Sonic The Hedgehog: Outside N'Counter

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    12
    Capítulos:

    Capítulo 22

    Festividades e além disso

    Violência

    Muitas coisas aconteceram só mesmo tempo no capitulo passado. E nesse novo capítulo muitas surpresas acontecerão e iremos conhecer um novo personagem...

    Cidade de Nova Mobotrópolis.

    Castelo Acorn, tarde.

    Como vimos no último capítulo, a princesa Sally havia passado por uma experiência não muito agradável durante seu sono. Acompanhada por Nicole e sua mãe, Alicia Acorn, a líder dos Lutadores da Liberdade estava sendo examinada minuciosamente por Dr Quack, médico da cidade a muito tempo. Ele, ao terminar de aferir a pressão da princesa, diz:

    — Tudo em você está no perfil normal, princesa. Não há de se preocupar.

    — Mas doutor, ela acordou essa noite gritando desesperada. Poderia dizer até que tudo o que ela viu foi bem real... – Disse Alicia, segurando a mão de sua filha.

    — Vossa Excelência, devo tranquilizá-la sobre isso. Sally está em perfeitas condições físicas. A experiência pós traumática que ela passou pode ter trazido alguns momentos de delírio ou prostração. Isso é passageiro e totalmente esperado.

    — Sim, mas... Doutor... Eu não quero passar por isso outra vez – Disse Sally, abraçando sua mãe.

    — Acalme-se. Tudo vai se resolver. Existem muitas formas de evitar tais coisas.

    — Como o que?

    — Simplesmente seja você mesma. Ocupe sua mente com o que você sempre fez e com coisas que você sempre gostou de fazer. No momento que seu subconsciente aceitar a realidade atual, e ele vai, logo estará livre dessa influência pós traumática. Resumindo: é só uma fase. Você vai superar.

    — Sabe, o senhor está certo. Estou me preocupando com coisas que eu não deveria me preocupar. Eu estou bem, meus amigos estão bem... Muito obrigada!

    — Não há de quê, princesa. Bem, se me dão licença, devo regressar ao hospital. A senhora D’Coolette está me esperando.

    — Ah.... A Bunnie está bem, doutor?

    — Na medida do possível, sim. Eu a examinei também. Seja lá pelo o que ela passou naquela refinaria do tio maluco dela, ele fez um trabalho milagroso em tê-la legionalizada. Mas se permitem opinar, eu achei essa decisão dela uma arbitrariedade sem tamanha.

    — Dr Quack, não diga isso a Bunnie!

    — Não irei. Eu sei do quanto isso é importante pra ela, mas eu sou um médico e eu como tal nunca permitiria que um paciente meu fizesse isso. O que está feito está feito.

    Logo após a conversa, Dr Quack se despediu de Sally e sua mãe, adentrando em seguida ao corredor do Castelo Acorn. Mas enquanto caminhava, Nicole apareceu, dizendo:

    — Doutor, posso falar com o senhor?

    — Oh... Nicole?! Mas acabei de sair do quarto real e você estala lá e...

    — Eu sei disso. Eu só queria conversa com o senhor em particular.

    — Hm... O que deseja?

    — Antoine... Como ele está?

    — Nicole, não sei se deveria...

    — Deveria sim. Desde que tudo isso aqui na cidade aconteceu, eu o vi bem distante e cabisbaixo no hospital. E, além disso, sua família também está afetada com a situação.

    — Você... Você está me espionando, Nicole?

    — Não... Eu nunca faria isso. Só que não há como esconderem de mim o que seus rostos guardam para si. Eu sinto que o senhor está guardando um segredo sobre a saúde de Antoine da Bunnie.

    — Nicole, esse assunto diz respeito a meu paciente e a mim. A única pessoa que eu devo informar algo é a senhora D’Coolette, ou seja, a Bunnie. Minha ética me impede de dizer algo além disso, você me entende? – Disse, enquanto continuou a caminhar.

    — Entendi perfeitamente, senhor... – Disse Nicole, um pouco triste, segurando em seu próprio ombro.

    — E Nicole...

    — Sim? – Disse, se virando.

    — Mesmo você sendo uma inteligência artificial... Por favor, ore por Antoine. Ele vai precisar... – Disse Dr Quack, com a voz um pouco embargada.

    O tom das últimas palavras ditas pelo médico da cidade deram uma noção a Nicole da situação médica de Antoine. Ele não tinha más notícias, mas não havia perdido as esperanças. A holo lince guardou para si esse sentimento.

    Voltando ao quarto de Sally, Alicia, a mãe, diz:

    — Sally, minha filha... Não diga nada disso a seu pai, está bem?

    — Eu entendo, mãe... Mas...

    — Por algum motivo ele melhora a cada dia. E você ainda não sabe...

    — O que eu não sei?

    — Max ontem estava de pé na sacada do seu quarto.

    — O que? O meu pai... Ele... – Disse Sally, com um sorriso no rosto, assim como uma gota de lágrimas em um de seus olhos.

    — Eu sei que você está impressionada com isso, mas não explanar esse detalhe é melhor no momento. Max está escondendo sua melhora.

    — O que? Mas... Porque ele faria isso?

    — Eu não sei. Desde que houve inquisição ele está muito mais ativo. E isso só progrediu. Embora Max de atenha a coisas mais complexas fisicamente falando, ele não pensou duas vezes em ir em defesas de vocês. Até mesmo só saber de sua volta ele ficou mais acometido, não se exaltando. Ele sempre manteve a calma e quando perguntei o porquê disso ele me disse: “minha filha não precisa de lágrimas. Ela precisa de alguém que diga verdades que todos esses demagogos engomados do Conselho merecem. E depois disso, Alicia... Ah depois disso pode ter certeza que irão tomar um golpe bem duro no ego inflado deles... Ah se vão...”

    — Esse é meu pai...

    — Sim. O velho Max está voltando. Mas ele escondeu isso de mim também. Só consegui vê-lo de pé porque ele deve ter esquecido de fechar a porta.

    — Hehehe... Meu pai deve estar planejando algo... Só pode...

    Mas surpreendendo as duas alguém bateu a porta. Gentilmente Alicia a abriu: era Macaco Khan que, olhando para até então rainha, diz:

    — Oh... Vossa Realeza. Eu... Bem... Vim saber como está Sally.

    — Olá, Khan – Disse Sally, mostrando um sorriso.

    — Khan. Você é sempre tão polido. Mas claro... Você é um rei também – Disse Alicia.

    — Rei do povo livre do Reino dos Dragões não é um título reconhecido como real, mas eu tenho fazer o meu melhor, madame.

    — Não vejo porque não chamá-lo de rei mesmo assim.

    — Lisonjeado. Bem... Eh... Eu gostaria de... bem...

    — Não. Tudo bem. Eu já entendi. Sally, pelo visto nosso convidado real quer conversar com você. Bem, eu irei até seu pai. Deve estar aprontando as escondidas outra vez.

    — Tudo bem, mãe. Venha, Khan... Entre.

    — O-obrigado, Vossa Realeza. E obrigado, Sally...

    Assim que sua mãe deixou seu quarto, Sally foi logo ao assunto:

    — A que devo a visita, Ken?

    — Bem, Sally... Eu estive tentando relaxar esse tempo mas fiquei preocupado com você. Aí menos seu irmão cumpriu com a promessa de chamar o Dr Quack...

    — Que fofinho. Se preocupando comigo.  

    — Sempre. Na verdade é sobre isso de se “preocupar” que gostaria de conversar.

    — Diga. Sou toda ouvidos.

    — Eu disse ao Sonic que você o amava.

    — Oh... Bem... Isso que é ir direto ao assunto...

    — Des-desculpe falar disso, Sally. Eu...

    — Não. Tudo bem. Só me deixou mais curiosa. Prossiga.

    — Eu fiquei sentindo algo depois que me incomodou muito.

    — Ah Ken... O que houve?

    — Eu não sei... É como se algo ficasse martelando minha mente... Como se eu estivesse contrariado com algo e...

    — Khan... É sobre aquilo de “segurar vela” que eu te disse no quartel general? (Capítulo “Hora de agir”)

    — Sally... Eh... Pode ser... Talvez...

    — Ken... Vem cá – Disse a princesa, batendo na cama – Sente-se. Preciso te dizer umas coisas que talvez te ajude.

    Ele então, um pouco confuso, logo se sentou, com Sally segurando sua mão, dizendo:

    — Eu sou a culpada por tudo isso.

    — Não, Sally. Eu...

    — Não! Eu que comecei com isso e preciso mesmo por um fim.

    — Mas do que...

    — Ken, eu gosto de verdade do Sonic. É com ele que eu passei praticamente toda a minha vida nos melhores e piores momentos. Nós brigamos, reatamos, brigamos outra vez... e reatamos. Ele na maioria do tempo é um bobo, mas... Eu aprendi muito com o jeito dele e não sou a perfeição em pessoa. Eu falhei com ele várias e várias vezes e, com isso, eu reconheço minha total falta de consideração com as pessoas a minha volta...

    Khan estava completamente pasmo com o que Sally havia dito. Não conseguia ver além das palavras honestas da princesa. Porém ela não terminou:

    — E com essas minhas idiotices, eu acabei despertando sua atenção, Ken.

    — Minha atenção? Mas...

    — Ken... Não brinque comigo... Você me ofertou ser sua rainha... e nós nos beijamos... (HQ #212) – Disse Sally, fechando seus olhos. 

    — Eh... Sally... Olhe, você não precisa guardar essa lembrança e...

    — Estou trazendo isso a tona novamente porque eu gosto de você e não quero que sofra por minha causa. Eu amei ter te ajudado a desfazer o domínio de ferro dos quatro clãs do Reino dos Dragões... Eu te conheci melhor, vi sua vida de perto, eu presenciei todo seu crescimento como pessoa... Você é magnífico, Ken.

    — Sally, onde quer chegar?

    — Construa um novo caminho.

    — Hã? Como assim?

    — Seus alicerces estão precisando de fortalecimento. Uma fundação é necessária.

    — Mas do que... Ah... Eu... Eu entendi... – Disse Khan, com um sorriso no rosto.

    — Isso, sabichão. Percebeu agora o que te falta...

    — É. Eu entendi. E você está certa.

    — Exato. Você vai se sentir melhor assim que vislumbrar o quanto tem para fazer a partir de agora. E tem todo o meu apoio.

    — Nossa... Eu estou até me sentindo melhor. Muito obrigado, Sally!

    — Hehe. Tudo bem, Ken. Bem, acho que é hora de começar a ajudar Elias a preparar a festa de amanhã.

    — Ah tudo bem. Vou deixá-la com seus afazeres. Isso voltar a minha meditação.

    Prontamente após a conversa amistosa, Khan seguiu até seu quarto no Castelo Acorn. Vocês devem estar confusos no que Sally quis dizer com suas analogias, não? Pois bem. Durante seu repouso a meditar, o macaco monge pensou:

    — *Alicerces... Fundações... São ensinamentos de se conseguir fincar uniões parte fortalecer sua integridade. Eu preciso de pessoas próximo a mim... e eu as tenho. Agora o que eu preciso é... alguém pra partilhar meu amor...*

    Khan finalmente virou mais uma página de sua vida. O Reino dos Dragões tem um rei disposto a seguir com sua proteção ao seu povo livre. Mas ele precisa de alguém especial ao seu lado...

    Horas depois, em algum lugar de Mobius...

    Downunda, noite.

    O cenário onde a história se encontra dessa vez é um pequeno vilarejo, bem rústico e pitoresco. Muitas de suas habitações já haviam sido desgastadas com o tempo, onde rachaduras e muitos ramos de ervas daninhas já cobriam boa parte de sua estrutura. Porém algumas ainda eram habitáveis e numa delas havia um morador, pois sua chaminé estava exalando fumaça.

    Em seu interior um ancião estava esquentando algo ao pé da ladeira, com panelas sendo aquecidas com a brasa abaixo de um tipo de suporte. A casa era de aspecto vintage, escuro e com uma lamparina como única fonte de energia, possivelmente a óleo. E eis que, em uma cama, logo ali no único cômodo da residência, estava aquele mesmo tenreque pardo deitado e, lentamente, despertava de seu sono profundo. Só acordar, o jovem olhou ao redor, sendo observado pelo ancião, que era um demônio da tasmânia. Ou, como eram chamados os da sua espécie por Mobius, tasmaniano.

    Por um breve momento ambos ficaram imóveis e calados, somente analisando um ao outro. Decerto, não se conheciam e partiu do jovem terenque a iniciativa do primeiro diálogo:

    — O-onde eu estou? E quem é você? – Disse, ainda deitado.

    — Jovem, mantenha-se deitado...

    — Vovô, nã-não tenho a mínima ideia do que...

    — Me chamo Blastion e você está em minha humilde cada no vilarejo Little Outback, em Downunda.

    — Hm... Tirando seu nome, todo o resto não faz o mínimo sentido pra mim – Disse o jovem, se sentando a cama.

    — Jovem, fique deitado.

    — Nah... Relaxa, vovô. Tô bem... E como eu vim parar aqui?

    — Você estava desmaiado na floresta ao norte daqui. Meus parentes conseguiram te farejar e eu fui até onde você estava.

    — Hã? Mas... Parentes?! Farejar?! Que parada é essa?

    Logo, para surpresa do tenreque pardo, uma matilha formada por quatro demônios bestiais da tasmânia (que eram como cães do mato) entraram na residência, olhando para ele o tempo todo. Sabendo que amigo de muito estranho estava acontecendo, diz:

    — Tá... As coisas tão mesmo sinistras aqui. Vovô, valeu por ter me ajudado, mas tenho muitas perguntas a fazer...

    — Jovem, eu irei respondê-las todas. Mas qual seu nome? – Disse Blastion, servindo ao tenreque um prato de sopa.

    — Luke Kaji, líder do Time Kaji da cidade de Galbania.

    — Galbania? Em que região do planeta fica?

    — No continente de Jahtah.

    — Jahtah? Jovem, não sou detentor de um vasto conhecimento, mas... Bem, esse continente não existe.

    — O que? Mas... Agora que eu percebi, esse lugar que tu disse...

    — Downunda? Jovem, todo habitante de Mobius sabe da existência desse lugar...

    — MOBIUS?! Tá de zuera, né? Você disse isso mesmo?

    — Sim... Porque está gritando, jovem?

    — Impossível! Mobius só existe em fábulas...

    — Do que está dizendo, jovem?

    — Vamo lá então: Mobius. Fábulas. Não existe. História pra fazer criança dormir. Ficção. Entendeu?

    — Luke, eu compreendo seu sarcasmo, mas... Bem, creio que devo lhe mostrar algo.

    — O que seria?

    Luke precisava mesmo de provas. Blastion, ao perceber isso, logo foi até uma estante com alguns livros, pegando um em seguida, mostrando ao jovem tenreque, dizendo:

    — Veja... Este livro foi escrito a mais de cem anos.

    — Hã? Mas... Isso não diz nada.

    — Não... Você não entendeu.

    — O que não entendi? Velho, melhor ser mais específico...

    — Esse livro conta a história da mudança da flora de Mobius – Disse, mostrando um vale com várias montanhas cobertas por neve – Está vendo essa gravura? Pois bem, me acompanhe.

    — Velho, tu tá me levando pra onde?

    — Venha...

    O ancião levou Luke até fora de sua casa, indo até um outro descampado. Mesmo com a cima deteriorada o verde fazia parte do ambiente. E, olhando ao redor, pôde ver um vale com várias montanhas, o que trouxe Lucke a perceber que...

    — ... É tudo verdade!

    — Esse livro mostra toda a história de Downunda pelo ponto de vista de meu povo. Como pode ver, e esse livro datado não me deixa mentir, você está em Mobius.

    O olhar de incredulidade por parte do jovem tenreque deixou claro o tamanho da sua preocupação.

    — Vovô, eu tô muito ferrado... Aquela base... Aqueles robôs e... aquele símbolo... Era o rosto de um overlander bigodudo e de óculos...

    — Hã? Essas características que está dizendo só podem ser de uma pessoa...

    — Eggman! Mobius sempre foi um lugar que esteve presente no meu faz de conta. Isso deve ser um sonho ou um pesadelo... Mas... da última vez que estava em Morbius... Aquela luz vermelha... Eu estava correndo junto Ruby e Eletro naquela noite antes de... Cara, isso é insano! Eu não quero acreditar que estou em Mobius! Não... Eu preciso voltar para Morbius!

    — Jovem Kaji, poderia se recompor? Meus parentes estão estranhando você e isso não é bom...

    — Porque?

    — Se eles te verem com uma ameaça, irão tentar me proteger de você.

    A frente de Luke e Blastion vários demônios bestiais da tasmânia cercaram o jovem, que diz:

    — Porque isso? Porque estão rosnando pra mim?

    — Nós o encontramos ontem a noite. Pois bem, você mudou... Mesmo desacordado, sua fisiologia modificou e...

    Mas antes que pudesse completar o que iria dizer, Luke se aproximou e, mostrando seriedade sem seu rosto, diz:

    — Velhote, pare o que está dizendo!

    — Jovem, acho que você nos deve muitas explicações...

    — Escuta, vovô... Eu sou grato por ter me ajudado, mas acaba por aí. O que eu devo fazer pra pagar a gentileza?

    — Hm... Eu acabei de cobrar.

    — Do que você está... Ah tá... As explicações...

    — Devo lhe avisar que eu sou a única pessoa que mora nesse vilarejo. Se você tem segredos, então eu devo ser a pessoa mais indicada a mantê-lo assim.

    — Muito bem... Então eu irei lhe dizer...

    Morbius? Segredos? Mas do que Kaji Tenreque está falando? Pelo visto temos mais um viajante de outra dimensão.

    O tempo passa.

    No dia seguinte...

    Entradas do Castelo Acorn, tarde.

    Toda a cidade Nova Mobotrópolis estava com festejos. No centro vários habitantes repetiam o Festival de Frutas (Capítulo “Engrenagens Metálicas – parte 1”) onde expositores mostravam o que havia de mais fresco e saboroso no mundo das frutas da cidade e, ao longo dos riachos da cidade, haviam recreações promovidas pelos pequenos comerciantes. E nas entradas do Castelo Acorn, convidados chegavam, mostrando entusiasmo e luxuosas vestimentas.

    E no interior do Castelo, já com a festa já começado, todos os heróis da luta contra Naugus estavam lá reunidos, junto com a realeza e até mesmo todos os membros do Conselho. Fomos então apresentados aos detalhes por Sonic e Tails, que estavam bem elegantes vestindo smokings. Ouriço, com um sorriso espontâneo em seu rosto diz:

    — Wow! Hoje a festa vai correr solta no castelo, camarada!

    — É mesmo. Está todo mundo bem arrumado, bem mais que no casamento da Bunnie e Antoine (HQ #174).

    — É. Elias pediu isso. Eu tô de boa, já que tô repetindo o look que deu certo, hehe.

    — Haha! Eu também. Até porque eu não tenho muitas roupas sociais...

    — Ih liga pra isso não, Tails. Ficar engomado ninguém merece...

    — Você está certo. Vamos, todo mundo já está lá dentro.

    Ao entrarem no castelo, logo se dirigiam até o salão principal e, ao abrirem a enorme porta, deslumbraram-se com tanta gente e tanta comida, com Sonic dizendo:

    — Eita! Tá todo mundo aqui mesmo!

    — Nossa! É verdade!

    E o salão estava mesmo cheio. Todos estavam lá, bem arrumados, como esperado. E nem preciso dizer quem foi a primeira pessoa a recebê-los: Amy Rose, que estava usando um lindo vestido vermelho e, como raridade, sem seu famoso arco na cabeça, com seus cabelos soltos. Ela então diz:

    — Sonic! Minha nossa... Você está ainda mais lindo!

    — Gah?! Amy?! É... Você... Você está... diferente...

    — Ah você reparou! Gostou? Hein, gostou?

    — É... Você... Você está bonita sim.

    — Yah! Você me chamou de bonita!

    — Bem... Bem... Eu sempre sou sincero com o que eu digo.

    Tails então tomou a palavra:

    — Amy, o que você está fazendo com essa folha na mão?

    — Ah eu sou a responsável por receber os convidados. Já está quase todo mundo aqui. Agora que o Sonic chegou que a festa vai começar de verdade!

    — Então a festa melhorou uns oitenta por cento por sinal, hehehe! – Disse Sonic, com um sorriso no rosto.

    — Só faltou você ser humilde pra ser perfeito, Sonic! – Disse Amy, caçoando do ouriço.

    — Ninguém é perfeito. Mas eu entendo como é ser amado por todos. Todos os holofotes, a fama me seduz. Eu sou mais eu!

    Continuando com a descrição da festa, ao fundo da sala, esbanjando classe, estava toda a realeza, com Sally usando um vestido longo de cor rosa, assim como sua mãe, esta usando um de cor azul, e Maggie, esposa de Elias e atual rainha, que usava uma coroa no alto de sua cabeça e seu vestido longo era de cor vermelha. Max estava sentado em sua carreira de rodas usando suas vestimentas de quando era rei e Elias estava usando a coroa, usando sua roupa real. Assim que avista Sonic entrar no recinto, Sally o chama, dizendo:

    — Ei, Sonic!

    — Olá, Sal... Uau! Você tá um pedaço, hein!

    — Ah você reparou? Obrigada. Receber um elogio por causa de eu estar produzida vale muito vindo de você... Só que não.

    — Haha! Espertinha. Daqui a pouco vai pedir pra eu dançar com você... Sem chance!

    — Seu bobo... E o Tails também está bonito.

    — Eh... Obrigado? Hehe... – Disse Tails, um pouco envergonhado.

    Se aproximando da turma, Khan, segurando seu cetro, diz:

    — Ora, se não é o ouriço bem vestido como eu nunca vi... Milagre.

    — Olha o Khan tirando onda da minha cara... Cara, já sou bonitão naturalmente.

    — Modéstia não faz o seu estilo.

    — Que eu posso fazer que eu sou o máximo? Eu tento ser menos irresistível mas não consigo, hehe!

    — É, Khan... Você conhece o Sonic... Melhor não dar linha senão ele vai longe... – Disse Sally, brincando com Sonic.

    — Ha... Haha! Muito engraçada, princesinha linda – Disse o ouriço, abraçando Sally.

    — Você fala muito!

    — Princesas destemidas também falam muito e eu não estou reclamando...

    — Seu bobo!

    — Sua... Ah... Eh... Não consigo te chamar de nenhum nome feio. Você está bonita demais pra eu pensar num nome bom...

    — Cala a boca, seu chato!

    Olhando para os dois, distante, estava Alicia, com Maggie lhe fazendo companhia. A atirado rainha logo diz:

    — Alicia, esses dois aí...

    — Eu sei... Eu vislumbro da mesma forma...

    — O que falta pra eles ficarem juntos para sempre?

    — Maggie, isso é bem complicado...

    — Não foi pra mim e o Elias...

    — Não é isso.

    — O que seria então? Eles se gostam, vivem um para o outro faz tempo e...

    — Meg, entenda isso: a única pessoa que impede das coisas fluírem naturalmente é alguém que nos traz problemas a muito tempo...

    — Hã. Mas do que está... Ah... Eu acho que eu sei quem é... É do Eggman que está falando, não?

    — Sim. Esses dois já brigaram muito, reataram, brigaram outra vez... Passaram por crises juntos, separados, lutaram, venceram, perderam... É toda uma vida de altos e baixos. Isso é quase como estarem casados...

    — Alicia!

    — O que foi? Falei alguma mentira?

    — Pensando bem, não. Mas...

    — Deixemos que as coisas sejam o que são. Sonic e Sally estão escrevendo sua história seguindo em frente. Deixe-os fazer o que quiserem de suas vidas. Lhes devemos muito. Por tudo que os Lutadores da Liberdade tem feito por Nova Mobotrópolis... e por Sally. Ela precisa distrair a cabeça, como Dr Quack recomendou.

    — Sim. Concordo.

    Enquanto Elias e seu pai conversavam, mais pessoas chegavam a festa, que só estava começando.

    Lá também estavam as gêmeas do Reino da Matilha, Leeta e Lyco, vestindo trajes cerimoniais de sua tribo indígena, usando até mesmo lindos cocares. Elas faziam companhia a Nicole, que estaba vestindo uma roupa mais elegante que a habitual, usando um vestido roxo bem elegante. Ao lado, ainda no salão principal, podíamos também ver Larry LLinc, vestindo um blazer azul, conversando com tio Chuck, que usava o uniforme do Conselho Acorn, assim como os demais membros, inclusive Rotor. E esse detalhe logo chamou a atenção de Tails, que pensou:

    — *Hm... Está todo mundo com roupa social... Tirando a realeza, porque os membros do Conselho Acorn estão usando uniforme? E porque Rotor está vestindo também? Estranho...*

    E coincidentemente, Tails logo foi chamado por sua mãe, Rosemary Prower, que estava sendo acompanhada por seu marido, Amadeus Prower.

    — Tails, meu filho!

    — Oi, mãe! Pai!

    — Olá, Tails. Está bem elegante hoje, não? – Disse Amadeus, sendo abraçado por Tails, fazendo o mesmo a sua mãe.

    — Hehehe... Eu faço o que posso.

    — Nunca pensei que estaríamos todos juntos numa festa... – Disse Rosemary, olhando para todo o salão.

    — Ah madame... Vá se acostumando, porque festejar vitória deveria ser feriado! – Brincou Sonic, pegando algo para beber.

    — A propósito, mãe... Porque vocês estão de...

    Mas antes que Tails pudesse perguntar, logo o portal principal se abre e, para o silêncio e atenção de todos, estava Vicent, vestindo um smoking preto, com seus longos cabelos pretos bem lisos e bem penteados, junto com a senhora Betina Coelho e sua filha Beatrice. Ambas também estavam bem vestidas, com a senhora usando um longo vestido amarelo, com Beatrice trajando um de cor rosa.

    O silêncio foi quebrado, com uma fervente salva de palmas para o jovem cabeludo, trazendo comoção a Beatrice, que diz:

    — Tá vendo, esquisito? Todo mundo aqui está de agradecendo.

    — Beatrice! Tenha modos! – Disse Betina.

    — Tá, mãe... Desculpa...

    Com Vicent caminhando entre os convidados, acenava em sinal de respeito e agradecimento. E nesse momento uma ideia bem especial o recebeu de braços abertos, como ele mesmo viu:

    — Ni-nicole? É você mesmo, anjo?

    — Vicent! Estávamos a sua espera – Disse a lince holográfica, abraçando o jovem.

    — Que bom te ver de novo, anjo. E está linda! – Disse, se agachando para abraçá-la melhor.

    — Oh obrigada. Você também está lindo! Adorei seu visual!

    — Cortesia da senhora Betina, que me apresentou a outras duas senhoras... Eh... Senhora Vanilla e Rosie. Eu acho que são esses seus nomes...

    — Nossa! Elas que costuraram essa roupa pra você? Ficou maravilhoso!

    — É, elas mandaram muito bem.

    E não demorou muito e logo Sonic e Sally se aproximaram do jovem, com o ouriço dizendo:

    — Olha só... O cabeludo já arrumou um par pra essa festa!

    — Ih lá vem esse ouriço... – Disse Vicent, esboçando um sorriso.

    — Relaxa, camarada. Quem curte shippar é a Amy, hehehe!

    E mesmo longe a ouriço rosa ouviu o comentário de Sonic, dizendo:

    — Ei, eu ouvi isso, hein! Tá falando demais, seu maluco.

    — Calma, Amy. Faz teu trabalho aí e...

    — Não me diga o que fazer! Senão eu vou te apresentar o meu martelo!

    — Ih... Ferrou...

    E se aproximando do jovem era Sally. A princesa estava batente contente com a presença de seu mais novo aliado:

    — Vicent, nossa... Você está lindo! – Disse Sally, lhe estendendo a mão, seguindo com a etiqueta.

    — O-obrigado, princesa. Vossa Realeza também está muito bela – Disse Vicent, beijando a não de Sally.

    — Está vendo, Sonic? É assim que se trata uma dama.

    — Ah Vicent é um cara prendado, erudito que todo mundo gosta. Eu sou o atrevido irresistível que sempre é o número um. Tá vendo? Como segue a natureza das coisas, saca? O cara educado que faz tudo certo e o cara de atitude descolado bonito e forte. Vicent e eu. Tô dizendo!

    — Não o ouça, Vicent. Ele só está ficando isso pra te provocar.

    — Sally, não dá dica. Deixa ele.

    — Tudo bem, Sally. Eu sei lidar com a marra dele – Disse Vicent, sorrindo.

    — Tu sabe mesmo, parça? E aquela oferta marota que te dei pra você ser o herói número dois daqui? Tá interessado? – Disse Sonic, piscando para Vicent.

    — Eu já te disse o que penso. Eu não sou herói e se fosse um eu não teria concorrência.

    Sally, Tails e Nicole logo olharam para Sonic, meio que sentindo por ele, pois o jovem humano jogou o desafio. O menino raposa não perdeu tempo:

    — Uh! Bem na sua cara, Sonic!

    — O Vicent sabe jogar o seu jogo também! Viva com isso! – Disse Sally, provocando Sonic.

    — Hahaha! Vai ser muito divertido te ver pra trás de mim, Vicent. Vou gostar muito de te mostrar quem é o cara! E camarada... seja bem vindo! – Disse, apertando forte a mão de Vicent.

    — Está certo, Sonic. Valeu! – Disse o jovem, retribuindo o aperto de mão – Cara, só estou aqui a alguns minutos, mas...

    — Mas o que?

    — Cadê o Geoffrey?

    E logo a princesa mudou seu semblante, se tornando um pouco mais sério. Ela, olhando para Vicent, diz:

    — Bem, Vicent... Como posso te dizer isso...

    — O que aconteceu, Sally? Porque ele não está aqui?

    — É complicado, mas...

    Enquanto isso...

    Centro de Comando do Castelo Acorn.

    Ala Secreta.

    “... Geoffrey terá de pagar pelo que fez, mesmo ele sendo um herói.”

    Por dentro do centro de comando do castelo, conseguimos ver Geoffrey, ao meio de vários equipamentos tecnológicos. Por Nicole ter criado a cidade com suas nanites, era muito mais fácil investir em maquinário com tecnologia de ponta e, por ser uma coisa agora essencial, o investimento foi muito grande dessa vez.

    Com o jaritataca acessando um tablet por dentro de um dono de energia, já podíamos ter noção do que estava acontecendo. E caminhando até ele, inclusive bem arrumado, era Who Coruja que, já a seu lado, diz:

    — Olá, Geoffrey. Como está?

    — Nossa, sério que o senhor não sabe? Pensei que fosse, além de inteligente, um bom observador, Who.

    — Sinto muito por isso, Geoffrey. Mas Hip e Hop (os juízes oficiais do reino Acorn. São eles que condenam ou absorvem acusados)...

    — Eu entendo, mas não havia outra solução que eu pudesse fazer.

    — Agora estou preso aqui. Trabalhando. Mas preso. Sendo útil para a cidade. Mas preso. Sendo um... como se diz mesmo? Ah sim... Um herói. Mas preso.

    — Eu mexi algumas peças e consegui te colocar aqui. Já é uma conquista.

    — Olha, não estou tentando dizer que eu agi certo com a cidade. Eu mesmo até concordo que estão até pegando leve comigo, mas...

    — O que foi?

    — Who, vocês vão mesmo começar algo novo hoje e... Eu não aprovo absolutamente nada do que vocês planejam fazer. É loucura até pra mim.

    — Você fará parte. Logo poderá aconselhar e afins.

    — Oh nossa... Veja minha empolgação. Viva! Sou integrante do clubinho! Quero um cartão de sócio e uma camisa, tudo bem? – Disse, sendo sarcástico.

    — Olhe, escute aqui... Aceite sua pena! O que você fez pela cidade contra Naugus é algo que todos nós reconhecemos, mas lembre-se que tudo isso foi pra sua causa. Eu não vou trazer de volta essa discussão. Se hoje vai não está jogado em uma cela é porque Elias manteve o perdão real de Naugus, mas isso não anula a parte de onde você é culpado. Então coopere conosco a partir de agora e sua pena será diminuída com o tempo.

    — Tá... Ok. Show. Terminou agora, velho? Estamos conversados. Pode ir pra festinha. E dê um alô para a Vossa Realeza por mim.

    — Pode deixar.

    E antes que saísse de vez do centro de comando, Who voltou para Geoffrey e disse:

    — O que eu digo para o Vicent?

    — Para o Vicent... Bem...

    — Geoffrey, ele deve ser a única pessoa daqui que confiou em você, mesmo com tudo que foi dito sobre sua pessoa.

    — Tá, não precisa jogar isso na minha cara!

    — Muito bem. O que eu devo...

    — Who, eu não gosto de overlanders...

    — Eu devo dizer isso a ele?

    — Claro que não, idiota!

    — Você deveria ser sincero com o que pensa dele.

    — Ah... Droga... Odeio admitir isso mas você está certo...

    — Então?

    — Dê a ele minhas contratações e agradeça-o por mim.

    — Muito bem. Não for tão difícil, não?

    — Vai logo, Who! Boa festa.

    E durante sua caminhada até o salão principal, Who explicou bem o que aconteceu de fato, em seus pensamentos:

    — *Sinto por você, Geoffrey. Elias desdenhou um papel muito importante para pelo menos fazê-lo membro permanente do centro de comando. Seus conhecimentos de estratégia de campo e conhecimento nos serão muito úteis para o que iremos construir hoje. Em breve terá um lugar merecido como herói... Mas no momento, infelizmente, teremos de monitorá-lo o tempo todo. Paciência...*

    Minutos depois...

    E voltando ao salão, por muito tempo nossos heróis colocaram a conversa em dia. Muitas risadas, danças, onde Vicent e Sonic chamaram a atenção com seus movimentos plásticos e arrojados, fotografias foram tiradas para a posteridade, com Leeta e Lyco sendo entrevistadas, assim como Larry lince... Enfim, a festa seguiu harmoniosamente bem. Todos estavam se divertindo.

    Porém o momento chave do encontro havia chegado. Juntamente com todo o corpo docente do Conselho Acorn e toda a família real, Elias se levantou de seu trono e diz:

    — Caros cidadãos de Nova Mobotrópolis. Eu, o rei Elias Acorn, sendo observado por todos vocês os saúdo pela presença. Hoje estamos festejando todos juntos não só pela retomada de nossa cidade. Os festejos também significam agradecimento a todos que lutaram para que isso fosse possível... mais uma vez.

    Ele, caminhando até o centro do salão, se aproximou de todos os seus aliados em batalha, já perfilados a sua frente. Sob os olhares de tudo o Conselho, Elias continuou:

    — E a vocês... Vocês, caros formidáveis guerreiros... Vocês provaram que nossa luta é verdadeira e honesta. Juntos livramos nossa cidade das garras da injustiça e mazelas do tirano Naugus, que agora viverá eternamente na Zona do Silêncio. A cidade de Nova Mobotrópolis tem uma dívida para com vocês por toda a eternidade.

    E, com Rosemary Prower e Isabella Mangusto caminhando para próximo de Elias, com a raposa de Tails segurando uma maleta, com o rei continuando:

    — Larry Lince. Sua sorte representa toda a fé que essa cidade tanto precisa para superar seus limites. Seu dom é inspirador e é com muita satisfação que lhe entrego esta medalha de honra ao mérito e heroismo. Aceite-a em nome de toda a cidade.

    Justamente, Isabella colocou em Larry a medalha. Elias continuou:

    — Leeta e Lyco... As bravas guerreiras do Reino da Matilha. Lupe já havia me dito sobre o quanto ela tem orgulho de vocês duas. Hoje eu também compartilho esse sentimento. Vocês em batalha lutaram com extrema força, perícia e destreza, trazendo consigo a certeza da nossa vitória. Como prêmio de seu estoicismo e bravura, entrego a cada uma a medalha de honra ao mérito e heroísmo. Muito obrigado!

    Isabella então o presenteou com uma medalha. Mas as premiações não terminaram. Elias diz:

    — Macaco Khan, o rei do povo livre do Reino dos Dragões. O seu título já diz tudo sobre você. Seu comprometimento com seu povo foi compartilhado com o meu e isso é algo que me traz uma satisfação ímpar. Lugar ao lado de um outro rei só deixa claro o quanto temos muito em comum. Seus ensinamentos orientais são muito profundos e trazem-nos mais uma fonte de conhecimento, bravura, justiça e responsabilidade. Talvez meu presente a ti não seja tão grandioso quanto a sua coroa, mas é um símbolo mor de agradecimento. Lhe entrego uma medalha de honra ao mérito e heroísmo. Que todos saúdem o rei do povo livre do Reino dos Dragões!

    Todos então reverenciaram Khan, que se comoveu com tamanha gentileza do rei de Nova Mobotrópolis.

    Após o ato solene, foi a vez de Sonic, com Elias dizendo:

    — Eh... Eu devo mesmo dizer ajudo sobre você?

    — Diz aí, Elias... Eu sou arrasador, grande, forte, bonito, rápido, maneiro, o tal... Bla bla bla... Só diz que eu sou herói e me dá mais uma medalha. Aí, Vicent... Um spoiler pra você: Elias vai te dar uma medalha de honra ao mérito e heroísmo também. E eu já tenho umas cem dessas. Capricha aí no heroísmo, melhor segundo lugar!

    Todo o salão caiu na gargalhada, inclusive Elias. Vicent logo disse:

    — Ai ai... Enquanto eu continuar aqui ele vai me encher o saco...

    Sally se prontificou para colocar a medalha em Sonic, o beijando em seguida. E continuando com as premiações, indo até Who Coruja, Elias disse:

    — Se essa cidade precisava de conhecimento e liderança em momentos de crise, não haveria melhor pessoa para ser a responsável por toda essa revolução. Who, que agiu no silêncio mas no fim causou um estrondoso sucesso na missão. Sem sua inteligência e senso do dever, estaríamos cegos em combate. Mas seus esforços iluminaram nosso caminho. Lhe concedo então uma medalha de honra ao mérito e heroísmo. A cidade agradece.

    Mas assim que Isabella Mangusto colocou sua medalha, Elias pediu novamente a palavra, se referindo a Who:

    — Porém hoje é um dia além de premiações. Who, por seus esforços e seriedade, todos nós do Conselho Acorn chegamos a uma conclusão: precisamos de alguém com suas habilidades para trazer mais segurança a cidade. A partir de hoje eu o nomeio como Ministro de segurança, inteligência e balística do Castelo Acorn.

    O clamor no salão foi imenso, com todos aplaudindo com entusiasmo a nomeação inesperada. Who aceitou formalmente (embora já tivesse sido avisado).

    Logo as atenções seguiram para Vicent. Com Elias caminhando até o jovem, o rei de Nova Mobotrópolis, ao olhar para ele,não conseguiu segurar sua emoção e lágrimas vieram aos seus olhos. Já recuperado, ele diz: 

    — Vicent... Minha nossa... Eu não sei se vou conseguir falar com você sem me emocionar outra vez... Poderia dizer que foi Aurora, nossa deusa, que o colocou em nossas vidas. Eu não o conheço, não sei de onde veio nem por onde passou e como chegou aqui, mas... Eu agradeço por você existir! – Disse Elias, voltando a chorar – ... Você... Você fez um rei chorar... Você fez o que eu não fui capaz de fazer... Você protegeu meu povo quando eu não podia... Todos foram salvos... Todos! Você protegeu minha irmã, você se sacrificou para salvar a cidade toda!

    — Vossa Realeza, eu... Eu somente fiz o que deveria fazer. Se existe alguém que deve ser agradecido, este alguém é meu pai...

    — Um grande homem ele deve ser... Criou um filho como se deve... Você demonstrou um grau de altruísmo fora do comum, lutando como um colosso pleno e poderoso. E, além disso, colocou nosso conselho em evidência com seu ato revolucionário na frente de todos. Você tombou Naugus... Você o destruiu em argumentos. A você, com todas as glórias possíveis, lhe entrego a medalha de honra ao mérito e heroísmo muito bem merecido!

    Os aplausos partiram de todos, inclusive de quem recebeu as medalhas anteriormente. Larry Lince até acenou para seu mais novo amigo, em sinal de respeito.

    Porém ainda não havia terminado.

    Mantendo o jovem ainda ao centro, Elias então chamou seu pai, o eterno rei Maximilian Acorn, para próximo de onde estavam. O atual rei então diz:

    — Vicent, eu não poderia deixar que saísse daqui sem mais prêmios por sua bravura.

    — Vossa Realeza, não é necessário. Acredite, já me é muito honroso só por essa medalha.

    — Não, Vicent. Eu isso lhe conceder mais dois prêmios agora. E é o mínimo que devemos fazer.

    — Elias, olhe...

    — Vicent Noah Pierre, como assim se nomeia. Sua identidade com os cidadãos dessa cidade me foram informados. A partir desse exato momento, sob a palavra de meu pai, Maximilian Acorn, detentor de várias conquistas em combate e de forma diplomática, eu, rei Elias Acorn, lhe concedo cidadania de Nova Mobotrópolis. Agora você é um cidadão legítimo de nossa cidade.

    A comoção mais uma vez foi recebida com alegria por todos ali presentes, principalmente por Betina Coelho e Beatrice. Nicole só era alegria, pois agora tinha certeza que Vicent tinha recebido a benção da cidade inteira por causa disso. Mas ainda não havia terminado. Elias, olhando para o jovem humano, diz:

    — E pela primeira vez, desde Nathaniel Beauregard Morgan (Nate Morgan, um overlander ligado ao reino Acorn desde que Max era uma criança/ HQ #65) não tínhamos um overlander tão comprometido com nossos ideais. Seus atos nos últimos dias nos trouxe uma certeza: você é especial. Já muito potencial em sua pessoa, que por si só já mudou muito a conduta do nosso conselho.

    — Elias, o que vai fazer? – Disse Vicent, preocupado.

    Por muito tempo Maximilian Acorn, o antigo rei, não se levantava de sua cadeira. E o vez, na frente de todos. A surpresa causou burburinhos e lágrimas em quem estava alí. Até mesmo Vicent se surpreendeu. E Max, munido de sua espada, diz:

    — Jovem Vicent Pierre, ajoelhe-se.

    Sally arregalou seus olhos ao ouvir as palavras de seu pai, dizendo ao pé do ouvido de Sonic:

    — Minha nossa! Vicent será nomeado...

    — Caraca. O cara aí tá com tudo agora!

    Vicent entendia bem o que isso significava. Claro, ele também tinha conhecimento. Ao perceber o que iria acontecer, pediu a palavra.

    — Por favor, antes que façam algo, eu posso me manifestar?

    — Hã? Vicent, você está diante de um rei com sua espada fora de sua bainha. Tem noção do que está fazendo? – Disse Elias.

    — Sim, eu sei. Mas eu preciso dizer uma coisa que eu não disse até agora. E tem a ver com o que vocês querem fazer.

    — O que seria?

    — Eu já tenho um título de nobreza.

    — O que? Você? Nossa... Isso... Isso foi mesmo inesperado.

    — Mil perdões por isso.

    Mas Maximilian não parecia frustrado. Tanto que continuou com sua espada em mãos, se dirigindo a Vicent em seguida:

    — Qual seu título, jovem Pierre?

    — Sou o marquês Vicent Noah Pierre, do Principado de Mônaco, sob o regime do príncipe Nigel Francis Aun. Sou filho de Jacques Noah Pierre, Marquês imediato do Principado de Mônaco.

    — Hm... Então é um marquês. Não me admira que tenha tanto empenho em proteger suas fronteiras. Isto é, o que tem como seu porto seguro.

    — Exatamente, Vossa Realeza. Eu não posso aceitar ser cavaleiro. Diante as leis de hierarquia...

    — Eu sei, jovem. Ninguém pode ser nomeado a uma hierarquia abaixo a que está.

    Sonic logo perguntou a Sally:

    — Peraí... O Vicent tem um título maior que o meu?

    — Sim. Marqueses estão pelo menos uns três degraus acima de cavaleiro.

    — Ah tá de zuera, né?

    — Sonic, fica quieto!

    Mas embora todos estivessem um pouco cabisbaixos, inclusive Elias (porque ele queria mesmo elevar Vicent a cavaleiro), Max ainda se mostrava determinado a seguir com a nomeação. Frente a Vicent, com semblante sereno, o antigo rei diz:

    — Jovem Vicent Pierre, ajoelhe-se.

    — Hã? Mas...

    — Ajoelhe-se. Confie em mim. Sou experiente demais pra cometer atos infracionais de hierarquia.

    — Senhor, mas... – Tentou dizer, se ajoelhando em seguida.

    — Vicent Noah Pierre, o Reino Acorn, diante todos os nossos cidadãos, sob nossas leis e nossas fronteiras, o nomeio, com a palavra do atual rei, Elias Acorn, meu filho... a Marquês do Reino Acorn. Será uma grande honra tê-lo como marquês em segundo Estado em nossa cidade. Bem vindo a família Acorn.

    Isso foi inacreditável. Max passou sobre todos e intitulou o jovem humano a marquês. E em segundo Estado. Sally logo completou:

    — Um marquês em segundo Estado?! Nossa!

    — O que quer dizer isso? – Disse Sonic, confuso.

    — Vicent representa dois reinos. Como está em segundo Estado, ele também pode ser embaixador de nosso reino. Sonic, o Vicent é da minha família agora!

    — Que? É sério?!

    — Sim! Ele pode até levar nosso nome!

    — Espera um segundo... O Vicent está acima de mim?

    — Eh, bem... Sim.

    — Ah fala sério!

    Logo após a nomeação, todos foram reverenciar Vicent, com senhora Betina e Beatrice o abraçando, demonstrando tudo o carinho que tinham pelo rapaz que ajudou a salvar Nova Mobotrópolis.

    Elias, indo até seu pai, estava pasmo com a decisão que Max tomou, dizendo:

    — Pai, isso que o senhor fez...

    — Poderia ter sido feito por você, e eu sei que você faria o mesmo. Eu vi em suas lágrimas uma coisa muito honesta... Você não só respeita o Vicent mas o considera como um de nós. Você é bondoso, meu filho. Saiba dosar com justiça e será bem sucedido como rei.

    — Muito obrigado, pai. E tem mais uma nomeação a ser feita...

    — Hã? Mais uma?

    — Sim...

    E o atual rei novamente tornou a dizer:

    — Tempos de extrema turbulência iremos nos confrontar, caros convidados. Depois de uma reunião de ordem extraordinária junto a meus amigos do Conselho Acorn, e depois dos acontecimentos durante a errônea inquisição que o conselho propôs, percebemos que, se é para termos mesmo uma república, precisamos de total apoio de gente experiente para governarmos com justiça e sabedoria. Sendo assim, Maximilian Acorn, antigo rei do Reino Acorn e meu pai querido, eu e o Conselho o nomeamos Presidente do Conselho Acorn. Só o senhor tem o conhecimento preciso de tantas eras para que tenhamos sucesso nessa nossa empreitada em fazer nossa república se fortalecer como tal.

    Alicia estava em prantos. Só foi ouvir as palavras de seu filho para desandar em lágrimas. Seu esposo, tomado por uma alegria não demonstrada em seu rosto, se aproximou de Elias, dizendo:

    — Eu estava doente, desacreditado... Estava inerte, sem perspectivas... O reino todo me viu como um rei decrépito e esclerosado... e você simplesmente vai contra tudo isso. Porque?

    — Porque? Pai... Você é Maximilian Acorn. Lutou várias guerras, governou nosso povo com mão de ferro, sendo justo. O senhor numa fugiu de uma boa luta... O senhor vai manter seu legado ao lado de seu povo. O seu lugar é entre nós. Os Acorn sempre protegeram seu povo. E assim será. Para sempre!

    Sem ter mais nada a dizer, dominado pela emoção, Max abraçou forte seu filho, com lágrimas em seus olhos. Os aplausos e clamores contagiaram a todos.

    A festa foi um sucesso. Foi a concretização de que Nova Mobotrópolis estava ainda mais unida.

    Novos habitantes. Novos líderes. Novas aventuras.

    Horas depois...

    Em algum lugar remoto de Mobius, noite.

    Era uma noite chuvosa. Mas proximidades da parte costeira de algum dos continentes do planeta, umpequeno casebre, rústico e sujo, servia como abrigo de alguém. E embora a casa fosse humilde, esse alguém ia contra essa simplicidade, pois sobre uma mesa haviam equipamentos bem modernos, como um celular e um tipo de localizador e, ao lado do único móvel do lugar, uma cama, havia uma espada e uma pistola que estava em um coldre pendurado ao espero do móvel. E deitado a cama havia alguém, que a escuridão daquela noite só se permita ver sua silhueta. Logo o telefone toca, prontamente atendido por ele.

    — Alô? Hm... É uma ordem, Capitão? Quem devo procurar? Hm... Deram localização? Sei... Isso não será um problema... Lien-Da? Ela não é uma das lacaias de Eggman? Hm... Tudo bem. Irei guardar segredo pleno sobre isso. Irei reunir nossos agentes para procurá-lo.

    Essa ideia então começou a pegar seus pertences, dando sinais que sairia naquele mesmo momento, ignorando a chuva torrencial que ocorria. E antes que deixasse a casa, um flash em sua mente o incomodou, onde pôde até ouvir:

    Eu estou dentro da sua mente...

    E não posso sair...

    Mas você pode me ouvir...

    Mas não me ver...

    O futuro já está a frente...

    E você sempre esteve atrás...

    Palavras sem nexo e incoerentes puderam ser ouvidas, mas esse alguém também ignorou esse fato, dizendo:

    — Esses pesadelos... Tem se tornado uma constante. Desde aquela luz vermelha... Eu a vi rasgar os céus em direção ao sul, vindo do ártico... Hm... Isso não é um problema...

    E saindo da residência deplorável, o povo de iluminação que havia no lugar foi suficiente para mostrar quem de fato era. Um chacal, com pêlos de cor bege, olhos azuis jade e tinha cabelos azuis. Usando luvas brancas, logo começou a caminhar, dizendo:

    — Thrash Tasmaniano... O meu alvo. Mais uma missão... e mais alguém para matar. Isso não será um problema para mim... Saga Chacal.

    Continua.


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