ANUON 9999

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    Capítulo 40

    O término da batalha

    Violência

    Esse será o último embate. Kitsune tem muito em jogo.

    Com o ocorrido anteriormente, ninguém pôde perceber o detalhe que ocorreu naquele instante que a bela raposa sacerdotisa do templo Rayka recebeu uma segunda cauda. Todos, mesmo diante suas dificuldades, observam a investida de Kitsune a Gothic 6, que olha para trás e diz:

    — O que foi, raposa? Não aceita o fato de que não pode me vencer? Tome isso!

    Gothic havia lançado em direção a Kitsune um de seus golpes, que consistia em arremessar contra Kitsune um tipo de cópia de sua cabeça, esta com a boca aberta, visando sua garganta. Mas Kitsune não cancela sua investida e continua sua aproximação. Todos a olham, perprexos, tamanha sua coragem. Sua determinação, neste momento, havia servido de motivação a Anuon e Maeti.

    — Ela... ela está certa! Ainda não demos tudo de si nesta batalha... Já enfrentei maiores dificuldades! - Disse Anuon, se levantando.

    No outro lado, Maeti se levanta, enxugando seu rosto

    — Tem razão, mãe... Eu também não aceito esta situação. Sou forte e não posso lhe dar esta desonra. Sou um membro da família Rayka e é meu dever zelar pela sua doutrina!

    Gothic, não entendendo o que ocorria, ficou surpresa com os outros, dizendo:

    — O QUE ESTÁ ACONTECENDO AQUI? Esses vermes já estavam completamente dominados e prestes a morrerem...

    E esqueceu-se de Kitsune, que lhe atinge com um poderosíssimo golpe, a fazendo voar muitos metros para trás. Não satisfeita, a raposa vai a seu encalço e lhe atinge novamente, antes que tocasse o solo. O golpe a arremessa para cima e, sem ter como se defender, Gothic é atingida mais uma vez por Kitsune, que a golpeia com sua bokken com extrema força, jogando-a para baixo. Seu corpo cai violentamente ao chão e, ao tentar se levantar rapidamente, se desenquilibra e cai, cuspindo sangue. Ainda tonta por causa dos golpes, diz:

    —Como... conseguiu incrível poder? RESPONDA!

    Durante este embate, Anuon e Maeti haviam derrotado as cópias num piscar de olhos. Como suas auras foram alimentadas pela determinação de Kitsune, perceberam que seus adversários não eram tão fortes como imaginavam.

    — Gothic é um adversário terrível. Brinca com o psicológico dos outros e os ataca traiçoeiramente. Kitsune tem razão em dizer que é uma vergonha... Porque Gothic é uma desonra aos Anis - Disse Anuon, olhando para Gothic.

    — Nunca vi tamanha víbora se orgulhar de vencer suas batalhas causando tanto estrago emocional em seus adversários. Agora sei de que nossos inimigos estão dispostos a tudo, até mesmo tirar-nos tudo aquilo que nos importammos.

    E Kitsune, visivelmente mais irritada que de costume, com raios negros serpenteando o lugar e com uma voz em tons graves, diz:

    — Você ousou tirar tudo de mim! Meus amigos... meu filho... meu templo... Gothic, nunca a perdoarei por judiar de meus ensinamentos, sagrados! Você, como oponente, é uma vergonha!

    Gothic, mostrando toda sua ira, diz:

    — NEM FALE DE PIECE 1, POIS NÃO ESTÁ EM CONDIÇÃO DE JULGÁ-LO! EU IREI ACABAR COM VOCÊ! E primeiro serão esses humanos!

    Gothic então sem aproximou rapidamente de Ryoga E Kaede. Mas quando estava prestes a machucá-los, Kitsune aparece em sua frente misteriosamente e a impede de cometer tal ação. Surpresa, ela diz:

    — COMO APARECEU AQUI?

    — Gothic, ainda não percebeu que estou disposta a fazer de tudo para impedir-la? Não aprendeu a observar seus adversários?

    E logo que ela diz estas palavras, Gothic percebe que Kitsune apresenta agora duas caudas.

    — VOCÊ... TEM DUAS CAUDAS?! MAS COMO ISSO ACONTECEU?

    — Agora percebeu, não é?

    Ryoga fica confuso!

    — Ué? E daí? É só mais uma cauda e tanta coisa acontecendo de estranho aqui, isso aí é até normal...

    — Aí que se engana, Ryoga - Disse Kaede.

    — Putz, lá vem coisa...

    — Lembro-me que minha avó contava lendas de que raposas poderiam aparecer frente a humanos justamente como humanos...

    — Ah, tô ligado. O nome dela é Kitsune, então...

    — Bem, pode ser coincidência, mas diz a lenda de que a kitsune é a forma mística da raposa, como um Youkai.

    — Nossa, é verdade!

    — Só as chamam assim por nãoser humana e que kitsunes absorviam energia de humanos. Mas não todas. Até mesmos estes Youkais que estamos acostumados a repreender agiam de boa vontade com os humanos.

    — Justo, como as lendas...

    — Sim! Tinha até mesmo kitsunes que se apaixonavam por humanos e os cortejavam... - Disse Kaede, olhando para Maeti.

    — Putz! Caraca! Sinistro isso, cara... Mas e as duas caudas? *Tá, dona assanhada. O raposo aí não entendeu a indireta, mas eu entendi...*

    — Bem, diz a lenda também que, quando uma kitsune ganha caudas, é porque fica mais experiente.

    — Experiente? Tá chamando a Kitsune de velha?

    — Não! Quero dizer mais poderosa!

    — Ah, melhorou...

    Gothic havia ouvido as palavras de Kaede! E não aceitava o fato de que Kitsune, naquele momento, havia ficado mais forte.

    — Não, isso não pode estar acontecendo! Eu me cetifiquei que seria uma missão perfeita, sem falhas! NÃO, VOCÊ DEVIA ESTAR IMPLORANDO PELA SUA VIDA AGORA! NÃO ACEITO ISSO, JAMAIS!

    — Gothic, já nos causou muitos danos, os quais são horrentos. Não há mais neessidade de mais sofrimento!.Nunca perdoarei você...

    — NÃO VAI ME PERDOAR? NÃO VAI ME PERDOAR? HAHAHA! VOU ACABAR COM VOCÊ DE UMA VEZ POR TODAS! HAHAHA! MORRA!!

    Agora só restava Gothic, pronta para atacar Kitsune, que continuou dizendo:

    — EU VOU MATAR VOCÊ, KITSUNE! E É BOM QUE TENTE FAZER O MESMO, POIS NÃO TEREI MISERICÓRDIA! HAHAHA!

    — Venha então e sinto muito, mas irá sentir muita dor... Talvez seja o preço por ter nos atacado desta forma!

    — NÃO SEJA TOLA! ARRANCAREI SUA CABEÇA! HAHAHA! VÊ-LA CAINDO SEM VIDA AO CHÃO SERÁ UM DOS MOMENTOS DE MAIOR PRAZER DA MINHA VIDA!

    E correu em direção a Kitsune, que somente se concentrava, segurando a espada acima de sua cabeça, em base de luta. Gothic, durante sua investida, a ataca com seus projeteis, mas nenhum deles parecia incomodar Kitsune, que começa a invocar seus poderes. Vários raios negros perambulam pelo jardim, envolvendo o corpo de Kitsune até o alto de sua espada. Suas caudas começam a se mexer e se paralizam quando Kitsune projeta sua espada para trás de si. Com Gothic a poucos metros dela, a raposa diz:

    — Tikai, me ajuda a fazer justiça. Purifique meus pensamentos. Não me deixe violar seus ensinamentos. Não mancharei mais este templo com sangue. Por favor... me ajude.

    E de dentro de sua mente, ouve uma voz:

    — *Sim, irei ajudá-la!*

    — *TIKAI?*

    Gothic, prestes a atingi-la, diz:

    — MORRA, SUA MISERÁVEL!

    E Kitsune diz:

    — Gothic, será julgada agora!

    E agora manifestado todo seu poder, concentra-o em sua espada e envolve todo seu corpo. Sua espada, que estava posicionada atrás de si, é movimentada em direção a Gothic, que fica sem ação ante a bela raposa. Raios começam a atingir a pantera inúmeras vezes, levantando-a do chão e levando-a para trás, sem mostrar nenhuma defesa. Logo um turbilhão é criado por tantos raios. A pantera continua a ser golpeada, com Kitsune somente observando seu sofrimento. Ela então diz, olhando para a direção da pantera:

    — Sob os ensinamentos dos sábios... Com a ordem e o caos tomando forma... Frente ao maior dos desafios e obstáculos... Essa é a doutrina do Maratsu-Kyoken da família Rayka... *Tikai... Eu fiz tudo certo... Me dê a direção da vitória...*

    E para surpresa de todos e presenciaram a mais pura obra do milagre, duas vozes são ouvidas durante sua fala, conjurando a técnica:

    — MARATSU-KYOKETSAN! AHHH!

    E passando por dentro do turbilhão, Gothic foi atingida de todas as formas possíveis, em casa centímetro de seu corpo formado por nanotec. E Kitsune termina o massacre golpeando-a no seu dorso e, com isso, a pantera cai quase desarcordada ao chão. A bela raposa, fraca com a gama de energia gasta, vai ao chão de joelhos, com seus cabelos sobre seus olhos, estes penetrantes  Caminhou em direção a Gothic, que estava muito ferida. Porém, ela diz:

    — Ah... sua... sua miserável... Eu a... amaldiçôo por isso... O... o que foi... isso?

    — Foi o Maratsu-Kyoketsan. Tikai e eu agora o aplicamos de forma conjunta. O poder é imenso. Seu corpo está destroçado, não se mexa.

    — Muito... poderoso... seu golpe... raposa...

    Os danos haviam sido severos. Até mesmo pedaços de Gothic podiam ser vistos se desprendendo de seu corpo. E, por estar bastante debilitada, acabou desmaiando. Imediatamente aparece Ethan saindo de dentro do abrigo, com um sorriso estampado em seu rosto, causando estranheza de quem o viu.

    — Galera eu consegui passar no teste! Belez... O QUE ESTÁ ACONTECENDO AQUI?

    Kaede, ainda assustada, mas aliviada por Kitsune ter abatido Gothic, diz:

    — Fomos atacados! Aquela pantera quase nos matou!

    — PORQUE NÃO ME CHAMARAM?

    — Nada tinha a fazer por nós, Ethan... E Agora vejo que realmente precisa de treinamento! Esta inimiga nos mostrou isso. Você estava certo em nos procurar - Disse Maeti, indo até sua mãe.

    — Nossa, acabou mas... Vocês estão muito feridos. Kitsune, Maeti, Anuon... Me deixe ajudá-los... - Disse Ryoga, com um pedaço de pano nas mãos.

    Logo Ethan olhou para seu lado e viu Anuon andando com dificuldades.

    — ANUON?! MINHA NOSSA... ANUON, O QUE...

     - Eu... estou bem... Ethan... - Tentou dizer a felina, caindo de exaustão.

    — Anuon, estou aqui! Não se preocupe! - Disse Ethan, a acudindo em seus braços.

    — Não me abraçe tão forte... humano... já estou bem... - Disse, um pouco envergonhada.

    — Estou vendo... Já está até corada.

    — Até no sofrimento você goza de mim, humano!

    E Ethan, segurando Anuon, observa agora Kitsune. A raposa, que estava sendo ajudada por Ryoga, passou a olhar para o céu, o que trouxe ainda mais estranheza ao jovem. Ele então diz:

    — Kitsune, você está bem? Ainda bem que tudo isso acabou... Mas...

    — Sim, Ethan. Agora bem melhor - Disse a raposa, olhando-o nos olhos.

    — Mas está ferida... e porque está me olhando assim desse jeito?

    — Não se preocupe... Certas feridas cicatrizam rápido. E só estou observando um dos que merecem mesmo minha ajuda.

    — Mas seu kimono, como o de Maeti e a pelagem de Anuon, estão sujas de sangue e apresentas feridas! E... Bem... Você disse que eu mereço sua ajuda?

    —Apesar de meu estado lastimável, estou bem... Feliz inclusive.

    — Porque?

    — Pela primeira vez em anos, pude lutar mais uma vez ao lado de Tikai. Sim... eu a vi e a senti... E tudo isso foi por vocês terem vindo até aqui. Fazia tempo que não me sentia tão bem, tão viva...

    Kaede andou até próximo a Kitsune e, a exemplo da raposa, tornou a olhar para o céu, dizendo:

    — Tia... Obrigada por tudo. Você esteve lutando novamente.

    — Ela esteve sim, Kaede - Disse Kitsune, a abraçando.

    Mas, ao fundo, Ryoga, próximo a Gothic, que estava desacordada, diz:

    — E o que faremos com a pantera? Tipo ela tentou nos matar e talz...

    — Devemos lhe dar outra chance...

    — Porque?

    — Tikai faria o mesmo por ela... Eu a odeio, mas eu sei que não devo dar as costas para alguém perdido.

    — Eu a admiro, mãe! Além de ter-me dado a oportunidade de nascer, me mostra o valor de viver. É para mim como uma diva. Eu a amo - Disse Maeti, abraçando sua mãe.

    — Obrigado, Maeti. Eu o amo também e tenho muito orgulho de você.

    — Mas... O que faremos agora? - Perguntou Ethan, ainda segurando Anuon.

    — Continuaremos seu treinamento - Disse Maeti, com um sorriso.

    — Claro, depois que vocês tomarem um Red Bull... Não, RB é do passado. Melhor um Monster bem gelado, Hehe! - Brincou Ryoga.

    — Estava demorando para suas tiradas... - Indagou Kaede.

    — Como sempre digo: faço o que posso!

    E para surpresa de Ryoga, que estava próximo, e a os outros, a pantera, esforçando-se para dizer algo, logo tratou de indagar:

    — Son virá.. até aqui... e vocês estarão... condenados...

    — Hã? Não é possível! Ele... jamais... - Disse Anuon, se surpreendendo.

    — Hehehe... ele ainda... vive!

    Continua...


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