Cap.1 ? guerreiros sem honra
?? Sou um exilado. Aproveito um instante para recordar toda minha vida, e tento vê-la pelo que foi, prometendo a mim mesmo que o amanhã será diferente??.
Ontem_____
-Irresponsáveis ? gritava já muito irritado - algo a dizer?
Estávamos naquela sala a aproximadamente meia hora, com o Namikaze desferindo seu discurso novamente não que ele estivesse errado, só que viver numa prisão não era uma coisa que aceitávamos com facilidade.
-Lá fora não é tão absurdo, não é como tivesse um kishin a cada esquina. ? Ino se pronunciou. -O que são vocês? ? perguntou entrelaçando as mãos sobre a mesa de mogno lançando um olhar frio.
-Paladino em treinamento. ? respondemos em um só tom.
-Acho que se esqueceram disso, atrasados em treinamento, conduta inaceitável, não possuem qualificação para assumirem suas posições. Suas passagens já estão pagas iram voltar para Kanoha hoje mesmo.
-Eles vão? ? perguntei apontando para os homens de terno preto.
-Acha mesmo que deixariam vocês sozinhos? Em menos de cinco minutos planejariam um plano de fuga, já me basta os meses que vocês passaram desaparecidos agora saiam.
Agora____
Olhei pela janela do carro vendo as gotas de chuvas que caiam em intervalos ritmados aos poucos senti minhas pálpebras se fecharem e minha mente logo vagou por um lugar que evitava lembrar. Eu sabia que fugir de mim mesma era plena burrice.
Ao abrir os olhos avistei o prédio ao longe, suspirei era só mais um ano na escola estávamos no 2 ano, onde Ino e o Naruto também estavam, mais não era qualquer escola era o instituto Namikaze, e isso contava bastante por que era uma escola diferente das demais.
Após sair do taxi e passar pelo portão que me daria acesso há entrada da escola onde sua estrutura era de pedras, um verdadeiro castelo onde há 150 anos fora transformado em um colégio. Definitivamente não estava mais em Los Angels. Subi as escadas para meu apartamento que ficava no penúltimo andar, tecnicamente era o ultimo já que o ultimo era desativado e o meu apartamento ficava embaixo do mesmo.
Sorriso aliviado escapou dos meus lábios, a Ino não havia chegado, alguns minutos de silêncio era isso que precisava. Abandonei minha mala em qualquer lugar depois de subir a todas aquelas escadas precisava de ar fresco, fui para um dos quartos que eram três, abri a porta de vidro que me daria acesso à varanda, aquela escola era a mais cara de todo o Japão e a melhor de todo o continente se localizava em uma cidade do interior perto de montanhas dava um ar surreal ao lugar, muito criticada por muitos alunos não poderem frequentar, pois de acordo com o diretor nem todos os jovens tem o perfil da escola.
Apoie-me na varanda e meus pensamentos vagaram de novo para lugares que não deveria vagar, ainda acredito na frase ?? aquele que é capaz de controlar seus pensamento pode controlar qualquer coisa que almeje.??
-Não se pode viver do passado, Sakura.
-O que está fazendo aqui, Naruto? ? não precisava ver mais sabia que ele estava encostado na porta.
-Apreciando a vista, é claro. Você sabe como o verde me anima. ? me virei e olhei para ele e após dizer isso, ele revirou os olhos ? Como vou andar com minha moto aqui?
-Olha a minha cara de interessada.
Naruto estava ficando realmente bonito seus cabelos sempre bagunçados, de cor loira alaranjada, ele tinha um belo rosto e olhos, como diria Ino, de um mar revolto e tempestuoso porque era só pelos olhos que conseguíamos desvendá-lo, seu corpo tinha músculos bem trabalhados, estava usando uma calça jeans, suéter vermelho de mangas longas e um all star preto.
- Fazendo uma festinha de auto piedade? - encostou-se a uma das portas de vidro perto da varanda ? Amo festas de auto piedade.
-Você não é o mais indicado para falar isso. ? passei por ele e me joguei na cama.
-O meu falar não ira justificar o meu agir...
-Nossa como você é culto, voltamos para a mesma prisão.
-Como se isso me impedisse de alguma coisa. - ele sorriu, mais um dos seus sorrisos destrutivos.
-Não entendi como eles nos localizaram. ? apoiei meu peso nos cotovelos.
-Isso não importa, voltamos.
-Que seja. ? parei e observei o quarto melhor, era grande uma cama de casal perto da varanda, a porta que deduzi ser do banheiro, carpete creme paredes forrada de madeira.
-Disseram algo?- perguntou se jogando em uma poltrona perto de onde eu estava.
-Não me informaram de nada. ? voltei a me deitar e passei a fitar o teto aquela sensação incomoda não passava e não sabia sua origem.
Somos os melhores dos Namikaze, senhor Minato Namikaze era o poderoso dono da escola, pai de Naruto, mais a relação deles estavam longe de ser como pais e filhos, Naruto não aceitava a forma fria e calculista que seu pai agia e muito menos do que vinha fazendo ultimamente com seu irmão mais novo e meu pai adotivo digamos assim, líder do segundo clã da realeza.
- Como está o Namikaze?
-Não me importo. ? e realmente não se importava, na verdade é difícil saber no que Naruto realmente se importa, provavelmente nada que vá além dele mesmo.
-Esse lugar é uma droga. ? podia-se ouvir a reclamação ao longe.
-Ino ? dissemos em um só tom.
-Podia ter um elevador aqui- ela adentrou no quarto com enormes malas. ? Ah, não, você de novo? Fala sério vou ter que aturá-lo por mais um tempo? ? a cara dela era de pura desolação ? Não aceitam devolução não?
-Eu sei Ino, mas ele tem serventia por mais idiota que haja. ? tentei amenizar a situação, ela olha diretamente para Naruto e o mesmo a olhava novamente, Ino era a única pessoa que conseguia irritar ele.
-Estou aqui.- apontou o dedo para ele mesmo em uma forma de protesto.
-Qual é? Me conta, isso é pra corte de gastos, Estão sem mão de obra, aí manda ele?
-O Naruto não é tão ruim assim ?
-Se te oferecerem um chocolate em troca de conviver com o Naruto, o que você diria?- eu preferiria o chocolate, mais o que eu disse não foi bem isso:
? Naruto!
-Quem é você advogada dos necessitados?- ela tirou o celular do bolso da calça e discou alguns números e esperou que a outra pessoa atendesse. -Alô? Kakashi o que eu faço para me livrar desse imbecil?
- Achei que fosse uma boa ideia colocar vocês juntos.
- A não ser que queira um assassinato, parece ser uma boa ideia.
-Desculpe mais não posso fazer nada, é uma das punições. ? ela pegou o celular e jogou na minha cama.
-Ninguém me entende. ? resmungou ela.
-Água oxigenada está afetando o cérebro dela. ? deu de ombros após falar.
- Irrite a Ino e ganhe um lanche grátis? Hoje, isso não está no cardápio, baka. ? falou Ino mexendo nas coisas que havia no quarto como abrindo as gavetas da cômoda e fechando as portas.
- Seria uma boa, por que te irritar é só divertimento, seria legal começar a ganhar alguma coisa. ? lançou um sorriso debochado para Ino, ela revirou os olhos.
-O que eu faço com você? ? disse em tom pensativo.
-Estão demorando a nos chamar.
-Não entendo porque tanto espanto, só fugimos daqui, tudo bem que a primeira vez que um aluno faz iss,o além do mais tivemos um motivo.
-Eles não se importariam com isso Sakura, nosso dever é proteger a realeza e fim.
-Até a segunda ordem, não vamos fazer nada, temos que nos misturar com o resto dos alunos, até receber a ordens deles - falou Naruto indo em direção ao banheiro.
- Como se isso fosse uma coisa normal. ? falei saindo do quarto e voltando com minhas malas.
-Sabemos ser adolescentes, qual é temos 17 anos. ? a voz de Ino não expressava confiança que gostaria.
-Seja a patricinha chata de sempre e vai dar tudo certo. ? falou Naruto em um tom alto do banheiro.
- Além das aulas vou entrar para grupo de desenho, sei desenhar muito bem, aproveitem estão olhando a futura famosa artista Ino Yamanaka.- disse olhando-se no espelho.
-Enquanto a gata borralheira não vira cinderela, pare de fazer isso. - joguei um travesseiro nela.
? Ninguém mexe no meu cabelo, e você vai fazer o que?
- Não sei, pode ser interessante fazer algo.- comecei ajeitar as roupas no closet que Ino tinha descoberto do outro lado do quarto.
- E aquele ser decadente, vai fazer o que?- continuou ajeitando o cabelo até amarrá-lo em uma posição que ficasse de seu agrado.
- Se está se referindo ao Naruto, não tenho a mínima ideia.
- Teatro me agrada, Ino.- ele tinha acabado de sair do banheiro e estava com os braços cruzado e encostado na parede.
- Isso é injusto, você não vai aprender nada que já não saiba. Atuar é sua natureza, Naruto ? continuei arrumando minha roupa. Tenho que fazer compras, eu ganho muito bem para estar com roupas nesse estado.
- Você tem razão Sakura, atuar é uma arte e tenho uma natureza enganosa.- o que mais me incomodava em Naruto: ele era imprevisível, e não demonstrava suas emoções era como conviver com uma caixinha de surpresa do horror.
-Poderia evitar ser como é, mas não ia dá, você é simplesmente você e isso é desagradável.- Ino estava começando a fazer caretas ao ver minhas roupas.- Vamos fazer compras, Sakura.
Algo me dizia que esse ano não seria como os outros, prazer somos alunos nem tão normais, somos paladinos em treinamento, não somos os mocinhos e também não somos os vilões, então prazer temos sentimentos não demonstrados, temos ideais próprios, seria demais pedir algo normal? Mais isso nunca acontece, bem vindo a escola de ilusões.
-Sakura. ? o tom de voz de Naruto saiu do habitual deboche para assumir um tom mais sério
-Que você quer? ? deixei minhas roupas de lado e cruzei os braços e voltei minha atenção ao loiro a minha frente.
-Gaara encontrou provas sobre o assassinato de Itachi e Jiraya. ? meu rosto estava com uma expressão séria. Não saberia dizer o que tinha abalado a Ino o simples ouvir do nome Gaara ou a notícia.
-Quando ele vem para cá?
Batidas foram ouvidas, Ino abriu a porta.
-Tsunade quer falar com vocês, me acompanhe.
Ao chegar a sala não encontramos só a diretora Tsunade, mais também o Namikaze, nos entreolhamos, o resto do dia ia ser longo. Hora do sermão.
Foi um dos bons apesar de que depois de dez minutos eu não prestei tanta atenção, ela era mestre nisso, o discurso abrangeu comportamento de responsabilidade negligente, egocentrismo blá, blá. Cogitei em escapar pela janela a altura não daria para quebrar algum osso e ao olhar para Ino percebi que ela ponderava o mesmo e o Naruto bom ele estava de braços cruzados e com cara de tédio, Minato odiava a petulância do filho.
-Irresponsáveis, qual é o dever de um paladino?
-Proteger a realeza. ? falamos e nos entreolhamos ? Encontrar os membros do clã.
- Vejo que pelo menos isso vocês aprenderam. Os Kaidan estão fazendo uma verdadeira matança dos membros da realeza seus papeis são de proteger, e no meio de tudo isso você resolvem fugir? Em meio a tanta irresponsabilidade haverá punição.
- E qual é a punição? ? agora eu sei o que aquela frase siginifica: ??todas a suas escolha tem uma consequência.??
-Estão em missão, nessa escola mesmo, Ino trabalhará com outro paladino, Naruto você protegerá Hyuuga Hinata, uma legítima de sangue Hyuuga, uma das poucas que sobraram, Sakura você terá um instrutor.
-Instrutor?
-Ele treinará você, vendo que você foi a mais prejudicada, com essa fuga de vocês.
Ótimo eu fico com a pior parte, tudo bem que eu perdi o ano de treinamentos, mas não me arrependo, viver no lugar sem liberdade não é algo que eu aceite.
-Quem vai ser?
-Não sei, ninguém está disposto a ensinar você.
-Sempre bom saber que vou ficar feito um saco de batatas, o primeiro a parecer é que você vai colocar para me treinar, que grande paladino estará formando.
- Sem dramas Haruno, estão dispensados.
-Voltamos ativa, oficialmente. ? Naruto nos lançou.
- Ótimo, voltamos ao jogo de poder. Por que eles não enxergam isso?
-Preocupados demais com seus mundos. ? falou ino subindo a escada.
-Eles já caíram a muito tempo, eles só estão juntando o que sobrou. ? falei dando mais uns passos.