O jantar foi calmo até eu estragar tudo! Os Kages tinham mandando muitos presentes para Gaara e eu inventei de dar aquele estupido macacão! Ah! Que ódio! Como vou me mostrar ser um pretendente qualificado se dou um presente bosta desse? Depois que ele recebeu os presentes foi para seus aposentos, e era óbvio que o meu era o pior de todos.
Tentei dormir, me revirei de um lado, revirei de outro e o maldito sono não vinha. Fui ao banheiro, tomar um banho com água bem gelada poderia ser uma solução melhor. Quando me despi percebi que estava ereto, não pensei em nada obsceno, só estava tentando dormir. Também não sentia vontade de urinar, mas estava o meu amiguinho ali, duro feito uma rocha.
Não foi algo totalmente intencional, mas lembrei de quando o vi na enfermaria, seu rosto levemente rosado, seu sorriso, seus olhos eu comecei a imagina-lo nu, na minha cama gemendo sobre mim. Gaara era um pouco mais baixo, curvilíneo, coxas fartas e nossa, imaginar segurando aquela cintura e o fodendo com tudo me levou ao êxtase.
De alguma forma aquilo me fez sentir um pouco sujo, estava ali me masturbando pensando em um cara que com certeza teria repulsa ao ouvir minha declaração. A poucos metros do seu quarto. Tomei banho, vesti minha roupa de treino e saí para treinar pela madrugada.
A Vila da Areia era quente pelo dia e refrescante pela noite, Kankuro tinha comentado que as vezes faz muito frio como se fosse época de neve. Meu objetivo de treinar foi por água abaixo, fiquei ali na varanda da casa do Kazekage contemplando as estrelas e pensando em uma forma de me redimir do presente horrível que dei a ele. Quando o sol mostrou seus pequenos raios desci e fui comer alguma coisa, Kankuro já estava na cozinha preparando o desjejum.
--Bom dia! Não sabia que despertava tão cedo.
--Sim, eu aproveito o máximo de tempo possível para treinar.
--Por isso que você é tão forte e o melhor ninja em taijutsu. Sempre treinando, eu também deveria criar vergonha na cara e me dedicar mais em minhas marionetes.
Kankuro gostava muito de conversar e comparando de quando o conheci pela primeira vez, ele sempre está animado fazendo qualquer coisa.
--O Gaara também acorda cedo?
--Que nada! Aquele é um preguiçoso nato, se bem que não posso culpa-lo muito. Ele passou uma boa parte de sua vida com um biju dentro dele. Tinha que se manter alerta.
Gaara é bem mais forte do que possa imaginar, e não sei de fato o tudo que ele passou, talvez me confessar seja apenas mais um aborrecimento para ele. Decidi conhecer mais a Vila da Areia, comi um pouco com Kankuro e fui explora. Como era ainda muito cedo e a maioria das lojas estariam fechadas fui treinar por algumas horas.
À medida que o tempo passava eu fui me encantando mais pela Vila e entre esses encantos encontrei uma loja de roupa. A loja era limpa, arejada e possuía um perfume de jasmim agradável. Apesar de algumas lojas terem um pouco de areia em seu interior essa era extremamente cuidada e a maioria de suas peças ficavam guardas em grandes armários de vidros. Lembrei que do festival que seria realizado antes do Exames Chunins, estava bem próximo e resolvi comprar umas yukatas novas para mim e Metal.
Um tecido vermelho com pequenas flores douradas chamou minha atenção, aquele tecido é lindo e só conseguia imaginar Gaara o usando, resolvi comprar e tentar pegar de volta o macacão que tinha dado a ele. Com as compras feitas voltei para a casa do Kazekage. Já era fim de tarde e parecia que tinha sido o primeiro a chegar, fui para meu quarto guardar os presentes e pensando se deveria entregar pessoalmente ou deixar no quarto dele.
Logico que tomei a decisão errada, fui ao quarto dele e bati na porta.
--Gaara?
Bati mais uma vez.
--Gaara? Sou eu, Rock Lee.
Estava silencioso, o certo era dar meia volta e esperar ele voltar, mas a curiosidade de ver seu quarto foi maior, bati mais uma vez só para ter certeza que não tinha ninguém, iria olhar bem rápido e sair.
--Gaara, eu tô entrando. Sou o Rock Lee.
Empurrei a porta devagar e fui entrando aos poucos, fiquei um momento parado no portal admirando o quanto seu aposento era grande, e ele tinha uma cama enorme e fiquei pensando que ele era pequeno para tanto espaço. Tinha poucas mobílias e em uma parede uma estante cheia de livros. Agarrado ao seu presente decidi investigar na cama, se ela possuía seu perfume, mas foi nesse momento, no único movimento dos pés que outra porta se abriu.