Journey to Unknown

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    Capítulos:

    Capítulo 6

    "Zero"

    Álcool, Adultério, Bissexualidade, Drogas, Estupro, Heterossexualidade, Homossexualidade, Incesto, Linguagem Imprópria, Mutilação, Nudez, Spoiler, Suicídio, Violência

    Rei não era uma garota normal. Percebeu isso desde que acordou de seu sono de mais de 900

    anos. Ela havia sido “selada” no dia perdido, e de lá não se lembrava nada. Desde que acordou, nunca

    mais sentiu sono. Apesar de ter apenas 16 anos, já tinha o corpo de uma mulher de 28, mas sua mente

    ainda era a de uma criança. Uma criança assustada que almejava uma coisa aparentemente impossível.

    Gon a encontrou adormecida nas Ruínas de Kaldeas, um lugar proibido até mesmo para os Caçadores de

    alta Classe, como Patrishia. Somente os Doze Zodíacos conseguiam autorização pra explorar aquele

    lugar. E foi nessa exploração que a vida dela recomeçou. “Rei” significa “Zero”, ela sempre pensou que

    esse nome tinha significado...

    Se incomodou um pouco com o ronco do rapaz e saiu do quarto, em busca de algo pra comer.

    Estava escuro, mas podia ver alguém no corredor., duas pessoas, um rapaz e uma mulher.

    - Ela está aqui, estou dizendo! - Disse um rapaz com cabelo azul. Seus olhos tinham um sangue no olhar

    de quem estava pronto pra matar – Vamos acabar com ela. A garota de Kaldeas.

    Ela prendeu a respiração e usou Zetsu, mas os dois olharam pro lado dela na mesma hora.

    - É ela! - Disse o rapaz, desaparecendo por menos de um segundo. No segundos seguinte, já estava

    segurando o pescoço da garota, com força o bastante pra quebra-lo, mas ela resistia. Tentava se soltar,

    mas não conseguia. - Acha que usar Zetsu enganaria a gente, sua pirralha maldita?!

    Rei estava sem ar, ia desmaiar quando percebeu o que acontecera. Neeko saiu das sombras do

    local e segurou a mão do rapaz com tanta força que quebrou seu punho. Ele recuou, com uma cara de dor

    misturada com ódio.

    - Eu não senti sua presença sumindo... - Disse Rei, tossindo e se recuperando -

    - Estou usando Zetsu desde que entramos na aeronave. - Disse o garoto – E estou de olho neles.

    Pareceram perigosos a primeira vista. O número 015 e a número 013, são muito habilidosos.

    - Quem é esse garoto?! - Perguntou o rapaz de cabelo azul para a mulher -

    - Não importa. Deixaremos eles em paz. Você já chamou ajuda, não? - Ela olhava friamente para Neeko –

    Eu não tenho ideia de quem é você, mas ficarei de olho. Vamos, Hit.

    Os dois desapareceram na escuridão. Rei olhava para Neeko com uma expressão assustada.

    - Quando você...?

    - Percebi que eles eram problema no momento que coloquei meus olhos neles. - Ele apontou pra seu olho

    vermelho – Não sei se tem algo haver, mas quando encaro as pessoas com esse olho, consigo ver suas

    verdadeiras intenções escondidas lá no fundo... Talvez seja uma habilidade de nascença, como você

    disse. Ou não, talvez seja só instinto...

    - Seja o que for, me salvou. Te devo uma... - Rei levantou e abraçou Neeko, que ficou sem reação -

    - T-tá! Chega, fêmea! - Gritou ele, ficando vermelho e desviando o olhar -

    Ela soltou o garoto e sorriu, apontando pra cozinha.

    - Vamos comer algo e voltar para os quartos. Você deveria estar dormindo, e não treinando Zetsu.

    - Ah... Sobre isso... - Ele rumou pra cozinha – Eu consigo fazer isso até dormindo, pra evitar cruzar com

    “humanos”. - Chegando na cozinha ele abriu a geladeira e pegou uma caixa de leite, abrindo e tomando

    no bico – Chamo isso de instinto se sobrevivencia.

    - É realmente estranho... - Suspirou Rei, pegando uma água – Você parece até um animal com esse

    instintos super avançados...

    Ele desviou o olhar para a janela do lado de fora.

    - Eu sou um. Eu acho. Fui criado a vida toda como animal. Só consegui aprender a falar, a me portar

    como humano quando fui vendido como escravo pra uma sádica torturadora. Meus ferimentos sempre se

    fecham sem deixar cicatrizes, mas se não fosse isso, eu teria elas no corpo inteiro. - Deu de ombros – Eu

    matei ela e fugi. Eu fugi do mundo todo...

    - E como veio parar aqui? Aquela tal Patrishia... Como conheceu ela?

    - Ela que me encontrou. Eu estava perdido. Faminto. Prestes a matar e devorar quem ou o que

    encontrasse... Ela foi a primeira pessoa nesse mundo que me tratou como “humano”. Talvez seja isso que

    despertou meu lado “humano do ser”. Sei “me portar como humano”, mas o “ser um humano” é algo que

    estou aprendendo...

    - Parece até um filósofo. Mas é legal que esteja fazendo isso. Mas sabe... Uma hora vai ter que deixar a

    fera sair... - Ela jogou a garrafinha de água no lixo -

    - É isso que tento conter. Patrishia trata a vida como algo muito importante, que não deve ser jogada fora.

    E isso tem me guiado, tem sido meu mantra.

    - Bom saber disso. - Disse dando uma risada e olhando pra fora – Uh, isso não é bom...

    - O qu- Foi interrompido com a visão de fora. Um enorme penhasco estava a vista, aparentemente iriam

    pousar nele. O sol já nascia.

    - Eles disseram que iria demorar mais...

    - O sol já tá nascendo. O tempo passou rápido demais...

    - Vamos, Neeko. Temos que acordar os outros.

    Fora acordar Astolfo e Mumba, mas ambos já estavam em pé, olhando pra fora. Todos saíram no

    penhasco e lá encontraram um garoto que aparentava ter uns 14 anos, alguns pelos de barba já cresciam

    em seu rosto. Ele parecia estar com sono também, quando apontou pro penhasco.

    - Então, meu nome é Newman, sou um Caçador de Jogos Raros. No momento estou desenvolvendo meu

    próprio jogo... Por isso não durmo tem um tempo, mas vamos lá... Seu desafio é pular do precipicio e

    sobreviver. Lá embaixo tem um rio furioso que vai matar quem cair nele. Porém, entre o rio e o penhasco

    tem uma caverna. A terceira parte do exame começa lá.

    - Uoho...- Disse Hit – Okay...

    - Isso é tão inacreditável que até eles duvidam... - Sussurrou Rei -

    - Vocês tem trinta minutos. - Disse o garoto, pulando do penhasco. Todos foram olhar ele cair, mas era

    tão alto que não conseguiam ver o fundo -

    - Eu desisto! - Gritou um senhor ao lado deles. - Eles disseram que seria arriscado, mas não falaram que

    seria suicídio!

    - Só os fracos pensam dessa maneira. - Falou um rapaz de cabelo escuro e olhos azuis – Quem sabe se

    conseguirem, eu não dou alguns dicas pra vocês, iniciantes. - Ele falou isso e se jogou -

    - Quem era aquele? - Perguntou Mumba -

    - Número 002, Fugur D’Roy. - Disse uma garota que pesquisava em um notebook – Um assassino de

    aluguel, de uma família não tão famosa quanto dos Zoldyck, mas que tem um treinamento tão rigososo

    quanto. Aliás, Rei Maguneto, Astolfo Bjorn, Mumba Allidiquiosé, prazer, meu nome é Rika. Quero ser

    uma Caçadora de Informações. Mas não vejo nenhuma informação sobre essa criança ai... - Apontou pra

    Neeko – Bom trabalho escondendo sua vida, garoto.

    - Por que decidiu se apresentar de repente? - Perguntou Neeko, apontando as unhas pra garota -

    - Eu vou ser sincera. Apesar de ser resistente, eu não sou forte. Meu corpo tem limitações claras... - Ela

    suspirou e levantou – Procuro uma aliança temporária. Vi que vocês quatro tem trabalhado como um

    time. Eu posso fornecer informações sobre todos aqui, em troca.

    - E aqueles? - Rei apontou para Hit e a mulher ao seu lado. -

    - Uh, não vá querer mexer com eles. São mafiosos. Hit, 16 anos, tem um histórico de assassino

    impiedoso. Trabalha atualmente para a família Nostracassa. A mulher é Karin, 29 anos. Ela trabalha para

    a mesma família, mas o histórico dela aponta pra uma pessoa sem nenhuma morte na ficha.

    - São perigosos... Melhor manter distância por enquanto. - Disse Mumba -

    - Então, vamos? - Disse Rika – Não sei seu nome, garoto. Quem é você?

    - Neeko. Então vamos? Rika, sobe. - Disse ele ficando sobre os quatro membros -

    - Estranho... Mas topo. - Respondeu, subindo em cima do garoto -

    Todos ficaram de acordo. Contaram de três até um e pularam. Mumba sorriu perante a morte

    iminente, cada vez mais o Rio chegava perto. Todos procuravam pela caverna mas foi o rapaz que a viu.

    Era um pequeno e estreito buraco ao lado do rio, aparentemente de rocha escorregadia.

    - Ali! - Ele tirou o cinto das calças e usou ele pra puxar Astolfo, Neeko e Rei pra direção do buraco, como

    uma corda de passeio, e por lá todos caíram e começaram a escorregar na rocha, até pararem em um lugar

    incrivelmente lindo. Era cheio de cristais de cores azuladas que brilhavam com luz própria -

    - Lindo... - Disse Rei ao mesmo tempo que Rika -

    - Planeta Azul...? É uma caverna feita inteiramente dela! Eu conheço essa joia, o Ancião da aldeia

    carrega uma em seu cajado. Ele dizia que existiam apenas duas no mundo, uma estava com uma caçadora

    e a outra com ele...

    - E realmente só existem duas. - Disse Newman, esperando os outros – Okay, faltam vinte minutos. Acho

    que dá tempo de explicar. - Ele bocejou e se espreguiçou – Isso aqui é tudo falso. Na verdade, não se trata

    de Planeta Azul original, e sim um tipo se sílica que imita ela. A verdadeira não reluz tão forte assim sem

    uma boa entrada de luz, mas essas praticamente tem luz própria. - Apontou pra Mumba – Você veio do

    Oeste, onde está tendo aquela epidemia, não é?

    - Você sabe? Digo, a Associação dos Caçadores sabe disso?!

    - Sim, sabemos. Estamos procurando uma cura, mas não temos certeza se vamos conseguir. Aquela

    doença não é algo... Comum. - O garoto mexeu as mãos, a luz dos cristais começaram a se mexer

    também, formando uma imagem da tribo de Mumba – A doença da sua tribo não é uma doença normal.

    Ela é causada por um vírus de Nen.

    - Nen? O que é isso?

    - Você vai descobrir. Mas parece que alguns dos seus amigos já sabem. - Deu de ombros -

    - Sabem? Qual?- Olhou pra todos -

    - Eu sei. - Disse Neeko, depois Rika e Rei levantaram as mãos – Nen é a arte de controlar a sua própria

    energia vital, com ela dá pra se ter praticamente todo tipo de poder...

    - E como eu faço isso? Posso curar minha tribo se souber disso?!

    - Não temos certeza... - Disse Rei – Na verdade, eu e Neeko não sabemos usar ele em sua totalidade. Só

    dois dos quatro princípios básicos.

    - Eu sei até o “Hatsu”. - Disse Rika – É dele que vem minha resistência. Eu sou do tipo Manipuladora,

    consigo controlar pessoas usando linhas de aura, como se fosse uma “Arte das Danças de Marionetes”.

    Mas não sou boa pra explicar... Vejamos... Acho que vocês dois sabem “Ten” e “Ren”, certo? Bem, me

    procurem quando aprenderem a usar o Hatsu, eu posso ajuda-los. E Mumba, você vai ter que aprender do

    zero, com um mestre.

    - Espera, se você sabe usar Hatsu, por que quer nossa proteção? - Perguntou Astolfo – Esse poder deve

    ser o suficiente pra passar, não?

    - Na verdade não. - Ela suspirou – É uma habilidade inútil pra ser sincera. Só consigo controlar as pessoas

    se fizer um “pacto” com elas. Como dizer... Geralmente eu selo meus pactos com um beijo. Se eu beijar

    vocês, no mesmo momento minhas linhas vão grudar em vocês.

    - “Condição e Condição”. Sim, meu Mestre me contou isso uma vez. Você usa uma condição especial pra

    conseguir mais poder... Mas pode ser extremamente perigoso.

    - Um poder misterioso... Eu vou obte-lo! - Disse Mumba – Vamos juntos, Astolfo. Vamos sair daqui e

    achar um mestre pra nos ensinar!

    - Eu vou aprender com o Mestre Gon, quando terminar esse teste...

    - Patrishia disse que vai me ensinar.

    - Vocês tem bons mestres. Relaxem, só falta mais uma prova pra vocês passarem... Na verdade, não

    relaxem tanto, a Presidente vai dar as ordens.

    - Vou conseguir poder pra vingar minha família. - Disse Astolfo, colocando a mão pra frente -

    - Poder para salvar minha tribo! - Mumba colocou a mão sobre a de Astolfo -

    - Um poder pra me guiar até minha mãe! - Disse Neeko, colocando a mão em cima das duas -

    - Algo que me ajude a achar a “História Oculta”! - Rei colocou a mão em cima de todas, e olharam para

    Rika -

    - Bem... - Ela colocou a mão – Posso ser nova no grupo, mas quero poder pra conseguir informações

    sobre tudo!

    - Essa vai ser nossa promessa! - Gritou Astolfo - Que o sangue em nossas veias nos guie para o lugar

    certo! Huh!

    - Huh! - Todos gritaram e começaram a rir. Nem notaram que Hit, Karin e Fugur observavam de longe. -


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