Sympathy for the Devil (Itasaku)

  • Finalizada
  • Ocr2017
  • Capitulos 5
  • Gêneros Darkfic

Tempo estimado de leitura: 2 horas

    18
    Capítulos:

    Capítulo 1

    Capítulo 1

    Álcool, Bissexualidade, Hentai, Heterossexualidade, Homossexualidade, Incesto, Linguagem Imprópria, Mutilação, Nudez, Sexo, Violência

    Vulcão Azuma/Japão - 01:08 AM - 31/10

    ?Senju-Sama, faltam onze minutos para a passagem entre os mundos abrir.? - informou Shikamaru, assistente de Tsunade. - ?O altar está montado, os voluntários estão preparados, assim que os Uchihas atravessarem o portal, os trarei.?

    ?Nara, é Milorde e Milady Uchiha. Não cometa o erro de dirigir-se a eles diretamente. Te apresentarei, caso seja aprovado. Milorde cuidará de sua iniciação.? - A loira que tinha mais de um século de vida, mas era usuária da essência existente no sangue dos Uchihas então não aparentava mais do que 35. Também era a ?assistente? dos assuntos deles no mundo mortal.

    ?Hai, Senju-Sama. Ah, a relíquia está guardada num mosteiro localizado no Himalaia.? - virou-se para cuidar das cobaias.

    ?E o mercenário?? - levantou uma sobrancelha seus olhos acendendo na coloração dourada, efeito do sangue vampiro, deixando sua fúria evidente.

    O rapaz franzino, com feição vulgar, sem nenhum atrativo aparente. Seu diferencial era a mente prodigiosa, que serviria de distração para seus patronos.

    ?Sasuke Uchiha e Hatake Kakashi estão a poucos metros da base do vulcão. As equipes já estão a postos e tem suas ordens.?

    Região Umbralina - Instantes antes do Samhain*

    ?Sem ansiedade, Higanbana* (flor da morte). Daria para ouvir os estalos dos seus joelhos e pés, da outra extremidade do vale, se eu não sentisse o cheiro dela.? - Itachi comentou sustentando o corpo feminino nos braços, agora um tanto enfraquecido pela falta de sangue humano durante os últimos meses. A pele tinha aspecto de pétalas de rosas secas, ásperas ao toque e muito frágil, com perigo de romper. Cabelos opacos num tom rosa envelhecido, apenas os olhos mantinham o brilho intenso como duas fogueiras com chamas verdes.

    O homem também não estava em estado muito melhor, mas levava alguma vantagem uma vez que sua musculatura parecia dar-lhe um pouco mais de resistência. Porém os longos cabelo antes negros como o mais puro ébano, era uma paleta dégradé de tons cinzas até as mechas frontais longas num tom branco prateado. As feições aristocráticas estavam vincadas e suas charmosas linhas de expressão sob os olhos confundia-se com as demais. Ambos aparentavam ter cerca de 70 anos e pouco.

    Estavam a poucos instantes do véu que separa o mundo dos vivos e dos mortos cair, abrindo a passagem naquele limbo desértico em que foram enviados.

    Era um lugar lúgubre onde apenas bestas e espectros sombrios circulavam. Tão perigosos quanto eles próprios.

    Não atormentavam o casal, pois ambos tinham o estigma da maldição cravado em seus ossos e correndo em seu sangue. Eram abomináveis até mesmo para esses seres, que não ousavam aproximar-se.

    ?Até parece que não está na mesma situação, Anata*? - A voz cheia de rouquidão passou pelos lábios ressequidos, brancos e gelados como neve da mulher, repousando a cabeça no peito de seu amado, o único traço de humanidade que lhe restara fora esse sentimento. Mesmo que seus pais tenham amaldiçoados a ambos por compartilharem desse amor.

    ?Eu os condeno a subvida rejeitados e desonrados em nome de nossos ancestrais, não estarão mortos nem vivos também. Banidos do convívio com os vivos, podendo regressar apenas no último dia do verão* quando resolverem redimir-se. O sangue que vocês macularam com sua luxúria doentia será sua danação. Pela desonra que trouxeram a essa família, vagarão noite após noite trazendo à tona a abominação que vocês são. Veremos quanto o amor maldito de vocês resistirá.?

    A voz do pai ecoava em sua mente. Mas este não contava que sua maldição, teria brechas. O sangue que deveria puni-los lhes dava poderes, bem como servia de alimento. A saída anual de sua ?prisão? não servia apenas para redimi-los.

    Foram condenados pelo crime de amar, se não fossem para pertencerem um ao outro. Não teriam sido gerados na mesma hora, no mesmo ventre, unidos pelo universo desde sempre como irmãos gêmeos. A natureza quisera assim, então nada, nem ninguém os convenceria do contrário.

    Assumiram o risco e todas as consequências, lograram seu intento. Mais uma vez a natureza os ajudara mantendo-os unidos, mesmo nessa meia-vida.

    ?Lembrando-se daquela baratinha repugnante, amore mio? Não canse sua beleza com alguém tão insignificante.?

    ?Impossível não lembrar, pelo menos hoje, Higanbana. ?

    Ao contrário do que seu pai havia dito, não eram amaldiçoados de todo, ao longo dos séculos encontraram formas para tornar a eternidade interessante.

    Ele era um prato em tanto, para o paladar de qualquer moça mais desavisada que não notasse os círculos levemente arroxeados em torno dos olhos, ressaltados pelas charmosas linhas de expressão embaixo dos olhos. Ou então os caninos proeminentes quando o autocontrole estava por um fio trazendo seu lado predador à tona.

    ?Nos concentremos no que realmente importa. Quantos lanchinhos trará para casa esse ano??

    A vampira também tinha o aspecto diferente do que aparentava no momento. Que enlouqueceria qualquer homem, já houvera até mulheres que não a resistiram.

    A ?casa? a qual se referia, era uma caverna com galerias formando uma espécie de labirinto, onde somente o casal conseguia se localizar. Apesar do aspecto primitivo o complexo contava com algumas comodidades, que fora ao longo dos séculos sendo equipado, pois sempre acrescentavam algo de sua saída anual.

    ?Não sei, cariño. Mas precisará ser mais do que ano passado, para o caso de algum estragar rápido. Alguma preferência??

    ?Uma virgem de cútis caramelada, dessa vez. Só de imaginar seu sangue intocado já estou salivando, meus caninos chegam a doer na expectativa de provar um sabor tão peculiar. . . estou cansada desse aspecto lastimável em que estamos. Precisaremos ser mais cuidadosos com nosso alimento. Assim não acabará.?

    A vampira semicerrou os olhos com leve dourado característica de quando seu lado bestial emergia.

    ?Tsuma, calma! Transformaremos o mundo mortal essa noite, num mar de sangue.? - a voz rouca hipnótica quase atiçava Sakura que relutante afastou-se. O momento tão aguardado chegara.

    Ventos soprando, relâmpagos iluminando aquela noite eterna, convergindo numa direção formando uma espiral onde o vórtice de energia com brilho intenso onde o fino véu das realidades unira-se abrindo a passagem.

    Como um espelho feito de cordas finíssimas, tinha as imagens sobrepostas do mundo mortal com a região umbralina, afastando uma das cordas para o lado Itachi segurou firmemente a mão de Sakura, atravessaram unidos a passagem.

    Vulcão Azuma - 01:19 AM ? 31/10 - Samhaim

    Um flash forte no cume do vulcão, anunciou a chegada do casal imortal.

    ?Eles chegaram, equipes a postos. Não deixem os mercenários se aproximarem até a primeira transfusão ocorrer. Tragam os voluntários, já!?

    O vampiro sentindo a energia o revigorar um pouco, os teletransportou até a base do vulcão onde eram aguardados.

    Imediatamente Shikamaru trouxe um grupo com 20 pessoas entre homens e mulheres entre 18 e 40 anos, de todos as etnias e tipos. Eram os ?voluntários.?

    Tão logo o casal materializou-se perto do grupo, Tsunade afastou-se puxando Shikamaru para trás junto com ela. Sabia bem, o que viria a seguir.

    ?Para trás! Na sede em que estão, não nos diferenciaram dos demais.?

    O casal começou a se aproximar quando por descuido (calculado) Sakura escorregou indo ao chão num baque surdo seguida por Itachi, os dois estavam caídos com expressão de dor.

    Shikamaru tentou passar pela Senju, quando ela o barrou novamente.

    ?Senju-Sama, não vamos ajudá-los?? - duvidando que aqueles realmente fossem os terríveis Uchihas.

    Olhou-o com expressão divertida. Pôs o dedo indicador da mão esquerda sobre os lábios, em sinal de silêncio, depois apontou para o grupo inquieto pela cena a sua frente.

    ?Ssssh! Observe.?

    O grupo que olhava a cena surpresos, cochichavam entre si.

    ?Esses velhos são vampiros? Isso só pode ser piada? - comentou um rapaz loiro do tipo bombado de academia, com bronzeado que indicava sua atividade favorita, surf. - ?Eu sou mais diabólico que ele.? - Continuou zombando.

    ?Vampiros não existem, gente. Obviamente que é um filme, seriado ou coisa assim.? - rebateu a moreninha baixa de pernas roliças e cabelo cacheados. - ?Produção incompetente essa, deixarão mesmo esses senhorzinhos no chão? Aí, façam alguma coisa!?

    ?Vocês só falarão, é? Bando de insensíveis? - uma ruiva com voz suave e olhar compassivo, empurrou quem estava na sua frente até livrar-se da multidão. Andou até o pobre casal de velhinhos, logo agachou-se ao lado do homem o tocando no ombro para chamar-lhe a atenção, uma vez que este encontrava-se virado totalmente para a senhorinha.

    ?Senhor, tudo bem? Como posso te ajudar? - a moça estava genuinamente preocupada.

    Então num golpe rápido fora puxada pela mão, passando por cima do idoso e aterrissando sem cuidado algum no meio dos dois.

    Já ia protestar, mas olhos vermelhos quase demoníacos a emudeceram, a última imagem que teve foi de caninos pontiagudos num comprimento desproporcional avançando sobre si.

    O casal atacou ao mesmo tempo, enquanto Itachi rasgava a garganta da moça deixando traquéia a mostra junto com nervos. Sakura dilacerava a parte interna do cotovelo, rompendo tendões, separando pele dos músculos. Os dois lembravam leões devorando a caça abatida com selvageria, em seus rostos e mãos estavam cobertos de sangue.

    Mas o que impressionava mais, o restante do grupo era a transformação sofrida por ambos.

    Itachi agora estava de pé olhos fechados, queixo levantado, usufruía da sensação de estar momentaneamente saciado e seu corpo regenerar-se.

    Afinal um vampiro com aparência de 30 anos, tez pálida que contrastava com os cabelos compridos brilhantes negros caindo sobre os ombros, porte físico esguio e muito bem delineado, com 1,80 de altura. Era sempre assim, tão logo saciassem um pouco de sua sede, recobravam sua forma original.

    Em velocidade irreal atacou outros dois, para deixá-los desmembrados no chão, tingindo o solo de vermelho.

    A vampira também estava encantando a todos. Toda a fragilidade e aparência envelhecida dera lugar a uma beleza quase etérea, senão emanasse dela uma aura assassina.

    Era ruiva de olhos verdes sedutores, 1,65 de altura, corpo mignon que não deixava nada a desejar, lábios carnudos com um leve rosado, pele branca e perfeita como uma boneca de porcelana. Ninguém lhe daria mais do que 21 anos, porém era apenas fachada aquele jeito meigo e angelical.

    No fogo líquido que ardiam seus olhos no momento, revelavam a dureza do metal. Eram olhos tão frios como icebergs.

    Atacavam um a um dos mortais que estavam agrupados, quando percebia que os secava simplesmente descartava no chão, pisando em cima dos corpos sem nenhuma cerimônia.

    Deixaram os que haviam comentado por último.

    A Senju percebendo o rumo das ações dele, já havia acontecido outras vezes retirou-se para um lugar mais afastado junto com o Nara e deu instruções para as equipes ficaram por nas imediações vigiando atentamente, mas para darem privacidade ao casal.

    Os olhos de Itachi, estavam rubros quando partiu para o próximo, justamente o loiro zombeteiro. Estreitou o olhar antes de em um só movimento lhe arrancar os braços, ao som dos gritos que faziam seu lado sádico regozijar, sugou no braço direito como se fosse um canudinho. A vampira assumiu o lado esquerdo.

    O casal se olhava intensamente, enquanto bebiam do rapaz já sem forças para gritar praticamente desfalecido, como se estivessem dividindo um milkshake numa noite de verão. Os sons provocados pela sucção do líquido denso somado ao cheiro ferroso estavam excitando-os cada vez mais.

    Quando o coração do loiro parou, a ruiva jogou o corpo sem vida no chão como uma embalagem vazia de suco, enquanto puxava o moreno para um beijo.

    Os lábios momentaneamente aquecidos pelo alimento fresco, travavam uma briga pelo controle, mordiam arrancando sangue um do outro que se mesclava aos outros trazendo um sabor único. Arrancando gemidos de prazer, enquanto braços e mãos passeavam pelo corpo um do outro.

    Não se importavam que tivessem plateia, na verdade até gostavam seu lado exibicionista regozijava.

    ?Higanbana, agora será apenas para saciar nossa fome mais urgente.? - sussurrou-lhe ao ouvido, enquanto as mãos femininas massageavam o membro por cima da calça que ele usava.

    Estavam inebriados e excitados, Itachi num rompante levou uma das mãos até a calcinha de Sakura arrebentando-a com um puxão fazendo pequenos cortes na região da pélvis, próximo ao monte de vênus.

    ?Me possua logo, Oni-sama!? - Pediu num miado como de uma gata. Escutá-la o chamando dessa maneira alucinou-o ainda mais.

    Agachou deitando-a no chão, onde deu atenção ao local lambendo e sugando todo o sangue, estava tão prazeroso que a ruiva inverteu as posições ficando montada em cima do rapaz. Rasgou impacientemente a calça que ele usava como se fosse papel, sem nenhum aviso ajeitou o membro ereto em sua entrada que estava altamente lubrificada e sentou, enfiando com tudo dentro si mesma. A sensação foi tão intensa que Itachi abraçou-lhe o tronco enquanto enterrava os dentes na jugular da irmã.

    Sakura só conseguia choramingar ao pé do ouvido de seu irmão, gemendo pela sensação de seu interior pulsante estar preenchido, antes de cravar os caninos no pescoço dele completando sua troca íntima. Continuaram nesse processo até que os movimentos genitais sincronizados de ambos, numa cadência contínua e intensificada pelo compartilhamento de sangue deles mesmos espalhados nos corpos, culminou num orgasmo vampírico.

    Recolheram suas presas para trocar mais um beijo, mais calmo. Agora que haviam parcialmente saciado sua sede e fome mais urgentes poderiam se ocupar com outros assuntos. Levantaram-se.

    Caminhando lado a lado de mão dadas, sem pudor algum pela semi nudez.

    A moreninha estava estática com os pés praticamente plantados no chão, não movera um músculo. Ao seu redor estavam os corpos de seus companheiros de grupo.

    Quando leu o anúncio pedindo por voluntários doadores de sangue pensara que seria dessas campanhas para abastecer algum hospital, mesmo quando o assunto vampiros viera à tona, pensou tratar-se de alguma pegadinha.

    Mas agora sabia como uma lagosta se sentia, esperando sua vez num aquário para ser devorada.

    Mas inexplicavelmente eles ignoraram sua presença, como se as bestas tivessem sumido. E chamaram Tsunade Senju.

    ?Tsunade, apareça! Traga-nos nossas roupas.? - Ordenou Itachi, parando no meio de uma clareira.

    Imediatamente, surgiram todos postando-se ao redor do casal. Os homens que vigiavam o perímetro, a Senju e o rapaz com ar de preguiçoso estancaram em frente a eles.

    A loira fez uma mesura para cada um deles.

    ?Sejam bem-vindos, Milorde e Milady Uchiha. Aqui estão as roupas, trago informações para Vossas Senhorias.? - entregando-lhes as mudas de roupas.

    ?Arigatou, informe-nos então.? - agradeceu a rosada, despindo-se da túnica que usava antes, vestindo a lingerie seguida pelo vestido e sapatos de salto todos de cor preta.

    Shikamaru havia desviado o olhar, quando a vampira começou a se trocar diante de todos.

    Itachi rasgou o restante de suas roupas como se fosse papel, ficando majestosamente nu.

    Sakura o devorava com os olhos, isso nunca mudaria mesmo que houvessem acabado de foder como animais no cio, o desejo que sentiam era inesgotável mesmo após séculos.

    O corpo másculo atraia olhares até masculinos, pois Shikamaru estava hipnotizado pelo magnetismo que emanava do vampiro. Este percebendo o interesse do rapaz desconhecido, mas o que se destacava nele era a essência da eternidade em seu aroma corporal, como o casal costumava falar entre si.

    Lançou um olhar especulativo que pela intensidade fez o outro ruborizar, ao dar-se conta do resultado em seu corpo estremecera respondendo ao vampiro.

    A Senju divertiu-se ao ver a reação de Shikamaru, deu uma breve risada resolveu salvar o que restara de sua dignidade, sabia a que frágil masculinidade dele estava abalada.

    ?Não se envergonhe, Nara. Essa é a resposta natural de seu corpo ao fascínio que Milorde e Milady provocam em nós mortais.?

    E quem dirigiu-se ao rapaz diretamente foi Sakura com pequenos mais ágeis passos parou a sua frente. A distância era tão pequena, que Shikamaru sentia hálito gelado da garota, aproximando-se ainda mais a vampira falou rente ao ouvido com tom vertiginosamente sedutor.

    ?Eu entendo seu deslumbramento. Itachi é estonteante, mas você tem potencial deixe-o aflorar.? - finalizou com uma passada da ponta da língua no lóbulo seguida de leve mordiscada. O rapaz estava suando, seu coração batia como se fosse um tambor, saliva em sua garganta parecia ter virado areia, enquanto seu membro parecia ter virado pedra, tão poderoso foi o reflexo aos estímulos da ruiva. Para completar ela levou sua mão gélida, mas suave como seda até o rosto dele, então deslizou por toda a extensão do tórax até alcançar a virilha onde segurou com firmeza a genitália, Nara arfou.

    Itachi que estava adorando ver sua amada em ação, soltou uma risada.

    ?Higanbana, não seja má provocando o pobre garoto assim. Olha o estado em que o deixou.?

    Sakura que até então tinha a postura sedutora assumiu um ar matreiro, mesmo assim exalava sensualidade. Encaminhou-se até o vampiro.

    ?Só estava testando o menino, mas parece que ele responde aos nossos estímulos igualmente.? - depositando um selinho nos lábios de seu oniisan.

    ?Que homem seria indiferente a você?? - olhando-a docemente acariciou a sedosa pele do rosto com o indicador. Nos olhos negros haviam a veneração de um homem apaixonado, amor que não arrefecera em nada mesmo após quase um milênio de vida em comum. Tal sentimento estava refletido nos olhos verdes de Sakura.

    "Milorde e Milady Uchiha. Este é Shikamaru Nara, meu assistente. Ele possui a enzima necessária para a transição. Selecionei para acompanhá-los ao outro lado."

    O casal avaliou-o rapidamente, porém deixaram para depois aquele assunto. Tinham pouco tempo e uma caçada a realizar.

    "Mas agora vamos aos negócios." - exclamou o Uchiha seriamente - " Localizaram a relíquia?"

    Tsunade respondeu, prontamente.

    "Sim, Milorde. Está num mosteiro na Cordilheira do Himalaia. Quando retornarem trarão bagagem para despachar?" referindo-se aos mortais que levarão para o limbo.

    "Sim, prepare a fórmula de transposição e suplementos para um ano em quantidade que supra dez mortais pelo menos. E cuide para que não tenhamos penetras quando retornarmos" - referindo-se aos caçadores escondidos.

    ?Hai, já trouxe o suficiente para o voo doméstico, Milorde.? - entregando um pequeno frasco a cada um deles. -? Milady.?

    Sakura estendeu a mão prontamente a loira entregou-lhe um frasco maior, mordeu o próprio pulso deixando cair uma pequena quantidade de sangue seu, após Itachi imitar o procedimento devolveram o frasco a cientista.

    ?Aí está seu pagamento, pelos serviços. Mas se nos trair sabe o que acontecerá!? - relembrou-a com um tom de advertência sobre traição do ?assistente? anterior, que fora infiltrado na empresa farmacêutica da loira pelos caçadores, afim de passar informações sobre o casal. Levaram-no para o limbo, abandonando-o na região hostil e desértica, onde as bestas o enlouqueceram e devoraram vivo.

    ?Não, Milorde! Me perdoem novamente pela minha incompetência anterior, mas dessa vez checamos bem todo o histórico de Nara. Ele tem contribuído muito no aprimoramento da fórmula de transposição, por ter doutorado em Física Quântica. Sem falar que ele está a par do que acontecerá, caso queira traí-los. Não é mesmo Shikamaru? - enfatizou o nome do assistente indicando que o mesmo deveria contestá-los.

    ?Hai, Milorde e Milady Uchiha. Não precisam ter nenhuma ressalva a meu respeito, meu interesse em trabalhar para vocês, é principalmente a expansão de minha consciência ao testar a famosa teoria das cordas versus o mundo sobrenatural.? - dirigiu-se aos vampiros com parcimônia, mas demonstrando respeito.

    Itachi analisou-o um pouco mais, antes de pronunciar-se.

    ?Nossa presença aqui, já é uma prova substancial dessa teoria, entretanto comprovaremos sua justificativa rapidamente assim que chegarmos ao outro lado.? - Ofereceu a mão para Sakura num gesto cavalheiresco, na intenção de conduzi-la de volta ao cume do vulcão, entretanto ela fez sinal para que aguardasse um momento. Foi em direção a moreninha, que permanecera encolhida num canto rezando para que houvessem esquecido dela completamente.

    Ao perceber que a vampira estava indo em sua direção, procurou manter a distância até chegar na barreira formada por seguranças de Tsunade, praticamente intransponível aqueles homens não pareciam humanos.

    A ruiva avançava lentamente, a cada passo seus olhos ficavam cada vez mais dourados, com um brilho hipnotizador. A leveza graciosa prendendo atenção de todos em seus movimentos.

    A humana que antes se agitava apavorada, agora estava com o olhar vidrado vampira exalando sensualidade.

    Quando enfim para em frente a ela, Sakura precisou olhar para baixo uma vez que a garota parecia medir por volta de 1,50m.

    O braço esguio fora erguido para que a mão delicada e pálida, capturasse um dos cachos pendentes em frente ao rosto da jovem. O coração dela falhou uma batida ao ouvir a voz melodiosa da mulher a sua frente.

    ?É possuidora de uma beleza exótica, pequena. Gosto de seus cachos escuros, contrastam bem com seu tom de pele. Assim como a finura de sua cintura, poderia circulá-la com as mãos, evidenciando suas coxas deliciosamente grossas. Sabe o sangue dessa região é mais saboroso do que o pescoço.?

    A garota arfava, os lábios estavam entreabertos sutilmente por consequência ressequidos gerando uma lambida inconsciente para umedecê-los. Movimento capturado por Sakura, que lhe tocou os lábios com os seus gélidos.

    Itachi que só as observava, olhos rubros pela sede que antes fora parcialmente diminuída regressar com força total. Bem como o desejo.

    Movimentou-se, de forma imperceptível a olhos humanos para o lado da vampira a tempo de ver o cadáver da humana tombar ao chão, com as veias faciais adquirindo coloração negra.

    Shikamaru procurava manter o silêncio para não aborrecer seus futuros patronos, mas ficara curioso sobre a morte da humana, pois não havia indício de mordida.

    ?Beijo da morte.? - relanceou o olhar para o rapaz aturdido ao seu lado -? Posso até escutar seu cérebro tentando entender a morte da voluntária. É uma habilidade de Milady, por isso cuidado apesar do ar angelical, dos dois ela é quem você deve temer mais. Nem imagina do que ela será capaz pelo Milorde.?

    O alerta de perigo apitou na mente do rapaz, assim que ousou dirigir o olhar ao casal.

    O Uchiha estava de costas para eles abraçando a mulher, porém ela o encarava com olhar assassino de aviso. Que fez a saliva travar na garganta do Nara.

    Os Uchihas se separaram e rumaram em direção ao vulcão.

    Tsunade interpelou antes que desaparecessem

    ?Qual será o seu destino, desta vez?? - ao receber olhares de repreensão, foi logo justificando-se um pouco atrapalhada - ?P-para acionar as equipes de apoio, para armazenamento e transporte das bagagens.?

    Itachi virou-se continuando a andar, só então respondeu.

    ?Tóquio? - dissipando-se numa nuvem negra

    ?Tsunade-Sama. . .??

    O Nara aguardava as instruções.

    ?Um aviso, Nara. Jamais tente algo contra eles.? - o rapaz abriu a boca na intenção de responder que já entendera o recado -? Não, você não entendeu. Acabaram com a própria família com requintes de crueldade, do tipo arrancar um bebê de sua mãe quando ela ainda estava grávida, não satisfeitos exterminaram toda a sua cidade natal. ?

    O rapaz arregalou os olhos, o medo se apossando dele.

    ?Mas se ainda estiver disposto, será a aventura de uma vida. Não morrerá tão cedo, poderá revolucionar o mundo com suas pesquisas.?

    ?Presumo que utilizam o vulcão como portal devido as rochas vulcânicas terem cristais microscópicos, potencializando a atividade sobrenatural.?

    Ele era um cientista acima de tudo, então colocou as emoções de lado voltando a ser prático.

    ?Creio que essa seja a sua resposta, não?? - questionou a Senju com a sobrancelha levantada.

    ?Acionarei nossa filial em Tóquio? - Definiu sacando o aparelho celular realizou a chamada necessária.

    ?Hai. Ibiki, cuide dos nossos visitantes. Assim que os Uchihas retornarem me avisem.?

    O segurança de quase dois metros de altura, junto com sua equipe encurralaram os dois caçadores que estavam na espreita.

    ?Trabalhando para os sanguessugas, Morino? Isso é baixo até mesmo para você.? - o Hatake debochou.

    O segurança deu um baixou a cabeça deu um sorriso e quando levantou seus olhos estavam escarlates e com as presas a mostra.

    ?Eu chamo isso de gratidão, Kakashi. Você foi esperto ao se aliar com um descendente, senão já estaria morto"

    Tóquio/Festa Halloween Shibuya - 2:00 AM ? 31/10

    ?Ino juro que te mato! Da próxima vez que tentar me convencer a vir fantasiada com um cosplay ridículo desses!? - a ruiva estava emburrada com o microvestido tubinho que mal chegava meio das coxas sem decote cor de rosa, uma faixa preta na cintura servindo de cinto, meias 7/8 brancas e sapatos pretos estilo boneca de saltinho. Tinha os cabelos ruivos presos em rabo de cavalo com um grande laço vermelho.

    ?Aí, deixa de ser chata, Florzinha! Divirta-se, estou com um ótimo pressentimento que encontraremos o Sr. Perfeito, hoje! Com essas fantasias o atrairemos, como abelhas no mel?

    ?COM COSPLAY DAS MENINAS SUPER PODEROSAS????? Você definitivamente está louca!? - olhando a amiga com roupa similar apenas o vestido era azul e o longo cabelo loiro dividido ao meio com penteado de maria chiquinhas.

    ?Ainda por cima me obrigou a usar essa maquiagem pesada, ?tô me sentindo uma puta se você quer saber! E essas lentes ridículas cor de rosa! Rosa! Eu odeio rosa, Ino!? - berrava no ouvido da loira que estava mais preocupada em caçar o seu Sr. Perfeito.

    ?Aff, quanto azedume. Te dei a cor errada, você está mais para Docinho do que a Florzinha.? - revirou os olhos quando focalizou um verdadeiro deus moreno cabelos compridos brilhantes (devia ser peruca!), vestido de forma simples: calças, sobretudo abaixo dos joelhos e sapatos negros. Apenas a camisa, que estava por baixo do casaco era branca, a pele dele também era pálida, mas os olhos eram sua característica mais marcante pareciam ser negros como a noite. Virou para chamar Karin.

    ?Florzinha, olha que perfeição bem na sua frente!?

    ?Deixa de ser convencida Ino. Quer saber, eu vou embora para mim isso aqui já deu.? - puxando o braço que a loira estava segurando. Deixou a loira plantada, com expressão perplexa.

    ?Karin, volte aqui eu falando daquele deus!? - apontando para o espaço onde antes estivera o moreno e agora tinha um ser esquisito, porque aquela fantasia era tudo menos de Ikki, cavaleiro de Fênix.

    Vulcão na área de Tóquio - Minutos antes

    ?Anata, te proponho um jogo. Cada um trará no mínimo cinco mortais, quem trouxer menos perde o direito de dar a primeira mordida na virgem.? - falou assim que atravessaram o portal. Desmaterializaram-se surgindo na base do vulcão onde meia dúzia de pessoas os aguardavam.

    Uma morena de cabelo chanel e terninho cinza aproximou-se.

    ?Ohayo, Milorde Uchiha, Milady. Sou Shizune, Senju-Sama me encarregou de recepcioná-los e auxiliá-los em sua caçada. Sugiro que levem este telefone celular e quando precisarem apenas aperte o número um que ligaram imediatamente para mim? - reverenciou-os fazendo mesura, entregando-lhes o aparelho, Itachi o guardou no bolso e instruiu a mulher.

    ?Shizune, deixe tudo pronto para transportarmos os humanos.?

    ?Hai, Milorde.? - os reverenciou novamente, quando levantou viu apenas uma nuvem negra no lugar onde estiveram antes.

    Tóquio/Festa Halloween Shibuya ? 1:58 AM ? 31/10

    Estavam parados em meio à multidão de humanos fantasiados de tudo o que se podia imaginar, mas o que predominava eram seres do sobrenatural demônios, fadas, feiticeiras, lobos, criaturas que não conseguiam identificar.

    Sabiam que eram parte de programas de entretenimento, personagens. Sabiam de tal informação porque sempre que vinham ao mundo mortal procuravam atualizar-se sobre os avanços, costumes, tecnologia que vigoravam no momento.

    ?Essa geração me assusta com suas bizarrices.? - falou o Uchiha ao deparar-se com um grupo de meia dúzia de homens acompanhados do que pareciam ser manequins de lojas, fantasiadas e agirem como se elas fossem humanas.

    Uma risada cristalina, divertida e levemente anasalada se ouviu, era Sakura.

    ?Itachi Uchiha assustado? Não me lembro da última vez que vi isso em um milênio.?

    Imediatamente a boca da ruiva foi tomada com tal arroubo e paixão, num segundo estavam num lugar longe da multidão onde tinham privacidade. Imprensada entre a fachada de uma loja qualquer e a parede de músculos do seu amado, seu gêmeo em todos os sentidos.

    Os lábios de ambos eram frenéticos, a pressão que exerciam quase arrancavam pedaços tamanha era a brutalidade se estivessem respirando estariam sem ar. Mas queriam aproveitar aqueles instantes de liberdade, tinham uma tarefa pela frente ainda.

    Cessaram o beijo ficando abraçados mais alguns segundos, testas coladas, um mar negro plácido mergulhado no verde tempestuoso.

    ?Minha risada provoca esse efeito? Lembre-me de rir mais vezes.? - acariciando a lateral da face masculina com ternura.

    ?Você ficou irresistível rindo de maneira tão solta e despreocupada, Higanbana.?

    ?Eu entendo, Anata. Mas agora deixemos nosso lado vampiresco aflorar novamente.? - os olhos verdes ganhando o brilho dourado e as presas ficaram proeminentes, mordeu o próprio pulso abrindo ferida de onde em segundos, gotejava sangue oferecendo-o a Itachi. Ele repetiu o gesto em si mesmo, ambos levaram o pulso do outro aos lábios, rubis mergulhados em ouro líquido, estabelecendo a conexão mesmo que estivessem longe poderiam comunicar-se do pensamento.

    Anata, se continuarmos assim quebraremos nossa ligação mental. Você sabe que o orgasmo faz, bagunça nossa frequência mental.

    Tudo bem, Higanbana.- A soltando com relutância.

    ?Qualquer sinal da virgem, me avise Imouto.? - Itachi depositou um beijo na mão da ruiva sumindo na multidão em seguida.

    Tudo bem Niisan, boa caçada. - Transmitiu a mensagem ao vampiro, quando ouviu uma risada mental

    ?Para você também, Higanbana. - Riu novamente ouvindo-a resmungar. Foram para lados opostos.

    Distrito Roppongi - 2:00 AM ? 31/10

    Sakura transitava entre os jovens, alguns fantasiados outros apenas se vestiam completamente de negro.

    Estava concentrada em sentir a vibração diferenciada que lhe levaria até a virgem. Mas seus instintos de predadora estavam alertas para a presença de homens perto dela.

    Percebeu que a seguiam, deu um sorriso diabólico antes de virar abruptamente surpreendendo os dois.

    Eram dois homens com mais ou menos 1,85m, um tinha cabelos loiros platinados quase brancos na altura dos ombros.

    O outro com cabelos castanhos lisos até o meio das costas, ambos tinham olhos castanhos e compleição robusta.

    Encontrei minhas primeiras aquisições, Anata.- Sakura vangloriou-se mentalmente

    ?Posso ajudá-los cavalheiros?? - diminuindo a distância, parou a alguns passos deles

    O moreno olhou para o outro homem, com um sorrisinho de lado dirigiu-se a ruiva.

    ?Pode sim, hime. Sou Hashirama e este é meu irmão Tobirama. Conceda-nos a honra de sua companhia?

    ?Não temos o costume de sair nesse evento e estamos nos sentindo um tanto deslocados. Então vimos a senhorita que parece estar tão desambientada como nós. Então poderíamos nos ajudar mutuamente. Oque me diz dessa oferta?? - o platinado sugeriu.

    ?Sou Sakura, é a primeira vez que venho a algo como esta comemoração, realmente estava procurando companhia para beber algo. Aceito o convite, onde iremos?? - ela sabia qual a intenção deles, principalmente porque não paravam de medi-la de cima abaixo, era evidente o olhar de luxúria.

    ?Conhecemos um bar logo ali, poderemos beber algo, tem música ao vivo.? - Indicando a direção Tobirama esperou Sakura dirigir-se para lá.

    A lebre está tentando emboscar a leoa, terão uma bela surpresa, Anata.

    Bom apetite, Higanbana. Enquanto isso o gato está atraindo uma ratinha loira para sua armadilha.

    Os três entraram numa rua menos movimentada, mas que haviam alguns bares. Não se segurando Sakura resolveu inverter o jogo e mostrar que ela era a caçadora e não a caça, puxou-os para o primeiro beco que encontrou, imprensando-os.

    ?Olha só, Otouto a gata tem garras e resolveu mostrá-las.? - fez menção de tocar no rosto da garota, mas ela pôs seus caninos a mostra, bem como seus olhos transfiguraram dando-lhe a aparência assustadora.

    ?Vocês mortais são tolos, pensaram que por ser mulher estaria indefesa a sua mercê. Estavam redondamente enganados.? - sem esperar reação enquanto mantinha o platinado sobre seu domínio de maneira que não movesse um músculo, atacou o pescoço do moreno convencido.

    Sugou-o até secá-lo, então rumou para o irmão, mas resolveu que esse seria comida para a viagem.

    Então o compeliu a ir para frente da casa noturna que tinham passado em frente no trajeto.

    Anata, mande pegarem o primeiro pacote em frente a ageHa, uma casa noturna.

    Certo, Higanbana. Também mandarei os meus para lá. Macho ou fêmea?

    Macho, bem encorpado e suculento. Você gostará, Niisan.

    Não eram dois? - uma risada ecoou na mente de Sakura

    Me irritei com o outro, já estava ficando com sede mesmo.

    Sakura rumou para ageHa também, lá teria muitas fontes de alimento. Estava começando a ter uma sensação bem familiar, a virgem estava por perto.


    Somente usuários cadastrados podem comentar! Clique aqui para cadastrar-se agora mesmo!