Journey to Unknown

Tempo estimado de leitura: 3 horas

    18
    Capítulos:

    Capítulo 5

    Reencontro

    Álcool, Adultério, Bissexualidade, Drogas, Estupro, Heterossexualidade, Homossexualidade, Incesto, Linguagem Imprópria, Mutilação, Nudez, Spoiler, Suicídio, Violência

    Astolfo e Mumba chegaram logo em seguida, já com os celulares prontos pra transferirem o

    dinheiro e assim fizeram.

    - Chegamos cinco minutos mais cedo que o esperado. Nada mal, ainda temos uns 10 minutos... Ouvi dos

    outros competidores que o primeiro exame verdadeiro vai ser uma escalada na arvore. - Disse Mumba, se

    jogando no chão – Eu estou tão cansado que mal consigo sentir minhas pernas...

    - Não temos muitas chances. Mas vamos tentar mesmo assim. - Disse Astolfo -

    Passaram-se uns dez minutos desde que começaram a descansar, quando um som de alto falante

    começou a dizer.

    - É aqui que eu falo? Ah, tá, ok. Bem vindos a todos os 95 candidatos que conseguiram chegar na

    primeira prova.

    - Essa voz... Mestre?! - Disse Rei, olhando pra cima – Ele deve estar lá em cima...

    - Quem diabos é seu mestre?! - Perguntou Mumba, assustado – Essa voz parece...

    - Gon Freecs! É ele, ele é meu mestre!

    - Freecs... Parece que já ouvi esse nome.

    - Ele é um dos Doze Caçadores do Zodíaco. Representa o Dragão.

    - O que é um Zodíaco?

    - Você esteve dormindo esse tempo todo?! - Disse Mumba, pegando no colarinho de Neeko – Os

    Zodíacos são os 12 Caçadores mais poderosos de todos!

    - E ele está lá em cima? Legal.

    - Aos que conseguiram chegar aqui – Continuou – Sua primeira tarefa é escalar a árvore Mundial. Vocês

    tem duas horas para isso, começando a contar exatamente a meia noite.

    - Ta brincando...? - Disse Mumba, raspando os dentes nos outros – Mesmo um profissional em escalada

    precisaria de pelo menos quatro horas...!

    Mumba parecia cansado demais para conseguir. Astolfo também não estava muito bem. Rei

    estava bem graças ao seu Zetsu, mas até mesmo Neeko estava cansado. Eles se entreolharam e rumaram

    para a área de escalada. Não iriam desistir, pois tinham motivos fortes o bastante pra guia-los. Se

    posicionaram pra escalar e em menos de dez segundos tocou a sirene, avisando da meia noite, onde todos

    começaram a escalada.

    - Não posso me render, não posso me render... - Murmurava Mumba, como uma oração para si mesmo. -

    Neeko e Rei deixaram Astolfo e Mumba irem na frente. Tinham um plano caso algo acontecesse,

    mesmo que não tivessem se falado, ambos concordavam que todos os quatro deviam passar, custe o que

    custar. Não demorou muito para o plano entrar em ação. Mumba soltou da arvore, havia desmaiado de

    exaustão. Neeko então o pegou com as garras e colocou a camisa do rapaz na boca, voltando a escalar.

    - Rapaz, por que faz isso? Mal conhece ele. - Perguntou Astolfo -

    O garoto resmungou algo e depois continuou subindo, fazendo sinal que contaria lá em cima.

    Astolfo lançou um bravo sorriso e colocou mais força nas pernas.

    - Um descendente de Vikings do Norte não deve se render, não importa a dor! - Disse ele, subindo o mais

    rápido que podia. -

    O tempo passava e a escalada se tornava cada vez mais difícil, o ar estava ficando rarefeito, o que

    deixava todos mais cansados que já estavam. Faltavam apenas cinco minutos quando atingiram o topo.

    Apenas eles e mais 15 conseguiram atingir o topo. Neeko soltou Mumba e colocou ele no ninho que havia

    lá.

    - Ele tem um sonho digno. Ele não está aqui por ele, está por todos que ama. Ele superou os limites de um

    humano normal, graças a essa forte intenção. Eu não deixaria ele cair agora... - Ele arregalou os olhos,

    olhando para as próprias mãos. Era a primeira vez que se sentia assim. Que sentia empatia a ponto de

    salvar a vida de uma pessoa. Era um sentimento estranho e um pouco constrangedor -

    - Então foi por isso. Você é um garoto estranho... Gosto de pessoas assim. - Disse Astolfo-

    Rei quis dizer o mesmo, mas não conseguiu. Ela apenas sorriu e olhou mais acima. Um grande

    dirigível aguardava todos. Astolfo pegou Mumba e entraram pela porta. Lá dentro foram recebidos por

    um homem alto e musculoso e uma garota que Neeko conhecia muito bem.

    - Patrishia! - Disse o garoto, sorrindo e indo até ela – Por que está aqui?

    - Apenas vim dar um oi pra um amigo. Gon, esse é Neeko, o garoto que te falei.

    - Mestre! - Rei correu até Gon e fez uma pose de reverencia -

    - Rei, essa é a Patrishia, a mulher que me inspirou a ser um Caçador. - Apontou pra Patrishia e sorriu -

    Gon se aproximou de Neeko e colocou a mão no queixo, pensativo, parecia que saia fumaça de

    seus ouvidos em certo momento.

    - É meio inacreditável, mais é verdade. Bem, vejamos até onde ele vai. Ah! Aliás... - Olhou em volta –

    Todos aqui podem descansar a vontade no dirigível. Há quartos para todos, deve levar o resto da noite pra

    chegarmos até nosso destino, lá o seu próximo objetivo vai estar esperando por vocês. - Ele deu um

    sorriso e se virou, saindo do local. -

    Neeko foi até Patrishia. Ela olhou o rapaz e sorriu.

    - Você cresceu de maneira bela, Neeko. Eu posso dizer isso só de ver você, não parece mais aquela

    criança que encontrei há alguns dias. - “Talvez seja o sangue de Chimera no corpo dele. Isso pode dar a

    ele um enorme poder, mas também é destrutivo se usado para o mal...” pensou Patrishia, mas apenas

    colocou a mão na cabeça do garoto – Torne-se um bom Caçador. Eu tenho que ir, ok? Boa sorte nas

    próximas fases. - Foi o que ela falou, antes de abrir a porta do dirigível e pular -

    - O que?! - Disse Astolfo, olhando pra baixo – Ela se matou?

    - Ela não vai morrer só com isso. É uma Caçadora Profissional. - Disse Rei – Vem, vamos dormir, temos

    que descansar o máximo que der.

    Eles foram pro quarto, Mumba dividiu com Rei e Neeko com Astolfo. O jovem rapaz acordou

    algumas horas depois com Rei o olhando. Ele parecia frustrado e ao mesmo tempo confuso.

    - Então nós dois perdemos hum? - Perguntou, tentando se lembrar de algo -

    - Não, nós dois passamos. Neeko te carregou até o topo da arvore. Ele é um garoto que é um em dez

    milhões... - Rei olhava pro teto – Você deveria dormir um pouco mais, ainda parece cansado.

    - O que?! Ele... Por que? Por que foi tão longe por mim?

    - Ele é um rapaz de boas intenções. Parece que ele reconhece que você tem uma missão a cumprir,

    salvando sua aldeia, e vai levar isso no coração até que você se torne ou não um Caçador. Mas agora isso

    depende de você.

    - Ele... - Falou enquanto fechava os olhos de frustração, mas ainda sentia gratidão enorme. A confusão de

    sentimentos o fez chorar – Eu vou retribuir, eu juro!

    - Ok, agora vai dormir. - Disse a garota, voltando seu olhar para as nuvens a passar lado a lado na janela -

    - Tudo bem... - Ele voltou a deitar, ainda chorando baixinho, mas em pouco tempo dormiu -


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