Capítulo Seis

Acordei muito antes do esperado, minha respiração estava um pouco irregular e me sentia embevecido, e claro, meu pênis pulsava molhado. Levantei e sentia meu corpo inteiro dormente, meus passos eram lentos e o banheiro parecia a cada passo mais distante. Eram apenas cinco horas da manhã, meu rosto estava vermelho e ainda continuava ofegante, eu precisava me livrar daquilo entre minhas pernas.

Sentia-me derrotado, mais uma vez, por estar me masturbando pensando, desejando e sonhando com Rock Lee. O que aquele homem fez comigo? Como apenas uma simples olhada em um homem seminu poderia me causar tamanho efeito? Em algum momento comecei a chorar, com certeza tinha algo de muito errado comigo. Não sabia se deveria procurar um médico, e se ele me achasse louco?

O que as pessoas diriam sobre um Kage que gosta de homens? Minha cabeça fervilhava com tantas perguntas sem respostas. Tomei um banho gelado de preferência e me arrumei, sentei na cama e esperei que meu irmão aparecesse. Até o momento em que finalmente bateu na porta parecia uma eternidade, apenas um toque e logo minha areia abriu e o puxou para dentro.

--Está muito bem acordado maninho. Não conseguiu dormir? Faz tempo que isso não acontece.

--Eu dormir, mas acabei levantando muito antes do horário e não consegui pegar mais no sono.

Kankuro ficou me encarando, esperando que continuasse.

--Kankuro, lembra daquela vez que você me levou até aquela ‘casa de banho’?

--E como vou esquecer esse dia? Meu irmãozinho caçula, invadiu meu quarto, onde estava mando a ver com uma linda meretriz e me grita: ESTOU INDO EMBORA! E some no meio da noite?

Em minha defesa, estava assustado, aquilo era algo totalmente novo para mim.

--Sim, e eu já pedi desculpas por isso.

--Certo, o que quer saber daquele lugar?

--Poderia me levar lá?

Se Kankuro tivesse alterado seu corpo como Sasori fez, tenho certeza que seu queixo estaria rolando no chão.

--Você tem certeza? Parece que você não gostou muito de lá.

--Eu já te expliquei da última vez isso, então poderia só me fazer esse favor sem nenhum questionamento?

--Tudo bem, mas você é quem vai pagar.

Concordei e ele disse que no sábado me levaria, e por fim eu me livraria desse tormento que era a presença de Rock Lee. Até o sábado chegar parecia um longo tormento, dês do dia da yukata eu não vi mais ele, até seus amigos estavam achando estranho ele sumir por tanto tempo. Disseram que ele sempre foi de treinar muito, mas nunca perdia uma refeição e a oportunidade de estar com a turma.

Eu fiquei triste e ao mesmo tempo sentia uma leveza no meu coração. Quando o dia D chegou, coloquei uma roupa escura e um chapéu, queria ficar o mais desapercebido possível, Kankuro combinou de encontrar comigo atrás da academia ninja, não entendi muito bem mais concordei. Já era uma hora da madrugada, estava frio e escondido entre as árvores fiquei atento a chegada do meu irmão. Ele não demorou muito e vinha tagarelando animado com alguém. Com quem raios ele está conversando? Qual parte de ser discreto ele não entendeu?

--Gaara?

--Há duas casas em chamas, uma cara e uma barata. Em qual delas a polícia apaga o incêndio primeiro?

--Em nenhuma, isso é serviço dos bombeiros.

Saí de meu pequeno esconderijo e congelo na hora quando vejo o convidado extra. Kankuro sorriu e apontou para Lee:

--Trouxe nosso amigo! Ele também está solteiro, e Neji e TenTen já estão juntos, então resolvi trazer ele. Vai ser legal a noite! Quatro solteirões se divertindo!

Nossa, muito legal. Meu irmão mandou bem... Que raiva! E agora? Como vou me portar diante dele? Lee sorriu mínimo para mim e seguimos Kankuro pela estufa, em uma área que estava fechada para reformas, atravessamos uma porta escondida por algumas madeiras, seguimos em um corredor escuro, ainda bem que a passagem foi rápida.

Kankuro empurrou uma pedra e um pouco mais a frente tinha uma carruagem muito simples nos esperando. Baki, meu velho professor estava pronto para nos levar onde quisermos. Essa noite só estava ficando cada vez melhor.