Capítulo Nove

Estávamos nos beijando de forma mais ardente, Lee passeava suas mãos pelo meu corpo, eu estava pronto para tirar tudo e me entregar a ele, quando fomos interrompidos pelo serviço de quarto. Nos separamos assustados, olhei para ele e o mesmo estava sem blusa com o cabelo bagunçado, mesmo com um pouco de vergonha ele sorria tão radiante que parecia o próprio sol. Ele vestiu a blusa, deu uma passada de mão nos cabelos e foi atender, fiquei de costas para a porta ajeitando minha roupa. 

O garçom organizava nossa mesa e eu meus pensamentos. Tudo está fluindo rápido demais, talvez não devesse prosseguir com essa loucura, e Lee estava apaixonado por mim. E segundo o próprio tinha me mandado vários sinais, mas eu não percebi nenhum, talvez seja porque isso é algo realmente novo para mim. Nunca me apaixonei, meus irmãos nem sabiam como descrever essa emoção, então não sei... Não sei. 

Só reparei que estávamos sozinhos novamente quando ele tocou minha mão, estava sentado do meu lado, me observando com um rosto sereno. Sinceramente, como eu demorei para reparar nele? As vezes ele é um idiota, mas sei que sempre tem boas intenções em suas idiotices, e se olhar atentamente, você consegue enxergar que ele é um homem bonito, charmoso com um olhar intenso. 

--No que está pensando? – Ele está tão calmo que sua voz é bem acolhedora. 

--Lee, há quanto tempo exatamente você sente isso por mim? 

--Nossa! Há muito tempo, desde o momento em que te vi pela primeira vez. No início achava que era apenas um fascínio por conhecer alguém tão forte, e estava ansioso para te enfrentar. Você emitia uma aura assustadora, e isso só me deixava mais motivado a querer te conhecer mais, e seus olhos são tão fascinantes. 

--Lee, eu quase te matei e também quase tirei o seu sonho de ser um ninja. Você deveria ter me odiado. 

Ele sorriu mais ainda, colocou um braço envolta do meu ombro e disse: 

--Apesar do acontecimento infeliz, e você de um jeito cruel e indireto, me motivou mais a ser melhor. Eu demorei a perceber que estava apaixonado por você, foi confuso, mesmo estando casado e com um filho, eu só pensava em você. Achei que poderia estar doente, que algum tipo de verme estivesse comendo meu cérebro, mas o fato é esse. Eu te amo Gaara. 

--Eu não posso te dar uma resposta dessas assim. 

--E nem espero que você me dê uma resposta de imediato, mas espero que me dê uma chance para ganhar seu coração. 

--Isso foi confuso pra você, e você já passou por isso e tem as coisas muito claras agora. Mas para mim é algo novo e assustador. Foi algo repentino. Puxa! Bastou te ver seminu na enfermaria e eu fiquei excitado! 

Lee se remexeu e alargou mais esse sorriso bobo. 

--Você ficou excitado? 

--Sim. 

--Quanto? 

--Muito. 

--Gaara, se masturbou pensando em mim? 

Um pouco envergonhado respondi: 

--Sim. 

Ele se aproximou do meu ouvido e como se contasse um segredo sussurrou: 

--Quantas vezes? 

--Algumas. 

--Algumas quantas? – Sua mão livre movimentava-se na minha coxa de forma preguiçosa. 

--Todos os dias. 

Ouvi um ronco baixo vindo dele, os humanos eram capazes de fazer aquilo? Parecia animalesco e perigoso, isso me deixou excitado. 

--Me diga, tinha fantasias? 

--Lee. – Minha voz saiu como se estivesse desesperado por ele, sua mão segurou firme a minha nuca. 

--Sim? 

--Me sentir atraído por um homem é assustador, mas agora, eu quero estar com você. 

Ficamos nos olhando por alguns segundos e ele tomou meus lábios, gemia como se estivesse saboreando a comida mais gostosa que encontrara. Ele me puxou para seu colo, suas mãos voltaram a percorrer meu corpo e naquela altura eu estava pouco me fudendo se tinha me descoberto gay ou não. Tudo que desejei naquele momento era ser finalmente possuído por aquele homem.