|
Tempo estimado de leitura: 21 horas
12 |
Olá a todos.
Finalmente estou de volta com mais um capítulo. Peço desculpas pelo hiato. Precisei dar um foco maior nos estudos e só estava conseguindo escrever outras fanfics por já ter conteúdo pronto.
Como passou muito tempo, eu decidi fazer um mini resumo para contextualizar a atual situação da fic.
Divirtam-se.
Recapitulando...
Muitos eventos estão acontecendo ao mesmo tempo em Mobius, seja no presente, com os Lutadores da Liberdade se reunindo novamente; e no futuro, com os Guerreiros da Liberdade juntos a Silver para tentarem consertar o passado. Além disso, eventos em Mobius no presente também chamam atenção: Knuckles com os Chaotix rumaram para Solmerca, a fim de descobrirem mais sobre uma pista encontrada por Dimitri, ex grão mestre da Legião Sombria.
E justamente no mesmo continente, Lien-Da, atual grã mestra, está a serviço de Eggman para uma expedição. Porém a equidna contratou uma força de mercenários formada por chacais para encontrar Thrash Tasmaniano, que faz desaparecer todo o povo equidna de Mobius. Saga Chacal foi contratado para ir atrás de Thrash e suas ordens foram claras: achar, colher informações acerca do paradeiro do povo equidna e matar o Tasmaniano. E para isso foi até a um outro continente chamado Downunda.
E em Downunda, Luke Kaji, um tenreque supostamente vindo de outra dimensão, foi ajudado por Blastion, um ancião morador do vilarejo abandonado Little Outback, este escondido de tudo e de todos a muito tempo, como disse Sleuth Doggy Dawg, antigo membro do grupo de mercenários chamado Destrutix e atualmente é um mercante no deserto de Downunda. Durante uma visita ao acampamento onde Sleuth tinha seu negócio para comprar mantimentos para Blastion, Kaji percebeu algo estranho na conversa, mudando de assunto. Ao sair, Sleuth passou as coordenadas para Saga Chacal, que havia lhe dado a frequência de seu rádio para quem tivesse notícias de Blastion.
Caso não se lembrem, o ancião era o único Tasmaniano vivo em Mobius, pois Thrash havia sumido sem dar paradeiro algum. Com isso, Kaji foi capturado na volta para o vilarejo por Saga e levado a uma base improvisada no meio do deserto. Por sorte, o que fez evitar que fosse torturado, Stu Vombate, um membro dos Lutadores da Liberdade de Downunda, o salvou e o levou até sua base secreta. Entretanto, Saga parecia ter planejado a fuga do tenreque, pois já esperava que fosse resgatado. O chacal pelo visto é alguém que sabe mesmo o que está fazendo.
Em outra dimensão, mais precisamente no Reino do Sol, onde uma princesa chamada Blaze Gato está em uma missão extremamente crítica: impedir que Prisma Ouriço, uma domadora de chamas (ela não aos controla e sim as inibe totalmente) se apodere de todas as esmeraldas do sol. O motivo ainda é desconhecido. E juntamente com Blaze está Moon, uma duquesa híbrida controladora de chamas e que possui poderes psíquicos, mas ainda em desenvolvimento. Para ajudá-las, ou quase isso, está V, um ouriço que ama dirigir, as levando em seu carro até seu destino.
Diante desse cenário estranho e cabuloso, continuamos a história, só que dessa vez em eventos simultâneos. Uma saga será iniciada e tudo não será como antes.
Nova Mobotrópolis, noite.
Abaixo do escuro do céu daquela noite confortável na cidade, os habitantes da cidade se mostravam bem animados. Com muitos vem arrumados, era visível que um evento bastante especial estava prestes a acontecer: todos estavam indo para o coliseu de Nova Mobotrópolis, onde haveria o show de Mina Mangusto. Como anunciado pelo noticiário matinal, a mangusto cantora havia voltado atrás na decisão de cancelar seu show, porque seu guitarrista Max Macaco se machucou durante o ataque dos robôs de Naugus a cidade. Mas pelo visto algo de bom ocorreu. Será que Max se recuperou? Era o que todos acreditavam.
Os Lutadores da Liberdade, ainda em estarem em período de comemoração, logo aderiram ao movimento, com todos se preparando para o show. Não somente eles, mas até mesmo o Conselho Acorn, que logo trataram de ir até suas residências para se prepararem depois de um dia de reuniões. Assim como o conselho, o Reino Acorn também se preparava, animados para verem o show da mesma forma que seu povo.
O povo estava feliz e alegre. A felicidade parecia ter voltado a Nova Mobotrópolis.
Enquanto isso...
Casa de Sonic.
Com o ouriço em seu quarto, se preparando para ir ao show, sua mãe, Elizabeth Ouriço, entrou em seu quarto, dizendo:
— Querido, o Tails chegou.
— Opa! Manda ele entrar, mãe!
Em seguida o menino raposa entra eu quarto, dizendo:
— E aí, Sonic?
— Fala, camarada!
— Você já está pronto? A turma já está indo para o coliseu.
— Eu sempre estou pronto, maninho. Na verdade eu nasci assim, hehe.
— Hehe... Tá, mas...
— Que foi?
— Você não acha estranho o Max Macaco ter se recuperado tão rápido assim?
— Ah Tails... Temos o Doutor Quack aqui na cidade. O cara faz milagre.
— É, acho que você tem razão.
— E eu estou esperando a Sally, Tails.
— Hã? Como assim?
— Ela foi no hospital, pra ver a Bunnie. Só tô dando um tempo pra ela chegar.
— Ah entendi. Mas está tudo bem com a Bunnie?
— Tá sim... A Sally tá preocupada, mas...
Enquanto isso...
Hospital Memorial Tommy Tartaruga.
“... ela está mais preocupada com o Antoine.”
No interior do hospital podíamos ver algumas enfermeiras cuidando de seus pacientes, com Dr Quack acompanhando todos os prontuários e trabalhando a toda. Porém fomos levados até a UTI, onde Antoine estava internado. Seu estado ainda era o mesmo, sem alterações. E próximo a seu peito, lá estavam Sally e Bunny que, debruçadas a janela da sala, conversavam.
— ... e eu tive esse sonho estranho, Bunnie – Disse a princesa.
— Nossa, Sally... Que sonho cabuloso demais da conta... Como ocê conseguiu dormi depois?
— Foi só naquele momento. Eu contei a dormir bem depois. Elias chamou o Dr Quack e... Bem... Isso não importa mais.
— Ah Sally... Tô mesmo preocupada com ocê. Tu tá um cadin abalada com isso, não é?
— Um pouco... Foi muito real, Bunny. Foi um pesadelo horrível.
— Num Fica assim, Sally. Ocê tá com a gente e tá bem.
— Eu sei, Bunnie... Por isso que eu quero distrair minha mente um pouco. Eu vim te chamar pra irmos ao show da Mina, sabe?
— Sally, eu tô bem...
— É que desde que você voltou não saiu desse hospital e...
Antes que Sally terminasse de dizer o que estava dizendo, Bunnie se aproximou de Antoine, o olhando em seguida. Com um olhar triste, a coelha lutadora da liberdade diz:
— Sally, eu tô te entendeno direitinho, mas meu lugar é aqui.
— Bunnie, não me entenda mal. Eu quero o melhor para o Antoine, mas você está muito estressada com tudo que aconteceu. Deveria mesmo relaxar.
— Sally, eu tô bem. E tô no lugar certo de ficá. O Tuane... Ele tá lutano nesse exato momento e eu vô ficá ao lado dele pra o que der e vier.
— Bunnie... *Eu vim até aqui porque estava procurada com o Antoine, mas a Bunnie está tão abalada com tudo que está acontecendo que eu não sei que palavras usar...*
— Amiga... Vai. Se divirta. Vai distrair essa sua cabeça. Tu teve uma luta muito sofrida. Tá na hora de ocê festejar.
— Mas como eu posso pensar em fazer isso com vocês nessa situação?
— Ocê falando assim... Já esqueceu o que nós somos?
— Hã? Como assim?
— Ah Sally... Somos os Lutadores da Liberdade. Já passamo por tudo que tem de crise. Ocês lutaram contra o Naugus e venceram. Tem que festejar!
— Mas e vocês?
— Tamo na luta, Sally. Tuane tá lutano e eu vou entrar nessa luta também. Só que eu vô ficá mais feliz em ver ocê e os outro bem e felizes.
Sally então olhou nos olhos de sua amiga e, sem perder tempo, foi até a coelha e a abraçou, dizendo:
— Nessas horas que eu agradeço muito por ter você como amiga, Bunnie.
— Fica tranquila, Sally. Ocês tão segurano uma barra muito grande e tão mesmo precisano se divertir um pouco. Eu e o Tuane tamo bem. Vamo lutar juntos. Tudo vai dar certo.
— Vai sim! Pode crer!
No fim Sally e Bunnie se abraçaram meus uma vez, com a princesa deixando o hospital em seguida. Mas não antes de Sally pensar:
— *Bunnie, eu sei que luta vocês terão... E acredite: essa luta é de todos nós...*
Ela então seguiu até a cidade, indo até a casa de Sonic, como haja combinado.
E assim começa a noite de Mobius.
Enquanto isso...
Continente de Soumerca
Vila desabitada, noite.
Como vimos no último capítulo, Drago, antigo membro do Destrutix e atual servo legionarizado (quando recebe implantes biônicos) do domínio de Eggman, apareceu visando Knuckles, assim como os Chaotix. E junto com ele havia uma armada de badniks um pouco diferentes, onde o lobo biônico chamou de Nocturnes. Isso logo chamou a atenção de Knuckles, que pensou:
— *Nocturnes?! Eu... Eu já ouvi esse nome... Meu pai já me disse algo... Mas o que está acontecendo aqui?*
E com a iminência do ataque de Draco e dia armada Nocturnes, um combate está prestes a começar.
Abandoned Village of Rusty Ruins – Boss Battle: Drago & Nocturnes Armada
(Música sugerida: “Suck a Sage” de Guilty Gear X)
Knuckles e os Chaotix estavam mesmo em apuros. Era uma luta diferente, com os badniks atacando de forma coordenada e crítica, com raios lasers visando atingí-los. Usando de uma pedra, Vector se protegeu da saraivada, dizendo:
— Qualé dessas latas velhas? Antes eles atacaram que bem uns descerebrados...
Ao fundo do pátio do vilarejo abandonado, Knuckles lutava contra Drago, onde os dois mediam forcas. O lobo insistia em dizer:
— Vou te levar vivo... para depois dar fim de você!
— O QUE VOCÊ QUER COMIGO? DIGA!
— Hahaha! Você não tem ideia do mundo maravilhoso que nos espera... e isso começa por você!
— O que? Do que está falando?
— Vida longa aos Nocturnes!
— Nocturnes?! Então... Isso não pode ser... Não... NÃO!
Jogando um trio de kunais explosivas contra três badniks da armada Nocturnes de Draco, Espio executou uma cambalhota, caindo de pé em seguida, com explosões acontecendo em seguida por detrás do camaleão. Ele então olhou para o lado e viu seus amigos lutando: Vector, acompanhado por Charmy, que se escondia por trás de seu amigo, estavam tendo problemas, assim como Might, que usava de sua força para acabar com mais badniks enquanto defendia Ray. Mas Espio, no pouco tempo que tinha, pensou:
— *Hm... Tudo isso está muito estranho. Porque Drago está aqui? E como ele sabia de nossa posição? Eu saberia previamente de seu movimento até onde estamos... E esse nome... Nocturnes... Não me recordo dessa informação... Passei tanto tempo investigando tudo sobre o Knuckles e nunca sequer ouvi esse nome... O que está acontecendo aqui?*
Voltando a combater os robôs, Espio tornou então a observar e perceber que não eram simples badniks: seus padrões de ataques eram coordenados e não atiravam lasers a esmo. Tinha algo verdadeiramente estranho.
Might, que protegia Ray, ao jogar para longe um dos robôs, diz:
— Ray... você está bem?
— E-estou, mas... E-esses robo-bôs são muito-to resisten-tentes!
— São sim. Tem algo errado... Eles não recuam mas também não atacam a toa. Grr... Eu já estou ficando cansado disso... Fica perto de mim!
— Tu-tudo bem... Po-pode de-deixar!
Vector então se aproximou e Ray e Might, socando um dos badnicks que os atingiram pra longe. O crocodilo logo diz:
— Aí Might... Tá ligado que essas latas tão sinistras, né?
— Sim... E obrigado pela ajuda.
— Tá de boa. Só que eu já tô ficando bolado em ficar socando essas coisas que nem lango lango.
— Isso não está bom, nada bom! Esses robôs malvados estão muito agressivos. Se a gente vai ficar algo, nós... - Tentou dizer Charmy, amedrontado.
E executando um chute em um dos robôs, dessa vez foi Espio em se aproximar, aterrissando próximo aos Chaotix. Ele, em um tom mais sério, diz:
— Estamos perdendo tempo com isso... e é exatamente isso que eles querem.
— Hã? Tá falando de que, Espio? – Perguntou Vector, esmurrando mais um dos robôs para longe.
— Isso tudo é orquestrado. Não estão atrás de nós...
— Ah... Eu suspeitava. Então é essa parada mesmo... Eles estão atrás do...
— ... Knuckles! Só pode ser. Por isso esses robôs estão nos franqueando, para nos separar!
E depois de derrubarem um quarteto de badniks, Might diz:
— Galera, vamos até o Knuckles!
E logo partem, tentando se aproximar de onde o equidna guardião estava. E na extrema direção que seguiam, lá estava Knuckles, que travava uma batalha ferrenha contra Draco. Enquanto trocavam golpes, Knuckles diz:
— ME DIGA O QUE VOCÊ QUER! COMO SABE DOS NOCTURNES?!
— Hahahaha! Nós iremos dominar esse mundo porque isso é de nosso direito!
— O que? Eggman por acaso está por trás disso então?
— Nós Nocturnes somos os verdadeiros possuidores de poder e conhecimento para levar essa terra ao seu maior potencial!
— PARE DE DIZER BESTEIRAS! COMO EGGMAN ESTÁ... – Tentou dizer Knuckles.
Quando tentou se aproximar de Draco, o guardião da esmeralda mestra foi atingido por um dos raios lasers dê badniks próximos, indo ao chão em seguida. Os Chaotix, ao verem o ocorrido, logo correm ainda mais para ajudar seu amigo, mas foram impedidos por toda uma frota de robôs enfurecidos e nem armados. A armada Nocturnes de Drago era mesmo uma força diferenciada de ataque. Analisando a situação, Espio diz:
— Eles planejaram isso!
— KNUX! ACORDA, BROW! – Se desesperou Vector, executando um forte soco em um dos badnicks.
O nível de urgência era grande. E frente ao cenário, todos ficaram ainda mais preocupados pois viram Drago com Knuckles em seu ombro, o levando para além das dependências do vilarejo abandonado. O lobo legionarizado então deixou o lugar, com vários robôs impedindo os Chaotix. Espio, arremessando uma kunai, diz:
— NÃO PODEMOS PERDÊ-LO DE VISTA!
E Might, já tomado pela fúria, estava ainda mais forte, conseguindo eliminar mais badniks. Ele, se virando a Espio, diz:
— CARA, VAI!
— O que?
— VAI ATRÁS DO DRAGO! A GENTE VAI LIMPAR O CAMINHO PRA VOCÊ!
— Mas vocês...
— Tu ouviu o carinha, Espio... Tu é o mais ágil e o único com habilidade pra rastrear o vira-lata. Vai... VAI LOGO!
Como o combinado, Might e Vector avançaram contra os robôs, abrindo caminho. Logo Espio pulou sobre os robôs, mas como eram muitos, durante um de seus saltos ele foi de encontro a um dos robôs. Por sorte, segurando uma de suas mãos, Ray o ajudou a seguir seu caminho. O esquilo estava plantando enquanto dizia:
— VAI! ACHA O KNU-KNUCKLES!
— Ray?! Eu... Tudo bem! Eu não irei falhar!
Sendo jogado para longe, foi a vez de Charmy o segurar, dizendo:
— VAI, ESPIO! NÓS CONTAMOS COM VOCÊ! - Disse, o jogando para longe, além de onde os robôs estavam.
E então o camaleão ninja do clã Shinobi aterrissou, correndo a toda velocidade para o interior da floresta que cercava o vilarejo. A imensidão das florestas de Soumerca era um grande desafio para Espio que, enquanto corria, pensou:
— *Todos me ajudaram... Eu não posso falhar! Mas o que diabos está acontecendo? E porque estão atrás do Knuckles? Hm... Eu odeio não ter informações... pois isso não me dá vantagem alguma...*
A noite caiu finalmente e com isso as coisas ficariam mais difíceis.
Enquanto isso...
Cidade de Nova Mobotrópolis
Coliseu da cidade
A animação era mil na cidade. Com muitos cidadãos mobianos caminhando em direção ao Coliseu, o lugar só enchia, mostrando que essa seria uma noite especial. E para ilustrar bem essa alegria estavam caminhando juntos Sonic, Sally, Tails, Rotor, Nicole (que usando a mesma roupa que usou no último show de Mina: de shorts azuis, camisa lilás e boina roxa) e Vicent. Rotor logo comentou:
— Cara, isso que a Sally disse da Bunnie...
— Que foi, Rotor? – Perguntou Sonic.
— Estou me sentindo mal com isso... Acho que deveríamos estar com ela, sei lá...
— Tu não ouviu a Sally? A Bunnie pediu pra gente se divertir.
— Mas Sonic...
— Calma lá, camarada. Não vou mentir pra você que eu também não tô preocupado, mas se a gente ficar lá só vai deixar a Bunnie mais preocupada. O Tuane vai sair dessa e a gente vai fazer parte.
— Se você está dizendo... *Eu estou com uma sensação ruim, mas porque? O Sonic está certo em dizer isso, mas... Melhor eu tentar relaxar. Passamos poucas e boas na Refinaria Oil Ocean (a incrível mini saga “Engrenagens de Guerra parte 1 e 2) e estamos mesmo precisando disso...*
Tails, animado, logo diz:
— Cara, eu estou muito animado pra esse show!
— É isso aí, carinha! Vamos detonar pela Bunnie e pelo Antoine! – Disse Sonic, tocando punho com punho com Tails.
— Falou, Sonic!
— Hehehe!
E Sally, se dirigindo a Vicent, diz:
— E você... Não trouxe a senhora Betina e a Beatrice?
— Ah... Não se preocupe. Elas virão, mas a senhora Betina disse que iria vir um pouco mais tarde.
— Mas assim ela vai perder o show.
— Não vai não. Ela prometeu que estaria aqui com a Beatrice. Fica tranquila.
— Tudo bem... se diz...
E Sonic, se aproximando de Vicent, diz:
— E você, melhor segundo lugar? Tá animado pro show?
— Eu? Claro! Eu gostei muito das músicas da Mina Mangusto desde a primeira vez que eu a vi cantando no Festival de Frutas (Capítulo “Engrenagens Metálicas – Parte 1”).
— Ih olha só... O cara se tornou fã!
— Sim. Eu me diverti muito naquele dia!
— Haha! Seja bem vindo de novo a Nova Mobotrópolis, melhor segundo lugar. Shows aqui são quase diários.
— Sério? Eu não sabia que a Mina fazia tanto show assim.
— Ah... Bem, vira e mexe tem os shows épicos dela. Mas na maioria do tempo sou eu quem sou o show, saca?
— Hã? Você?
— Sim, hehe!
E logo Sally, puxando Sonic, diz:
— Não liga pra o que esse maluco está dizendo, Vicent. Ele está te provocando outra vez.
— Ei, Sally... Isso não se faz. Tô trocando umas ideia com o overlander aqui.
— Não está não! Deixa ele, seu ouriço convencido!
— Não corta minha zuera, Sal!
— Para de ser metido! – Disse Sally, dando uma gravata em Sonic.
— Não consigo. Eu sou irresistível demais pra ninguém me notar.
— Para! – Disse, dando um beliscão.
— Ai! Não faz isso!
— Então para de provocar o Vicent, seu maluco!
— Tá! Beleza! Só para com isso! Machuca!
E depois da descontração, logo chegaram ao Coliseu. Vicent nunca havia entrado no lugar e sua reação foi a mais espontânea possível:
— Pour tout ce qui est le plus sacré! (“Por tudo que é mais sagrado!”, em francês) Olha esse lugar! Aqui é enorme e está lotado de gente!
— Hehe... Gostou, né? Pode fechar a boca, Vicent.
— Eu nunca estive em um lugar assim! É espetacular!
E surpreendendo Vicent, uma voz conhecida pelo overlander é ouvida:
— Olha só quem eu achei aqui!
— Hã? – Se assustou Vicent, virando-se – Denzel Gato?! (Vicent o conheceu no capítulo “Engrenagens Metálicas – Parte 1”, sabiam?)
— Caraca, mané... Tu lembrou de mim mesmo! Que rox!
— Cara, a quanto tempo! – Disse, o abraçando.
— Pô, cara... Tava afinzaço de falar contigo. Tu salvou geral da cidade, chock. Tamo junto, champs!
— Ah todo mundo ajudou um pouco. Eu só fui mais um que estive lá lutando...
— Haha! Modesto. Isso é rox, rapá! Show demais.
— Valeu!
— Então tu veio pro show mesmo, né? Cara, aproveita. A Mina vai detonar hoje, falei?
— É o que eu mais quero ver!
— Hehe! Já é. Cara, vô puxando. Galera tá me esperando pra zuar. Tu quer vir também? Vai ser irado!
— Tipo, eu combinei com os Lutadores da Liberdade que iria ficar com eles, sabe?
— Ih relaxa. Tá certo! Pô, cara... Tô até emocionado em conversar contigo. Mais tarde da pra tu ficar livre? Minha galera ia gostar de conversar com você.
— Eu posso sim! Pode deixar!
— Já é. Tamo junto!
Logo Vicent voltou para próximo de Sonic e os outros, com o ouriço azul dizendo:
— Tá, vai... Me diz: qual é a sensação?
— Sensação? De quê?
— De ter fãs. É bom, né?
— Sonic! O Denzel Gato é um amigo. Eu não tenho fãs!
— Ah cara... Deixa dessa! O melhor segundo lugar precisa tirar uma onda de vez em quando.
Mas Sally estava mesmo disposta acabar com a insistência do ouriço, dizendo:
— Será que você pode por um minuto parar de ficar pegando no pé do Vicent?
— Não.
— Sonic!
— Esse é meu nome. Tá gastando, princesinha.
— Para com isso, seu bobo! Deixa ele e vamos para nossos lugares. Já está quase começando.
— Caraca, é mesmo. Vamos, pessoal. Vicent, chegou a hora!
Mas assim que todos começaram a caminhar, perceberam que Vicent foi para o lado oposto. Rotor, que havia percebido inequívoco, diz:
— Hã? Vicent, onde você está indo? O lugar fica pra esse lado!
— Ah... Eu... Eu preciso ir ao toalete.
— Mas agora? Vai começar o show.
— Eu vou rápido. Logo eu estarei com vocês no melhor lugar.
— Tudo bem então... *Melhor lugar? Como assim?*
E de fato on lugar onde os Lutadores da Liberdade se sentaram era mesmo um ótimo lugar: de frente para o imenso palco, onde podíamos ver que não houve economia por parte da produção do show. Uma estrutura enorme, com vários refletores e caixas de som potentes e modernas. Holofotes iluminavam os céus e ao fundo do palco havia uma orquestra junto a um coral. Sim, a produção de Mina Mangusto dessa vez se superou, que Tails logo tratou de dizer:
— Gente... Que show a Mina está preparado, hein. Olha o tanto de músico ela trouxe...
— Verdade, Tails. E está todo mundo aqui... – Disse Rotor, olhando em volta.
E era verdade. Toda a cúpula do Conselho Acorn estava presente, assim como toda a realeza, desde Maximilian a sua esposa Alicia Acorn e o atual rei, Elias. Logo após se acomodarem, as luzes começaram a se apagar, iluminado um pouco do palco. E Sally diz:
— Nossa, vai começar. Cadê o Vicent?
— Alguém comeu mais do que deveria pelo jeito, hehehe... – Disse Sonic.
— Sonic, isso foi grosseiro!
— Ei, relaxa... Só foi zuera. Eh... Nicole, não seria melhor você ver onde seu namo... Ops, digo... seu amigo está?
Sally olhou pra Sonic quase como se fosse arrancar sua cabeça. Mas Nicole respondeu tranquilamente:
— Sonic, deixa o Vicent. Ele sabe o que é melhor pra ele.
— Wow! Essa resposta me destruiu, hein!
— Viu, seu bobo? A Nicole te colocou no bolso! – Disse Sally, abraçando Nicole.
— Haha... Muito engraçado. Girl Power agora, né? Haha...
— Shh! Vai começar! – Avisou Tails, olhando pra Sonic.
E de fato o show estava começando. Lobo se podia ouvir os violinos começando uma melodia bela, enunciado a música que viria...
Forget Me Knots in Concert, estrelando Mina Mangusto e Orquestra de Nova Mobotrópolis
Música: “I Can See For Miles” (paródia da música de mesmo nome da banda Surfing The Apocalypse)
Logo todos ouviram Mina cantar, com melodias de um piano inspirado, acompanhando os violinos.
—Eu sei que você me enganou, mas eu tenho uma surpresa agora...
Mina apareceu no palco, sendo acompanhada pela luz de um dos holofotes. Ela estava linda, vestida com uma bota de cores sortidas com tons em verde, vestindo uma saia com cores pretas e detalhes em lilás, assim como sua blusa. Seus cabelos estavam ainda mais longos. E ela continuou a cantar:
— Eu sei o que você tem porque eu tenho mágica em meus olhos...
Nicole, fã de Mina, estava quase surtando, só com o início. Ela então diz:
— Sally, a Mina está linda! E essa voz... Ai minha nossa...
E logo a música fica mais encorpada, com o uso de bateria, com Mina cantando:
— Eu consigo ver a milhas e milhas, milhas e milhas, milhas e milhas...
OH YEAH!
Uma cascata de fogos se formou por detrás do palco iluminando todo o coliseu. A platéia foi a loucura. Junto a emoção, a orquestra tomou posse da melodia, com a bateria de Mash Coelho em tons mais pesados e com som do baixo de Sharps Frango, bem implumado e usando seus icônicos óculos escuros, colocando mais sonoridade a música.
— A Torre do Reino e o Castelo Acorn podem ser vistos no clarear do dia...
Você pensou que eu precisava de uma bola de cristal para ver além da nevoa!
E juntando-se a banda, Vicent era o guitarrista, para surpresa geral do coliseu. O jovem humano apareceu sorridente e lançando arpejos pesados que fizeram até Tails se arrepiar. Nicole estava hipnotizada com tudo o que estava acontecendo.
— VICENT?! Minha nossa, Sally... Que surpresa!
— Hahaha! Esse melhor segundo lugar... Ele sempre se supera! VAI LÁ, VICENT! MANDA VER! UHUU! – Gritou Sonic, bastante empolgado.
— Cara, isso é muito maneiro! – Disse Tails, arrepiado.
— Nossa, pegou todo mundo de surpresa! QUE SHOW, MEUS AMIGOS! – Disse Rotor, bastante empolgado.
E Mina Mangusto estava entusiasmada, cantando com graça e vontade.
— Bem, eu vou te golpear...
Você vai perder o fôlego também...
Você vai parar de sorrir um pouco...
Porque o tempo todo...
A multidão estava indo a loucura, com todo o coliseu vibrando a toda aquela apresentação inicial impactante e grandiosa, com a banda de Mina Mangusto tocando junto a Orquestra de Nova Mobotrópolis. Era uma suíte espetacular e sem precedentes. De fato um show e tanto!
— Eu consigo ver a milhas e milhas...
Eu consigo ver por milhas e milhas...
Eu consigo ver a milhas e milhas, milhas e milhas, milhas e milhas...
A empolgação da Mangusto popstar era notável. Mina de longe havia se superado e trouxe uma grata surpresa a todos naquela noite. Os Lutadores da Liberdade, assim como o Conselho Acorn e a realeza estavam de pé, junto a seu povo, admirados com a apresentação pomposa. E Mina, caminhando para frente do palco, continuou cantando, com a melodia eu seu maior tom!
— Eu sei que você me enganou, mas eu tenho uma surpresa agora...
Eu sei o que você tem porque eu tenho mágica em meus olhos...
E com uma pausa da sonoridade, com Mina olhando para frente e bem calma, terminou seu cântico:
— Eu consigo ver...
Uma explosão de gritos e palmas foi ouvida após o fim da música. Todos estavam emocionados e impactados com tamanha desenvoltura da cantora. Sally, chegando a estar emocionada, logo diz:
— Essa música... Eu entendi a mensagem...
— Hã? Como assim, Sal? – Perguntou Sonic.
— A Mina... Ela mandou o aviso para o Naugus... E é isso mesmo! Nós conseguimos ver!
— Caraca, é mesmo!
— Mas como é que o Vicent foi chamado pela Mina? – Perguntou Nicole.
A primeira impressão foi dada: não seria um show comum de Mina Mangusto. Era O SHOW! E só foi o começo. Os presentes no Coliseu de Nova Mobotrópolis naquela noite estavam prestes a presenciar a apresentação mais incrível que já viram.
Enquanto isso...
Continente de Soumerca
Vale das Raízes Negras.
Num lugar pantanoso, um trio de caminhantes era visto na noite, andando entre as vinhas das árvores e pisando em pura lama. O Vale das Raízes Negras era tenebroso e desconhecido pela maioria dos habitantes de Soumerca, pois era a região onde o sol não brilhava em nenhum momento do dia, já que as altas árvores encobriam todo o solo. Como chuvas torrenciais eram constantes, o solo se mantinha encharcado, dificultando a caminhada de quem se aventurava em prosseguir naquela região.
Neste cenário adverso, Lien-Da, grã mestra da Legião Sombria, era acompanha pelos dois legionários remanescentes. Como informado no capítulo anterior, Lien-Da recebeu ordens de Eggman para fazer uma busca na região. Uma expedição para ser mais exato. Logo um dos legionários diz:
— O radar mostrou a localização do alvo por aqui, grã mestra.
— Ótimo. Devemos nos apressar pois sair desse lugar odioso o quanto antes e voltarmos ao plano inicial.
— Senhora, com o devido respeito... Eggman vai descobrir.
Lien-Da, tomada por irritação, segurou seu subordinado pela roupa, o pressionando contra uma árvore. Ela então diz:
— Trate de guardar sua opinião só para si, entendeu?
— Se-senhora...
— Você não tem o direito de pensar isso!
— Eggman tem implantes em nós. É questão de tempo para... – Tentou dizer, sendo novamente pressionado por Lien-Da.
— BASTA! Eggman nunca irá descobrir. Ele jamais se atreveria a vir até aqui, ainda mais após a queda da Death Egg 2.0... (que aconteceu no épico capítulo "Continue Mode: O combo de uma nova saga") Então fique de boca fechada e FOQUE-SE nessa expedição idiota.
— En-entendido, senhora grã mestra.
— Que bom... Agora vamos continuar com essa “missão”.
Porém, ao voltarem a caminhar, perceberam uma algo de anormal ao fundo: precisamente era uma trilha estranhamente delineada, o que chamou a atenção de Lien-Da, que diz:
— Uma trilha... aqui?! Isso não faz sentido. Este lugar é desabitado e... – Disse a grã mestra, sendo interrompida.
— Senhora, há uma grande estrutura abaixo de nós! – Disse um dos legionários sombrios.
— O que? Impossível!
— Os sensores não estão errados. É um tipo de base ou... algo até maior que isso.
— Então era isso que Eggman queria que procurássemos?!
— Senhora, o que devemos fazer?
— Hm... Eu realmente não gostaria de estar aqui, mas... Hunf... Legionário?
— Hã? O que foi, senhora?
— Acho que devo lhe pedir desculpas...
— Porque?
— Hunf... Você pode ser um idiota imprestável sem valor, mas ainda assim faz parte do meu povo. Você estava certo em desconfiar de Eggman, afinal. Hm... Ele no mínimo desconfia do que há aqui e tenho certeza que irá perguntar sobre o estamos prestes a encontrar. Muito bem... Não iremos lhe contar nada.
— Senhora?
— Vocês dois... Ainda estão comigo nessa, não?
— Mas senhora, Eggman... – Tentou dizer legionário.
— Não ouse em recuar. O que Eggman representa ao nosso povo? Ele não passa de uma ferramenta que eu uso para conseguir o que quer. Porém, infelizmente, eu fui tola o suficiente para acabar sendo uma ferramenta para que aquele vigarista miserável expandir seu império. Ele não deseja nosso bem e vai, mais cedo ou mais tarde, nos eliminar.
— Mas se formos contra suas ordens, ele irá detonar o explosivo alojado em nossos crânios.
— Eu tenho ciência disso. No momento nós precisamos estar a frente de Eggman o que pudermos. Tem algo grande abaixo de nós... Algo que Eggman quer saber do que se trata. Entre não vai saber até que tenhamos ideia do que é e, se for de nosso interesse, vamos pegar para nós.
— Mas não temos ideia do que seja, senhora.
— Mas vamos saber... E eu acredito que seja amigo muito, mas muito importante, hehehe... Legionários, avançar!
Ignorando totalmente o perigo, o grupo caminhou para até próximo de uma clareira na mata, ainda com o solo encharcado e bastante movediço. Ambos tomavam cuidado por onde andavam, sempre usando de apetrechos e utensílios da Legião Sombria de Eggman. Se existiria uma coisa que facilitava e muito o trabalho de Lien-Da era a tecnologia aplicada.
E não demora muito e encontram um tipo de altar entre duas árvores enormes. Lien-Da, ao perceber algo, diz:
— Hm... Alguém esteve aqui a pouco tempo.
— O que?
Ela então caminhou em volta do lugar e encontrou algo: era um tipo de alçapão e, lhe causando mais estranheza, era de metal.
— Tem mesmo algo lá embaixo... E eu achei uma passagem secreta.
— Os sensores detectaram atividade elétrica. Possivelmente essa passagem é acionada por algum dispositivo...
— Hehehe... Eu sei o que podemos fazer pra aciona-lo...
Lien-Da, já descansada desde a luta contra Lupe, a rainha do Reino da Matilha, usou de seus implantes biônicos e começou a manifestar seus poderes elétricos, acionando o dispositivo e fazendo abrir o alçapão. Uma escada levava para o interior do lugar, o que fez com que todos ficassem cuidadosos a cada passo que davam. Embora suas roupas tivessem lanternas, todo ao redor estava entregue a penumbra, evidenciando que se não tivessem todo o aparato tecnológico que transportavam na certa já estariam condenados.
Adentrando a suposta base, o corredor estreito dava a entender que se tratava de um lugar onde a tecnologia era uma constante, tendo em vista que as paredes daquele corredor escuro eram metalizadas e, como já suspeitavam, ruídos de engrenagens eram ouvidos e aumentavam de volume a cada metro percorrido a dentro.
Em seguida, já em um tipo de salão, Lien-Da diz:
— As paredes sumiram... Então creio que estamos dentro do lugar.
— Senhora, os sensores dizem que estamos em um tipo de câmara ou coisa do tipo.
— Não... Eu já imagino pode estamos... Não é n uma câmara...
— Não? Mas...
Lien-Da então começou a manifestar seus poderes, que iluminou quase toda a suposta sala grande. De fato era um lugar bem espaçoso e com fortes indícios de ter tecnologia. Não demorou muito e a grã mestra da Legião Sombria diz:
— Há um botão a sua direita, legionário. Aperte.
Dito e feito, logo luzes foram se acendendo aos poucos, com ruídos agudos sendo ouvidos. Logo percebem que estão diante de todo um sistema de computadores, com vários monitores se ligando, até que finalmente todo o lugar se ilumina, mostrando exatamente do que se tratava, o que Lien-Da logo diz:
— É uma base subterrânea...
Mas nem ao menos lhe deu tempo para uma análise mais aprofundada, pois na tela principal da base um ideograma azul logo trouxe nervosismo e aflição ao rosto de Lien-Da. Ela paralisada, era chamada por um dos legionários, que diz:
— Senhora, o que houve?
— Esse símbolo.... Não pode ser... Não... NÃO!
— Senhora grã mestra?!
— TEMOS QUE SAIR DAQUI! AGORA!
— Mas por-porque?
— NÃO FAÇA PERGUNTAS! VAMOS! CORRAM!
Ela, correndo junto aos legionários, continuou a dizer:
— Por todas as coisas que eu fiz e vi nessa vida, essa definitivamente é a mais crítica...
— Senhora, o que está acontecendo?
— Por muitos anos... Centenas... Talvez milhares... A civilização equidna viveu harmoniosamente neste planeta. Mas sempre estamos com um risco iminente em comum...
— E qual seria?
— A guerra.
— Guerra? Mas do que...
— Idiota... Não existe paz sem guerra. Seja qual for as gerações, sempre haverá conflitos. É um rito eterno. Porém existiu um clã que sobrepujava a isso.
— E de quem a senhora está falando?
— Os Nocturnes.
— Esse nome...
— Sim... Como Dimitri já havia me dito a anos atrás... Os Nocturnes foram banidos para além do espaço tempo da Zona do Silêncio: a Zona Null.
— Zona Null?! Mas essa zona...
— Sim. É uma zona fora da existência. A civilização equidna os baniu pois os Nocturnes haviam descoberto várias tecnologias de controle mental e persuasão. “O fim dos conflitos desnecessários... e a paz permanente” era o que dizia o líder deles. Pois bem, tudo isso foi descoberto e visto como heresia.
E ainda correndo, Lien-Da continuou:
— “Ninguém pode ser dono do próprio destino. Tudo é impactado por nossas decisões e escolhas. Não há naturalidade na auto sugestão. Isso é só um nome diferente para escravidão” foi o que Dimitri disse... Os Nocturnes foram todos presos e sentenciados a deixarem de existir, sendo mandados para a Zona Null. Os desgraçados eram muito desenvolvidos e tinham uma facilidade em desenvolverem alta tecnologia, mas uma vez na Zona Null não havia possibilidades de volta...
E antes que pudessem deixar o lugar, quase na saída, alguém estava no caminho. Era alguém vestido de um uniforme todo preto, cujo material era desconhecido. E cobrindo tudo seu rosto e cabeça havia um elmo da mesma cor de sua vestimenta militar, com seus olhos iluminados da cor azul e com o mesmo ideograma iluminado sob sua testa. E esse suposto alguém, olhando fixamente para os legionários sombrios, começou a falar, com uma voz feminina metalizada:
— Me agrada saber que nossos inimigos nos conhecem, pois assim não preciso dar explicações...
— Você... QUEM É VOCÊ? – Disse Lien-Da, irritada.
— Alta comandante do império equidna Nocturnes... Me chamo Shade e será um prazer fazê-los de nossos aliados... mesmo que seja contra sua vontade.
Continua.