Capítulo Vinte e Quatro

Gaara se remexeu um pouco, mas nenhum dos seus movimentos foi para me afastar ou que tirasse meu braço de seu ombro, pelo contrário ele se aproximou mais. 

--Isso foi confuso para você, e você já passou por isso e tem as coisas muito claras agora. Mas para mim é algo novo e assustador. Foi algo repentino. Puxa! Bastou te ver seminu na enfermaria e eu fiquei excitado! 

O que? Ele ficou excitado aquele dia? Pelos deuses, alguém escutou minhas preces, Gaara estava se declarando também? 

--Você ficou excitado? - Perguntei bem próximo de seu ouvido. 

--Sim. 

Ele estava ficando cada vez mais vermelho. 

--Quanto? 

--Muito. 

Meu coração pulava de felicidade! Ele pensou em mim! Ele pensou em mim! Então, talvez ele... 

--Gaara, se masturbou pensando em mim? 

Ele ficou calado, envergonhado e quase inaudível respondeu: 

--Sim. 

Acho que agora posso morrer em paz! Era essa a sensação de quando somos correspondidos? Era assim que se sentia? Uma leveza na alma e meu coração transbordando de alegria? Mais que porra! Nem com minha ex-esposa eu sentia isso, nem quando corria iludido atrás da Sakura, agora estava aqui esse momento tão magico acontecendo. 

--Quantas vezes? - Não importa se foi uma ou duas, eu penso todos os dias em você! 

--Algumas. 

--Algumas quantas? - Minha estava em sua coxa, a deslizava com cuidado não queria assusta-lo logo agora. 

--Todos os dias. 

Porra! Porra! Mais que porra! Só de imagina-lo se tocando, pensando em mim foi o bastante para soltar um gemido. Aquele ruivo estava revirando minha cabeça! 

--Me diga, tinha fantasias? 

--Lee. - Meu nome na sua voz era tão macio e excitante. 

--Sim? 

--Me sentir atraído por um homem é assustador – Passei dos limites. - Mas agora – Eu sei tempo e espaço é tudo que ele precisa. - Eu quero estar com você. 

Acho que tinha esquecido de como é respirar, não sabia descrever a explosão de sentimentos em meu peito e sem pensar em mais nada o puxei para um beijo. Beijar Gaara era delicioso, gemia todas as vezes que abraçava sua língua com a minha, eu sabia o que deveria fazer e o faria. 

Puxei-o para meu colo, queria que ele sentisse o quanto o desejava, meu pênis duro roçou contra o seu, ele começou a rebolar fazendo o contato entre nossos pênis mais fortes. Eu o queria sentir cada vez mais, parei nosso pequeno amasso o coloquei nos braços e o levei para cama. Se iriamos finalmente transar teria que ser ali. 

Tirei minhas roupas pensando o quanto queria fode-lo a noite toda, vê-lo se contorcer de prazer quando uma ideia que estava muito, muito distante veio a minha mente: nesse quesito Gaara ainda era virgem. 

Ele tinha acabado de ajudar a tirar minha calça quando segurei suas mãos. Estava em pânico, ele é virgem, eu também sou virgem.  

--Gaara, é a primeira vez que faço isso com um homem. Você entende como deve ser feito? 

Tinhamos que ir devagar, uma coisa era estar apaixonado, outra coisa é quando é correspondido, tem muita coisa no meio desse processo, não podia simplesmente lhe arrancar a roupa e fazer o que bem queria. 

--Está me ouvindo protestar? 

--Não quero que seja doloroso pra você, quero que sinta que é especial. 

Quero fazer as coisas do jeito certo, nossa relação tem que ser duradoura e se fizer isso com ele logo de cara possa ser que ele se arrependa. Me ajoelhei e segurei suas mãos em meus lábios, queria que ele visse o quanto posso ser gentil, o quanto estou preocupado com ele. 

--Vamos fazer o seguinte: eu quero muito estar com você, não apenas na forma carnal, quero estar em uma relação com você. Vamos devagar, você mesmo disse que isso está sendo um pouco assustador. Precisa de tempo para processar esse novo acontecimento em sua vida, e quando finalmente eu puder desfrutar desse prazer com você, quero que diga que me ama. 

Será que estava indo com muita sede ao pote? Deveria apenas aproveitar a oportunidade e se ele odiar eu posso sumir da sua vida.