto tempo. Sua esposa, Bunnie D'coolette, ficou ao seu lado até o momento que isso aconteceu durante de seus olhos encharcados de lágrimas. A alegria que ela teve ao ver seu amado marido acordar nunca será esquecido por toda a junta médica do hospital, principalmente por Dr Quack, médico chefe responsável por todo o tratamento até então.

    E situado em sua sala, ainda emocionado pelo o que aconteceu, lá estava ele. Olhando todos os exames e monitoramentos, era acompanhado por uma enfermeira, Maryl Pardal, que se preocupou com o doutor, dizendo:

    — Dr Quack... Acho melhor o senhor descansar um pouco.

    — Meryl, não há como descansar... Eu preciso descobrir o que houve aqui

    — Mas tudo se resolveu. Antoine está bem e...

    — É essa mina preocupação. Como é que alguém em coma profundo, com várias vulnerabilidades e limitações simplesmente desafia a lógica e teoria médica voltando do coma falando e reconhecendo a tudo e a todos?

    — Mas doutor, era pra isso que estávamos tratando o nosso paciente.

    — Em sei e estou muito feliz com isso... Mas eu não posso pensar em descansar até descobrir o que de fato aconteceu – Disse, voltando a ver todos os exames pela décima vez.

    — Eu ainda acho que seria melhor o senhor descansar. Com isso você poderia fazer melhor essa pesquisa...

    Embora sua curiosidade o dissesse do contrário, Dr Quack pensou bem com o que Maryl disse e, largando os papéis, diz:

    — Eh... Pensando bem, acho que você está certa.

    — Hm? – Se surpreendeu Maryl.

    — Eu preciso mesmo descansar... E além do mais, estamos em comemorações aqui no hospital pela volta de nosso ilustre paciente.

    — O senhor concorda comigo?!

    — Claro! Bem, irei ver Antoine novamente e depois irei descansar. Ufa... Essa foi uma noite e tanto... – Disse, saindo da sala em seguida.

    E caminhando pelo corredor da ala, mesmo com o intuito de descansar, o doutor se colocou em pensamentos:

    — *O que aconteceu aqui hoje foi algo que a medicina não explicaria... Eu sei exatamente a quem recorrer pista tentar andar a causa. Eu tenho uma equipe médica perfeita... e somos tão unidos que me receitam descanso ao saberem que estou no meu limite...*

    Logo ele seguiu até seu alojamento, se deitando em uma cama.

    Enquanto isso...

    Leito de recuperação do hospital

    Deitado em sua cama com Bunnie sentada a ela ao seu lado, Antoine, ainda com uma atadura cobrindo o lado esquerdo de seu rosto, esboçava um sorriso franco e satisfeito. Ademais, foram semanas lutando para enfim voltar. E ele, olhando pra Bunnie, diz:

    — Acho que o maior prêmio que eu recebi ao acordar foi poder te ver, ma Bunnie!

    — Ah docinho... Eu tamém tô muito feliz por podê ti vê dinovo assim forte! Tuane, eu tô feliz dimais! – Disse, o abraçando.

    — Onde estão todos? Eu pensei que... – Disse, recebendo um beijo de Bunnie.

    — Mô, fica frio. Os outros tão festejando! Nesse período que ocê ficou doente muitas coisa avontecero por aqui na cidade...

    — Agorra que você disse... – Disse, olhando para as partes biomicas de Bunnie.

    Recapitulando, Antoine se lembrou que Bunnie tinha sido recuperada por Naugus após o ataque de Eggman a Nova Mobotrópolis, a fazendo ser totalmente de carne e osso (o épico início da saga pré Reboot da Archie Comics Sonic HQ #231 e #232). E diante a coelha agora como seus implantes biônicos exatamente como antes, ele continuou a olhando por um bom tempo. E Bunnie, entendendo o que ele estava fazendo, tentou dizer:

    — Tuane, tô sabeno proque ocê tá me olhando assim... Escuta, é uma longa história e...

    — Quoi? Mon cher... Só estou olhando bem pra você porque está ainda mais linda que antes!

    — Hã? Ocê... Bem... Eu voltei a...

    Antoine então a puxou, abraçando-a em seguida, dizendo:

    — Bienvenue, ma Bunnie! Estou feliz por seu retorno a minha vida.

    E ali ficarem os dois, deitados e apaixonados um pelo outro. Dr Quack até os viu dessa forma, ferindo vários protocolos médicos, mas:

    — *Esses jovens... Sempre quebrando regras... Bem, eu não vi nada... E nem estou aqui... Hehe... Fiquem na paz, Bunnie e Antoine...*

    O casal finalmente estava reunião outra vez, felizes e aliviados depois de todo o estresse e lamentações do passado. Eggman tinha sido o responsável por isso, não somente Naugus.

    Mas mesmo diante do momento de felicidade e da algazarra do Coliseu de Nova Mobotrópolis, os acontecimentos simultâneos em Mobius continuavam intensos.

    Vamos a eles.

    Continente de Soumerca

    Base 2 das Forças de Eggman | Crise na selva

    Após terem lutado contra uma horda de badniks controlados pelo clã Nocturnes, até então exilados pelo povo equidna a milhares de anos, Shadow e Lien-Da caminhavam pelo escuro da floresta densa no continente verde de Mobius. Com cuidado os dois chegaram até a uma das bases de Eggman e que abrigavam as suas forças de ataque da região. E era justamente nessa instalação onde Drago adentrou com Knuckles em seu ombro.

    Olhando para o forte aparato de badniks, Shadow diz:

    — Um novo combate é inevitável. Lien-Da, você conhece essa base... Há uma outra entrada?

    — Não. Drago é um idiota, mas suas derrotas contra os Felidae e a Matilha dos Lobos lhe ensinaram a não ter pontos cegos.

    — Hm... Então ele não é tão idiota assim.

    — Se os Nocturnes estão controlando tudo aqui, então sabem que estamos vindo para cá, já que nos atacaram em Rusty Ruins...

    — Ou não. Aquilo não foi um ataque coordenado. Mais parecia uma armadilha ou sistema automático de segurança... *E o pior: a movimentação deles... Parecia com o de Omega...*

    — É verdade... Isso mesmo! Drago deve ter um dispositivo que o permite ser aproximar sem ativar...

    — Nesse caso, só há uma coisa a fazer... – Disse, caminhando em direção a base.

    — Hã? O que vai fazer?! – Disse, surpresa.

    — Atacar e invadir esse lugar repulsivo... agora!

    Nocturnes Basement 2 – Ato 2: 

    The base entrance

    Music: “Just Do It” by Guilty Gear Xrd

    Usando de sua velocidade, Shadow seguiu em frente, direcionando seus ataques poderosos contra os badniks controlados. Em uma sequência supersônica de horning atacks, ele destruiu sete um atrás do outro, para surpresa de Lien-Da, que diz:

    — Você não gosta de sutileza!

    — Só para os que não merecem... se me entende.

    — Isso não é algo ruim...

    E a grã mestra da Legião Sombria também mostrou a que veio, emanando seus poderes elétricos de suas mãos, que tocaram o chão. Com isso vários raios seguiram até robôs próximos, os paralisando. Com isso ela teve tempo de destruir os robôs usando seu chicole eletrizado, eliminando ameaças tanto quanto Shadow, que diz:

    — Vejo que tem seus truques, madame.

    — Sempre tive... não se esqueça.

    — Hm... Melhor haverem mais. Não será fácil pra você me acompanhar.

    Ela, ao ouvir isso, usou novamente de seus poderes e, com um forte golpe, eliminou três badniks, dizendo:

    — O mesmo digo eu.

    E vários outros badniks apareceram, aterrissando a frente dos dois. Porém assim que iriam começar uma saraivada de tiros que fatalmente terminaria com o embate, Shadow e Lien-Da, quase como uma resposta coordenada, atingiram a todos juntos e, após atingirem aos robôs e saltarem seguida, caem de pé ao chão, com várias explosões ocorrendo no exato instante do sucesso do ataque.

    Mas não era tempo para pararem: a fortaleza era mesmo bem protegida. Vendo que a frente haveriam mais robôs impiedosos e torretas mortais, Shadow diz:

    — Hm... Isso não é bom...

    — Tem uma ideia, ouriço?

    — Sim... E isso irá ferir seu orgulho com certeza.

    — Se está pensando em me puxar ou me segurar feita uma boneca pode esquecer! Eu estou aqui para lutar e não ser a donzela em perigo, ouriço! – Disse a equidna, apontando o dedo para Shadow.

    — E se eu a jogá-la contra todos? Esse seria meu plano b...

    — Estamos falando a mesma língua agora. Eu faço parte da ação, tomo as rédeas da situação e resolvo tudo sem retaliação. Com rima e tudo.

    — Trato feito.

    Como tratado entre os dois, Shadow coloca em ação seu plano, arremessando Lien-Da contra os badniks raivosos. A grã mestra da Legião Sombria, durante seu vôo temporário, começa então a energizar sei corpo uma uma soma fora do comum de eletricidade e, já no meio do grupo de oito robôs, diz:

    — HORA DE FRITAREM, LATAS VELHAS! – Disse, levantando seu dorso.

    Como esperado, Lien-Da liberou todo seu poder ao aplicar uma manobra arrojada ao ar, destruindo os badniks com sua onda de eletricidade. Igualmente, seus raios ocasionaram mal funcionamento de todas as torretas próximas, fazendo o trabalho de Shadow ficar bem mais fácil: o ouriço rapidamente, usando de seu horning atack, golpeou cada uma delas sem problemas e numa velocidade incrível. Sendo assim, a área estava limpa e, se recuperando da queda após a explosão elétrica, Lien-Da diz:

    — Seu plano funcionou, Shadow.

    — Como esperado. Porém ainda temos muito a fazer...

    Entrar na fortaleza foi difícil, mas conseguiram neutralizar a resistência da base. Mas o que encontrarão? E, como já percebemos, porque Shadow está atrás de Omega? Eles então partiram em direção ao interior do lugar, sem perder tempo e sequer mostrarem arrependimento.

    E os pensamentos do ouriço só faziam a invasão ficar ainda mais temerosa:

    “A movimentação deles... Parecia com o de Omega...”

    Enquanto isso...

    Rusty Ruins | Vila abandonada

    — CHAOTIX, MANTENHAM-SE FIRMES! – Gritou Espio, arremessando várias kunais explosivas. 

    E não era para menos: todos os membros do grupo estavam lutando contra os robôs inesperados. E o momento mais inoportuno possível, já que nossos heróis estavam machucados depois da derrota para Shadow. Vector era o que estava mais fraco, tendo em vista que precisou resistir aos golpes mais duros do ouriço. Mas mesmo assim era possível vê-lo lutando com o que restava de sua força, usando suas presas para arrancar os braços dos robôs que tentavam o atingir.

    Ao seu lado e visivelmente cansaso, Might mostrava fúria em seus socos potentes, que jogaram para longe boa parte dos robos. Ajudando a Vector a destruir seus agressores, o tatu diz:

    — Vector, cara... Você está muito mal...

    — Tô de boa, bro. E tu, tá mó bagaço. Tenta esconder não... – Disse, jogando dois robôs para longe.

    — Você também não me engana. Temos que fazer algo a respeito. Já estou no meu limite – Disse, socando um robô.

    — Mermão, esses metálicos aí tão mesmo querendo nosso couro...

    — Temos que usar o anel warp o mais depressa possível!

    — Tem como não, Might! Temos que dá um tempo pra essa coisa voltar a ter energia... Não dá pra ficar usando uma atrás da outra...

    E se juntando aos dois depois de destruir outros quatro robôs, Espio diz:

    — Esses robôs estão saindo do anel warp.

    — COMO É?! – Se surpreendeu Vector.

    — Eu fui até a fonte dos problemas. Temos que desativar o anel warp, senão não iremos ficar livres desses robôs!

    — Ah tá de saca, né? Pomba, mas como é que esses moleques foram justamente abrir o anel warp numa base do Eggman?

    E esse comentário de Vector nós leva até Charmy e Ray, que tentavam se esquivar dos robôs que os perseguiam. E o zangão não perdeu tempo em dizer:

    — RAY, O QUE VOCÊ PENSOU NA HORA DE USAR O ANEL!? Era pra gente ir pra Nova Mobotrópolis! – Disse, desviando de um tiro laser.

    — Eu... Ah... Eu pe-pensei na ci-cidade, mas... – Tentou concluir, evitando de ser alvejado.

    — Mas o que?

    — Eu pe-pensei na cidade... No passado.

    — O QUE?! MAS PORQUE?!

    — Eu não sei! EU NÃO SEI!

    E vendo o nervosismo de seu amigo alado, Vector logo diz:

    — Aí, carinha... Fica focado, tá ligado? Esses latões aí não tão pra brincadeira, Charmy!

    — Ray, fique longe do raio de ação deles! – Disse Might, socando um robô.

    Dominando os telhados deteriorados dos casebres abandonados do vilarejo, Espio prestava suporte eliminando alguns robôs com suas kunais explosivas. Mas o camaleão ninja do clã Shinobi sabia que não poderiam aguentar por muito tempo.

    — *Hm... Ray e Charmy estão se saindo bem, apesar dos pesares. Eu estou bem, com fôlego pra suportar... Mas Vector e Might... Eles estão muito fracos. Pensam que podem esconder isso de mim, querem mostrar que são durões como sempre... Essa situação do está piorando o estado deles e eu preciso fazer alguma coisa!*

    Ele então subiu até o ponto mais alto do lugar, passando a observar tudo, buscando um entendimento e bolar uma estratégia de trazer um fio de esperança de ajudar a todos. Analisando bem o campo como só ele sabia fazer dentro dos Chaotix, não demorou muito para ter uma ideia. Sendo assim, ele voltou para próximo de Vector e Might, dizendo:

    — Só há uma coisa a fazer.

    — Hã? Espio, você bolou um plano? – Perguntou Might, bastante cansado.

    — Sim... e vou precisar da cooperação de todos vocês.

    — Tá beleza, mano das sombras. Desembucha o lero todo! – Disse o clocodilo, jogando para longe dois robôs.

    Se colocando a frente do trio, o camaleão não demorou a dizer:

    — Vector, só você sabe usar o anel warp como o Knuckles. Então descanse.

    — Hm?! Tá ficando grogue, meu chapa? Os metálicos aí vão fazer a gente virar farinha num pulo se eu parar de lutar!

    — Não é isso! Might, você consegue dar conta de todos que nos atacar?

    — Como é?! Espio, isso aí que você disse... Você está mesmo falando sério? – Exclamou o tatu, golpeando um robô em seguida.

    — Você consegue ou não?

    — Se eu disser que consigo você vai acreditar?

    — Sempre. Eu acredito em tudo que você diz... porque sei do que é capaz!

    — Wow... Isso foi algo bem motivador. Tá, eu consigo!

    — Muito bem! Vector, me siga!

    — Tá de brinca, né? Vamo deixar o Might se escafeder aqui, bro?

    — Só me siga... e eu direi o plano! Não podemos perder tempo!

    De fato, Espio tinha mesmo um plano e, como ele mesmo disse, durante sua corrida, ele contou:

    “Might, por ter sua força monstruosa, pode aguentar por mais tempo a lidar com os badniks...”

    Espio liderava o trio, seguindo com o que havia idealizado. Ele ia a gente, limpando o caminho com suas kunais explosivas, com Vector se esforçando para não se distanciar do ninja. E, logo atrás, estava Might, onde Espio continuou:

    “Com Might cuidando da retaguarda, podemos seguir em frente sem nos preocuparmos em ataques surpresas...”

    Cortando as vielas estreitas do vilarejo abandonado, iam em direção até onde o anel warp estava ativado, com robôs brotando sem parar, como se fosse uma fonte inesgotável de badniks. E, já próximos ao lugar, Espio continuava seu plano:

    “Minhas kunais explosivas irão nos dar uma vantagem de campo, pois poderemos atacar de longe sem perdermos velocidade. Só temos uma chance porque são muitos...”

    Charmy e Ray, voando e planando para fugirem dos robôs, logo avistaram seus amigos correndo a toda velocidade, com o esquilo voador dizendo:

    — Ueh... O que eles es-estão pensando em fa-fazer?!

    — Eu não sei, mas a gente tem que ajudar!

    — Charmy... Melhor na-não!

    — Mas eles estão fracos!

    — Eu sei, mas... Vo-você está vendo o que eu es-estou? O Espio es-está liderando!

    — Nossa... É verdade! E quando eles estão nessa formação, é porque...

    — Isso me-mesmo! Eles te-tem um plano infa-falível! A ge-gente vai atra-atrapalhar!

    — Sim! Vamos ficar de longe e esperar... Eu sei que o Espio pensou em tudo!

    E concluindo com o plano, Espio explicou pela última vez o que tinha pensado enquanto Vector pulou contra o anel warp em sua lateral:

    “O plano é: parar o anel warp. Desativado, não haverá mais robôs e, com isso, menos um problema... Não é a solução, mas um avanço a nossa situação!”

    O crocodilo conseguiu neutralizar o anel warp como Espio disse, porém Vector imediatamente após a anulação do anel, diz:

    — Mano, tô ligado nas suas ideia, but...

    — Eu sei. O anel...

    — Exactly! Precisaremos esperar um tempo pra essa coisa voltar a ficar energizada!

    — E de quanto tempo precisamos?

    A voz de Espio estava mais grave, mostrando temeridade. O porquê disso era que eles estavam cercados. Todas as vielas e até mesmo os telhados estavam infestados de badniks armados até os dentes. E, respondendo a pergunta do camaleão, Vector diz:

    — Tipo, manja daqueles macarrões instantâneos que tu ama fazer? Dá pra fazer uns dez com o tempo que precisamos!

    — Hm... Eu não esperava por isso. Mas vamos ter que usar esse anel assim que ele estiver pronto pra ser usado novamente...

    — Não é hora de lamentar! Se chegamos até aqui, então vamos conseguir! – Disse Might, serrando os punhos.

    — Hehe... Isso sim é ser durão, bro! Falou e disse. Espio, tu manja nesses paranauês de luta estratégica... Então tamo na vantagem! LET’S GO!

    — Essa confiança de vocês... Mesmo exaustos ainda conseguem lutar? – Disse Espio, pegando seus últimos jogos de kunais.

    — Hunf... Tu me conhece, ninja Shinobi: eu tenho 99 vidas!

    — Eu tenho o poder no nome, Espio! – Disse Might, fazendo analogia.

    — Muito bem... – Disse o camaleão, executando um salto – CHAOTIX, VAMOS COM TUDO!

    Um último esforço.

    Um plano quase suicida.

    Um futuro nefasto ou esperançoso?

    O último embate contra os badniks estava começando. Os Chaotix partiram com tudo... e com força iriam fazer com que o plano funcionasse.

    Enquanto isso...

    Base 2 | Interior da fortaleza

    Após a bem sucedida invasão da base, Shadow e Lien-Da seguiram a adentrar ao lugar. Diante de vários maquinários e monitores ao longo dos corredores tecnológicos e escuros do lugar, luzes estavam falhando, evidenciando um comportamento estranho. A equidna, estranhando isso, diz:

    — Devemos ter cuidado...

    — Hm? Porque está dizendo isso, madame?

    — Eu pressinto que não fomos os primeiros a invadir esse lugar e... O rastreador que coloquei em Drago está com o sinal fraco.

    — O que quer dizer com isso?

    — Eu acredito que nossa entrada foi facilitada.

    — Impossível. Haviam muitos robôs poderosos...

    — Que não foram capazes de nos parar.

    — Mesmo assim... Porque essa impressão?

    E ao continuarem a caminhar, após um longo período, eis que chegam até o núcleo da base. Estranhamente, não havia ninguém, o que logo chamou a atenção de Lien-Da.

    — Esse é o computadores central. É o responsável por todo o monitoramento do perimetro de Soumerca. Os nativos do reino da Matilha e os Felidae colocaram pontos cegos, mas mesmo assim o rastreamento é satisfatorio.

    — E porque está me dizendo isso?

    — Eu ajudei no projeto. Conheço muito bem esse continente.

    — Hm... Parabéns? Isso tudo é uma perda de tempo...

    —Maneire como fala comigo, ouriço. Dediquei muito do meu tempo nisso!

    — O que me importa é o quanto de informação conseguiremos retirar desse computador. Consegue ativá-lo?

    — Precisamente. Observe...

    Rapidamente a grã mestra da Legião Sombria foi até um dos computadores do lugar, acessando os arquivos que continham dados de leitura e monitoramento em todas as bases do império de Eggman. Tudo estava interligado, com várias informações sigilosas sendo passadas para trás a fim de que Shadow conseguisse o que queria além de Lien-Da. Ignorando todos aqueles dados que poderiam dar uma extrema vantagem a todos os Lutadores da Liberdade de Mobius, Lien-Da enfim encontrou o que queria:

    — Aqui! Eu achei.

    — Enfim o que procuramos.

    Logo um vídeo é reproduzido, mostrando um corredor escuro cheio de cúpulas e câmaras de robôs recém criados. Com uma imagem um pouco irregular e em preto e branco, ver o conteúdo do vídeo era dificultado por esse detalhe, mas mesmo assim os dois acompanhavam atentos ao que acontecia. Lien-Da, observando a cena, diz:

    — Esse lugar... Eu o conheço.

    — Qual seria, madame?

    — Hm... Ah sim! Uma base avançada em um dos desertos de Downunda. Subterrânea. Secreta. E especial.

    — Especial?

    — Eggman pode ser um lunático doentio e com ego inflado até às estrelas, mas o patife é inteligente. Ele criou essa base para criar protótipos avançados e...

    Mas antes que prosseguisse com o que dizia, Shadow arregalou seus olhos aí olhar para a venda a seguir, aproximando seu rosto do monitor. Tudo isso teve um motivo, que ele mesmo disse:

    — ÔMEGA!

    Era isso mesmo. Omega. O robô que um dia serviu a Eggman mas se negou a ferir mais mobiabos. Renegado, se juntou a GUN e, com isso, entrou para o Time Dark. Retornando a cena, ele estava sendo levado imobilizado para uma estufa por membros da Legião Sombria, para espanto de Lien-Da, que diz:

    — Mas o que significa isso?! Eles... Eles são meus soldados!

    — O que estão fazendo ali?

    Analisando os dados do vídeo, a equidna conseguiu verificar que:

    — ... esse vídeo foi feito hoje mais cedo!

    — O que?! Você está certa disso?

    — Por Aurora... Eu gostaria de estar errada! Meus soldados... Meu povo! Esses Nocturnes...

    — O que estão fazendo? E para onde estão levando Ômega?

    — Eu não sei... Possivelmente para a... – Disse Lien-Da, ficando muda em seguida.

    Ao interromper sua fala, a equidna deixou Shadow preocupado, principalmente depois de olhar seu rosto e perceber que algo verdadeiramente ruim havia acontecido. Logo ele diz:

    — Madame, o que houve?

    — Ômega... Ele... Não, eles não podem... Não se atreveriam... Nem Eggman faria isso...

    — O que? DIGA LOGO!

    E diante ao monitor que ainda mostrava as imagens, a conversa é interrompida. Logo a transmissão mudou, aparecendo instantaneamente a tela Shade, que diz:

    — Eu estou mesmo impressionada com o poder de cada um de vocês. Devo mesmo ter respeito por adversários tão valorosos e destemidos. Meus parabéns... – Disse, batendo palmas.

    Shadow, irritado, diz:

    — Grr... O que estão fazendo com Ômega?

    — Hum... Cara ex grã mestra, poderia ter a honra de dizer?

    E Lien-Da, ainda surpresa com o que constatou, diz:

    — Transmissão Aero Neuro Assimilado Termo Orgânico Simbiótico. T.A.N.A.T.O.S.

    — O que significa isso?!

    — Eggman construiu esse sistema a um tempo atrás, mas desistiu porque... Porque...

    — SERÁ QUE PODE PARAR DE FRAQUEJAR E IR DIRETO AOS FINALMENTE?

    — É A SOMA DE TODO TIPO DE TECNOLOGIA DE CONTROLE MENTAL! Eggman interrompeu esse projeto porque nem ele conseguiu medir as consequências de seus efeitos!

    — O que? E o que essa coisa faz?

    — Controle mental pleno. Seja orgânico ou inorgânico, consciente ou não... Todos podem ser escravizados em um piscar de olhos. Eggman não levou pra frente por achar “extremamente fora de controle”.

    — Como Eggman escondeu isso todo esse tempo?

    — Base secreta. Onde você não entendeu sobre ser secreto?

    — Grr... Miserável... Então é isso... Eles estão usando Ômega para...

    E Shade, mostrando contentamento em sua voz, diz:

    — Perfeito. É exatamente isso. É um projeto tão grandioso que eu mesma quero agradecer a ele pessoalmente... ou quase isso. E sim, estamos usando esse robô para expandirmos nossa palavra para todas as máquinas de Mobius!

    — Do que está falando?

    — Seu doutor... Esse tal Eggman. Ele não tinha a ambição que temos, que é trazer a paz. Lhe faltou vontade e, com o que temos agora, a peça principal que une o inorgânico com o orgânico: consciência. Livre arbítrio. E isso em uma máquina viva e pensante: Ômega.

    — Desgraçados... Vocês...

    — Ouriço, nós sabemos de toda sua história. Nós, ao contrário de muito de vocês, não discriminamos ninguém. Robianos (mobiabos transformados em robô por Eggman) são gente. Então a nossa palavra irá chegar até eles! Não vê como isso é estupendo? Ômega está nos proporcionando uma oportunidade única de unir a todos sem discriminar sua essência, sua raça! Sua tecnologia e sua posição diferenciada como robô autônomo em suas ações é uma chance de paz sem precedentes!

    E enfim os interesses dos Nocturnes aos poucos são descobertos. O clã equidna está usando Ômega como ponte para descriptografar os códigos binários de cada máquina, computador e robianos. Porém havia mais uma coisa: Lien-Da, nutrindo uma raiva nunca antes vista, diz:

    — Escute, sua falsária desgraçada: você não tem ideia do que... – Tentou dizer a grã mestra, sendo interrompida.

    — Tenho total ideia do que estamos fazendo, perdedora. Lhe dei uma chance de fazer parte de nosso império, porém você se negou... Nós, os Nocturnes, iremos fazer a paz merecida a todos de Mobius. Por muitos anos trilhamos nossos caminhos destinados a maior compreensão tecnológica que existe. Então, junto com nosso conhecimento e unindo a todos que aderem a nossa causa, iremos fazer um mundo sem guerras, livre de qualquer influência facínora e trazer a harmonia a essa dimensão que já foi chamado como lar por nós...

    Shadow, olhando para o monitor, demostrava inquietude e descrença diante as palavras de Shade. Ele, cansado de ficar só ouvindo, diz:

    — Uma utópica como você não tem ideia de nada.

    — Como disse?

    — Paz, guerra, bem, mal... Isso não passa de uma prerrogativa que tenta divagar sobre coisa alguma. Vocês Nocturnes se acham acima do bem e do mal e isso me irrita profundamente. Você não me engana, Shade. Já ouvi essa conversa muitas outras vezes... Não funciona assim.

    — Vejo que as novas gerações de Mobius guardaram uma surpresa. Você é um indivíduo sensato. Raciocina como um Nocturnes, sabia?

    — Não compartilho com seu ponto de vista e menos ainda com essa ideologia de sua seita.

    — Ouriço, você deveria se juntar a nós.

    — Grr... Lembra do que disse sobre paz? Pois bem, é um pensamento bom, porém...

    — Porém o que? Diga!

    — Não existe paz sem guerra. Paz é um efeito temporário que dura o tempo suficiente para que seitas como a sua apareçam e ameassem criar uma “nova paz”. Eu não estou interessado em ingressar em sua força e muito menos irei deixar que continuem com o que planejam. Vocês tem a oportunidade de parar com tudo que estão fazendo e voltarem para o buraco escuro e mordulento de onde vocês saíram e por lá ficarem pela eternidade. Essa é a minha oferta de “paz”. Aceite e permaneça viva e sã. Do contrário, prepare-se para a guerra.

    O teor das palavras de Shadow caíram como uma bomba nas costas de Shade que, incomodada com a provocação do ouriço, diz:

    — Guerra? Ouriço, não há guerra em um mundo onde todos concordam conosco.

    — Ainda que houvesse isso, eu sou a exceção que vai colocar todos no seus devidos lugares. Sou a forma de vida suprema. Eu nem irei pedir informações a você. Suma. Desapareça. E leve consigo essa arrogância podre.

    — Você vai se arrepender do que está dizendo.

    — Faço das suas palavras as minhas.

    Mas Lien-Da, chamando pra si a conversa, diz:

    — Porque Drago trouxe o guardião aqui?

    — Guardião? Hm... Então é isso.

    — Do que está falando?

    — Vi muitas lembranças dele e... Com o que você acaba de dizer, encaixamos nossa última peça nesse quebra cabeça.

    — Como é?

    — O povo equidna de sua dimensão... Nós estamos com todos eles. Inclusive com sua rainha, que foi muito prestativa e nos cedeu “gentilmente” quase todas as informações. Retornamos para Mobius e encontramos exatamente tudo aquilo que ela disse. E uma mulher honesta...

    — Lara-Li... – Disse, batendo seu punho ao teclado – ONDE ESTÁ O MEU POVO?

    — Seu povo? Hahaha... É uma mulher divertida, ex grã mestra.

    — ONDE ESTÁ MEU POVO? DIGA! — Disse, esmurrando o monitor.

    Por sorte, Shadow a impediu de quebrar o equipamento, com Shade continuando a dizer:

    — Estamos tentando extrair as informações de Knuckles, desde seu parentesco com Lara-Li. Agora que você disse que ele é o guardião, sabemos que ele de fato é quem guarda a esmeralda mestra. Muito obrigado, ex grã mestra!

    — Hm... Não gostei de ouvir isso... – Disse Shadow, soltando Lien-Da.

    — É questão de tempo até que encontremos o lugar onde ela está, para levarmos nossa palavra a toda Mobius e trazer definitivamente a paz que todos almejam a anos! Não conseguem enxergar? Estamos trazendo o fim a tristeza e sofrimento! Unam-se a nós e farão parte de um futuro glorioso a Mobius!

    — Como disse antes, é uma utopia. Isso nunca vai acontecer. Onde está Knuckles?

    — Hm... Pelo visto minhas tentativas de salvá-los foram em vão... Pois bem, o guardião é ainda mais útil após essa informação benevolente de você, ex grã mestra.

    — Hm... Irei dificultar as coisas pra vocês a partir de agora... – Disse Shadow, manifestando seus poderes.

    O ouriço, mostrando irritação em seu rosto, concentrou uma grande gama de energia nas mãos e diz:

    — FLECHAS DO CAOS!

    Várias flechas, que mais pareciam arpões, saem de sua mão, atingindo a todo o maquinário e computadores contidos no lugar, causando um blecaute imediato. Logo o monitor onde Shade fazia a transmissão se apaga, assim como todas as luzes do lugar. E para surpresa da dupla, um tremor começou a ser sentido. E não demorou parte que explosões ocorressem, com Shadow dizendo:

    — Pó ao pó... Tenho certeza que frustrei seus planos.

    — O QUE VOCÊ PENSA QUE ESTÁ FAZENDO?! – Gritou Lien-Da, desesperada.

    — A necessidade bateu a porta. Esse lugar é perigoso para toda a segurança de Mobius. Você a ouviu. Eles estão na vantagem. Então decidi intervir e pelo menos iremos atrasa-los.

    — Grr... IDIOTA! Ah... Temos que sair daqui! Sua atitude insana ativou a auto destruição da base!

    — Melhor ainda. Temos tempo para... – Tentou dizer Shadow, sendo interrompido por Lien-Da.

    —NÃO! Vamos sair daqui!

    E enquanto Lien-Da se virou para fugir do lugar, Shadow se bastante no mesmo lugar, dizendo:

    — Não.

    — O que?! Esse lugar vai explodir!

    — Madame, o guardião está em algum lugar. Temos que saber seu paradeiro e... Você me deve uma explicação.

    — Do que é que você está falando?! Esse lugar vai virar umas bola de fogo em alguns minutos e você quer colher informações agora?

    — Vamos até o interior dessa base agora. Só você conhece o lugar, então vamos prosseguir.

    — Será que você não tem juízo? Esse lugar...

    — Já chega! – Disse, emanando seus poderes do caos – Grã mestra, temos um acordo. Você me dará a informação que eu quero... e em troca lhe darei suporte. Eu não vou falhar com isso. Espero o mesmo empenho seu.

    Contrariada, Lien-Da ficou sem argumentos contra Shadow e, respirando fundo, abriu um sorriso sarcástico dizendo:

    — Hehehe... Shadow, o destemido. Não podia esperar por menos. Muito bem, ouriço... Vamos seguir em frente. Eu quase esqueci que tenho mais vantagens com você a meu lado do que ser sua inimiga no momento.

    — É um bom critério. Agora vamos! Knuckles é importante para todos nós no momento.

    Indo contra a lógica, os dois adentraram ainda mais a base, desta vez com o intuito de encontrar Knuckles... e Shadow quer mais informações.

    Enquanto isso...

    Rusty Ruins | Vilarejo abandonado

    O momento era desesperador. Era visível que a vila deteriorada havia se transtornado em uma praça de guerra e, o que trouxe mais urgência, os Chaotix estavam mesmo em uma enrascada.

    Espio já havia esgotado todas as suas kunais.

    Might, embora bem forte e já em seu modo berserk, já dava sinais de cansaço.

    Vector, durão como sempre foi, já estava quase sem forças.

    Charmy, assim como Ray, faziam o que podiam para se esquivarem dos ataques.

    Mas mesmo diante todas as adversidades e dificuldades, Espio se manteve focado. Cansado e vendo seus amigos se esgotarem aos poucos, se viu na obrigação de pensar em algo.

    — *Só tenho uma shuriken. Estou muito exausto para uma luta longa... E nossos inimigos são incansáveis e estão em maioria numérica. É uma batalha perdida... Só nos resta recuar, mas... Para onde? E o anel warp ainda não está pronto... Droga... Droga!*

    Percebendo que seu amigo estava pensativo, Vector, esmurrando um robô para longe, diz:

    — ESPIO, FAZ TEU MELHOR!

    — O que? Vector...

    — Ah... Eu sei que tu vai pensar em algo... VOCÊ É O CARA!

    — Vector...

    E Might, se unindo ao clocodilo, diz:

    — A gente sempre esteve junto... e assim iremos ficar. Até o fim... ATÉ O FIM!

    — Might...

    — O QUE VOCÊ DISSER PRA GENTE FAZER, NÓS IREMOS FAZER!

    Mesmo exaustos, quase esgotados e frente a uma derrota fatal, os Chaotix confiavam uns nos outros. E até mesmo Charmy e Ray, que não tinham muito o que fazer na luta, aterrissaram ao lado de Espio, dizendo:

    — Espio, a gente vai até o fim!

    — Charmy...

    — Va-vai! Diz o que a gen-gente tem que fazer! Seja o que for... DIZ!

    — Ray... Todos vocês... Estão confiando em meus instintos mais do que eu imaginava... Se eu errar, nós...

    E Vector, como o líder, gritou:

    — SOMOS CHAOTIX! TÁ TUDO FIRMEZA, BRO! – Disse, sinalizando positivamente.

    Pela primeira vez, o camaleão se viu responsável por todo seu time, mais do que antes inclusive. E já tendo uma estratégia, a qual guardou consigo por achar absurda demais, sem perder tempo Espio diz:

    — CHARMY E RAY, VOEM PARA O MAIS ALTO QUE PUDEREM!

    Sem hesitar, os dois voaram para longe, com o camaleão continuando:

    — Vector e Might... PULEM O MAIS ALTO QUE PUDEREM! PULEM COMO SE FOSSEM TENTAR ALCANÇAR CHARMY E RAY!

    Mostrando confiança plena em seu amigo, os dois executaram um salto com o pouco que sobrou de suas forças, com Espio os acompanhando. E durante a ascenção, ele diz:

    — CHARMY E RAY... NOS PEGUEM!

    Atendendo ao pedido de Espio, os menores seguraram aos três com o povo de força que tinham e foram ainda mais para o alto. Charmy, sorrindo, diz: 

    — Já entendi! Já entendi! A gente vai sair do raio de ação deles! Boa ideia, Espio!

    — NÃO, CHARMY! NÃO É ISSO!

    — O que foi?

    Não foi preciso explicações. O zangão esqueceu que os robôs também voavam, com todo pelotão metálico indo ao encalço dos Chaotix. Sob o olhar assustado de Charmy, Espio diz:

    — Prestem atenção! Só temos uma chance...

    — Tá, Espio. Qual o plano, bro? – Perguntou Vector.

    — Chaotix, vamos cair... CAIR COM TUDO! FORMAÇÃO FIVE SPIRAL FINISH!

    — O que?! Mas... A gente só fez isso em treinamento! – Disse Might, preocupado.

    — Eu sei... É insano. Mas só temos isso. Amigos... VAMOS NESSA!

    E parando de voarem, Charmy e Ray, segurando em Espio, que tinha Vector segurando em seus pés e, como esperado, o clocodilo segurança com uma das mãos Might em seu dorso, com o tatu estando de costas. Rapidamente o camaleão ninja diz:

    — Rotação C&R! AGORA!

    Segurado em suas mãos por Charmy e Ray, os dois começaram a girar Espio o mais depressa possível em espiral, quase criando um tipo de tornado. Os tiros lasers dos robos sequer conseguiram atravessar o forte turbilhão que formaram. Porém logo abaixo haviam badniks mais fortes, daqueles bem durões e que preferiam usar seus punhos. Mas Espio, ao criar esse golpe, pensou em tudo:

    — Might, é sua vez! Movimento V MAXIMUM OVERDRIVE ATTACK!

    Com o espiral ainda mais rápido e caindo a toda velocidade, a carapaça ultra resistente de Might foi usada, destroçando vários robôs ao irem em direção a eles. O ataque foi devastador, com o tatu usando de sua força para suportar a pressão do ataque. Passado pela linda de frente de badniks batedores, Might estava esgotado, sentindo dores, o que nos levou rapidamente para a última linha: vários badniks com lâminas afiadas, aguardando o choque. Espio, sabendo que era o momento, diz:

    — Vector, vai ser a hora do seu show! Eu vou te jogar contra eles e... Já sabe o que fazer!

    — Mano, tu é o cara! Pode deixar! Fechem os ouvidos!

    E o ninja arremessou Vector, que foi a encontro dos robôs. Mas antes que fosse atingido, ele retirou seus headphones, os colocando a frente do corpo, dizendo:

    — Hora de vocês ouvirem um pouco de boa música! ROCK’N ROLL, BABY! YEAH!

    Colocando seu tocafitas no volume máximo, um estrondo foi ouvido, gerando uma onda sonora, com uma música potente e melódica tocando (trecho da música “Team Chaotix” by Sonic Team do game Sonic Heroes):

    TIME CHAOTIX!

    Eles são os detetives que você quer ao seu lado!

    TIME CHAOTIX!

    São eles que mandam e irão rastrear seus crimes!

    Venha conosco nessa viagem

    A verdade pode correr, mas não se esconder

    Pois se não sabe jogar, então não desce pro play!

    Um a um os robôs sentiram no metal o sim pesado e envolvente dos headphones de Vector, limpando o caminho para os Chaotix, onde Espio mentalizou todo seu plano:

    “Desde o início eu sabia que não poderíamos vencer essa batalha. Eles são muitos e nos estamos muito fracos. Então porque não usar os céus para nivelar as coisas? Ao invés de nos defendermos, só mudamos de terreno para termos uma vantagem: o nosso trabalho em equipe! Juntos somos mais fortes que qualquer um. Cada um de nós é extremamente importante para que esse golpe funcione. Charmy, Ray, Vector, Might... Pessoal, nós somos imparáveis juntos! E com nosso ataque combinado, conseguiríamos tempo... PARA ATIVAR O ANEL WARP!”

    Você não está perto de nos vencer! - TIME CHAOTIX!

    Se você não pode vencer, mete o pé! - METE O PÉ!

    Porque eles vão chutar sua...

    TIME CHAOTIX!

    E o ninja do clã Shinobi logo gritou:

    — VECTOR, É A SUA DEIXA!

    — Falou e disse, Bro! CHAOTIX, PREPAREM-SE PARA PASSAR PELO ANEL! VAMO BATÊ LATA!

    E com o anel warp já energizado, o crocodilo jogou-o contra o solo, abrindo em seguida. Imediatamente todos os Chaotix atravessaram a passagem criada, sendo levados a algum lugar idealizado por Vector, um dos poucos que conseguiam usar o utensílio místico. No fim o pleno mirabolante de Espio deu certo, com a união de todos.

    Mas para onde foram?

    Enquanto isso...

    Nova Mobotrópolis | Noite.

    Coliseu da cidade

    Forget Me Knots in Concert estrelando Mina Mangusto e Orquestra de Nova Mobotrópolis

    Um arpejo que sintetizava uma longa melodia.

    O som da guitarra, um instrumento tão imponente no mundo da música que faz com que o coração pulse mais e mais, deixando arrepios em sua composição a quem ouvia.

    A bateria. Um instrumento de percussão que incorpora e dá ritmo a música. Um pouco mais, um pouco menos... sons baixos e altos... Que faz você pular ou bater o pé, acompanhando a música.

    O baixo. Seu som agudo agride aos ouvidos e bate no seu peito tanto quanto seu coração.

    O teclado. Porque não dizer “mais que um instrumento”? Você consegue notar cada tom, que entra pelos seus ouvidos e lhe agrada ao continuar da música.

    O coral, com suas vozes fenomenais.

    A orquestra. Completa. Tudo.

    Esse era o fim do show. O palco estava completamente aceso, com luzes que iluminavam a cada canto. Logo uma densa névoa de gelo seco colocava a plateia no clima. E sentados olhando a tudo aquilo, estavam os Lutadores da Liberdade, com Tails dizendo:

    — E agora? O que vem?

    — O Vicent disse que ia dar mais um presente pra gente. O que será? – Disse Rotor.

    — Tá, pessoal. Dá um crédito pro melhor segundo lugar. O cara cantou bem pacas. Deixa ele descansar – Disse Sonic, com um sorriso.

    — Essa última música dele... Eu tenho certeza que o Antoine ouviu – Disse Sally.

    — Ouviu sim! Eu sei que ele ouviu. E a Bunnie também! – Disse Nicole, sorrindo.

    E lembram do arpejo? Pois sim...

    Música: “Paradise City” by Guns N’ Roses

    Era Vicent. E junto a isso a bateria deu ritmo lento a música que começava, com o overlander cantando:

    — Leve-me para a Cidade Paraíso

    Onde a grama é verde e as garotas são lindas

    Sério que eu tenho que voltar para casa?

    Sonic ouviu o ritmo mais contigo no início e não deixou de comentar:

    — Ih... Tô vendo que o Vicent curte som de tiozin...

    — Sonic! – Disse Sally, chamando sua atenção.

    — Ah nem vem! Tipo, tá legal e a intenção dele é boa, mas está lento...

    — Você não aprende...

    — Só tô sendo sincero, Sal!

    E o overlander continuou:

    — Leve-me para a Cidade Paraíso

    Onde a grama é verde e as garotas são lindas

    Sério que eu tenho que voltar para casa?

    O som começou a ficar mais encorpado, com a orquestra começando a suspirar seus primeiros sons. E no meio Vicent soltou um solo singelo, que agiu como um relaxe entre as batidas pesadas da bateria Mach Coelho e os tons fechados do baixo de Sharps Galo. Porém alguém ainda estava incomodado com o ritmo lento:

    — Sally, o Vicent vai precisa fazer melhor que isso pra divertir essa gente – Desse Sonic, abraçando a princesa.

    — Para com isso, Sonic! Ele está cantando pra gente!

    — Tá, tá... Foi mal. Mas tá lento...

    — Sonic!

    Porém essa impressão mudou um pouco, já que só palco apareceu a pequena Beatrice coelho, com um apito em sua boca. E foi ao som do instrumento que o ritmo se tornou mais acelerado e mais encorpado, pois dessa vez todos os músicos estavam tocando, o que animou a todos. Logo Sally diz:

    — Minha nossa! Que som é esse?!

    — Essa música... É muita energia! – Disse Nicole, animada.

    — Aí sim! Agora tá na moral! Uhuu! Isso é rock, bebê! – Disse Sonic, levantando uma das mãos ao ritmo da música.

    E continuando a cantar, com Beatrice dançando, essa foi a deixa para o overlander cabeludo:

    —  Apenas um jovem vivendo nas ruas

    Eu sou um caso que é difícil de entender

    Eu sou um visitante então me compre algo para comer

    Eu te pago depois

    Vou fazer isso e ficar na linha!

    O jovem estava mostrando muita animação no palco, deixando sua presença bem caracterizada, trazendo algazarra a todos que assistiam a sua performance. E isso foi contagiante, com as palavras do Tails:

    — Cara, esse é o show mais maneiro que eu vi até hoje!

    — Pode crer, camarada! Tenho que parar de dar opinião cedo. Cara, o Vicent tá mandando ver nesse som! – Disse Sonic.

    E a música continuava, com Vicent cantando:

    —  Perrapado ou assim eles dizem

    Você tem que seguir focado para a fama e fortuna

    Você sabe que é tudo uma aposta quando é só um jogo

    Você trata como um crime capital

    Todo mundo está seguindo o seu ritmo!

    E aproveitando que todos estavam dançando e batendo palmas ao ritmo contagiante da música, o jovem overlander continuou:

    —  Leve-me para a Cidade Paraíso

    Onde a grama é verde e as garotas são lindas

    Sério que eu tenho que voltar para casa?

    YEAH! YEAH!

    Leve-me para a Cidade Paraíso

    Onde a grama é verde e as garotas são lindas

    Leve-me para casa!

    A voz alta e estridente de Vicent passava toda sua emoção e alegria de estar fazendo parte dessa festa tão merecida. Depois de muita luta, todos estavam se divertido. E sem perder fôlego, ele continuou, com o som pesado e bastante animado:

    — Preso na cadeia da câmara da cidade

    Por que eu estou aqui, eu não consigo me lembrar

    O médico geral diz que é perigoso para respirar

    Eu poderia perder o fôlego mas não dá pra parar

    Diga-me quem você vai acreditar!

    E enquanto a música era tocada, somos então levados até o Hospital Memorial Tommy Tartaruga, onde os corredores da ala de UTI estavam... Bem, como poderia dizer? Animadas? Animadas ao dobro? Cubo? Quadrado? Bem, não importa... Dr Quack estava dançando junto com as enfermeiras dizendo:

    — Eu sei que eu estou infligindo muitas regras, mas eu estou tão animado que não consigo parar de dançar! Hahahaha!

    E no quarto de Antoine, mesmo ainda fraco, pois estava se recuperando, a animação também passou por lá:

    — Essa música... De onde vem?

    — Deve cê do Coliseu. Tá tendo um show lá.

    — Eu gostei. É um pouco alta, mas satisfaz.

    E voltando ao Coliseu, que estava explodindo de energia, Vicent estava inspirado:

    —  Leve-me para a Cidade Paraíso

    Onde a grama é verde e as garotas são lindas

    Leve-me para casa!

    YEAH! YEAH!

    Leve-me para a Cidade Paraíso

    Onde a grama é verde e as garotas são lindas

    Sério que eu tenho que voltar PARA CASAAA?

    OH YEAH!

    Com o som mais pesado, Vicent investiu ainda mais em sua voz, cantando:

    —  Tão longe daqui... Tão longe daqui...

    Tão longe daqui... TÃO LONGE... DAQUI!

    O Capitão América está em pedaços

    Agora ele é um bobo da corte com o coração partido

    Ele disse: “me vire e me leve de volta ao começo” 

    Devo estar perdendo a cabeça, você está cego?

    Eu vi isso um milhão de vezes!

    Os Lutadores da Liberdade já estavam como o público: pulando e dançando ao ritmo da música, onde o contágio já era sentido por todos no Coliseu. No palco Beatrice não parava um segundo sequer, assim como os músicos da banda Forget Me Knots. Sally era de longe a mais animada:

    — O que está acontecendo com o Vicent?! Gente, eu estou boba com ele!

    — O cara parece um profissional! Está destruindo no som! – Disse Rotor, dançando.

    E de volta a música:

    —  Leve-me para a Cidade Paraíso

    Onde a grama é verde e as garotas são lindas

    Leve-me para casa!

    YEAH! YEAH!

    Leve-me para a Cidade Paraíso

    Onde a grama é verde e as garotas são lindas

    Sério que eu tenho que voltar PARA CASAAA?

    OH YEAH!

    Leve-me para a Cidade Paraíso

    Onde a grama é verde e as garotas são lindas

    Leve-me para casa!

    YEAH! YEAH!

    Leve-me para a Cidade Paraíso

    Onde a grama é verde e as garotas são lindas

    Sério que eu tenho que voltar PARA CASAAA?

    Soltando a voz ao máximo, mostrando que estava mesmo se entregando a música, Vicent então gritou:

    — VOU DEIXAR VOCÊS NO CHÃO AGORAAA!

    Ele saiu de perto do microfone, indo até a plateia. Logo viu um senhor canino que usava uma cartola e gentilmente a pediu emprestada. E de pé no meio da multidão, Vicent proporcionou um momento único, aumentando o ritmo da música, com um arpejo nervoso de sua guitarra, com o som ainda mais alto e absurdamente contagiante. Uma verdadeira explosão rítmica foi dada como presente pelo jovem. Todos, sem exceção, caíram da dança, sejam crianças, adultos ou idosos. O show atingia seu ápice, com Vicent gritando:

    — VAI MINA! FAZ SEU SHOW!

    E surpreendendo a todos, Mina Mangusto tomou o palco mais uma vez, cantando a alto e bom som e com muito entusiasmo. A multidão foi a loucura, com gritos sendo ouvidos.

    —  Ohhh... eu quero ir, quero saber

    Oh, você não vai me levar pra casa?

    Eu quero ver o quão bom ele pode ser

    Oh, você não vai me levar pra casa?

    Leve-me para a Cidade Paraíso

    Onde a grama é verde e as garotas são lindas

    Leve-me para casa!

    Leve-me para a Cidade Paraíso

    Onde a grama é verde e as garotas são lindas

    Oh, você não vai me levar pra casa?

    Era demais! Vicent mandando ver no solo da guitarra e Mina encantando a todos com sua voz! Não havia uma alma que não esse festejando no momento. A empolgação era mil, sem dúvidas.

    — Meu, eles vão colocar esse lugar abaixo! O que é esse show?! – Disse Nicole, pulando sem parar.

    — Eu não tô bem, Sonic! O que está acontecendo?! Essa energia... Essa música... É MUITO LEGAL! – Disse Sally, dançando.

    — ESSE É PURO ROCK’N ROLL! UHUU! TÁ MANEIRAÇO ISSO TUDO! YEAH! – Gritou Sonic, também pulando.

    Aniquilando o baixo astral totalmente, Vicent parecia possuído pois sua habilidade na guitarra chamava mesmo a atenção. E a música, num ritmo estupidamente frenético, continuava, com Mina arrepiando no vocal:

    —  Leve-me para Cidade Paraíso

    Oh, você não vai me levar pra casa?

    Eu quero ver o quão bom ele pode ser

    Oh, você não vai me levar pra casa?

    Eu quero ver o quão bom ele pode ser

    Oh, oh me leve pra casa!

    Leve-me para a Cidade Paraíso

    Onde a grama é verde e as garotas são lindas

    Oh, você não vai me levar pra casa?

    Eu quero ir, quero saber

    Oh, você não vai me levar pra CASAAA?

    YEAHHH!

    YEAH baby!

    Numa apresentação perfeita e apoteótica, Mina e Vicent fizeram um dueto fenomenal e espetacular, colocando o coliseu as alturas. Logo, ao palco, todos reverenciavam ao público, que deu um salve de palmas bastante pomposo. O brilho nos olhos de cada um presente no lugar era o atestado 

    O show foi estonteante e inesquecível.

    Uma noite para ser lembrada por gerações.

    Nova Mobotrópolis teve uma noite especial.

    Entretanto, era uma noite que não queria terminar.

    E em uma área remota de Mobius...

    — CONTROLE DO CAOS!

    Era ouvida a voz de Shadow, que ecoou pelo pela região inóspita.

    O lugar? Downunda, em um penhasco nas montanhas.

    Com o ouriço olhando para o horizonte, Lien-Da segurava Knuckles em seu ombro, com a grã mestra da Legião Sombria dizendo:

    — Eu posso morrer a qualquer momento...

    — Hm... Eggman, não?

    — Sim. Ele sabe onde estou... E vai tentar entrar em contato.

    — Diga-lhe toda a verdade. Se acreditar talvez até ajude.

    — Porém, se ele não acreditar, explodirá minha cabeça.

    — Isso não vai acontecer.

    — Hunf... Qual o plano, ouriço?

    — Encontrar Ômega.

    — Você sabe muito bem que ele está naquela base secreta...

    — Nós iremos invadi-la.

    — Você também sabe que os Nocturnes estarão lá, com toda a tecnologia de Eggman... E eles poderão usar o T.A.N.A.T.O.S. em todos nós...

    — Não terão essa oportunidade.

    — E como sabe?

    — Hm... Eu declarei guerra a Shade. Eu sei que esse povo vai querer me subjulgar.

    — E o que faremos?

    — Vencer... e salvar Mobius.

    O plano era deter o clã obscuro dos Nocturnes. Porém a ameaça é maior que imaginam. Como será o desenrolar dos eventos a partir de agora?

    Downunda. O destino de Mobius estará lá?

    Todavia, era uma noite longa e cheia de surpresas.

    Enquanto isso...

    Castelo Acorn | Madrugada

    Centro de inteligência

    Sentados a uma mesa em uma sala com iluminação baixa, Who Coruja e Geoffrey conversavam de forma secreta. Como sabemos, o jaratataca havia recebido uma punição por tudo que aconteceu durante o reinado de Naugus, sendo relegado a servir o centro de inteligência do Reino Acorn sob o aval de Who. E recebendo do coruja o documento com linguagem secreta que só Geoffrey conhecia, pois era um agente secreto, diz:

    — Então deixa eu entender bem: receberam essa mensagem do Dimitri? Cara, ele é uma cabeça sem corpo!

    — Esse não é o problema, St John. Somente traduza. Precisamos ajudá-lo.

    — Porque? O cabeça oca odeia ajuda externa, ainda mais vindo de mim...

    — Geoffrey, pare de enrolar! Estamos numa situação um pouco complicava. Todo o povo equidna sumiu de Mobius!

    — Como é?! Sumiu? Sem deixar rastros?

    — Exatamente. Só você tem conhecimento de ler o que está escrito. Nem Nicole tem esses dados.

    — Ok, ok... Vejamos...

    Geoffrey então começou a ler, recordando dos ensinamentos que teve para tentar traduzir o que a mensagem continha. Who somente aguardava ansiosamente pelo resultado da leitura. Porém, ao ler o final da mensagem, Geoffrey simplesmente começou a tremer, amassando a folha e, para estranheza de Who, o jaratataca trincou seus dentes. Mas antes que pudesse perguntar o que estava acontecendo, Geoffrey golpeou o coruja em seu rosto, fazendo com que fosse ao chão. Fraco por causa do soco, viu Geoffrey tentar sair pela porta e, apertando um botão, ativou o mecanismo que estava preso no tornozelo do jaratataca, o paralizando. Se levantando com dificuldades, Who viu Geoffrey começar a gemer de dor e gritar ensandecido como se visse um fantasma. Estranhando ainda mais o comportamento, ele diz:

    — O que... O QUE PENSA QUE ESTÁ FAZENDO, ST JOHN!?

    — Não... NÃO! NÃO! ME SOLTE! POR FAVOR! EU LHE SUPLIVO! DEIXA EU IR!

    — O que está acontecendo? Porque está assim? Diga!

    — Essa mensagem... ESSA MENSAGEM, WHO! ESSA MENSAGEM VEIO... ELA VEIO...

    — Diga logo!

    — DA HERSHEY! DA MINHA HERSHEY!

    Continua.


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