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Ele estava em frente ao espelho olhando o seu terno azul, com uma gravata borboleta vermelha, camisa branca por dentro, seus cabelos ruivos em um topete estilo Elvis Presley. Pigarreou treinou mais uma vez a música que ia cantar de frente a janela daquela pessoa e deu um sorriso sabendo que estava pronto para a sua conquista.
- O galanteador Kuwabara usara o seu charme e finalmente terá a Yukina em seus braços – comenta com si mesmo todo cheio de si.
Ouviu a campainha tocar e vai até a porta, quando abre vê Kurama com um violão em mãos e mais uns amigos.
- Yusuke não vem? – perguntou olhando-o e os demais ali.
- Parece que a Keiko foi lá para casa dele e ele não poderá vir.
- Hiei?
- Não sei dele – respondeu Kurama, dado os ombros. – Mas acho que ele deve estar com a irmã.
- Espero que não! – ele ajeita mais uma vez a roupa, pega o boque de flores azuis-turquesas. – Vamos, está na hora do nosso show! - ele sai animado de sua casa acompanhado de Kurama e alguns amigos, todos com instrumentos musicais, e logo chegaram à casa da sua amada.
A garota de seus sonhos, a musa de verão da sua praia, a menina que conquistou o seu coração desde o dia que bateu os seus olhos nos olhos dela.
Aquele ar de inocência, de pureza, aquela doçura e aquela fragrância misturada ao ar gelado que ela sempre carregou consigo.
Kuwabara suspira e viaja naquele dia.
- Ei, vamos começar, ou não? – pergunta um dos rapazes com uma flauta em mão
Eles já estavam debaixo da janela dela, todos posicionados, então Kuwabara começou a dedilhar o violão, havia demorado meses para aprender a tocar alguma coisa em um instrumento musical, mas tinha esperança em seu coração, então ele começou a cantar:
- Estou a dizer-te... – a voz de Kuwabara saiu em perfeita harmonia com os instrumentos musicais de seus amigos. – Sussurro novamente, está noite, está noite. És o meu anjo. Amo-te. Vamos tornar-nos um, está noite, esta noite... – Kuwabara viu a janela do quarto de Yukino se abrir lentamente, seu coração começou a disparar, o seus olhos a se encher de alegria, enquanto ele ia cantando e os instrumentos tocando em perfeita harmonia atrás dele, os mesmo sendo tocados carinhosamente pelos seus amigos, sobre a luz das estrelas, da meia lua no céu acinzentado, e a luz dos postes da rua em que eles estavam de frente àquela janela.
Kuwabara estava ansioso para ver o rosto branco como a neve de sua amada e continuava a sua canção.
- Eu apenas digo... Onde quer que esteja farei sempre com que sorrias. Onde quer que esteja, estarei sempre ao seu lado. O que quer que eu diga, estás sempre em meu pensamento – foi aí que ele sentiu a água gelada cair sobre si e um irmão muito enfezado disse:
- Sabia que vinha aqui hoje, Kuwabara! – ele deu um sorriso de canto. – Se acha que vai conquistar a minha irmã com isso, está muito enganado – ele o olha, com aquele olhar sinistro e frio. – Você pode ser meu amigo, mas não entregarei a minha irmã para ti facilmente, se esforce um pouco mais – Hiei fechou a janela do quarto.
Kuwabara estava todo molhado e olhando para cima, com muita raiva de seu amigo, pois não esperava aquilo vindo dele.
Jogou o violão no chão o quebrando, viu os seus amigos rindo e saiu com raiva os deixando para trás.
Hiei olhava a sua irmã delicadamente e diz:
- Não fique triste Yukina, eu sei que estava gostando, mas quero ver o que o meu amigo é capaz de fazer, além de uma simples serenata para conquistar você – ele dá um sorriso sereno, beija a testa da irmã. – Eu só quero te proteger e ver se ele ama você mesmo – Hiei gostava de dar desafios, pois ele mesmo era um grande desafiador.
Kuwabara é seguido por Kurama, afinal ele era um de seus melhores amigos e quando o Yokai que virou humano, agora de cabelos ruivos encontrou o seu amigo, ele estava em um bar bebendo, com raiva do seu amigo Hiei, achando que Yukina nunca daria moral para ele, e que tudo tinha acabado.
- Kuwabara melhor irmos para casa e pensar em algo! – ele fala calmamente para ajudar o amigo.
- Pensar em que Kurama? – a voz dele estava mole.
Kuwabara leva mais um copo a boca e engole de uma vez, passa a mão na boca, aperta os olhos.
– Acabou Kurama, minha Yukia não será mais minha – comenta o rapaz com os olhos marejados.
Kurama olha com dó dele, tenta pensar em algo e diz:
- Por que não falamos com o Yusuke? Ele já namora a Keiko há tanto tempo, talvez nos de uma dica – ele está um pouco animado tentando animar o ruivo de cabelos curtos.
- Então vamos falar com ele, agora! – Kuwabara se levantou da cadeira, mas sentou-se de novo.
Tentou outra vez, mas acabou tropeçando nas pernas e caindo, começou a rir, depois a chorar.
- Melhor deixarmos para manhã! – Kurama ajudou o amigo a se levantar e o apoiou em seu ombro.
- Eu quero ir agora! – apontou para o chão com o dedo indicador. - Nesse instante! – cuspiu na cara do Kurama, o hálito estava tão forte que Kurama teve que virar o rosto e franzir o seu nariz sensível.
- Deixa para manhã, Kuwabara. Olha só para você! – Kurama olha o rapaz.
- Eu quero ir agora! – ele tropeça nas pernas e quase derruba o Kurama junto com ele, a sorte que o rapaz é forte e o segurou.
- Está bem – ele se deu por vencido e revirou os olhos.
Começou a caminhar pela rua parada, pois já era tarde da noite enquanto Kuwabara ia cantando em sua cabeça pelo caminho.
- Eu bebo sim, estou vivendo, tem gente que não bebe está morrendo... – ele olhava o céu balançando o braço e apoiando no amigo. – Eu bebo sim, estou vivendo, tem gente que não bebe e está morrendo, eu bebo sim! – riu-se alto, tropeçando nas pernas.
Kurama teve que aguentar o amigo bêbado no seu ombro, cantando, chorando, rindo, quase derrubando ele no chão, algumas vezes cuspindo na sua cara e deu graças a deus que chegou à porta da casa do amigo, Yusuke.
Kuwabara ainda fazia a maior algazarra na porta da casa de seu amigo cantando a música.
- Eu bebo sim, estou vivendo, tem gente que não bebe está morrendo – Yusuke abriu a porta e viu os dois amigos e disse:
- Que barulheira é essa que vocês tão aprontando? Desse jeito vão acordar a Keiko.
- Desculpe vir assim, Yusuke, mas deu errado na serenata do Kuwabara – Kurama apoiava o amigo nos ombros.
- E pelo visto o negócio foi feio, nunca vi o Kuwabara tão bêbado assim. - E como foi!
- Entre, e me conte o que aconteceu – Yusuke deu espaço para Kurama entrar com Kuwabara apoiado nos ombros.
Jogou o rapaz no sofá que já chorava novamente lamentando o fato de Hiei ter lhe jogado um belo balde de água.
Kurama começou a explicar ao Yusuke o que aconteceu com o amigo, mas o Kuwabara não deixava e vira e mexe começava a chorar, e logo ele vomitou em cima da mesinha de centro na sala de seu amigo.
Yusuke teve que limpar a bagunça que o amigo estava fazendo, até que o mesmo caiu deitado e apagado no sofá.
Kurama e Yusuke deram graças a deus por ele ter dormido, agora os dois poderiam conversar tranquilamente.
As horas foram se passando e Yusuke após ouvir o amigo disse:
- Mas não entendi a do Hiei. Ele quer que o Kuwabara prove mais o que? Ele estava lá debaixo da janela da garota, se declarando.
- Não faço ideia! – o Kurama deu os ombros. - Deve ser coisa de irmão ciumento – Kurama bocejou.
- Vem, vou te mostrar um dos quartos de hóspede e trazer uma coberta para o Kuwabara, amanhã eu vou falar com o Hiei – Yusuke se levantou e Kurama o seguiu até o quarto de hóspede.
Yusuke voltou à sala e jogou uma coberta sobre Kuwabara, voltou ao seu quarto e viu uma menina de olhos castanhos e cabelos longos, acordada.
- Achei que estivesse dormindo – ele deitou ao seu lado.
- Com o choro do Kuwabara bêbado, acho meio impossível – ela deu um sorriso terno
Yusuke sorriu a ela, e deitou ao seu lado a abraçando.
- Hiei foi meio malvado, amanhã eu irei falar com ele.
- Posso ir com você?
- Claro! – ele a puxa para um beijo quente e aproveita o resto da madrugada com a sua namorada.
As horas se passavam rapidamente e logo surgiu à manhã, Yusuke se levantou às dez da manhã acompanhado por Keiko, ele saiu até a cozinha e foi tomar um ótimo café da manhã, ia conversar com Hiei sem que o amigo soubesse.
Eles tinham que ajudar de alguma forma, viu sua mãe arrumando a cozinha.
- Bom dia Yusukel! – ela lavava os copos enquanto fumava o seu cigarro.
- Bom dia mãe! – Yusuke senta se a mesa ao lado de Keiko.
- Senhora Atsuko, bom dia! - sorriu a bela moça sendo servida pelo seu namorado.
- Bom dia norinha! – ela sentou-se com eles, animada.
Conversaram um pouco e logo saíram, pois tinha um assunto para resolver.
Alguns minutos depois, Kuwabara abre os olhos, lentamente, esfrega tentando abrir, mas sente quase impossível, uma tontura, e uma dor de cabeça o assolava.
Senta-se lentamente no sofá e vê que está em uma casa muito conhecida.
- Como eu vim parar aqui? – perguntou em um sussurro e logo em seguida vê uma xícara de café em sua frente.
Olhou bem devagar para ver de quem era àquela mão, e viu a Atsuko.
- Onde está o Yusuke? – ele perguntou pegando a xícara de café e levou a boca.
- Deu uma saída – ela sentou-se ao seu lado. – Eu ouvi a sua conversa com o Yusuke ontem à noite – ela olhou com carinho, pois os amigos de Yusuke eram como se fosse os seus filhos também.
- É... – ele passou a mão em seu topete. – Não me lembro de muita coisa – ele finalmente tomou um gole do café, mas ao sentir o gosto amargo, cospe o café. – Eca isso está horrível! – ele fez careta e passou a mão nos lábios.
- É para curar a ressaca – ela sorri a ele e vê-o tomar novamente fazendo caretas. – Quando Yusuke voltar ele vai trazer boas notícias, você verá! – ela se levanta e põem a mão no ombro dele.
Kurama que descia as escadas olhava a cena um pouco triste, pois Hiei tinha sido duro demais.
Foi até a mesa disfarçadamente para tomar o seu café da manhã.
Atsuko e Kuwabara ficaram conversando mais um pouco apesar da tremenda ressaca que ele estava o assunto até que rendia.
***
Yusuke viu o seu amigo abrir a porta e disse:
- Já sei por que está aqui! – ele fala com a sua cara de poucos amigos de sempre. – Kuwabara nunca vai crescer mesmo – ele os encara de uma forma mal humorada.
- Podemos conversar, ao menos? – ele suspirou fundo sabia que ia ser difícil.
- Claro! – ele olhou para namorada de Yusuke, mas permaneceu mudo até sentarem a uma sala com um sofá e uma televisão em cima de uma rack, em baixo do suporte um DVD. – Sentem-se – ele apontou para o sofá.
Yusuke deu a mão a Keiko e sentou no sofá com a sua namorada ao seu lado.
- Hiei eu sei que é difícil para você, já que sua irmã ficou muito tempo longe de você, mas o Kuwabara gosta realmente dela. E ele é nosso amigo. Está certo que ele é meio...
- Eu sei disso Yusuke! – cortou o amigo. - Eu sei exatamente que o Kuwabara quer com a minha irmã e os sentimentos dele.
- Então qual é o problema? – perguntou Yusuke erguendo a sobrancelha.
- Eu quero que ele prove que gosta realmente da minha irmã.
- Você só pode estar brincando, não é?
- Não, por quê?
- O cara passa dias, melhor, meses aprendendo a tocar violão, tendo aula de canto e preparando aquela serenata para ontem à noite e você ainda quer prova maior que o Kuwabara gosta da sua irmã?
- Mas Yusuke, atos românticos não provarão que ele pode dar para minha irmã – ele fala meio frustrado, virando o rosto para o lado.
- Eu entendo o seu ponto de vista, mas o que mais quer que o Kuwabara faça? – Keiko apenas observava.
- Eu quero que ele prove que possa dar uma vida digna para minha irmã, algo que ela nunca teve – ele abaixa a cabeça e junta às mãos pensativo.
- Olha Hiei! Eu não quero intrometer na conversa, mas já intrometendo – começou Keiko o encarando, mesmo ele ainda com a cabeça baixa. – Hiei se não tiver amor como ele pode dar uma vida feliz a sua irmã?
- Mas ninguém vive de amor – Hiei se levantou irritado balançando os braços de um lado para o outro e a olhou.
Yusuke suspirou fundo e se levantou do sofá.
- Não adianta Keiko, ele é cabeça dura – Yusuke nem olhou direito e começou a sair pela porta. – Vamos, Keiko! – ele a chamou.
- Vá indo à frente – ela olhou o moreno com a faixa na testa e disse:
- Olha Hiel, Kuwabara tem se esforçado trabalhando e aprendendo tocar violão e canto para fazer aquela serenata para a Yukino, mas uma coisa eu te digo: O Kuwabara você conhece, sabe o tipo de homem que ele é, sabe o que ele faz, por que é seu amigo. Você sabe que ele é uma pessoa de confiança, com garra, perseverança e quer namorar a sua irmã. Então o que você prefere? - ela colocou as mãos na cintura e se inclinou um pouco nervosa, o encarando sem medo. – Você prefere o seu amigo para namorar a sua irmã, ou um homem que você mal conhece e quer namorar ela, e que você não sabe de onde ele vem e quem ele é? – ela o encarou bem ainda do mesmo modo. – Pense bem Hiei – ela o deixou ali e saiu pisando alto de raiva logo encontrou o seu namorado a esperando.
- Mandou bem Keiko! - Yusuke abraçou e tinha ouvido toda a conversa dos dois, mas preferiu comentar só para ela.
- Claro! Quem melhor que uma mulher para convencer um homem? – ela falou convencida de si mesma, deu um beijo estalado no seu rosto e os dois foram para casa do Yusuke.
Yusuke sorriu e sabia muito bem o que ela tinha toda a razão já que ela o conquistou com aquele jeito indomável dela.
****
Kuwabara se sentiu um pouco melhor da ressaca. Estava para sair e ir para sua casa, tomar um banho e trocar aquela roupa. Algumas lembranças vinham como flash em sua mente, algumas até o deixavam meio deprimido.
- Hiei ainda vai perceber que você é o cara ideal para irmã dele – Kurama sentou-se ao lado do amigo.
- Eu não sei mais Kurama, pois ele foi bem claro com aquele balde de água fria na minha cabeça – Kuwabara passou as mãos no rosto ansioso.
- Bom vamos esperar, eu tenho certeza que vai dar tudo certo – o ruivo de cabelos longos deu uma cotovelada de leve no amigo que deu um sorriso triste.
- Vou para casa! – ele se levantou e começou a sair, foi até a cozinha despediu da mãe de Yusuke e ela os acompanhou até a saída.
Kuwabara começou a caminhar ao lado de seu amigo e ouviu Kurama:
- Então já pensou em como provar para o Hiei que você merece a irmã dele?
- Não, e não faço a mínima ideia – ele enfiou as mãos nos bolsos da calça e abaixou um pouco a cabeça. – Não sei por que o Hiei não percebe meus esforços... Somos amigos de tanto tempo- ele tirou as mãos do bolso e deu um soco em um muro. – POR QUE ELE NÃO VÊ – algumas lágrimas saíram do rosto do ruivo de cabelos curtos.
- Isso tudo vai se resolver, você vai ver meu amigo – Kurama e Kuwabara já chegavam à casa do estressadinho.
Quando Kuwabara olhou melhor não acreditava no que estava vendo, um rapaz baixinho de cabelos espetados para cima, uma faixa na testa e de roupas pretas, de cara amarrada encarando os dois amigos que estavam surpresos com a presença dele ali.
- O QUE VOCÊ QUER? – perguntou Kuwabara irritado encarando o amigo. – QUER ME HUMILHAR PARA SUA IRMÃ DE NOVO? NÃO ESTÁ SATISFEITO POR ONTEM? – perguntou já querendo partir para briga.
- Como você é infantil, Kuwabara! – falou o baixinho dando um passo à frente. – Acho que eu não devia dar ouvidos a Keiko – o nanico já ia embora quando ouviu.
- Keiko? – perguntou Kuwabara perdendo o porte enfezado.
- Sim.
- A namorada do Yusuke?
- Sim – o rapaz já estava na lateral dele e virou o rosto meio de lado para ver o ruivo de cabelos curtos
- O que ela te disse? – ele saiu do modo defensivo e foi para o curioso, enquanto Kurama apenas olha os dois amigos e percebe que é hora de deixá-los resolver as coisas, mas ficaria de longe observando.
- Bom vou deixar vocês dois conversarem, mas não se matem! – ele disse com um sorriso no rosto e saiu os deixando ali.
- Entre Hiei! Diz-me o que a Keiko te disse – Kuwabara olhava para a porta de sua casa, enquanto o seu amigo estava em sua lateral.
- Me convide para entrar – ele olhou um pouco mais animado para o rapaz.
- Certo. Vamos entrar! – ele apontou para a porta após abrí-la.
Eles entraram então Kuwabara fez sinal para que Hiei sentar- se.
Hiei sentou-se e olhou o amigo e disse antes mesmo dele abrir a boca.
- Gosta mesmo da minha irmã? – perguntou o encarando de forma fria.
- Sim! Se eu não gostasse, não teria ido fazer uma serenata para ela.
Hiei olhou o mesmo desconfiado, mas não deixou o ruivo perceber.
- Kuwabara é capaz de fazer a minha irmãzinha feliz? – perguntou e o encarou nos seus olhos.
- Farei o que estiver ao meu alcance, mas por que...
- Shiu! Eu ainda não terminei – ele o encarou mais uma vez de um modo frio e sinistro.
Kuwabara sentiu um frio na espinha e continuou apenas ouvindo.
- Eu vou te dizer algumas coisas, se você estiver de acordo eu aceito o seu namoro com a Yukina, mas se você não aceitar nada feito.
Kuwabara o encarou tentando acreditar nas palavras do amigo, mas ainda assimilava tudo.
- Diga, qual são as suas condições? – ele perguntou curioso querendo saber. Mas de alguma forma sabia que seriam as piores possíveis.
- Primeira coisa: você namorara a minha irmã perto de mim a maior parte do tempo – ele o encarava. – Segunda parte: se você sequer pensar em brigar, fazer a minha irmã chorar, ou qualquer coisa relacionada a isso, você é um homem morto – ele estalou os dedos da mão. - Terceiro e último: só estou deixando você namorar a minha irmã por que eu te conheço e sei aonde te achar e te matar caso qualquer coisa aconteça com ela – ele se levantou, encarou o amigo de uma forma fria e cruel. – Então aceita minhas condições?
Kuwabara se levantou também e encarou o seu amigo. Se ele estava dando lhe àquela chance, era hora dele provar por que ele gostava da irmã dele, e era capaz de qualquer coisa por aquela garota que ele gostou desde a primeira vez que a viu.
- Eu aceito suas condições, Hiei – ele estava firme e decidido. – Dou a minha vida a você se precisar, só para ficar ao lado da Yukina.
Hiei se espantou com o amigo, mas sorriu de canto e disse:
- Ótimo! Sua vida está em minhas mãos! – ele olhou para o amigo mais alto, estendeu a mão e Kuwabara apertou forte e destemido, afinal era a chance para ele provar para o Hiei que ele era a pessoa certa para a sua irmãzinha.
- Pode ir ver a minha irmã as cinco de hoje e conversar com ela – Hiei saiu sem dizer uma palavra e Kuwabara encarou os passos do baixinho até a porta e quando o mesmo fechou a porta Kuwabara não pode conter um grito de alegria.
Do lado de fora Hiei escutou e sorriu encarando o céu.
“Melhor ter um cunhado amigo, do que um cunhado estranho mal tratando a minha pequenina princesa. Kuwabara é melhor que esses vermes que tem por aí.” Saiu para a sua casa.
Agora Kuwabara teria que se esforçar muito e mostrar ao seu amigo o quanto ele era persistente e que ia dar o melhor de si.
Ia esfregar na cara de Hiei que ele não ia se arrepender de ter um cunhado como ele. Subiu as escadas assoviando e ia começar o seu namoro com a sua amada Yukina.