Journey to Unknown

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    Capítulo 15

    Neeko vs Killua - Um resultado inesperado!

    Álcool, Adultério, Bissexualidade, Drogas, Estupro, Heterossexualidade, Homossexualidade, Incesto, Linguagem Imprópria, Mutilação, Nudez, Spoiler, Suicídio, Violência

    - Hina... – Ele se levantou repentinamente, guardando a pasta na mochila – Vamos, Rei! Temos que ir pro Continente Sombrio!

    - Concordo! – Ela pegou o celular e começou a digitar, fazendo uma expressão de descontentamento – A próxima expedição pro Continente Sombrio sai em seis meses, e passagem mais barata custa 50 Bilhões de Jennys...

    - Isso é muito? – Perguntou o garoto, meio confuso –

    - Seria o preço que um Zoldyck cobra por um assassinato classe S... – Disse a garota, cerrando os punhos –

    - Podemos começar com a Torre Celestial, conseguir algum dinheiro lá e o resto a gente se vira!

             Lisandre tomou a frente. Ele retirou o celular e mostrou a foto de Enma.

    - Essa garota é sua amiga, certo?

    - Sim, ela e eu somos aprendizes da mesma pessoa, então sim, somos amigos. Por quê? – O olhar de Neeko esfriou a ponto de exalar um ar mortal e sua aura começou a agir novamente – Se estiver pensando em tocar nela, eu acabo com sua raça.

    - Não é isso, seu BOBINHO! – Ele começou a rir – É que pode conseguir ajuda com ela. Além disso, saiba que uma única foto de um Zoldyck pode chegar a valer mais de 1 Milhão de Jennys no Mercado Negro. – Ele guardou o celular e se abaixou na altura do garoto – Eu não sou uma pessoa sincera, e você sabe disso. Mas eu espero mesmo que você viva bastante. Se torne um bom Caçador e encontre sua mãe. E você, Rei... – Ele se levantou novamente e entregou um cartão para ela – Esse é meu número. Sei que não podem confiar totalmente em mim, e é o correto, mas ainda sou o Conselheiro dos Caçadores. Se precisar de ajuda, me liga.

    - Tudo bem, eu acho... – Eles se viraram e saíram sem se despedir. Na entrada do local, estava Naara esperando. Ela se aproximou carregando um pedaço de cano de ferro, estava praticamente novo e entregou pro garoto –

    - Você perdeu o seu, então toma, um novo. Não se esqueça das suas origens, Neeko. Nos vemos por ai.

    - O cano...? – Neeko arregalou os olhos e depois de alguns segundos os fechou com força, parecendo evitar um choro – Eu lembrei agora, foi você que me deu... Eu carreguei ele a vida toda. Mas por quê eu esqueci de algo tão importante...?

    - Por que eu queria que você esquecesse disso. – Disse a garota, suspirando – Eu não queria que você voltasse aqui, então usei meu “Nen” pra apagar esse pequeno pedaço da sua memória. Mas foi só o que eu apaguei, juro!

    - Eu não planejava voltar mesmo... – Ele se aproximou da garota e bagunçou seu cabelo – Te vejo depois.

             Rei e Neeko saíram andando pra fora da Cidade do Meteoro, em busca de novos desafios. Conversavam sobre tudo que haviam aprendido com a viagem e concluíram que valeu a pena.

    - Temos dois meses para treinar para a Torre Celestial. – Disse Rei – Não vou voltar a treinar com o Mestre Gon, por mais que ele seja um Zodíaco, tem uma pessoa que pode treinar a gente melhor que ele.

    - Quem? – Perguntou o garoto, enquanto tirava seus documentos da mochila – Agora eu tenho um sobrenome... Devia colocar ele aqui?

    - Neeko Hiruumo? É um nome um tanto peculiar... Eu gostei. Caçadores conseguem alterar seus documentos quantas vezes forem necessárias, as vezes eles podem até apagar seus rastros do mundo como...

    - ... Como meu pai fez? Será que ele era um Caçador?

    - Podemos pesquisar isso, mas antes precisamos achar um computador... Ei, que tal uma corrida até a cidade mais próxima?

    - Dessa vez não vou perder!

             Eles sorriram e se posicionaram, saindo correndo ao mesmo tempo em uma velocidade tão grande que facilmente ultrapassava os carros e as motos nas estradas. Seguiram até uma cidade pequena, onde pararam para comer. Estavam famintos com a corrida, então comeram o maior prato de macarronada que conseguiram achar. Após isso, saíram e foram para uma “lan-house”, os computadores eram bem antigos, mas deveriam servir.

    - Sabe usar o computador, Neeko?

    - Um pouco. – Disse ele ligando a maquina – Mas por quê não podemos fazer isso pelos celulares?

    - Poderiam nos rastrear. Muita gente fica atrás da Licença Hunter, tentariam nos matar e roubar as licenças.

    - Essas coisas são tão importantes assim? – Disse ele abrindo o navegador – Err... Qual site eu devo entrar mesmo?

    - Tente esse. – Disse um homem de uns 30 anos, de cabelos brancos e espetados e de olhos azul-elétrico. Ele se aproximou de ambos com um pedaço de papel. – Aliás, eu tinha que ver com meus próprios olhos. Você deve ser Neeko, certo? Minha irmãzinha falou muito de você.

             Rei girou a mão, preparando seu “Ki” para atacar, mas Neeko fez sinal para ela não atacar.

    - Você é irmão da Enma, não é? O cheiro de vocês é parecido.

    - Isso mesmo. Sou Killua Zoldyck, líder da família Zoldyck. Vim direto da Montanha Kukuru para ver o garoto de qual a minha irmãzinha tanto falava, mas parece que você é só mais uma Chimera...

             Neeko ouviu as palavras de Killua e em um movimento rápido o pegou pelo colarinho da camisa. Seus olhos eram puro ódio, ele podia sentir a corrente de Kurapika começar a apertar seu coração suavemente, avisando do pacto.

    - Você disse que é o líder, não é? Então foi você que matou a esposa do meu amigo Astolfo?! E foi por sua culpa que a Enma sofreu tanto com o treinamento dela, a ponto de ficar tão assustada que fugiu!? Eu sou a Chimera, mas você é o monstro daqui!

             O rapaz suspirou e pensou um pouco, como se escolhesse as palavras.

    - Gon me avisou que você seria assim. Astolfo Bjorn, marido de Erina Bjorn... É, eu me lembro quando nos pagaram para assassinar a mulher. Mas eu não era o líder dos Zoldyck ainda, eu assumi há apenas alguns dias, com a morte do meu pai. Quem executou ela foi meu avô, Zeno Zoldyck, ele considerou um trabalho difícil. – Ele se soltou com um movimento rápido – Minha família continua seguindo o ramo dos assassinatos, mas eu não sou o responsável por eles. Sinto muito pela esposa do seu amigo, e quanto à Enma... Eu fiz a mesma coisa quando tinha a idade dela. Fugi de casa e decidi viver por mim mesmo. Eu voltei a pouco tempo, então provavelmente foi nossa mãe que a treinou. É, aquela velha é um pouco impiedosa... Coisa complicada... – Ele coçou o cabelo –

    - Acha que eu vou acreditar nisso?!

    - Faça o que quiser. – Ele deu de ombros e tirou uma caixa de palitinhos de chocolate do bolso, começando a come-los – Aliás, quando ver a Enma, diga pra ela que ela é bem vinda em casa.

    - Rei. – Ele entregou o papel para a garota – Entre no site e busque as informações. Eu não vou ficar satisfeito até acertar um bom soco na cara desse desgraçado. – Ele saiu da “Lan House” e foi andando. –

    - Acho que não tem outro jeito. – Ele terminou de comer os palitinhos de chocolate e entregou um cartão para Rei – Meu número. – Saiu andando e seguindo Neeko.-

             Andaram por umas duas horas até achar um campo limpo e sem pessoas, onde podiam se soltar. O garoto se alongou e se colocou em quatro patas, ativando um forte Ren em volta de seu corpo, forte o bastante pra estremecer o local. Qual foi sua surpresa quando Killua ativou seu Hatsu e ficou com os cabelos mais eriçados, em forma de raios e seu corpo começou a emitir uma leve luz. O rapaz sumiu instantaneamente e de cima veio uma enorme descarga elétrica, que acertou Neeko em cheio. O garoto ficou paralisado por uns instantes, tempo suficiente para que vários golpes fossem desferidos nos membros dele, tão fortes que trincaram os ossos do mesmo.

    - Você não tem chance de me vencer. – Disse Killua, com um olhar frio –

    - CALA... A DROGA... DA BOCA! – Gritou, cravando as mãos no chão e com toda a força ele levantou uma grande rocha, a arremessando na direção de Killua, mas esse desviou com facilidade, qual foi sua surpresa quando não via mais o garoto. Usou o “En”, mas era tarde, por baixo do chão Neeko saiu, agarrando os pés do rapaz com tanta força que trincou suas pernas, dando um giro o arremessando na rocha que agora estava caída no canto. O impacto foi forte o bastante pra partir a pedra em vários pedaços, mas Killua se levantou como se nada tivesse acontecido.

    - Agora que te deixei me bater um pouco, vai ficar mais calmo? – Disse ele, em tom de deboche, enquanto tirava a poeira do corpo, mas ao olhar para o garoto, notou algo diferente. Sua aura havia mudado de cor, mas seus olhos não apresentavam mais o ódio de antes. Eles mostravam tristeza, então usando o “Gyo”, Killua pode ver atrás do rapaz a imagem de Feitan da “Genei Ryodan” atrás do garoto.

    - Não pode ser...!

    - Pain Packer... – Disse Neeko enquanto a imagem de Feitan se esvaia em fumaça e a armadura de Nen aparecia em volta de seu corpo. O garoto sussurrava para si mesmo, embora Killua conseguisse ouvir – Controle seu coração e terá o controle do seu poder... Pode existir um “ódio bom”... A tristeza deve sair... Você é forte... Proteja... – Então gritou com toda a força – Proteja aqueles que ama, com o poder daqueles que tentam te dominar! Rising Sun! – Uma esfera de aura extremamente densa se formou na frente dele e logo subiu aos céus. Killua por sua vez, focou em fugir, para tentar ficar fora do alcance do poder, mas por mais rápido que ele fosse, não conseguiu ficar totalmente fora. Quando a esfera finalmente atingiu uma altura considerável, se expandiu, se tornando um ardente sol que incinerou tudo que havia em uma área imensa. Poucos segundos após a habilidade desativar, Neeko caiu inconsciente, desfazendo assim sua aura. O rapaz então voltou a se aproximar, com o braço direito feito em cinzas e um olhar de duvida –

    - Aquele cara era um membro da Genei... Esse garoto é mais perigoso do que eu pensava. – Ele deu um largo sorriso, mas depois olhou para o braço – Bem, vou ter que acostumar. – Ele se agachou e mostrou a língua – Ainda não conseguiu me dar o soco. – Ele levantou e começou a andar em meio ao fogo do local – Use esse poder pra proteger minha irmã. Nos vemos por ai, Garoto-Chimera.

             Após ficar horas inconsciente, Neeko acordou e olhou em volta. Estava tudo carbonizado, as chamas haviam cessado, mas alguma coisa estava errada para ele. Sentia uma frustração incrível, principalmente por não ter conseguido dar o soco que Killua tão merecia. Lagrimas caiam de seus olhos, e por muitas vezes ele socou o chão, a ponto de fazer sua própria mão sangrar. Se levantou então e enxugou as próprias lágrimas, voltando para a cidade, seu olhar estava perdido. Lá ele encontrou Rei, que fazia uma chamada de vídeo com Patrishia, ainda na Lan House. Ela olhou para o garoto e fez uma cara de alivio, o abraçando forte.

    - Graças a Deus, você está vivo! – Rei apertou o garoto com força, mas ele ficou sem reação – Neeko... Você não conseguiu socar ele né...?

             O garoto olhou para Rei, depois Patrishia no monitor e desviou o olhar pro chão.

    - Eu não sei dizer ao certo... – Disse ele – Naquela batalha, eu usei o “Olho da Fúria”, mas não foi o bastante... Então... Eu vi um garoto. Ele tinha cabelo e olhos pretos e segurava um guarda-chuvas com uma aranha estampada... Ele disse que eu era patético e que iria tomar o controle. Mas eu fui mais forte. Eu usei o poder dele naquela hora e não sei o que aconteceu depois...

    - Era o Feitan da Genei Ryodan – Disse Patrishia – Killua me ligou e disse o que aconteceu. Você tinha um poder assustador. Mas olhe pelo lado bom, você controlou, você foi mais forte!

    - Não era o meu poder! E mesmo usando um poder emprestado, não consegui vencer!

    - Vencer não é tudo em uma batalha. – Disse Rei – Eu entendo sua frustração...

    - Rei está certa. Neeko, ao invés de pensar no que ouve, pense em como pode melhorar. Me escute... Eu já fui fraca também. Tão fraca que não pude proteger a família do Makio do ataque das Chimeras. Naquele momento eu me senti um lixo, eu sei como se sente. Mas olha... Makio cresceu e se tornou um bom garoto. E olhe, a Catástrofe das Chimeras não foi de todo ruim, existiam Chimeras que realmente tiveram um bom coração, e se isso não tivesse acontecido, você nunca teria nascido. Tudo é interligado... Você pode não entender agora, mas um dia, com certeza vai entender. – Uma voz ao fundo conseguiu ser ouvida, era a voz de Enma que veio correndo, pegando o celular da mão de Patrishia –

    - Neeko! Você está bem?! Me desculpe, desculpe mesmo pelo meu irmão! Eu não sabia que ele iria te procurar! Eu sinto muito, é minha culpa... – Ela começou a chorar. –

    - Essa é a Enma? Que linda... – Disse Rei olhando a garota –

    - E-ei, não chora! Não foi sua culpa, eu que fui muito fraco! – Ele agarrou a tela do computador, estava choroso também – Eu vou me tornar forte! Eu vou ser o mais forte dos Caçadores! É uma promessa!

             Os dois choravam como crianças, que realmente eles ainda eram. Rei e Patrishia abraçaram os dois e os confortaram, e após mais alguns minutos de conversa, eles desligaram. Neeko olhou para Rei, meio sem jeito.

    - Desculpe... Eu devia ter te ouvido... – Falou o garoto –

    - Não se preocupa. Amigos são pra isso... Mas eu realmente queria que você tivesse me chamado pra lutar ao seu lado!

    - Eu não podia correr o risco de te perder!

    - E eu poderia perder você!? Você é meu melhor amigo!!!

    - Eu... Entendi... Vamos lutar juntos na próxima! – Ele deu um sorriso e espreguiçou – Meus braços e pernas estão bem doloridos...

    - Estão meio roxos... – Disse Rei, olhando pra eles – Dá pra mexer, então não quebrou... Melhor não se esforçar por um tempo. – Disse ela, pegando a Licença Hunter do leitor de cartão – Tenho dois avisos. O primeiro, consegui bastante informação! A segunda... Estamos duros!


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