Todos ainda estavam no menor lugar, logo após Piece 1 e Spin terem ido envia no portal. Depois o que disse Anuon, que de fato aquele era Piece 1, Ethan diz:
— Como pode ser... Anuon...
E por não aguentar tanta a emoção, o jovem desmaia, indo ao chão em seguida. Anuon precisou se esconder depois pois algumas pessoas que estranharam os ruídos ouvidos naquela noite escura e fria apareceram na rua, acudindo o jovem. Porém um suposto desconhecido fez o favor de levar Ethan adormecido para casa.
Horas depois...
Casa de Ethan, manhã.
O jovem, de forma ligeira, acordou em casa, já de manhã, minutos antes de ir para a escola. Confuso e desorientado, diz:
— O que ouve? Como vim parar aqui?
Anuon, que estava a seu lado o tempo todo, logo diz:
— Acalme-se, Ethan. Por alguma razão, Kenta o trouxe para cá...
— E minha mãe? E meu pai?
—Fique calmo. Eles nem sabem que você sofreu um desmaio. Um humano misterioso chamado Kenta o trouxe para seu quarto sem que ninguém visse.
— O que? Como?
— Ele o trouxe pela janela. Ele tem habilidades únicas, mesmo pra um humano.
— Bem, este tal de Kenta então é um aliado...
— Não conte com isso, Ethan. Você está bem?
— Não, Anuon! Não está nada bem!
— É por causa de Piece 1, não é?
— Sim... e por tudo.
— Fique calmo, pois você passou por essa...
— Passei por essa? Você não viu que quase morri ontem?
— Mas Ethan... O que houve por lá...
— O que houve? Vc ainda pergunta vai tentar explicar? Eu nunca estive tão próximo de morrer de que você tentou me matar! Isso que está acontecendo é pra valer mesmo...
— Onde está aquele humano que sempre está disposto a se sacrificar para mostrar a verdade?
— Esses que me atacaram hoje tem sua própria verdade a seguir! E essa tal de Spin "não sei das quantas" estava disposta a me matar!
— Piece 1 realmente me impressionou fazendo aquilo... Bem, isso mostra que você o incomodou muito. Para Spin ter feito isso, é porque Piece 1 quer acabar logo com tudo.
— Desde que tudo isso começou, eu sempre estive perto da morte... Você quase me matou... Fhor quase me matou... Lupa quase fez algo pior que a morte... Mas nada se compara ao que Spin e Piece 1 fizeram...
— Eles dois são quase como irmãos. Lembro-me de que ambos se ajudaram dentro naquela base, no dia da retalhação... Spin não somente segue Piece 1 mas concorda com tudo. Ela não sofreu manipulação alguma. Ela realmente crê na ideologia dos Anis.
— Vejo agora que o nosso inimigo é mais forte e esperto do que imaginava...
— Você nem imagina...
— E vejo agora que não passo de uma formiga, se comparado a vocês...
— Não diga isso, Ethan. Onde está sua alto estima?
— Alto estima, você diz... Ela deve ter ficado naquele lugar fatídico de ontem...
— Mas Ethan...
— Isso é muito para mim, Anuon. Colocar em pergio meus amigos e agora pode ser até meus pais... Tenho muito a perder.
— Bem, eu não vou ficar aqui ouvindo seus choramingos... Até logo... - Disse Anuon, indo até a janela.
— Aonde vai?
— Dar uma volta... E não se preocupe... quando estiver na escola, estarei lhe protegendo, filhote...
Ethan não entendeu o comentário de Anuon. O que quis dizer com "filhote"? Deboche ou alguma crítica? Enfim, sua mãe entra em seu quarto, percebendo que Ethan ainda não estava arrumando.
— Mas o que é isso, garoto? A essa hora e ainda não trocou de roupa?
— Tipo, mãe... É que...
— Se arruma e vai a escola! Agora!
Tempo depois...
Pátio do colégio, 7:00 AM.
Ethan, como todos os dias, se encontra com Ryoga, que diz:
— Fala Ethan!
— Oi, cara... Não estou bem hoje não...
— O que houve?
— Um lance aí, cara...
— É muito sério?
— É sim, Ryoga...
— Quer conversar sobre isso, cara?
— Não, melhor não...
— Você quem sabe...
E logo chegou Kaede, com um leve sorriso no rosto.
— Oi, rapazes.
— Oi, Kaede! - Disse os dois, que olharam para a jovem.
— Gostei da nossa conversa ontem, Ethan! - Disse Kaede, olhando para o jovem.
— Peraí... Foi isso que eu ouvi? Ah, safado... Tu tá brincando comigo com essa cara amarrada, hein... - Brincou Ryoga, com um sorriso.
— Você é bobo, Ryoga! Foi só uma conversa sobre uma viagem...
— Ah, vocês vão viajar... sabia que tinha algo aí... Agora sei que é sério mesmo...
— Cara, você é muito palhaço mesmo... - Disse Ethan, um pouco vermelho.
—Hahaha! Tá ficando envergonhado, né?
Depois da amigável conversa, os jovens foram para suas salas depois que o sinal soou, indicando o início das aulas.
Tempo depois...
Durante a aula, quase já no fim, a professora dá um comunicado.
— Alunos, prestem atenção. A escola passará por um período de recesso durante o festival japonês. Durante os festejos as dependências da escola ficarão inacessíveis.
Ethan, depois do que ouviu, fica pensativo. Tornou então a olhar para Kaede, que dá um leve sorriso, meio que entendendo o que o jovem havia pensado. Ao fim da aula, como de sempre, os jovens caminhavam para casa juntos conversando.
— Sabe, casalzinho... eu até gostei desse recesso... - Disse Ryoga, mostrando euforia.
— Cara, para com isso! - Disse Ethan, ainda envergonhado.
— Hehehe... Ethan fica todo vermelho quando fala isso, Ryoga... - Aproveitou Kaede, com um sorriso.
— Kaede, você está gostando disso?
— Hehehe... É legal ver você fazer papel de bobo. Seu rosto fica todo coradinho.
— Hahaha! Pimentão! - Disse Ryoga, brincando.
E então os jovens chegam ao trevo, onde ficaram conversando um tempo. E logo Ryoga se despede e deixa Kaede e Ethan, que continuavam a conservar.
— Kaede... ontem, depois que fui embora, quase fui morto!
— ETHAN, É SÉRIO ISSO?
— Sim, Kaede...
— Mas como foi?
— Uma Anis... parecia uma mulher humana. Ela se chamava Spin. Ela quase me matou. Só não o fez por causa de Piece 1.
— Aquele felino que quer matar os humanos?
— Sim. Ele praticamente me humilhou. Poderia me matar, mas não o fez.
— Porque?
—Quer ter a satisfação de me ter vivo para ver o fim da raça humana. Só assim irá me matar depois.
— Ethan, você... Você está com medo. Eu vejo isso no seu olhar. Isso não é atitude de um cara que quer mudar o mundo.
— Kaede, eu estou... com medo... disso tudo...
— Pobre Ethan... eu sinto por sua dor... Mas você tem idéia que não pode fazer nada, né? Você não tem habilidades como esses animais.
— Mesmo assim... eu preciso seguir em frente. Por isso preciso de um plano...
—Eu sei, Ethan. E mais uma vez preciso te agradecer por ter ouvido minha história e ter me apoiando.
— Não precisa agradecer, Kaede. Todos nós sabemos que não escolhemos passar por o que passamos. Esse lance de destino é coisa de perdedor. Mas tipo... Eu preciso lhe falar uma coisa...
— O que?
— Porque não viajamos amanhã para o templo onde foi treinada?
— Amanhã? Mas eu pensei que seria mais tarde.
— Não. Me interessei e decidi, no colégio mesmo, que eu quero ser treinado por sua tia.
— O QUE? Ethan, você...
— Sim, isso mesmo. cansei de depender de Anuon e até de você para me defender.
— Você é louco? Você não tem noção...
— Devo estar, mas eu não posso ficar parado. Eu preciso saber me defender.
— Leva-se tempo para aprender... E você só tem 2 semanas. Não é muito tempo... Aliás, a técnica só é aprendida depois de longos anos.
— Terá de servir, Kaede. Mesmo que seja só um pouco, é melhor que nada.
— Porque tudo isso? Você tem a Anuon, embora não goste dela...
— Quero estar pronto para quando PIece 1 aparecer frente a frente! Temos contas a acertar.
— Ethan, isso não é certo...
— Ele pensa que me humilhando daquele jeito irá me desmotivar... Hehehe... Anuon estava certa...
— Então está bem, Ethan... Só que...
— O que foi?
— Eu não sei onde fica o templo... Muita coisa mudou em Kyoto desde aquela época...
— E sua avó? Não poderia nos ajudar?
— Mas eu não poderei falar nada sobre o propósito, não é?
— É claro que não. Já envolvemos muita gente nisso...
— Vamos falar com ela agora então. Não quero fazer isso sozinha.
— Tudo bem.
E se dirigem a casa de Kaede. Logo encontram sua avó, esta saindo de casa, para jogar o lixo fora.
— Oi vovó. Temos que falar com você
— Pode dizer Kaede. O que vocês querem?
— Bem, este aqui é o Ethan, um amigo da escola.
— Oi Ethan. Tudo bem?
— Tudo bem, senhora... - Cumprimentou Ethan.
— O que querem comigo?
— Vó, queremos ir a Kyoto achar aquele templo onde fiquei na minha infância.
— Kaede, quer mesmo ir a Kyoto? Sabe muito bem sobre aquela história...
— Pode falar com Ethan, vovó. Eu já lhe contei tudo.
— Kaede, não se deve contar estas coisas a qualquer um...
— Ele não é qualquer um... É meu amigo de confiança.
— Tudo bem... Você quem sabe... Bem, posso lhes dar o endereço do templo. Irão quando?
— Amanhã.
— Amanhã?
— Sim, porque a escola vai entrar em recesso por causa do festival japonês.
— Então é melhor tratar de prepararem suas coisas, porque o trem para Kyoto parte cedo.
— Sério? Opa... Então vou nessa, Kaede. Não quero perder o trem. Tchau, até amanhã.
— Tá, até! Boa noite!
— Tchau, senhora. Obrigado pela ajuda.
— Tchau, boa noite, meu jovem - Disse a anciã.
E Ethan volta a sua casa.
Casa de Ethan, noite.
Em seu quarto, o jovem encontrou Anuon, deitada em sua cama. Ela então diz:
— E então, Ethan? Porque demorou em voltar de sua escola?
— Tive uma idéia depois daquilo que disse...
— O que?
— "Filhote"...
— Ethan, me desculpe por ter chamado você assim.. Estava chateada por sua atitude.
— Obrigado por ter me puxado a orelha. Piece 1 não vai ficar livre de mim tão fácil.
— Gostei de ouvir isso... E o que planejou?
— Iremos sair em viagem!
— O que?
— Sim. Iremos visitar o templo onde Kaede morou na infâcia.
— E o que faremos lá?
— Iremos atrás de soluções... Diretamente a mim...
— E quando?
— Amanhã.
— Amanhã? Ficou louco?
— Sei que é estranho, mas não devemos perder tempo...
— Bem, se diz... Não acho que seria prudente.
— E você terá que viajar na minha mochila.
— Eu, Anuon 9999, nunca iria me sujeitar a tal situação.
— Bem, é aceitar ou ficar aqui sozinha.
— Ethan... Isso é humilhante!
— Anuon, por favor... É coisa rápida.
— Mas que droga...Tudo bem, Ethan... Farei este sacrifício...
— Obrigado Anuon! - Disse Ethan, enquanto puxava e abraçava Anuon.
— Ethan... Chega! Me solte... Vamos... Me solte, oras...
— Quero não! Você é tão fofinha... Hahaha!
— Me solte Ethan... Não gosto deste tipo de agradecimento... - Disse Anuon, envergonhada.
— Hehehe... Seu rosto está vermelho...
Ethan, de fato, estava brincando com Anuon. Ela não conseguia entender este tipo de comportamento. Talvez nunca havia sentido essa sensação.
— Porque tanta brincadeira de sua parte?
— Anuon... Você despertou novamente aquela atitude de querer mudar as pessoas... No fundo de meu coração... obrigado por tudo - Disse Ethan, Fazendo cafuné na cabeça da felina.
— Ethan.. eu... eu... não me agradeça... Eu que agradeço por você ter se importado tanto comigo. Durante toda minha vida não havia recebido afeto de ninguém... e isso para mim é tudo novo.
— Com o tempo você acostuma. Isso a vida ensina.
Ethan, deles da conversa carinhosa com Anuon, se prepara para dormir. Anuon se dirigia para seu "cercado", mas Ethan diz:
— Anuon, não tem mais necessidade de dormir aí. Dorme aqui comigo!
— Ethan... eu acho que nãos seria...
— Deixa de ser desmancha prazeres. Vem que está quentinho.
— Mas eu dormir junto com você... Isso seria...
— Tá com vergonha? Vem logo, timidez...
E ela, com tanta insistência de Ethan, acaba sedendo e pula para a cama. Se ajeita e olha para Ethan, que diz:
— Em outros tempos você estaria me matando agora...
— Cala a boca, Ethan! Vai dormir, Grr...
— Mas agora nós tornamos amigos.
— Boa noite, Ethan. Para com esse papo...
— Boa noite, Anuon... Te adoro, tá?
— Vai dormir, humano!
E depois do momento de ternura que envolveu os dois, caem no sono.
O tempo passa...
Casa de Ethan, manhã.
Depois de uma boa noite de sono, Ethan, já pronto com Anuon, espera por Kaede. A jovem não demora muito e se encontra com o jovem eseguem para a estação de trem da cidade. Enquanto o tem não chegava, ficaram conversando. Ethan perguntou:
— Demora muito para chegar a Kyoto?
— Umas três horas.
— É chão, hein.
E de dentro da mochila de Ethan, se ouve uma voz.
— Isso é muito humilhante!
— Calma, Anuon... Logo vai chegar...
— Três horas aqui dentro não é lá muito confortável!
— E o que quer que faça então?
— Me solte dentro do trem. Garanto a você que ninguém me verá.
— Até esqueci que você é um pouco ninja, hehehe...
E quando chegam a estação, ambos ficam surpresos com a presença de uma pessoa!
— Oi, casalzinho!
— RYOGA?!
Continua.