Journey to Unknown

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    18
    Capítulos:

    Capítulo 12

    O "Ki" de um coração quente!

    Álcool, Adultério, Bissexualidade, Drogas, Estupro, Heterossexualidade, Homossexualidade, Incesto, Linguagem Imprópria, Mutilação, Nudez, Spoiler, Suicídio, Violência

    Tomaram posição, Rei fez o primeiro movimento, ela girou a palma da mão, formando um circulo de aura e passou o punho por ele, socando com toda a força. Neeko estava longe, mas sentiu um forte impacto de vento em seu corpo, forte o bastante para arrastá-lo. “Isso é Emissão, é impossível pra ela” pensou Neeko, mas este resolveu testar. Ele cravou as unhas em uma das rochas ao redor, uma grande o bastante para o proteger de outro impacto, então tencionou os músculos das pernas os fazendo expandir e pulou na direção da garota. Essa, em vez de fazer o lógico e desviar, girou de novo a palma e socou de novo, dessa vez com menos força, mas ainda foi o bastante pra quebrar a rocha em vários pedaços, então ela se aproximou nos destroços e começou um combate corpo-a-corpo, o “Ryu” dela era perfeito, muito mais preciso que o de Neeko, além de que ela era mais experiente em luta e tinha um estilo marcial superior ao dele. O garoto tentou usar suas garras, mas o máximo que ele conseguiu foi cortar um fio do cabelo dela, enquanto ela o pressionava cada vez mais no combate, acertando chutes, socos e por fim ela o chutou tão forte que o tirou do ar, fazendo-o voar alguns metros pra cima. Ela então estendeu a perna e girou em seu eixou, como um pião, fazendo um circulo de Nen e enquanto o garoto caía seus músculos se tencionavam, ele sentia que iria tomar um ataque que o mataria. Seu olho esquerdo ficou com a pupila maior, como se ele estivesse entrando em dopping. Não sentia um ódio enorme por ela, mas conseguia reviver suas lembranças ruins. Era uma sensação nova, o ódio por si mesmo. Sua aura começou a expandir incrívelmente, mas não tanto quanto das outras vezes, mas foi o bastante pra aguentar o impacto que veio em seguida, com um soco extremamente forte, Rei o mandou voando, quebrando várias arvores com o corpo, até bater em uma rocha e caindo no chão. Ele ficou olhando o céu, não havia tomado tanto dano, mas seu corpo não queria mais se mexer.

    - Eu perdi…?

    Ela foi até ele e se jogou ao lado dele, deitando e olhando o céu.

    - Perdeu.

    - O que foi isso?

    - Uma técnica que eu mesma criei. Chamo de “Ki”, consiste em envolver e movimentar o ar com a aura, criando um turbilhão dentro de um simples “anel”, mas a camada de aura que segura esse turbilhão tem que ser forte como um diamante, mas extremamente fina, tanto que ela estoura quando meu golpe com “Ryu” quebra ele e quando ele quebra, libera o turbilhão de ar com uma força que pode quebrar a defesa de um usuário experiente.

    - Wow… Isso parece realmente difícil… - Ele se levantou – Assim você basicamente não precisa de um “Hatsu” poderoso…

    - Aliás, meu “Hatsu” é o único problema… - Ela se sentou, pensativa- Eu ainda estou tentando me acostumar a materializar aquilo. Não consigo materializar ele em qualquer momento, tenho que me concentrar muito.

    - Acho que é normal. Eu… - Ele olhou para a própria mão – Sinto um ódio que não tem limites. Não é só meu ódio, é o ódio de todas as auras que eu tenho assimiladas à minha. Mas quando eu lutei com você, não consegui sentir ódio de você. Tentei usar o Olho Esquerdo do Ódio, mas não consegui usar efetivamente… Mesmo eu me lembrando de tudo de ruim que já me aconteceu… Eu só consegui sentir ódio de mim mesmo. Por ser tão fraco…

    - Por que escolheu o ódio pra ser o gatilho? - Ela se levantou e espreguiçou -

    - Não escolhi, esse gatilho veio até mim. Eu sou um “Especialista”, o nosso poder não é treinado, ele simplesmente nasce.

    - Um poder nascido do ódio… Eu só consigo pensar em algo destrutivo. Mas você pode tornar isso um poder que vai salvar todos ao seu redor. Pense nisso, talvez, exista um “ódio bom”.

    - Ódio bom? Não sei nada quanto a isso… Só o que eu sempre vi minha vida toda foram pessoas me odiando, como se quisessem me matar só por eu estar vivo… - O olhar do garoto parecia perdido em lembranças. Rei se aproximou e o abraçou -

    -Pense que o mundo é mais do que ódio… Se você colocar seus pensamentos no lugar certo, seu coração vai se acalmar. - Ele sentia a aura da garota, era uma aura tão quente e aconchegante, parecia o abraço de uma gentil irmã. Sem o garoto perceber, já estava aconchegado em seu abraço e algumas lágrimas escorriam pelo rosto do garoto- Acho que no fundo você só está assustado, Neeko. Você tem medo de si mesmo… Mas você é forte! O mundo é imenso, você vai encontrar várias pessoas que vão te amar e te proteger, te levantar caso você caia. Você já tem amigos, lembre-se do Astolfo, do Mumba, de mim, da Patrishia e os discipulos dela.

    O garoto olhou para os dedos, levantando eles um a um, como se contasse na memória todas as pessoas que conheceu, então sorriu e enxugou as lágrimas. Ele olhou para Rei e foi com os dedos na testa dela, tocando de leve.

    -Vamos encontrar a história oculta, depois buscamos pela minha mãe, ok?

    -Tem certeza disso? Pode levar anos até encontrarmos algo…

    -Formamos uma boa dupla, nós vamos conseguir! Aliás, tem uma coisa que ta me incomodando…

    -O que? - Perguntou a garota –

    -Astolfo disse que queria vingança contra a família Zoldyck, não é? Então… Uma das minhas amigas é dessa família, mas ela é uma pessoa de bom coração. Então, eu fico pensando…

    -Se ele vai querer mata-la? Eu não acho isso. Astolfo tem um bom coração. - Ela tirou o celular do bolso e olhou para a tela, suspirando - É meu mestre, ele disse que mandou um Hunter nos acompanhar. - Ela guardou o celular - Acho que muitos hunters querem te estudar, então tome cuidado,Neeko.

    -Povinho desocupado… - Ele colocou a mochila nas costas e começou a andar - Vamos.

    Seguiram andando durante um dia inteiro, conversando sobre seus passados. Rei contou sobre sua família, sua mãe e seu irmãozinho menor. Disse que sua mãe era uma senhora que tentou ter filhos a vida inteira, mas só foi ter dois filhos em idade já avançada, mas que ela sempre trabalhou para manter ela e o irmão. Seu irmão se chamava Koutaro, ele era uma criança especial, tinha grande conexão com os animais e um talento enorme para agricultura, aos cinco anos ele já cuidava de toda a fazenda da família. Seu pai havia sumido após um incidente com o rei do país em que viviam, esse inclusive foi o motivo de Rei ter sido chamada ao palácio antes de tudo acontecer. Neeko por sua vez, descreveu como era sua mãe, uma mulher de aparência jovem, cabelos dourados como o ouro e que vez ou outra, ronronava como um gato.

                Após andarem muito tempo, notaram que o clima estava ficando frio. Olharam para o céu e notaram que haviam nuvens carregadas, então procuraram um local para se abrigar. Acharam uma caverna um pouco funda e lá ficaram, acenderam uma fogueira e sentaram-se ao redor dela. Rei olhou para Neeko e depois para o fogo e falou.

    - Neeko, que tipo de mulher você gosta? – Ela cutucava as brasas com um graveto –

    - Eu gosto de você, da Patrishia, da Enma... – Ele olhava meio confuso – Mas tenho um gosto por fêmeas em geral.

    - Fêmeas? Quer dizer, como par romântico? – Ela colocou sua aura no fogo, tentando prender um pouco das chamas com o “Ki” –

    - O que é um “par romantico”? – Perguntou o garoto, parecendo mais confuso ainda –

    - Acho que... – Ela se aproximou do rosto do garoto e beijou sua bochecha – Você ainda não ta pronto.

    - Esse negócio de beijar é perigoso... – Ele passou a mão de leve na bochecha –

    - Mais do que você imagina. – Ela sorriu – Quando você ficar mais velho, eu terei prazer em ser sua esposa.

    - O que é esposa mesmo? – Ele espreguiçou e deitou como um gato ao lado da fogueira –

    - Mais tarde você vai descobrir... – Ela se deitou e fechou os olhos. – Boa noite.

    Tomaram posição, Rei fez o primeiro movimento, ela girou a palma da mão, formando um circulo de aura e passou o punho por ele, socando com toda a força. Neeko estava longe, mas sentiu um forte impacto de vento em seu corpo, forte o bastante para arrastá-lo. “Isso é Emissão, é impossível pra ela” pensou Neeko, mas este resolveu testar. Ele cravou as unhas em uma das rochas ao redor, uma grande o bastante para o proteger de outro impacto, então tencionou os músculos das pernas os fazendo expandir e pulou na direção da garota. Essa, em vez de fazer o lógico e desviar, girou de novo a palma e socou de novo, dessa vez com menos força, mas ainda foi o bastante pra quebrar a rocha em vários pedaços, então ela se aproximou nos destroços e começou um combate corpo-a-corpo, o “Ryu” dela era perfeito, muito mais preciso que o de Neeko, além de que ela era mais experiente em luta e tinha um estilo marcial superior ao dele. O garoto tentou usar suas garras, mas o máximo que ele conseguiu foi cortar um fio do cabelo dela, enquanto ela o pressionava cada vez mais no combate, acertando chutes, socos e por fim ela o chutou tão forte que o tirou do ar, fazendo-o voar alguns metros pra cima. Ela então estendeu a perna e girou em seu eixou, como um pião, fazendo um circulo de Nen e enquanto o garoto caía seus músculos se tencionavam, ele sentia que iria tomar um ataque que o mataria. Seu olho esquerdo ficou com a pupila maior, como se ele estivesse entrando em dopping. Não sentia um ódio enorme por ela, mas conseguia reviver suas lembranças ruins. Era uma sensação nova, o ódio por si mesmo. Sua aura começou a expandir incrívelmente, mas não tanto quanto das outras vezes, mas foi o bastante pra aguentar o impacto que veio em seguida, com um soco extremamente forte, Rei o mandou voando, quebrando várias arvores com o corpo, até bater em uma rocha e caindo no chão. Ele ficou olhando o céu, não havia tomado tanto dano, mas seu corpo não queria mais se mexer.

    - Eu perdi…?

    Ela foi até ele e se jogou ao lado dele, deitando e olhando o céu.

    - Perdeu.

    - O que foi isso?

    - Uma técnica que eu mesma criei. Chamo de “Ki”, consiste em envolver e movimentar o ar com a aura, criando um turbilhão dentro de um simples “anel”, mas a camada de aura que segura esse turbilhão tem que ser forte como um diamante, mas extremamente fina, tanto que ela estoura quando meu golpe com “Ryu” quebra ele e quando ele quebra, libera o turbilhão de ar com uma força que pode quebrar a defesa de um usuário experiente.

    - Wow… Isso parece realmente difícil… - Ele se levantou – Assim você basicamente não precisa de um “Hatsu” poderoso…

    - Aliás, meu “Hatsu” é o único problema… - Ela se sentou, pensativa- Eu ainda estou tentando me acostumar a materializar aquilo. Não consigo materializar ele em qualquer momento, tenho que me concentrar muito.

    - Acho que é normal. Eu… - Ele olhou para a própria mão – Sinto um ódio que não tem limites. Não é só meu ódio, é o ódio de todas as auras que eu tenho assimiladas à minha. Mas quando eu lutei com você, não consegui sentir ódio de você. Tentei usar o Olho Esquerdo do Ódio, mas não consegui usar efetivamente… Mesmo eu me lembrando de tudo de ruim que já me aconteceu… Eu só consegui sentir ódio de mim mesmo. Por ser tão fraco…

    - Por que escolheu o ódio pra ser o gatilho? - Ela se levantou e espreguiçou -

    - Não escolhi, esse gatilho veio até mim. Eu sou um “Especialista”, o nosso poder não é treinado, ele simplesmente nasce.

    - Um poder nascido do ódio… Eu só consigo pensar em algo destrutivo. Mas você pode tornar isso um poder que vai salvar todos ao seu redor. Pense nisso, talvez, exista um “ódio bom”.

    - Ódio bom? Não sei nada quanto a isso… Só o que eu sempre vi minha vida toda foram pessoas me odiando, como se quisessem me matar só por eu estar vivo… - O olhar do garoto parecia perdido em lembranças. Rei se aproximou e o abraçou -

    -Pense que o mundo é mais do que ódio… Se você colocar seus pensamentos no lugar certo, seu coração vai se acalmar. - Ele sentia a aura da garota, era uma aura tão quente e aconchegante, parecia o abraço de uma gentil irmã. Sem o garoto perceber, já estava aconchegado em seu abraço e algumas lágrimas escorriam pelo rosto do garoto- Acho que no fundo você só está assustado, Neeko. Você tem medo de si mesmo… Mas você é forte! O mundo é imenso, você vai encontrar várias pessoas que vão te amar e te proteger, te levantar caso você caia. Você já tem amigos, lembre-se do Astolfo, do Mumba, de mim, da Patrishia e os discipulos dela.

    O garoto olhou para os dedos, levantando eles um a um, como se contasse na memória todas as pessoas que conheceu, então sorriu e enxugou as lágrimas. Ele olhou para Rei e foi com os dedos na testa dela, tocando de leve.

    -Vamos encontrar a história oculta, depois buscamos pela minha mãe, ok?

    -Tem certeza disso? Pode levar anos até encontrarmos algo…

    -Formamos uma boa dupla, nós vamos conseguir! Aliás, tem uma coisa que ta me incomodando…

    -O que? - Perguntou a garota –

    -Astolfo disse que queria vingança contra a família Zoldyck, não é? Então… Uma das minhas amigas é dessa família, mas ela é uma pessoa de bom coração. Então, eu fico pensando…

    -Se ele vai querer mata-la? Eu não acho isso. Astolfo tem um bom coração. - Ela tirou o celular do bolso e olhou para a tela, suspirando - É meu mestre, ele disse que mandou um Hunter nos acompanhar. - Ela guardou o celular - Acho que muitos hunters querem te estudar, então tome cuidado,Neeko.

    -Povinho desocupado… - Ele colocou a mochila nas costas e começou a andar - Vamos.

    Seguiram andando durante um dia inteiro, conversando sobre seus passados. Rei contou sobre sua família, sua mãe e seu irmãozinho menor. Disse que sua mãe era uma senhora que tentou ter filhos a vida inteira, mas só foi ter dois filhos em idade já avançada, mas que ela sempre trabalhou para manter ela e o irmão. Seu irmão se chamava Koutaro, ele era uma criança especial, tinha grande conexão com os animais e um talento enorme para agricultura, aos cinco anos ele já cuidava de toda a fazenda da família. Seu pai havia sumido após um incidente com o rei do país em que viviam, esse inclusive foi o motivo de Rei ter sido chamada ao palácio antes de tudo acontecer. Neeko por sua vez, descreveu como era sua mãe, uma mulher de aparência jovem, cabelos dourados como o ouro e que vez ou outra, ronronava como um gato.

                Após andarem muito tempo, notaram que o clima estava ficando frio. Olharam para o céu e notaram que haviam nuvens carregadas, então procuraram um local para se abrigar. Acharam uma caverna um pouco funda e lá ficaram, acenderam uma fogueira e sentaram-se ao redor dela. Rei olhou para Neeko e depois para o fogo e falou.

    - Neeko, que tipo de mulher você gosta? – Ela cutucava as brasas com um graveto –

    - Eu gosto de você, da Patrishia, da Enma... – Ele olhava meio confuso – Mas tenho um gosto por fêmeas em geral.

    - Fêmeas? Quer dizer, como par romântico? – Ela colocou sua aura no fogo, tentando prender um pouco das chamas com o “Ki” –

    - O que é um “par romantico”? – Perguntou o garoto, parecendo mais confuso ainda –

    - Acho que... – Ela se aproximou do rosto do garoto e beijou sua bochecha – Você ainda não ta pronto.

    - Esse negócio de beijar é perigoso... – Ele passou a mão de leve na bochecha –

    - Mais do que você imagina. – Ela sorriu – Quando você ficar mais velho, eu terei prazer em ser sua esposa.

    - O que é esposa mesmo? – Ele espreguiçou e deitou como um gato ao lado da fogueira –

    - Mais tarde você vai descobrir... – Ela se deitou e fechou os olhos. – Boa noite.


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