ANUON 9999

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    Capítulo 44

    Voltando a cidade

    Violência

    Anuon e Fhor estão de volta a cidade. Mas uma investigação será feita pelos dois.

    Anuon e Fhor estavam numa velocidade fora do comum: nenhum humano os veria facilmente. Passavam em meio as pessoas como vultos, camuflados nas sombras dos transeuntes. Todos então, percebendo sobre um deslocamento de ar, não entendiam nada e só olhavam para o vazio. Simplesmente continuavam suas vidas. Fhor, que estava um pouco a frente, diz:

    — Anuon, devemos nos apressar ainda mais! Aquela composição...

    — O trem? Sim, Fhor! Vamso correr mais!

    — Será que consegue?

    — Não seja arrogante! É claro que consigo! - Disse a felina, irritada mostrando os dentes.

    E aproveitando a distração a conversa de Anuon, ele dá-lhe uma pequena distância. Zombando da felina, Fhor diz:

    — Vamos, lentidão!

    — Seu miserável! Espere!

    — Vamos perder o trem!

    E chegam até a estação, não demorando para embarcar e conseguem embarcar no trem. Durante a viagem, tranquila como de costume, Anuon, que estava junto a Fhor, debaixo do trem, diz:

    — O que iremos procurar quando chegarmos?

    — Não sei ao certo, mas ouvi dizerem pelas ruas que uma certa gangue de humanos tem se comportado de forma estranha ultimamente.

    —Como assm?

    — Bem, humanos residentes disseram que esta suposta gangue estava causando problemas para as autoridades. Mas, de alguma forma, eles se entregaram a eles sem resistir. E não parou por aí...

    — E o que isso tem a ver com os nossos problemas?

    — Simples: senti um cheiro familiar no ar.

    — Fhor, se fez-me vir até aqui para ficar dependendo de seus instintos...

    — Você quer arriscar que isso não tem a ver com os outros Anis?

    — É logico que não. Mas vá direto ao ponto!

    — Bem, então confie em mim.

    Continuaram conversando sobre o assunto até a chegada a cidade.

    Horas depois...

    Já desembarcados, Fhor e Anuon seguem para o bairro onde Ethan mora. Andavam como gatos comuns pelas ruas, sem que ninguém os incomodasse. Mas como a viagem foi demorada, já escurecia. Depois de cruzarem a cidade, rles chegam ao local, mas notam que as ruas estão mais desertas do que costume. Anuon diz:

    — Fhor... Agora que percebi, sinto que já não estamos em local seguro. Tem algo a mais no ar, como disse. Eu sinto...

    — Ainda bem que percebeu.

    — O que faremos agora?

    — Seguiremos este cheiro. Talvez nos leve até o que queremos.

    — Sim, mas devemos ter cuidado.

    Logo passam em frente a casa de Ethan e, pensando mais a fundo, Anuon diz:

    — Espere, Fhor.

    — O que foi?

    — Melhor verificarmos como estão os genitores de Ethan.

    — Este humano outra vez... Porque não esquece ele? Sabe que por causa dele sua vida agora está sob risco.

    — Devo muito a ele. Até mesmo minha vida!

    — Se diz... Muito bem, Anuon... irei respeitar... *Talvez também lhe deva isso...*

    — Agradeço pelo respeito.

    E entram então no quarto de Ethan e, por sorte, a porta de seu quarto estava aberta. Puderam ver então os pais de Ethan com seus afazeres diários e aparentemente tudo estava bem. Já no lado de fora, Anuon balançou sua cabeça, sinalizando que está tudo bem e continuam então o seu caminho.

    Passando pela praça central, chegam a um galpão abandonado. Percebendo algo anormal, Fhor diz:

    — Anuon, não havia verificado aqui. E o cheiro está mais forte nesta direção. Estranho, antes não estava assim...

    — Bem, devemos ter cuidado. Se realmente haver Anis por aqui, podem sentir nosso cheiro também...

    — Concordo 

    E para não chamarem a atenção, ficaram a favor do vento, subindo no teto do galpão, que estava um pouco escuro, somente sendo iluminado pela luz da rua.

    Olharam para as extremidades do lugar com bastante cuidado, verificando cada canto do galpão, mas nada de estranho é encontrado. Anuon diz:

    — É inútil, Fhor. De nada adianta ficarmos aqui!

    — Acho que tem razão... mas o cheiro continua... 

    — Talvez a quem pertence este cheiro já pode ter ido embora.

    — Sim... Talvez...

    — E o que...

    E antes que Anuon pudesse terminar sua fala, é logo interrompida por um caminhar, ouvido por ela e Fhor. Era Kenta, andando pelos corredores escuros do galpão.  Logo eles se escondem de forma que pudessem ver mais claramente e ouvir com exatidão sobre do que se tratava a presença do humano em um lugar tão esmo. O jovem, aparentando ter em torno de vinte anos, diz:

    — Bem... Spin disse que era aqui o encontro, mas... demoras e mais demoras...

    Logo mais dois rapazes apareceram, caminhando em direção onde o jovem estava. E se aproximando, um deles diz:

    — Chefe, acho que deveríamos ir. Esse lugar está condenado a anos...

    — Silêncio! Sou eu quem decido isso. Aquela Anis miserável disse que estaria aqui...

    — Mas...

    — Acho que não entendeu, não é?

    — Não senhor! Entendi... Não queria pressioná-lo.

    — Ótimo... e vocês, verifiquem a área. Não vou dar chance pra erros.

    — Sim - Disseram os dois capangas de Kenta.

    — E o que devemos fazer, chefe?

    — Se encontrarem por algo, me chamem.

    — Afirmativo.

    Com os felinos escondidos olhando para a movimentando, era visível que a preocupação só aumentava. Fhor então diz:

    — Quem é este humano? E Como conhece Spin?

    — O nome dele é Kenta. Um humano asqueroso que trabalha para Spin.

    — O que? Mas...

    — Sabe como Spín é engenhosa e não mede esforços para conseguir o que quer. De todos os Anis ela é a que mais tem conhecimento da cultura de humanos.

    — Hm... na certa, ofereceu algo ao humano  Seria capaz disso, com certeza 

    E depois de um longo tempo procurando, os rapazes mandados por Kenta retornaram, com um deles dizendo:

    — Nada, senhor. Vasculhamos tudo... Não há ninguém no galpão.

    — Droga... Porque este alguém não aparece logo?

    Anuon, observando tudo aquilo, diz:

    — Quem será esse alguém?

    — Spin e seus planos... Só pode.

    Voltando aos humanos, como não havia o que fazerem, um dia rapazes diz:

    — Chefe, o que faremos com aquele garoto que temos que detonar?

    — Você acaba de dizer, seu idiota.

    — Ih é... Hehehe... Ethan, né? Vou acabar com ele, quando o vir por aqui.

    — Faça rápido quando tiver a oportunidade. Para Piece 1 já é um assunto consumado.

    — Ótimo! Vou estrear nele aquele punhal que trouxe da Tailândia.

    Depois de ouvir aquilo, Anuon diz:

    — Estão planejando matar Ethan!

    — Aquele humano tem uma habilidade em conseguir inimigos...

    E quando todos estavam prestes a irem embora, ouvem passos vindo de uma penunbra do galpão. Logo todos os capangas de Kenta ficam de costas um para o outro, formando um círculo. Anuon e Fhor também estranham e ficam em alerta, com Kenta perguntando:

    — QUEM ESTÁ AÍ?

    Mas nenhuma resposta. Porém o barulho de passos continua, causando aflição por parte de todos, principalmente aquele capanga que queria matar Ethan que, nervoso, diz:

    — Seu miserável... Vai, aparece! Senão eu vou até você!

    Sabendo que não havia resposta, correu em direção a penumbra. Kenta, preocupado, também, grita:

    — NÃO! NÃO FAÇA ISSO, SEU IDIOTA! VOLTE!

    Mas era tarde. Ouvía-se seus passos acelerados naquela escuridão, que diminuíram aos poucos conforme adentrava mais. Ele, porém, mostrando surpresa, diz:

    — Hã? O que...

    Ouve-sem um ruído metálico, como se uma lâmina cortasse o ar, com o capanga gritando:

    — AHHH... NÃO! Socorro... ARGH!

    Kenta até tentou correr em direção, mas:

    — Tomoi?! Mas...

    — MEU BRAÇO! AHHH! VOCÊ ARRANCOU MEU BRAÇO!

    — O que está acontecendo? QUEM ESTÁ AÍ? RESPONDA! - Disse Kenta, desesperado.

    E os passos voltarem a serem ouvidos, passando  a ficarem mais nítidos conforme prosseguia. Kenta e os outros humanos, assim Anuon e Fhor, conseguiam ver o vulto deste alguém, surgindo da escuridão vagarosamente. E este alguém, mostrando uma voz suave e tranquila, diz:

    — O silêncio... Ele foi quebrado... Estava muito agradável... e eu estava gostando...

    Com a escuridão ainda cobrindo o corpo desse alguém, segurava por um dos braços o capanga de Kenta, que se esperneava de dor. E de fato seu braço havia sido cortado, com muito sangue saindo da ferida grave.

    — Chefe... ME AJUDE! EU... EU ESTOU MORRENDO... SOCORRO!

    — O que?! Tomoi... Não... QUEM É VOCÊ? PORQUE ESTÁ FAZENDO ISSO?

    E logo essa tal pessoa se apresenta. A escuridão já não interferia mais, pois era possível ver claramente quem era. Fhor e Anuon, atônitos, se surpreendem com o que viam. Kenta, porém, pergunta mais uma vez:

    — Mas... Quem é você?

    E essa alguém, soltando o capanga, diz:

    — Prazer.. Me chamo Lupa... e vocês são minhas presas essa noite?

    Continua.


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