Sonic The Hedgehog: Outside N'Counter

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    Capítulos:

    Capítulo 27

    Engrenagens culposas - Parte 3: "Fais-moi voler"

    Violência

    Ainda mais emoções aguardam nesse capítulo.

    Espero que gostem.

    Nova Mobotrópolis | Noite.

    Coliseu da cidade

    Forget Me Knots in Concert estrelando Mina Mangusto e Orquestra de Nova Mobotrópolis

    A arena estava completamente lotada. Podemos sim dizer que Ash Mangusto, agente e namorado de Mina Mangusto, tinha faro artístico, visão criativa e tato de sucesso, pois o show estava encantando a todos. A cantora mangusto esbanjava alegria e energia em mais uma música, já totalizando quatorze, alternando entre seus maiores sucessos e músicas inéditas. Na boutique a venda de álbuns era grande, mostrando que realmente a receptividade do show foi mesmo confirmada.

    E cantando no palco, Mina terminava mais uma música:

    —  Proteção... e companhia!

    Tudo isso só pode vir se for do coração...

    Por isso, devemos sempre ter...

    Você com a gente agora...

    E para sempre!

    Sob os gritos eufóricos da platéia, finalmente Mina terminou a música que homenageou Nicole no último show que tiveram durante o domínio de Naugus (Sonic HQ #241). E justamente referente a holo lince que todos amam que Mina diz:

    — Nicole, você poderia vir aqui no palco?

    E ela, um pouco envergonhada, sendo olhada por Sally e Sonic, diz:

    — Ah... Eu não sei se devo...

    — Está brincando, Nicole? Vai lá! – Disse Sally, sorrindo.

    — Gatinha, não fica com essa timidez! Vai lá e detona! – Disse Sonic, piscando um dos olhos.

    Depois de relutar, Nicole se levantou e seguiu até o palco, com todos chamando por seu nome. Já próxima a Mina, a mangusto a abraçou dizendo:

    — Eu precisava mesmo te agradecer por tudo que você fez pela gente desde sempre! Não poderia deixar de mostrar a todos esse sentimento... E eu sei que todo mundo pensa da mesma forma, NÃO É GALERA?

    Nem posso dizer que a resposta foi mais que positiva, não? Nicole foi ovacionada pelo aproximadamente cinco minutos, com todos batendo palmas, mostrando todo o carinho que tinham pela bela holo lince. Ela, comovida e chorando, só pode dizer:

    — Obrigada, meu povo... VOCÊS SÃO DEMAIS!

    A emoção estava tomando conta do coliseu. Muitas lágrimas e sorrisos eram vistos nos rostos esperançosos e amigáveis dos habitantes de Nova Mobotrópolis. E ainda nesse cenário contagiante, com Nicole dê despedindo e voltando a seu lugar, Mina caminhou até a ponta do palco e diz:

    — Pessoal... Bem, foi uma noite espetacular e com muito agito... Mas uma hora o show tem que acabar... Agradeço de coração a presença de todos vocês. A gente curtiu pra valer, NÃO FOI?

    Já com o o sentimento de final de show, todos estavam felizes com o que viram. E no menor movimento de saída dos alí presentes, eis que a luz diminuiu no palco, fazendo com que Mina Mangusto sumisse na escuridão. Sem alarde e aviso nenhum, algo de anormal estava acontecendo... Será? Com esse pensamento, Sally diz:

    — Hã? Onde está a Mina?! Tem algo errado...

    — Ah... Será que... Gente, isso não é normal... – Disse Rotor, largando seu balde de pipoca.

    — Pessoal, acho melhor a gente... Hã? Mas... – Tentou dizer Sonic, vendo um movimento no palco.

    E não era pra menos: caminhando até a luz de um holofote que iluminava o microfone no suporte, eis que Vicent surgiu, segurando a guitarra de Max Macaco. O jovem humano, olhando para todos, diz:

    — E aí, gente? Vocês pensaram que tinha acabado? Haha... Voltem! Eu tenho um presente pra vocês...

    Risadas foram ouvidas, pois todos entenderam que era uma brincadeira, fazia parte do show. Tanto que Sonic diz:

    — Hahaha! Trollagem épica essa, hein! Esse overlander me paga! – Disse, se levantando – Aí, Vince! Que tu tá pensando em fazer?

    — Hã? Ah é você, Sonic. O que você quer?

    — O que eu quero? Haha... Você está tomando conta do show da Mina agora, é?

    — Não não... É só um presente mesmo.

    — Eu gostei de ouvir isso. O que você vai fazer? Vai começar a contar piada ou fazer um show de prova de força?

    — Não... Eu estou aqui pra cantar.

    — CANTAR!? SÉRIO? HAHAHA! Essa eu quero ver e ouvir, melhor segundo lugar!

    Um coro de centenas de mobianos começaram a ser ouvido, com muitos dizendo:

    — Cara, ele vai cantar mesmo?

    — Se é. Num show da Mina...

    — Esse cara toca bem, mas cantar?

    E um deles, bem conhecido, deu sua opinião:

    — Tô contigo, Vicent! – Disse Denzel Gato, amigo do humano – Tô ligado que tu vai fazer essa gente ficar neura, falei?

    E no palco, se preparando, Vicent diz:

    — Desde que eu cheguei nessa cidade e estive com os Lutadores da Liberdade, eu fiquei sabendo de toda a história. Muita coisa aconteceu e... Bem, eu tive muito medo do que podia acontecer comigo. A Nicole sempre me apoiou, mesmo que conhecesse pouco de mim... e isso só foi multiplicando com a Sally, Tails, Rotor, Amy, o nosso rei Elias, todo o conselho... e o Sonic. E enquanto estava no hospital eu conheci a senhora D'coolette... Bunnie. Ela me mostrou Antoine e... Ele está lá agora, no hospital... Recebendo todos os cuidados e carinho dela e de todos os médicos... Então eu disse pra Mina que queria fazer parte do show e... homenagear o Antoine.

    Talvez Vicent não soubesse o tamanho do contentamento que ele traria com suas palavras. Até mesmo Sonic, que estava levando na brincadeira, logo tratou de dizer:

    — Aí, Vicent...

    — Hm? O que foi?

    — Arrasa, camarada!

    — Pode deixar!

    E ele, preparando sua guitarra, com os músicos ao redor pegando seus instrumentos, diz:

    — Essa música que irei cantar agora é minha homenagem ao Antoine. Essa canção era cantada pelo meu pai quando eu era criança... Espero que gostem...

    É, pelo visto a noite de show não estava acabando...

    Enquanto isso...

    Continente de Soumerca

    Após ter derrotado de forma terrível os Chaotix, Shadow, junto com Lien-Da, caminhavam em procura do paradeiro de Drago, que havia sequestrado Knuckles. A grã mestra, astuta, havia colocado um localizador no lobo legionarizado, sabendo então para qual direção ir. E de fato essa era a contribuição da equidna para seguirem com o acordo. E sob essa ótica, Shadow diz:

    — Isso tudo me incomoda muito...

    — Hm... Arrependido de ter surrado seus companheiros? Eu amei, hahaha!

    — Você deveria se calar... Não estou falando disso e você sabe...

    — Ah sim... Eu sei exatamente do que está dizendo. Bem, estamos em uma área que eu desconheço, então só temos esse localizador. Mas é necessário que guardemos um pouco de discrição, pois o inimigo por... – Tentou dizer Lien-Da.

    — Cale-se.

    — Você não é um cavalheiro, sabia?

    — Hunf... Isso não importa. Eu só quero terminar logo com isso. Já estamos perto?

    — O imprestável do Drago está próximo. Estamos ao menos a três quilômetros de onde o sinal indica onde ele está...

    Mas durante a caminhada no ambiente soturno que se encontravam, Shadow logo começou a pensar:

    — *Ela parece não saber de absolutamente nada... Talvez seja um blefe? Hm... Improvável. Ela não correria o risco que teve... Bem, isso não importa no momento. Só o que importa é...*

    E antes que ele mantivesse o raciocínio, Lien-Da diz:

    — Você ainda não me disse o porquê de você estar aqui... Será que você tem mais segredos que eu imaginava?

    — Não... Acho que sua curiosidade é maior que a quantidade de segredos que tenho, os quais não tenho a obrigação de compartilhar com você.

    — Não se esqueça do nosso acordo.

    — Não me esqueci e irei até o fim com o que disse. Porém você só terá as informações que eu achar que devam ser ditas... em prol dessa “cooperação” de poderes.

    — Hehe... De acordo.

    E voltando a pensar, eis que Shadow:

    — *Ômega... Desde que adquiriu consciência ele não parou de agir por conta própria, ignorando até o peso de suas escolhas... Agora estou aqui, procurando por seu paradeiro, junto a uma inimiga... que é a única aliada que tem conhecimento e estrutura para conseguir nossos objetivos. Hm... Onde está você?*

    E então descobrimos o porquê de Shadow estar em Soumerca, justamente onde todos os ocorridos estão se desenrolando. Mas o que de fato houve? E porque não pediu ajuda aos Chaotix ou até mesmo a Sonic? Existem muitas perguntas mas poucas respostas.

    Após seus pensamentos, os dois continuaram seguindo mata a dentro, se aproximando a cada metro do seu destino. Aquela noite ainda guardaria muitas intrigas que definitivamente iriam trazer consequências e reviravoltas.

    Enquanto isso...

    Rusty Ruin | Vila Abandonada

    Por ser uma área bastante instável de Mobius, chuvas eram constantes. E com um fraco chuvisco na pequena vila abandonada, Ray e Charmy estavam sentados a frente de uma lareira acessa a fim de se aquecerem. Abrigados em um casebre rústico, aí fundo podíamos ver Espio, Might e Vector deitados em camas improvisadas. Ainda desacordados e feridos, o trio gerava preocupação aos dois, com Charmy dizendo:

    — Ainda bem que conseguimos trazer todo mundo pra cá... Minhas asas estão cansadas.

    — Ah... Isso é ho-horrível, Charmy... Por-porque o Sha-shadow fez isso? Não faz sen-sentido...

    — Eu sei... Eu sempre vi o Shadow como alguém misterioso... e eu até me inspirava nele e...

    — Charmy, para de di-dizer isso!

    — Mas eu só estou dizendo que...

    — Ve-veja o que ele fez! Derrotou to-todo mundo sem pena!

    — Mas...

    — En-encare os fatos, Charmy! Es-estamos sozinhos no meio do na-nada, com no-nossos amigos inco-inconscientes e não sa-sabemos o que fazer!

    — Espera! Ray... A gente pode usar o anel warp do Vector pra sair daqui!

    — Ah... Isso é uma boa id-deia!

    Eles então correram até Vector e pegaram a suposta solução para o problema. Porém, ao pega-la, Charmy diz:

    — Ih... Tem uma coisa que o Vector me disse uma vez...

    — O que?

    — “Pra usar um anel warp você precisa saber exatamente para onde quer ir” essa foram as palavras dele.

    — Tu-tudo bem... Então vamos pa-para Nova Mo-mobotrópolis!

    — Eh... Ah... Bem... – Tentou dizer Charmy, coçando a cabeça.

    — O que foi?

    — Como se faz isso?

    — Hã? Mas vo-você que deu a ideia! Como eu vou sa-saber?

    — Ei, eu não sei de nada! Não tem manual de instruções dessa coisa!

    — Então co-como vamos fazer?!

    — A gente pode tentar usar e ver como é... Não deve ser difícil.

    — Tá... Mas vamos lá pra fo-fora!

    E como Ray disse, os dois foram para fora, distante do casebre. Mesmo com o pouco de chuva, isso não os desmotivou. Segurando o anel, Ray diz:

    — Be-beleza... Vamos ver se fun-funciona... Ah... Não sei como co-começar... Me dá uma di-dica.

    — Tenha ficar pensando em onde você quer ir... Sei lá.

    — Tu-tudo bem então... Lá vai! – Disse, arremessando o anel warp em seguida.

    E como ela fez, o anel warp se abriu, porém ao olharem através do portal aberto não viram nada. Charmy logo diz:

    — Ueh... O que você pensou?

    — Ora... Na cidade...

    — Que cidade?

    — Nova Mo-mobotrópolis, ora!

    — Mas não funcionou! Você pensou mesmo?

    — É cla-claro que sim! Eu pen-pensei!

    E enquanto a dupla discutia, uma mão metálica é vista saindo do portal. E não só uma como outras travem eram vistas. Com ruídos metálicos sendo ouvidos, Charmy diz:

    — Ray... Ah... Acho que temos um probleminha... – Disse, apontando.

    — Hã? O que... – Disse, se virando.

    E a frente dos dois, que olhavam aterrorizados, uma frota de badniks batedores brotavam do portal. E Charmy logo diz:

    — Ray, você pensou em Nova Mobotrópolis mesmo!?

    — Charmy... Vamos sair da-daqui!

    Os dois então voaram a disparada para se salvarem. Um enorme problema atingiu aos Chaotix.

    Enquanto isso...

    Arredores de Rusty Ruin

    Já distantes da fatídica área de luta a caminho do paradeiro de Drago, Shadow e Lien-Da andavam as pressas para chegar ao destino. Mas mesmo durante o trajeto Lien-Da continuou a conversar:

    — Já estamos quase lá... Mas já uma coisa que não bate...

    — A que se refere? – Perguntou Shadow.

    — Vocês da GUN tem uma estrutura invejável, com vários overlanders treinados etc... Porque você sozinho veio até aqui nesse fim de mundo?

    — Existem respostas que não lhe darei... E isso faz parte do acordo.

    — Faz parte do acordo também partilharmos informações... – Disse, desligando seu localizador.

    — Hm... Porque fez isso? – Disse Shadow.

    A equidna não somente desligou o dispositivo como também parou de andar. Mostrando irritação, ela diz:

    — Eu lhe dei mais informações que você... Então eu exijo uma contra parte.

    — Não. Eu já lhe disse o que você precisava saber. Contente-se com o que tem.

    — Você acha mesmo que eu me contento com migalhas? Você tem sorte de eu ao menos ter te ouvido pra início de conversa.

    — Mulher tola... Esse acordo de cooperação vale mais pra você do que pra mim. Por isso ainda está viva.

    — Hm... Muito bem então. Façamos assim: eu desisto do acordo e sigo com minha vida. Você faz o mesmo. Está bom pra você? Só que dessa forma você não obtém as respostas que quer. Pra mim não vai mudar nada, já que você não me dirá o que quero ouvir...

    O ouriço, que de fato foi colocado contra a parede, se irritou com a abordagem debochada de Lien-Da. Mas sabendo que não poderia deixar a oportunidade escapar, ele diz:

    — Estou atrás de alguém.

    — Quem?

    — Alguém... e é o máximo que saberá.

    — Hm... Porque está atrás desse alguém?

    — Respostas...

    — E para que seria?

    — Eu não sei...

    — Então porque está atrás dessas respostas?

    — Para saber o porquê de eu estar aqui... Sim, é confuso de compreender. Mas é isso mesmo.

    Por um breve momento, Lien-Da se colocou em pensamentos, já que a pessoa cujo Shadow estava atrás não teve seu nome revelado.

    — *Até onde sei, Shadow nunca se preocupou por alguém desde que apareceu em Mobius... E porque essa preocupação? Não faz sentido... E ele facilmente poderia ter pedido ajuda àqueles patéticos Chaotix...*

    E o ouriço, percebendo a quietude de Lien-Da, diz:

    — Você quer anular nosso acordo?

    — Hã? Digo... Eu só tenho uma última pergunta...

    — Diga logo e vamos com isso.

    — No fim disso tudo você verá a todos como Inimigos?

    A pergunta da grã mestra da Legião Sombria pegou Shadow de surpresa. O ouriço agente da GUN não esperava por isso e, decidido, diz:

    — Como eles me verão, seja como aliado ou inimigo, será uma casualidade de acordo com minhas escolhas daqui pra frente...

    — Então é isso... Você não sabe o... – Tentou dizer Lien-Da, interrompida por Shadow.

    — Entre o bem e o mal... Como me vê? O que eu sou pra você? Um aliado? Uma peça que você está usando a sua conveniência? Eu sei, madame... Sei perfeitamente porque aceitou o acordo... e quero que saiba que eu não irei ser ludibriado nem enganado. Aprendi com o tempo a lidar com minhas escolhas. Bem ou mal... Quem se importa? Eu não sou o dono da verdade... e muito menos o único culpado.

    — Do que está falando?

    — Tudo que passamos nesse planeta... Você, Eggman... Sonic já poderia ter aniquilado a todos vocês, mas ele escolheu a compaixão. E vocês escolheram continuar a fazer o que sempre fizeram. O poder das escolhas, acima do bem e do mal... Eu detesto essa dualidade, mas elas caminham lado a lado... Mas eu estou além desse ditado.

    — E o que você escolheu?

    — Seguir com minhas ambições e objetivos. Tenho uma missão e um dever. Uma é pela GUN... e o outro é por mim mesmo. Sem estar acima ou abaixo... eu cumprirei a todas.

    — E se te virem como um vilão? Isso com certeza iria – Tentou dizer Lien-Da.

    — Não comece com essa discussão novamente. Vilão... Herói... São rótulos que não demonstram coerência na maior parte do tempo. Esqueça. Você não vai ouvir o que quer... e já chega.

    — Hehehe... Tudo bem então. Eu já consegui minhas respostas...

    Entretanto, como que por mágica, Shadow e Lien-Da se vêem frente a uma legião de badniks, que vieram voando e aterrissaram exatamente onde estavam. Lien-Da, impressionada, diz:

    — O que?! Badniks?

    — Hm... Que conveniente. Consegue controlá-los?

    A equidna começou a mexer em seu dispositivo, tentando a todo custo uma comunicação:

    — Armada de badniks. Aqui é a grã mestra da Legião Sombria Lien-Da Equidna... Eu os ordeno parar com o ataque!

    Mas suas armas lotadas em seus braços deram uma resposta a tentativa de Lien-Da em tentar para-los, com Shadow dizendo:

    — Pelo visto já foram controlados pelos Nocturnes.

    — Maldição... Então não temos escolha... – Disse Lien-Da, começando a emanar seus poderes elétricos.

    — Um breve incoveniente... que facilmente trarei a solução.

    E com isso chegamos a um novo estágio dessa saga!

    Rusty Ruins Ato 1: Run, Rush & Rain

    Música : “Grace” by Guilty Gear XX

    Diante a uma manada de dez badniks dominados pelos Nocturnes, Lien-Da, já munida com seu chicote energizado por seus poderes elétricos, facilmente destruiu dois dos robôs, com Shadow dando cabo a outros cinco de uma só vez usando sua velocidade e força. Mas mesmo com a força dos dois isso seria uma tarefa difícil: mais e mais badniks chegavam, prestes a começar a atirarem, como Lien-Da disse:

    — Eles já estão com suas armas engatadas. Em breve esses badniks irão... – Tentou dizer, interrompida novamente por Shadow.

    — Era de se esperar seu desespero, madame... – Disse, segurando em uma das mãos de Lien-Da.

    — Hã? Mas o...

    — CONTROLE DO CAOS!

    Como um raio, Shadow levava Lien-Da, enquanto atropelava sem dificuldades uma legião de mais de vinte badniks que já atiravam sem pestanejar. Mas mesmo com os projéteis sendo disparados, a velocidade de Shadow unida a força de inércia causava um pulso a sua frente, limpando o caminho. A grã mestra, quase sem ar e sem ação, logo diz:

    — Ah... Sha-shadow... Eu não estou aguentando...

    — Hm... Permita-me...

    Shadow então jogou Lien-Da para o alto com toda a força que tinha, fazendo com que a equidna praticamente alçasse vôo. A muitos metros de altura e desesperada, não tendo controle da situação, diz:

    — AHHH! O QUE DEU NA CABEÇA DESSE OURICO?!

    Enquanto Lien-Da estava no ar, Shadow pode ter mais liberdade em seus movimentos, golpeando com ainda mais força e velocidade a todos os badniks que estavam ao redor. Ele então executou um salto, concentrando seus poderes. E após disso, diz:

    — LANÇAS DO CAOS!

    Dezenas de lanças pontiagudas formadas com o poder do caos de Shadow são arremessadas contra os badniks restantes, causando bastante estrago a armada, que agora estava diminuída por causa da investida de Shadow.

    Mas não só no chão as ameaças estavam. Lien-Da, ao estar a muitos metros de altura, vinha em queda livre, olhando para o chão e vendo os ataques devastadores de Shadow. Mas novamente a surpreendendo, vários drones se aproximavam dela, já dando uma impressão que não eram aliados. Ela então diz:

    — Eu não sou um peso morto aqui, máquinas imprestáveis!

    Ela então foi ao encontro de cada uma, as destruindo com socos energizados e, usando seu chicote, pegou carona de um deles para ser levada para os mais próximos. A equidna era mesmo habilidosa em combate, conseguindo evitar sua queda ao mesmo tempo que entrava em combate contra inimigos voadores. Seja na terra ou no ar, os dois estavam controlando a situação, enquanto uma chuva densa começou a cair, com ventos fortes e frios.

    Com o último drone Nocturnes ativo, Lien-Da o domou, controlando sua direção para até badniks que estavam prestes a atacar Shadow. E o ouriço se surpreendeu ao ver os robôs explodirem após Lien-Da levar o drone a se chocar contra os badniks, causando uma enorme explosão. E após o acontecido, ela executou um salto mortal, aterrissando a frente de Shadow, dizendo:

    — Pode fechar a boca. Seu queixo está quase caindo.

    — Bom movimento, madame...

    Mas ela ainda estava irritada e, rangendo os dentes, diz:

    — Escute aqui, seu desgraçado... Nunca mais tava isso novamente... NUNCA MAIS! Entendeu?

    — Hm... Entendido.

    — Hunf...

    — Bem, vamos continuar...

    — Espere... Esses badniks nos atacaram, mas... Como sabiam que éramos inimigos? Drago deve ter um comunicador com quem o controla...

    — ... ou essa pessoa quem o controla nos conhece.

    — O que? Ah... Isso também é uma possibilidade. Mas quem faria isso?

    — Existem muitos... Como seus soldados, madame.

    — Hm... Você tem razão. Mas o idiota do Drago continua se movendo... Estamos perto.

    — Então continuemos com o rastreamento...

    Ligou depois da breve conversa, os dois voltaram a caminhar, seguindo mata adentro. E mesmo com a chuva torrencial que assolava a área de Rusty Ruins, isso não os impediu e sequer atrapalhou o sinal. E durante o caminhar, Shadow pensou:

    — *Esses badniks... Eles estavam agindo como... o Ômega...*

    Uma incógnita surgiu na mente do ouriço. Alguma relação com o sumiço de seu aliado metálico?

    E voltando a cidade de Nova Mobotrópolis...

    Hospital Memorial Tommy Tartaruga | Noite

    UTI do hospital.

    Após os gritos desesperadores de Bunnie, que estava abraçada ao Antoine, Dr Quack ouviu o brados e logo correu até o quarto. Ao ver o leitor de frequência cardíaca disparar, logo diz:

    — SENHORA, SAIA DE PERTO DELE!

    — DOUTÔ! SARVA ELE! POR FAVOR! NÃO DEIXA MEU TUANE MORRER!

    Prontamente, o doutor chamou sua equipe, que apressadamente começaram a fazer todo os procedimentos de emergência.

    E começa agora a batalha de Bunnie e Antoine... pela vida.

    Nova Mobotrópolis “Dramatic Battle”: 

    The Antoine's Fight

    Música: “Watch Me Fly” by Crush 40

    E durante todos os acontecimentos no hospital, o show no coliseu de Nova Mobotrópolis continuava, com Vicent começando a cantar sua música. Com um arpejo mais tranquilo e calmo, ele começou a cantar, mostrando emoção em sua voz. Frente ao microfone, ele cantava:

    —  Bem, eu estive pensando sobre quem sou eu...

    E sobre o quanto seguia para ver o fim.

    De onde eu comecei, quando acreditei que tinha vencido...

    As atenções de todos os presentes no show estavam todas a letra que o humano cantava. As pessoas não estavam gritando ou vibrando, mas isso era em sinal de respeito. Era uma homenagem sincera a Antoine, por alguém que nunca o conheceu mas sabia de sua importância. Porém um certo alguém via de uma outra forma: Elias, abraçado a sua esposa, Meggie, que segurança seu filho, Alex, teve a lembrança do dia que Antoine se sacrificou para que pudesse fugir depois do ataque de Metal Sonic a sua caravana (Sonic HQ #234).

    — *Eu nunca vou esquecer o que Antoine fez por mim e minha família naquele dia... Eu não tenho palavras pra expressar minha gratidão a ele. E essa homenagem de Vicent... É maravilhosa.*

    Ao mesmo tempo do show, Antoine estava sendo levado as pressas para a emergência do hospital. Bunnie estava em prantos, seguindo a maca que levava seu esposo. A luta continuava, sem tempo para recuar. Antoine estava travando a batalha mais difícil... para manter sua vida. E só dependia dele...

    E no show, Vicent cantava:

    —  Enquanto o suor rola pelo meu rosto

    Ponho meu coração nesse meu lugar

    Volto no tempo para ver no que eu tenho vivido...

    No coliseu, os Lutadores da Liberdade se lembravam de seu amigo a cada estrofe que Vicent cantava. Um deles em especial foi Sonic, que pensou:

    — *Eu estava lá, Tuane... Eu fui testemunha de você ter pedido em casamento a Bunnie (Sonic HQ #173)... Eu lembro muito bem que você estava muito feliz... e a Bunnie também. Hehe... Você se garantiu lá, cara... Foi massa demais... Força aí, Tuane. Tamo junto contigo!*

    O ouriço foi sempre o que mais brincou com Antoine, mas sempre com o mesmo grau de companheirismo e respeito que ele representava ao Lutadores da Liberdade. Sonic lembrou exatamente do que Antoine disse: era um belo dia em um campo próximo a Knothole, onde o coiote tomou coragem e se ajoelhou, pedindo a mão de Bunnie. Sonic e Amy foram as duas testemunhas do momento único:

    — Bunnie Rabbot... Você me darrá a enorme honra de se tornar a minha esposa?

    — Ah... Antoine! E-e-e-eu aceito!

    Essa lembrança trouxe de fato uma sensação dupla em Sonic, pois momentos antes a traição de Fiona Fox havia trazido muita revolta ao seu coração, não só por causa disso mas pelo o que a raposa vermelha fez a Tails. Mas o ouriço passou por isso e, olhando para seu amigo raposa, percebeu o quanto isso contribuiu para seu crescimento.

    No palco, Vicent esbanjava desenvoltura na guitarra e, surpreendendo o público, com sua voz.

    —  Minha vontade, meu jeito...

    Meu medo desaparece...

    Com asas eu voo alto...

    BEM ALTO!

    Veja-me voar!

    E justamente do Tails que falemos agora, pois o menino raposa também tinha lembranças do que Antoine teve em sua vida. Ele se recordou do dia que visitaram seu lugar favorito, a Cocoa Island, onde os levou para passar um período de férias após a queda do domínio de ferro de Regina Ferrun, a Rainha de Ferro. Por lá passaram por muitas confusões contra a Armada Battle BIRD, seus antigos inimigos. Por sorte tudo acabou bem, mas Tails guardou consigo os ensinamentos daquele dia.

    — *Hehe... Eu me lembro bem. Antoine e Bunnie estavam felizes... Acho que foi a primeira vez que eles ficarem em paz sem se preocupar com lutas nem nada... Passamos uns maus bocados por lá, mas Antoine me ensinou a não parar de lutar mesmo contra o azar... Parte da minha força veio de você, Antoine...*

    E ao mesmo tempo, no hospital, Bunnie somente poderia torcer por Antoine. Entre a vida e a morte, só ele poderia lutar dessa vez. Dr Quack, junto com os outros médicos e enfermeiros, já faziam os procedimentos para reverter o quadro grave que Antoine estava. O médico, preocupado, pensou:

    — *Nem o anel de força tem poder suficiente para mantê-lo vivo. A aposta do Sonic só foi provisória... Droga! Não temos muito tempo... Vai, Antoine... Reage... REAGE! VAMOS!*

    No leitor de frequência cardíaca, seus sinais eram fracos. O tempo era seu principal Inimigo. Não havia nada mais a ser feito pela equipe médica. Só dependia da força de vontade de Antoine...

    ________/__/________/_____/_____________

    O show continuava no coliseu. A emoção tomou ainda mais proporções, já com habitantes tendo lágrimas em seus olhos. Os Lutadores da Liberdade sempre protegeram a todos e os pedidos de melhoras a Antoine eram diários. Vicent, inspirado em sua voz, continuava a cantar:

    —  É só o meu coração selvagem batendo

    É só a minha vontade de viver a vitória, sabe?

    Preciso muito disso

    Vida é onde a corrida começa

    Movido pela nostalgia, Rotor já estava chorando, como Nicole pode ver:

    — Está chorando, Rotor...

    — Estou sim, Nicole... A gente luta junto a muito tempo. Não tem como não pensar no Antoine... Eu... Eu queria ele aqui com a gente...

    — Eu também, Rotor... – Disse, abraçando o morsa – Na verdade todos nós... E em breve ele estará... Eu acredito!

    — Eu também! – Disse, retribuindo o abraço e pensando em seguida – *Eu nunca senti tanta emoção assim antes. É como se eu pudesse mesmo ouvir meu coração me dizer que estou fazendo parte de uma luta... junto com o Antoine. Meu amigo, você nunca estará sozinho...*

    E o overlander, inflando o peito e entregando cada palavra com entusiasmo na letra da música, continuou a cantar:

    —  E todos os anos em que perguntei o por quê

    Comecei velozmente com olhos abertos, vê?

    Ela vive em mim

    E agora ela é o que ME LIBERTA!

    E dessa vez, já bastante emocionada com o momento, Sally era de longe a mais emotiva, com lágrimas em seus olhos e com suas duas mais juntas, como se estivesse em preces. Acostumada a sempre ter Antoine a seu lado, ela ignorou totalmente a privacidade de seus pensamentos e logo se colocou a dizer:

    — Vicent... Eu estou entendendo perfeitamente o que essa música representa pra você e... Nossa... Ela enaltece tudo que eu sempre vi nos Lutadores da Liberdade!

    Sonic não pôde evitar de ouvir, dizendo:

    — Sally... Você...

    — Sim, Sonic. Eu estou torcendo pelo Antoine. Desde que essa música começou eu senti uma vontade de estar com eles dois agora. Eu sei que deveria estar lá, mas eu estando aqui já representa muito...

    — Sim... Hehe... O Antoine ia gostar de ver a gente rir e se divertir e não de ficar triste e cabisbaixo.

    — Sim...

    E a música continuava:

    —  Minha vontade, meu jeito...

    Meu medo desaparece...

    Com asas eu voo alto...

    BEM ALTO!

    Veja-me voar!

    E em forma de crônica, enquanto o show continuava, Sally continuava a falar com Sonic. E justamente voltando ao cenário do hospital, víamos Bunnie a frente da porta da emergência, sob muita oração e desejos de melhora a seu amado marido.

    “Todos nós lutamos todos os dias... Seja por si mesmo ou por alguém. Nossos entes queridos são como jóias lapidadas, raras por natureza, mas que um dia tem seu fim. Assim é a vida, mas... O que fazemos em vida ecoa pela eternidade e tudo que deixamos para as próximas gerações são tesouros que serão guardados com todo o carinho possível...”

    No hospital, Dr Quack fazia o máximo possível para manter Antoine vivo, mas os meios eram poucos. A cada segundo que passava o leitor de frequência cardíaca só trazia más notícias:

    _______/___/______________________/______

    O coliseu já estava completamente envolto numa corrente de preces e torcida por Antoine. Todos unidos, seja quem fosse, mostraram que a força e confiança que todos depositavam nos Lutadores da Liberdade não era algo somente casual. Antoine era praticamente parte de uma família chamada Nova Mobotrópolis: não havia uma pessoa que não estivesse orando por sua causa no momento. E Vicent não parou, com sua voz ecoando para todos os cantos do lugar:

    —  Eu mantenho esse fogo... queimando dentro de mim

    O estímulo do desejo

    Tomando conta... tomando conta de mim!

    “Não é somente uma música. É um presente carinhoso para cada um que se opõe ao mal, que não desiste nunca e que todos os dias sai para a luta de cabeça erguida, com coragem e sabedoria. Não... Não é somente uma música. Posso dizer que verdadeiramente nós vivemos para ser os Lutadores da Liberdade! Temos um ao outro... e nada nem ninguém tem um poder como o nosso! Antoine, eu sei que você está ouvindo isso... Eu sei! Então luta... LUTA CONTRA TUDO! FAZ SEU VÔO! SEU MAGNIFICO VÔO! NÓS VAMOS TE VER!”

    Num incrível solo de guitarra que fez ainda mais a emoção aumentar, Vicent agraciou a todos sem cansar:

    — Agora, eu acredito se perto ou longe...

    A estrada está ventosa ai onde voce está...

    Tente fazer a curva, a proxima volta, como sempre aprendeu...

    “Não deixe de lutar... Você não é um covarde... VOCÊ NUNCA FOI UM COVARDE! Sempre esteve lutando com coragem e força... ENTÃO NÃO OUSE PERDER ESSA LUTA! VAI, ANTOINE!”

    De volta ao hospital, Bunnie olhava para dentro do vitral, vendo que todos os médicos estavam fazendo o que podia para reverter a situação, mas até ela mesma sabia que eles não podiam fazer muita coisa. E como último recurso, a coelha tomou coragem e entrou na sala, para surpresa de Dr Quack, que diz:

    — Bunnie?! Saia! Você não... – Disse, sendo interrompido.

    — TUANE, LUTA! OCÊ NUM VAI ACEITAR ISSO! EU SEI QUE OCÊ TÁ ME OUVINDO! VAI!

    — Bunnie?!

    — EU SEI... – Disse, chorando – EU SEI QUE TÁ ME OUVINDO! TU DEVE TÁ SOZINHO AÍ... MAS OCÊ NUM TEM QUE DESISTIR! VENÇA ESSA LUTA! SÓ VOCÊ PODE!

    E voltando ao coliseu, já com Vicent também chorando, ele cantou com ainda mais emoção nos momentos finais de seu cântico:

    —  E assim eu finalmente vejo meu caminho

    Em linha reta passou-se o ontem, meu amigo

    Tenho querido pelo melhor, buscando PARA SEMPRE...

    O ápice do show. 

    O ponto crucial da luta de Antoine, como todos estavam torcendo por sua melhora. Mas no hospital Bunnie usava suas palavras, estas vindas de seu coração, para ajudar seu amado a lutar... sem desistir.

    — VAI! EU SEI QUE OCÊ É FORTE! JÁ AGUENTÔ COISA PIOR! EU SEI QUE OCÊ TÁ OUVINDO!

    “Nós estamos com você, Antoine. Não há ninguém que pode com você nessa luta. Ouça e veja... Estamos todos torcendo por você... Toda a cidade... VEJA SÓ O QUE TE ESPERA! VAI, ANTOINE! VAI...”

    As palavras em forma de crônica da princesa Sally só fizeram ainda mais o fervor do momento passar mais energia a Vicent, que bradou alto:

    —  FAÇA... ME... VOAR!

    Numa arrebatadora performance, Vicent terminou sua música entregando mais do que imaginava. Todo o coliseu passou a gritar alto o nome do Antoine. Num momento inédito, o Conselho Acorn e toda a realeza pôde ver seu povo unido a uma mesma causa dessa forma. Naquele momento podia-se sentir uma energia diferente no ar...

    E no hospital Memorial Tommy Tartaruga...

    __________/______________________________

    O olhar atônito de Bunnie diante uma sala de emergência em silêncio, com o som agudo do monitor cardíaco demonstrava o pior...

    O sinal cardíaco se foi...

    A esperança...

    O desejo...

    A emoção que aflorou...

    Se esvaindo ao chegar da razão...

    A cada segundo, a constatação ganhava força...

    Mas nunca a aceitação.

    Dr Quack abaixou sua cabeça, demonstrando que mais uma batalha havia sido travada, mas...

    O final era inevitável... mesmo com todos os esforços.

    O silêncio ainda continuava...

    Como uma tortura.

    Bunnie recebeu em sua mente todos os bons momentos que teve com Antoine...

    Ela, já resguardada da razão, com seus lindos olhos encharcados de lágrimas, caminhou até próximo a cama. Ela não desgrudava os olhos de seu amado...

    Ela tinha noção do que havia acontecido, mesmo seu coração dizendo ao contrário.

    Ela sabia... Tinha noção...

    Entretanto...

    Sob os olhares tristes de todos os profissionais junto com Dr Quack, a bela coelha D'coolette segurou forte com sua mão esquerda na mão de Antoine e, sorrindo, diz:

    — Ocê num me engana... Eu sei que ocê venceu a luta.

    Com Dr Quack arregalando seu olho, eis que Antoine lentamente abria seus olhos, esboçando um sorriso em seguida. E ele olhando para Bunnie, diz:

    — Olá, mon chéri. Eu venci sim...

    Ela então aproximou seu rosto ao dele, o abraçando carinhosamente, com todos não acreditando no que acabara de acontecer.

    — Um milagre? Isso não importa mais... – Disse Dr Quack, olhando os dois.

    Ele estava certo. A única coisa que importava era que enfim Antoine acordou.

    Ele venceu a luta.

    Enquanto isso...

    Continente de Soumerca | Madrugada

    A coisas não estavam nada boas para Ray e Charmy. Uma legião de badniks batedores invadiram o vilarejo abandonado. Com os dois tentando se salvar, um dilema logo foi levantado por Charmy, enquanto ambos voavam para se salvar:

    — Nós não podemos simplesmente fugir!

    — Mas... Mas o que po-podemos fazer? Nã-não temos po-poder contra esses robôs!

    — Não podemos fugir! – Disse, parando no ar.

    — CHARMY?! ESTÁ LO-LOUCO?! A gente va-vai virar poeira pra esses ro-robôs!

    — Não! Ray, você sabe o lema dos Chaotix... Nós não abandonamos ninguém!

    Por um breve momento Ray refletiu bem o que Charmy quis dizer. Por tudo que passaram juntos, ele não poderia simplesmente colocar o rabo entre as pernas e fugir. Não era uma atitude digna dos Chaotix. Ele, se virando para os robôs, diz:

    — “Nu-nunca recuar, nu-nunca desistir e nu-nunca deixar alguém pra t-t-trás!” Você está cer-certo, Charmy! A gente v-vai lutar... NÃO IM-IMPORTA SE A GENTE V-VAI CAIR! SO-SOMOS CHAOTIX!

    — É isso aí!

    Os dois então estavam preparados. Com a legião de badniks indo em sua direção, nenhum deles recuou. Estavam mesmo determinados para lutar com tudo que tinham...

    Porém, para surpresa dos dois, eis que uma grande shuriken cortou o ar e atingiu três badniks, os cortando ao meio. E junto com isso, vários outros badniks foram arremessados para os lados. E com Ray e Charmy desnorteados com o ocorrido, uma voz conhecida é ouvida:

    — Essa parada que eu queria ouvir... Vocês dois aí são mesmo durões! Tô orgulhoso pacas!

    E dos destroços dos robôs ao chão, Vector, Might e Espio apareceram para alegria de Ray e Charmy.

    — VOCÊS?! Mas... – Tentou dizer Charmy.

    Porém Ray percebeu que os três ainda estavam muito feridos.

    — Vector, vocês... A-ainda estão...

    — Cumpadi... Tô ligado que estamos mó bagaço. Mas não esquenta...

    — Somos os Chaotix... – Disse Espio, com três kunais em cada uma de suas mãos...

    — Pra derrotarem a gente vão ter que fazer um grande esforço! – Disse Might, estalando os dedos.

    — Vocês ouviram o Might... Então, Ready To Rumble! – Disse Vector, sorrindo.

    Com todos prontos para a luta, chegamos a conclusão que os Chaotix estão de volta!

    Continua.


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