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E o desafio da Asuka, como vai ser?
De acordo com o capítulo anterior, isso foi mesmo uma notícia bombástica. Tanto que um enorme burburinho tomou conta de praticamente toda a Agência, chegando até as telas da lanchonete da pequena arena, onde Liane Saber e Tayce Axel estavam comendo um generoso sanduíche. A dente de sabre quase teve um ataque:
— A GRÃ MESTRA VAI LUTAR?! NÃO, ISSO É IMPOSSÍVEL!
— Fazia muito tempo que ela não lutava. Muito estranho... – Disse Tayce.
— Eu preciso ver isso com meus próprios olhos! Vamos, Tayce! *Asuka... Eu sempre me destaquei aqui como a melhor fighter. Porque nunca me desafiou? E porque contra esse fracote anônimo?*
Outro que também se manifestou foi Sheng, lá na arquibancada, dizendo:
— O que?! Mas como é que...
E interrompendo suas palavras, caminhando até o felino alaranjado eram duas pessoas, que ele próprio anunciou:
— Hã? Joshy? E... Ingris?!
— Sheng, você não é obrigado a ver o que vai acontecer. Se quiser pode ir embora.
— Mas do que você está falando? Espera... Não... Não pode ser... Joshy, não pode ser isso que eu estou pensando...
O lupino líder do Team Omna deu lugar a Ingris, que se sentou. Ela, ao olhar para Noah, começou a tremer e, em seguida, se remoer de raiva. Isso foi visível por seus dentes estarem a mostra, rangendo-os. Em seguida Joshy também se sentou, dizendo:
— Você já sabia disso, não ser faça de desentendido.
— Mas Joshy, eu não imaginei que...
— Sheng, você vai ficar ou vai sair? Entenda: eu não me orgulho de estar fazendo parte disso, mas é o que designaram para fazermos.
— Isso não é certo, Joshy...
— Certo ou errado... Isso é subjetivo, Sheng.
O felino, indo até Ingris, se ajoelhou a sua frente, dizendo:
— Ingris... O que você tem a dizer disso?
— Só uma palavra, Sheng...
— E qual seria?
— Justiça.
Sob o olhar de surpresa de Sheng na palavra dita por Ingris, voltamos para o octógono, onde todos receberam o desafio de forma inesperada. Lilac logo disse:
— O que é isso, Asuka? Que desafio é esse?
— Lilac... Eu periodicamente costumo desafiar uma futura promessa. E vi no Noah um potencial novo lutador.
E Noah, olhando para a felina grã mestra, diz:
— E esse desafio, segue que regras?
— Bem, essa é a parte awesone do desafio: não tem contagem de tempo. É até um desistir ou...
— Ou o que? – Se intrometeu, Carol.
— Bem... Todo mundo tem um limite, não? Eu mesmo já desisti de alguns desafios...
— Hm... Tá... Mas porque do nada tu resolveu desafiar o felpudin?
— É só uma casualidade. Noah, sua luta contra o Viktor-kun me emocionou e mostrou que você é um fortíssimo lutador. Então meu desafio é preterido por todos daqui da Agência...
— Como assim? – Disse Noah, olhando para Asuka.
— Muitos aqui querem ser desafiados por mim. Pode não saber, mas eu mantenho um nível de competitividade muito alto entre os agentes.
— E porque?
— Para fazer suas potencialidades aflorarem mais e mais... Nossa, você não tem ideia de como isso é awesone! Imagina, você a cada dia saber que seu “amigo” está ficando melhor? Logo você vai querer ficar melhor também... Por isso eu desafio a todos que eu vejo um potencial exorbitante. Arthemis sempre mede o quanto de Feng Shui cada um que lutou aqui. O seu se destacou. Isso é muito demais, iey!
— Muito bem, eu aceito o desafio.
O rosto de todos mostraram surpresa. Noah sequer esboçou qualquer manifestação. Carol logo diz:
— Opa, pera lá... Noah, tu tá lelé? Tu não tem que cair em pilha de otome. Cara, tu não precisa lutar.
Mas o jovem albino não parecia retroceder. Estava convicto na sua decisão e logo disse:
— Iremos lutar agora, não?
— Agorinha! Você já está com vontade, não? Isso vai dar super demais! SUGOI!
— Vai sim...
Muito bem. Eu sei que você leitor já está desconfiado de tudo que está acontecendo. E acredite: Noah também. Lembram-se da última noite? Pois bem, o albino híbrido não saiu do alojamento sem antes pensar muito bem nas palavras ditas por Sheng. Ele, enquanto tentava ouvir os seus amigos, pensou:
— *Creio que é agora que verei se Sheng estava certo. Eu poderia ter evitado tudo isso, mas... Prefiro que seja agora a enfrentar meus problemas. Esse lugar é estranho... A Asuka é estranha... Sua gentileza momentânea será colocada em prova agora. Se querem me destruir, então eu vou querer algo em troca: toda a verdade*
Lilac, embora tivesse a mesma opinião de Carol, não estava irritada nem nada parecido. Calma, foi até Noah e, segurando suas mãos, diz:
— Noah, você quer lutar mesmo?
— Sim, Lilac. Eu quero lutar.
— Muito bem. Eu acredito que você tenha um ótimo motivo pra ter aceitado esse desafio e eu não preciso saber. Tenha uma boa luta.
Na lateral do octógono, com Viktor próximo, Lenzin pensou:
— *Faz muito tempo que eu não vejo Asuka lutar. Mas como ela vai se apresentar? E porque esse desafio logo agora? Noah teve o Kaipasu selado por mim e ele não esboça Feng Shui, pelo menos não por enquanto. Hm... Suspeito*
A panda então diz a Viktorius:
— Viktorius Ashem...
— Hã? Sim, senhorita Lenzin?
— Fique aqui a meu lado.
— Mas... Mas... Porque?
— Isso não é um pedido... É uma ordem.
— Mas do que é que...
— Obedeça, agora!
— Se eu me negar, o que faria?
— Se não me obedecer, você pode ter certeza que você e Noah Hibiki conhecerão o lugar de custódia mais frio e isolado de toda Shang Mu. Saia do octógono e fique ao meu lado sem fazer perguntas. Quero ter contato com você durante toda essa luta.
Viktor até iria continuar relutando, mas logo percebeu que o olhar de Lenzin não era normal. Ela mostrava uma seriedade muito maior que antes. O jovem, entendendo que algo de anormal estava prestes a acontecer, atendeu a sua ordem, dizendo:
— Tudo bem, senhorita Lenzin – Disse, caminhando até ao lado da panda guardiã.
— Você tem juízo. Isso é bom. Não se sinta humilhado... *Estou fazendo isso para seu próprio bem, Viktorius Ashem. Interprete isso como um “ato de gentileza” meu...*
— Eu não me sinto assim. Você é a autoridade aqui... *Tem algo errado. Eu não tenho dúvidas disso. Vou seguir a promessa que fiz a Lilac, em não me envolver em encrencas... mas isso não depende só de mim. Lilac... o que está acontecendo?*
Porque essa preocupação toda de Lenzin? Pelo visto os eventos a seguir trarão respostas... ou não? Enfim, todos então tomaram seus assentos confortáveis nas arquibancadas. Com Lilac, Carol e Milla reunidas, a felina verde diz:
— Tá, Lilac... Tu me surpreendeu em aceitar essa parada toda com o felpudin. Qualé a sua?
— Noah quer lutar. Ele tem total autonomia do que quer fazer de sua vida. Eu não tenho poder algum em decidir o que ele deve ou não fazer.
— Mas ele é do time! Como pode ter...
— Ele não é meu empregado nem nada. Ninguém aqui. Eu sou a líder, não nego isso, mas não tenho poderes contra o que vocês desejam fazer de suas vidas.
— Lilac...
Carol percebeu algo não só no olhar sério da dragão, mas também em suas palavras. Logo ela se lembrou do aviso anteriormente por Lilac e pensou:
— *Cara, tá tenso o bagulho. Essa história da Asuka de querer fazer “um xis um” com o felpudin tá fedendo... Fedendo a encrenca. Mas porque tô pensando assim? A otomezinha aí é cheia das japorongas que eu adoro e tal, mas... Não faz o mínimo sentido ela ter desafiado o Noah... Tem caroço nesse feijão, maguari...*
Tudo estava pronto. O cenário criado era no mínimo suspeito. Isso por parte dos aliados de Noah e, pasmem, Lenzin. Viktor apreensivo e nervoso, ao lado da panda guardiã. Na outra arquibancada estava os remanescentes do Team Omna, Joshy, Ingris e Sheng, este bastante tenso. Isso era visível em seu olhar e comportamento: ele estava suando, mesmo parado.
Sendo assim, Arthemis foi até o meio do octógono e diz:
— Desafio da Agência aceito por Noah Hibiki. A grã mestra Asuka-chan irá lutar depois de um longo tempo! It’s show time, guys!
Noah, se alongando, diz:
— Você vai lutar usando saias?
— Ora, então o ero-albino está de volta?
— A ero-grã mestra veio antes, hehe...
— Hahaha! Sabia que você iria levar na esportiva dessa vez. Isso é jogar sujo, sabia? UwU”
— Hehehe... Divertido.
— Muito bem, Nohzinho... Eu estou usando uma bermuda de compressão. Você não vai ver mais do que deveria, tá?
— Nohzinho?! Mas o que...
— Apelidinho fofinho para o híbrido albino. Cortesia de Asuka-chan!
— Haha... Inesperado isso. Mas gostei... *O que ela está querendo com essa conversa?*
E depois da breve conversa, Arthemis diz:
— Noah Hibiki contra Asuka-chan: LUTEM!
Enquanto Noah se colocou em sua base de luta tradicional, Asuka somente levantou sua mão esquerda, causando estranheza ao albino. Ele então correu em sua direção, com a felina imóvel. Noah então executou um chute fortíssimo contra o dorso da grã mestra, mas com um simples movimentar de mão, Asuka anulou o golpe e, usando sua mão, atingiu o dorso de Noah com força suficiente para jogá-lo a mais de três metros de distância, indo ao chão em seguida. Sob os olhares da platéia que testemunhava o desafio, Noah se levantou, dizendo:
— Ah... O que... O que foi isso?!
— Ora, gostou? É minha técnica preferida.
— Eu nunca vi nem li em livros nada parecido.
— Eu chamo ela de One Hand.
Mas na lateral do octógono, alguém conhecedor de artes marciais tinha uma definição bem específica do que seria. Sim, Viktor diz:
— Isso é... Palma de ferro?!
— Viktorius Ashem, o que está dizendo?
— Essa técnica dela... eu a conheço. Palma de ferro... e ela a domina por completo! *A Asuka dominou uma técnica que é necessário um corpo extremamente forte e disciplinado. Nossa... é uma técnica destruidora*
Palma de ferro é uma técnica marcial chinesa, associada ao treinamento Chi Kung marcial. Esta técnica condiciona as mãos e o corpo de modo a permitir que o praticante libere grande quantidade de energia ao quebrar objetos rígidos, sem ferir o corpo. A palma de ferro é um termo amplo que designa vários métodos usados para conseguir estes resultados. Os artistas marciais que praticam o treinamento da palma de ferro não divulgam tais práticas a todos.
Voltando a luta, com Noah se levantando, ele percebeu que o golpe o atingiu em cheio, msg não lhe causou maiores danos. Asuka olhava para ela, com sua mão a frente de seu corpo. Ele então diz:
— Uma técnica incrível, Asuka.
— Obrigada, Nohzinho. Mas melhor pensar bem antes de me atacar...
— Eu entendo. Bem, então é hora de eu começar a mostrar serviço...
Noah então começou a saltitar quase como Viktor, imitando seus movimentos. Se aproximou mais de Asuka, a cada passo que dava. A grã mestra, Ana com sua base, diz:
— Hm... Vejo que o Viktor-kun te ensinou uma truques. Vou gostar de ver.
— É mesmo? Isso me motiva a te mostrar...
Mas na mente de Noah havia toda uma estratégia. Ele mesmo pensou:
— *Ela tem controle do que faz, sabe o terreno e espaço tempo... Eu sei que ela tem habilidades acima de qualquer um aqui. A única pessoa da Agência que eu poderia estimar como ela lutaria seria... Ingris? Grr... Odeio déjà vu...*
Ele então avançou contra Asuka, executando um outro chute forte, facilmente anulado por Asuka, que diz:
— Ah Nohzinho... Você não aprende...
— Você quem pensa.
— O que?
Ao ter o chute atingido pega palma da mão de Asuka, Noah usou isso a seu favor e, com um rapidíssimo soco, ele diz:
— AILISEU JUMEOG! (Punho de Iris, em coreano)
Girando seu punho na barriga de Asuka, dessa vez foi a felina a ser jogada para longe, pois o golpe foi forte. Ela, ao ser arremessada, conseguiu se equilibrar ainda no ar, caindo de pé, porém com uma das mãos sobre o local atingido. Noah, mesmo a acertando, também sofreu os efeitos do golpe de Asuka, sentindo dores em sua perna atingida pela palma da felina. Com as arquibancadas vibrando, era possível ouvir os comentários:
— Eu vi isso mesmo? O anônimo aí atingiu a grã mestra!
— Nossa! Esse cara não é um qualquer!
— A grã mestra tomou um soco!
— Eu não posso acreditar nisso!
Asuka, com os cabelos cobrindo seus olhos, diz:
— Você me atingiu...
— Sim... – Disse Noah, ainda sentindo dor no local atingido – ... mas não foi fácil. Você é muito ágil...
— Eu fui atingida... Eu... Eu... Errei?
— Asuka? O que houve? *O que aconteceu? A poucos minutos ela estava animada e inspirada...*
— Eu... Isso... É um erro? Um simples golpe, no início da luta... Eu...
Na lateral, Lenzin logo se preocupou com o comportamento de Asuka, com ela pensando:
— *Hm... Eu me lembro desde a última vez que a vi assim... Mas agora Arthemis irá entrar em ação*
Mas na outra lateral, acompanhando a luta, Arthemis estava imóvel, só olhando e sem esboçar nenhuma emoção ou reação. A panda guardiã logo voltou a pensar:
— *Arthemis não está fazendo nada? Mas o que ela está pensando? Vá logo e a ajude!*
E no processador principal de Arthemis, ela tinha em seus bancos de dados o seguinte:
— *Temperatura de Asuka-chan: 99%. Nível de estresse em: 115%. Nota: potencialidades afloradas. Motivo: erro de cálculos. Causador: Noah Hibiki. Efeitos: imediatos*
Asuka, ainda do mesmo jeito, começou a caminhar em direção a Noah, ignorando de vez sua base de luta. O jovem albino, sem entender o que estava acontecendo, tratou de voltar a sua base de luta, embora parecia que Asuka não estivesse prestando atenção em seus movimentos. Não aguentando esperar, ele então correu em direção a Asuka, tentando lhe acertar com um outro chute devastador. Mas quando estava prestes a acerta-la, o banco de dados de Arthemis bem claro do que ele estava prestes a enfrentar:
— *Potencialidades afloradas em: 100%. Liberação de atividades cerebrais aumentadas em: 100%. Quociente de intelecto: 356. Stage increased: Asuka Tenjoin*
Instantaneamente, assim que seu chute se aproximou do rosto de Asuka a poucos centímetros de acerta-la, Noah se viu girar no ar, sendo jogado para longe. Esse movimento causou comoção em todos, já que ninguém entendeu o que de fato aconteceu. Mas bastava olhar para Lenzin para saber que a situação era preocupante. Ela estava assustada, dizendo:
— Eu não posso acreditar...
— Senhorita Lenzin, o que houve?
— Arthemis não interveio dessa vez porque?
— Mas o que...
— Ela deixou que ela chegasse a isso... Droga... Droga...
— Senhorita...
— Viktorius Ashem... Peço que fique calado. Não se manifeste para nada até que essa luta tenha terminado.
— Mas...
— E me prometa que, independente do que aconteça dessa luta, você não vai se envolver em nenhum evento.
— Tu-tudo bem... *Mas o que houve?!*
Na arquibancada onde estavam Lilac e suas amigas, Carol logo comentou:
— Lilac, que foi essa bagaça aí? E porque a Asuka tá edgy assim?
— Não sei, Carol... Espero que Noah esteja bem...
— Lilac, eu estou sentindo um cheiro ruim... E estou com uma sensação ruim também... – Disse Milla, amedrontada.
— Acalme-se, Milla. É só uma luta...
Só uma luta? Lilac estava mesmo calma, bem serena. Até mesmo os agentes estavam mais preocupados com o que aconteceu que a dragão. E na outra extremidade da arquibancada, eis que Ingris, atônita como estava desde após a luta contra Noah, diz:
— Começou.
Com Noah ainda tonto, se levantando, Asuka Tenjoin, de forma incrível, executa um salto para trás do jovem albino, o aplicando uma chave de braço no mesmo instante, o imobilizando. Todos que assistiam a luta ficaram impressionados com seu golpe. Noah tentava se soltar, com Asuka o segurando. Ele, frustrado por não conseguir se soltar, tentava a todo cuidado sair dessa situação. Mas Asuka Tenjoin se aproveitou e, levando seu rosto para próximo da orelha dele, diz em voz baixa:
— Vou te trazer todo o terror que você trouxe a Ingris... Prepare-se...
Usando a ponta de um de seus dedos da sua mão direita, Asuka Tenjoin atingiu levemente o pescoço de Noah, fazendo com que engasgasse no mesmo instante. Ela então, do mesmo jeito de antes, diz próximo ao ouvido de Noah:
— Você vai achar isso familiar...
— Asuka, o que...
— Traquéia bloqueada. Suas amígdalas estão anestesiadas. Você não poderá falar durante essa luta... Mas poderá ouvir... E a propósito, me chame de Asuka Tenjoin... Ah sim... Você não poderá dizer.
Ela então o jogou para longe, enquanto dizia:
— Segunda técnica: Two Hand.
Dessa vez Asuka estava usando suas duas mãos, causando uma comoção absurda na arena. O entusiasmo dos agentes era impressionante. Sheng, ao ver a mudança de postura da grã mestra, logo diz:
— Ela mudou... Mas o que aconteceu?
— Sheng, você está vendo a Asuka Tenjoin – Disse Toshy, de braços cruzados.
— Hã? Asuka Tenjoin? Esse é o nome todo da Asuka?
— Vai além disso...
— Como assim?
— Asuka Tenjoin é a potencialidade aflorada. Em poucas palavras, ela liberou todo seu potencial.
— O que isso quer dizer?
— Não existe ninguém que possa vencê-la em toda Avalice. Sheng, esqueça pra sempre o que você verá aqui. E não conte a ninguém quando sair da Agência. Isso é uma ordem.
— Mas... *O que está acontecendo? Isso... Isso que o Toshy disse...*
Voltando a luta...
Noah ia se levantando lentamente. Percebeu ao tentar dizer algo que não podia falar, tratando logo de pensar:
— *Eu... Eu realmente não consigo dizer uma só palavra... E ela... Não parece a mesma pessoa de antes... Asuka Tenjoin?! O que quer dizer com isso?*
— Você está confuso e perdido... Eu sei. Deve estar pensando porque mudei e se questionando o porquê do meu nome. Eu acertei, não? Eu sei que sim...
— *Essa felina... O que ela quer? Porque está...*
— Eu quero te destruir. Era isso que estava pensando, não?
— *Como ela sabe? Ela a propósito consegue ler pensamentos?* – Pensou, mostrando confusão.
— Hm... Não, Noah Hibiki... Eu não tenho esse poder de ler pensamentos...
— *Hã? Mas como ela...*
— Você é inteligente, então compreende cálculos estatísticos e estequiométricos... E creio que conheça leituras de comportamentos, linguagem não verbal... Tudo isso é matemático. Você é um livro aberto, Noah Hibiki... E agora é hora de você sentir na pele o que você causou... – Disse, enquanto começou a caminhar em direção ao albino.
Sabendo que não havia outra alternativa e que diálogo não era algo possível, Noah logo tratou de levar a sério o que Asuka Tenjoin havia dito. Pelo octógono não ter acústica e o burburinho da platéia ser o som predominante durante boa parte do tempo, ninguém a princípio podia ouvir o que Asuka estava dizendo, ficando a conversa restrita somente aos dois.
Começandoa correr em direção a Asuka, Noah concentrou um de seus chutes para atingi-la, mas era em vão: antes mesmo de poder levantar sua perna, Asuka o atingiu com um dos dedos de sua mão direita em sua perna, lhe causando muita dor no lugar atingido, fazendo com que o jovem albino abaixasse seu dorso. No mesmo instante, Asuka Tenjoin o atingiu novamente, dessa vez em seu ombro, dessa vez com dois de seus dedos da não direita. A dor passou a ser ainda maior, tendo em vista o rosto expressando bastante sofrimento por Noah. Tudo isso estava sendo mantido em segredo, pois o jovem não conseguia emitir nenhum som de sua boca. Ela não cessou seus ataques, golpeando Noah em seu dorso, dessa vez com um soco com sua mão esquerda. O golpe foi tão forte que o jogou para longe mais uma vez.
As coisas não estavam boas para Noah, que tentava se levantar, mas a dor era muita. Ele não podia falar, então pedir para desistir não era uma opção. Asuka Tenjoin, vomitando a caminhar em sua direção, diz:
— Eu vi todas as suas lutas, Noah... Eu sei cada movimento previsível seu... Com meus nove anos já conseguiria prever todos os seus golpes insignificantes de Joon-sowen... Patético não é uma palavra que descreveria. Acho que seria mais apropriado o termo “cancelado”.
— *Eu... Eu não consigo me levantar... A dor é muita... Eu nunca senti tanta dor no meu corpo... Nem nos treinos de Kaipasu...*
— Você nunca sentiu essa dor... Eu sei. Imagina só a Ingris... Estava cumprindo seu dever e pá... Vem um amaldiçoado pela doutrina do Kaipasu, a humilha e a destrói de dentro pra fora...
— *Ela consegue saber exatamente o que eu penso. Não é a toa que eu sequer consegui aplicar meu chute...*
— Sim, eu consigo saber. Está escrito no seu rosto bonito... E você não poderá me golpear... Estou certa? Sim, eu sei que estou...
— *O que ela vai fazer agora? O que eu devo fazer?*
— Hm... Eu vou devolver toda a humilhação que você trouxe a Ingris e... Hehe... Você só vai aceitar tudo isso. Uma dia a conta iria chegar, Noah Hibiki... E esse dia chegou... Ah... Eu lembrei de sua fala: isso não é uma arena, é um dojoh e você é meu sparring. Soa familiar, não? Prepare-se...
Durante alguns minutos, por mais que Noah tentasse golpear Asuka Tenjoin, a felina anulava todos os seus golpes. Mesmo com toda sua garra de lutador era inútil, pois Asuka tinha total controle da situação. Noah foi praticamente destroçado enquanto tentava atacar e se defender, com Asuka neutralizando totalmente suas tentativas. Mas mesmo diante desse revés, Noah não arredava. Seu corpo, mesmo sendo castigado, ainda tinha forças para se levantar, embora as chances eram mínimas, quiçá quase nulas.
E num último movimento de Asuka, eis que por ali mesmo, no chão sujo de terra do octógono, Noah ficou. Não suportando mais tantas agressões, sua energia já não era mais a mesma. Nas arquibancadas via-se vibração, onde os agentes estavam satisfeitos em ver sua grã mestra em ação em uma atuação de extrema maestria. Sheng estava horrorizado, olhando para Ingris, que se levantou em seguida, caminhando lentamente em direção a saída. Em sua mente ela pensou:
— *Está feito... acabou...*
No outro lado, Lilac e as garotas gritavam o nome de Noah, desesperadas, tentando animá-lo. No corner, Viktor estava observando tudo aquilo calado, como assim pediu Lenzin. Porém conhecemos bem o jovem: inúmeras vezes ele tentou pular para o octógono, com a panda guardiã o impedindo. Ele toma total noção que as coisas não estavam boas. Até mesmo Liane Saber, junto com Tayce Axel, mostrava incredulidade:
— *Ela... A grã mestra é... terrível. Ela não deu chances a ele...*
Deitado e completamente frustrado, Noah caiu em desolação. As dores que sentia mal o deixavam pensar. Mas mesmo diante essa situação, pensou:
— *Eu sou tão odiado assim? Eu... Eu não pedi por nada disso... Eu passei a minha vida toda buscando felicidade, mas pra todo lugar que eu vá sempre tem alguém que me faz mal... Porque? É alguma maldição? Porque isso? Eu... Eu odeio isso tudo... Eu odeio a minha vida... Estou cansado de galgar um degrau e cair mil... Minha vida é uma fraude... Eu não mereço o que eu tenho hoje... Carol, Milla, Viktor... Lilac... Eu falhei como pessoa... Mais uma vez...*
Noah mal sabia que esse seu pensamento iria mudar totalmente sua vida e, como consequência, sua história.
Atordoado por tanta dor que sentia, o albino híbrido voltou a seus devaneios, mergulhando em seu subconsciente. Lá, ele estava em um ambiente cheio de conflitos, com seus maus momentos tomando conta. Porém duas luzes logo trataram de iluminar mais o lugar, dando espaço a um lindo campo florido, com um céu azul belo. Uma brisa fresca levou para longe as lembranças ruins. Era tempo de Iris e Ingrid tomarem a palavra frente a um Noah desmotivado e triste. Ele, olhando para as duas, diz:
— É, eu sou um fracassado.
— Ah Noah... Você, hein... Vai, levanta esse astral... – Disse Íris, irritada.
— Você sempre foi o mais preguiçoso do grupo. Ora, que fracassado o quê... Você é um molenga, isso sim! – Disse Ingrid, dando um murro na cabeça do jovem.
— Ai.... Não faz isso, Ingrid! Isso dói!
— Mas é pra doer mesmo, seu bobo! Você vai deixar essa mulher arrogante te vencer? Fala sério! Só eu posso te vencer, entendeu?
— Ingrid, você não está ajudando...
— Ela está sim, Noah! Você já desistiu? Vai entregar a luta assim? – Disse Íris, olhando pra Noah.
— O que eu posso fazer? Eu não tenho...
— TEM SIM! SEU PAI TE DISSE O QUE VOCÊ TEM E VOCÊ NÃO USA!
— Íris...
— “Ah ela é inteligente, lê o futuro, mimimi” E daí? Você pode vencê-la porque você é o nosso Noah! Você tem tudo em você, seu bobo!
— A gente está em você, mas só você tem o poder aqui. Noah, use agora o que você perdeu... A gente vai te ajudar... Então volta lá e mostra pra essa tal de Asuka quem é você!
Volte lá...
e...
acabe...
com...
...ela!
A respiração forte de Noah fez se levantar o mesmo instante, surpreendendo quem estava assistindo a luta e, pasmem, Asuka. Ela, não entendendo o repentino levantar do jovem, diz:
— Você se levantou?! Como ousa? Aceite sei destino!
— *Eu não vou aceitar nada a não ser a minha vitória!* — Pensou, enquanto serrava seus punhos.
E em seu subconsciente, Íris disse:
— ISSO AÍ! MOSTRA PRA ELA!
Noah então correu até Asuka com toda velocidade que tinha, com a felina dizendo:
— Você é um tolo, um erro... Vou acabar com isso de uma vez.
Mas Noah, por algum motivo, “sumiu” na frente de Asuka que, surpresa, diz:
— O que? Como?
Ela então olhou para todos os lados e, para mais uma surpresa, Noah apareceu do nada a sua frente, desferindo um violento soco em sua barriga. O golpe a atingiu em cheio, com ela recuando um pouco. De pé e bastante irritada, diz:
— Você me atingiu uma segunda vez...
— *Eu estou aqui para lutar... Eu sinto muito por Ingris, mas as circunstâncias são completamente diferentes. Eu lutava sem ter controle do que fazia, e lamento muito pelo o que isso causou... Mas agora eu tenho total controle do que eu estou sentindo e plena noção do que minhas ações podem trazer para todos...*
— Você voltou a me atingir... Mas como? Como... *Não... Não pode ser...*
Na verdade, explicando bem o que aconteceu, Noah nunca saiu da frente de Asuka. Ele simplesmente usou as luzes para fazer uma ilusão de ótica, usando o ponto cego que toda pessos tem em seu olho esquerdo. Mas como ele conseguiu isso? Simples: as luzes da arena ficam a exatamente trinta graus de inclinação. Usando o poder dos feixes que seguiam seu rastro até os olhos de Asuka, Noah teve milionésimos de centésimos de segundos para fazer uso dessa distração, ganhando vantagem numa deficiência que todo ser tem. Em outras palavras, Noah usou de sua genialidade herdada por seu pai.
O efeito disso? Bem, toda a arena se calou. Ingris, voltando seus olhares a luta, não conseguia acreditar. Ela, surtando, gritou:
— ASUKA TENJOIN?! NÃO!
Joshy precisou acudi-la, retirando-a do lugar em seguida. Alí só restou Sheng, que diz:
— Cara, eu não estou entendendo nada, mas... Isso foi irado!
Lilac, assim como as garotas, foram ao delírio:
— Isso aí, Noah! Mandou ver!
— A muleque... Agora assim o felpudin tá tunado! Haha! – Disse Carol, muito animada.
— NOAH! NOAH! NOAH! – Torcia Milla, pulando e gritando.
A luta mudou. Os momentos finais chegaram!
Noah vs Asuka Tenjoin
Music: “Junjou - Pure Heart – Ending” by Ieiri Reo
Noah não estava sozinho nessa luta. Íris e Ingrid trouxeram a tona algo que ele perdeu... E agora ele estava disposto a recuperar. Mas para isso teria um caminho tortuoso pela frente: Asuka Tenjoin. Ela, irritada por ser novamente golpeada por Noah, tomou a iniciativa, correndo em direção a Noah, dizendo:
— Mais um erro meu... Mais um erro meu... EU NÃO VOU TOLERAR MAIS UM ERRO MEU! NOAH HIBIKI, EU VOU TE DESTRUIR!
— *Venha então... Asuka Tenjoin!*
— AHHH!
“Por que o passado simplesmente não some
Parece sempre nos separar
Mesmo se você puder salvar o dia,
Te puxa pra baixo, com seu coração puro”
Sabendo que os ataques de Asuka até então eram sempre efetivos, Noah foi ajudado dessa vez por Ingrid, que diz:
— Noah, os ataques dela são baseados em cálculos matemáticos. Se existe uma coisa que possa quebrar isso é a espontaneidade. Matemática alguma consegue vencer o que não pode calcular: a fé. Use-a a seu favor... ARRISQUE! FAÇA O SEU MELHOR!
E pela primeira vez, Noah voltou a sua base do Kaipasu, surpreendendo Asuka.
— *Essa base?! Mas ele não tem mais o Kaipasu. Ele ficou louco?*
— *Mesmo eu não tendo mais a doutrina Kaipasu, eu ainda detenho seus golpes... os puros. E eu vou usá-los!*
— *Eu não consigo entender o porquê... Não... Isso não faz sentido!*
Noah havia perdido para Ingris no torneio quando ela usou de conhecimentos estatísticos e de espaço temporal porque ele não a conhecia. Mas dessa vez ele tinha ciência de toda situação. Sua vantagem era de Asuka saber sobre seus golpes, mas não de:
— *... me conhecer. As vozes que me guiam me levam para um caminho de luz... Eu não vou desistir. Eu vou em frente!*
“Pessoas gritando pelo mundo
Quando não há nada para se assustar
Eu apenas ouvi meu coração me dizer
E todos os medos eu transformei em amor”
E assim que encontraram um ao outro no campo de batalha, uma verdadeira chuva de socos foi vista, numa velocidade espetacular. Mesmo sem habilidades especiais os dois lutadores travavam um embate épico. Em minutos Noah havia igualado seus golpes e velocidade reação aos de Asuka que, ainda mais surpresa, diz:
— Como você pode ter ficado forte nesse curto espaço de tempo?! E porque está usando seus golpes de Kaipasu?
— *Porque eu não tenho nada a perder! Mas você tem... E muito! Toda essa sua soberba vai ser dizimada aqui, na frente de todos! Eu vou até o fim, custe o que custar!*
— Seus golpes... Porque não consigo prevê-los? Isso...
— *Isso é a fé... A fé que Ingrid sempre me mostrou... É isso que me faz ficar forte e ser imprevisível!*
“Woah, woah, woah...
Minha jornada por esta estrada rochosa está quase no fim
Woah, woah, woah...
Esse poder na certa mostra a todos que não sou poser”
A troca de golpes continuava, com Noah se defendendo de uma combinação de poderosos socos contra seu dorso. Mesmo Asuka Tenjoin não sendo tão efetiva não queria dizer que estava menos forte, pelo contrário.
Sabendo disso, Íris precisou intervir. Havia mais um obstáculo nesse caminho que Noah percorria para seguir em frente.
— Noah, ela é forte. Os golpes dela tem potência. Então você precisa potencializar os seus. Então faça o seguinte: choque. CAUSE UM DANO QUE ELA NUNCA MAIS SE ESQUECERÁ!
Os golpes sensíveis e milimetricamente aguçados do Kaipasu não tinham a potência suficiente para quebrar a defesa de Asuka. Sabendo disso, Noah pensou:
— *Eu nunca fui de aplicar socos potentes. E Asuka sabe disso... Como posso usar isso a meu favor? Hm... Viktor... Eu não tenho o seu soco dos mil dragões, mas... Eu tenho...*
Noah investiu contra Asuka, que se defendia facilmente, mesmo que o jovem estivesse mesmo focado. Mas ele precisava seguir seu caminho. E, num ato de extrema força de vontade, concentrou uma de suas pernas e, em seus pensamentos, Íris e Ingrid o empurraram, com ele pensando:
— *AHHH! FÊNIX FLAME... FULLMETAL!*
Noah aplicou um chute devastador, nunca antes visto por ninguém e nem aplicado por ele. Por instinto, o jovem albino executou um golpe novo, atingindo Asuka Tenjoin de uma forma inédita até para os agentes. Viktor foi a loucura, com Lilac, Carol e Milla gritando de tanta emoção. Toda a arena quase veio abaixo, mesmo sendo pequena.
“Don't mind!
Eu ouço os passos de meus amigos que me trazem felicidade
Don't mind!
Vejo além de mim alguém mais sabio e mais sagaz”
Asuka caiu. Ela, com a inércia do golpe, foi sendo arrastada pelo chão, parando três metros depois. Noah, ferido mas de pé, percebeu que lentamente sentia um alívio em sua garganta, evidenciando que a pressão de sua Traquéia tenha sido desfeita. Podendo falar, ele não perdeu tempo:
— Vai... Levanta. Asuka Tenjoin, não? Vamos... Temos muito que lutar ainda! Ou sua matemática é falha?
“Don't beat up! Don't beat up!
Não me faça escolher o que é importante, porque todos são!”
Como esperado, Asuka se levantou. E estava com um semblante muito mais fechado que antes. E quase como uma flecha, não havendo chances de defesa por parte de Noah, ela, colocando seu braço direito a frente, iria desferir um incalculável soco em Noah, dizendo:
— NOAH... HIBIKI... AHHH!
Mas antes que ela pudesse atingir Noah, um raio púrpuro cortou o ar ainda mais rápido... Era Lilac, que defendeu o golpe por Noah. A dragão usou de sua velocidade supersônica para evitar algo pior. Com todos olhando aquela cena inesperada, imediatamente a guarda da Agência entrou em ação, cercando tia a área.
Sim, Lilac foi tratada como uma ameaça.
Mas a dragão, ainda com sua defesa recebendo o punho direito de Asuka, diz:
— Asuka, veja só... Você estava no calor da luta e passou um pouco dos limites. Que coisa, não? – Disse, piscando para a felina.
— Nossa, é verdade.... A luta estava tão boa que eu perdi totalmente a noção. Hehehe... Que coisa...
— Ah que bom que você concorda. Bem, foi uma boa luta, não? Acho que Noah já lutou demais. Está na hora de irmos.
— Concordo plenamente – Disse, recolhendo seu golpe e acenando para que a guarda voltasse a seus postos.
Lilac então apoiou Noah em seu ombro, com o jovem albino dizendo:
— Lilac, o-obrigado... Eu...
— Shh... Nada de conversa agora. Vamos para o centro médico... Todos nós. Lá conversaremos.
— Tudo bem.
E antes de saírem, Lilac olhou para Asuka e diz:
— Ei, Asuka...
— Dica, flecha púrpura.
— Um empate seria um resultado digno, não?
Asuka sentiu a indireta. Ela entendeu muito bem o que Lilac quis dizer. Mas entrou no jogo.
— Concordo. Um empate digno. Feito.
Ao fundo, Viktor, assim como Milla e Carol fizeram companhia a Noah e Lilac e, como a dragão disse, seguiram logo para o centro médico. Asuka, mostrando tranquilidade em seu rosto, adentrou para as dependências do octógono. Lá estava Arthemis que, olhando para sua amiga, diz:
— Foi de sua benfeitoria, Asuka Tenjoin?
— Muito, Arthemis. Nunca me senti tão bem. Embora o resultado não seja dos melhores...
— Devo seguir com o plano?
— Sim. Todos agora conhecem o Noah. Então o faremos ser ainda mais popular.
— Entendido.
E, usando seu tablet, Arthemis compartilhou um vídeo, com a descrição:
Noah vs Ingris. Torneio T.O.R.M.E.N.T.A – Semi final.
Continua.