Freedom Planet: Faith & Shock

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    Capítulo 22

    Que lugar é esse? A Agência

    Spoiler, Violência

    O time campeão do torneio finalmente poderá voltar a Shang Tu.

    Será?

    Pode ter sido muito difícil e desgastante, mas o grupo de Sash Lilac, heroína de Avalice, conseguiu finalmente vencer o torneio T.OR.M.E.N.T.A.

    Depois da vitória do Team Lilac, houve muita comoção na arena. A mensagem dada pela bela dragão púrpura contagiou a todos. Não se tratava mais de se chamar Team Lilac: a dragão renomeou seu time como Team Avalice. Isso deixou bem claro o compromisso de proteger o planeta, por mais que tudo que assistiram ao evento, seja quem estava na imponente Shang Mu Arena ou para quem estava assistindo pela TV.

    E na enfermaria da Shang Um Arena...

    Todos estavam feridos, principalmente Viktor, que precisou doar o próprio corpo como escudo, e Noah, que mostrou uma mudança e um amadurecimento inesperado. Lilac também precisou de cuidados, pois usou seu Dragon Boost além de suas capacidades. Carol estava com algumas hematomas em seus braços e barriga. E Milla, esta a menos ferida, ainda sentia dores por causa dos golpes de Dyona Taz.

    Durante essa estada no centro médico, Lilac, enfaixada em sua cabeça e braços, se levantou da sua cama e dou até onde Noah estava. Lá, vendo o jovem albino se recuperando, diz:

    — Boa luta, Noah.

    — Boa luta, Lilac...

    — Hehehe... De onde você tirou aquele poder? Você me surpreendeu, sabia?

    — Eu diria agora “eu não sei” mas estaria mentindo... Já estava em mim o tempo todo...

    — Eu sempre soube disso.

    — E Lilac... Eu não sei o que dizer pra te agradecer por tudo que fez por mim nesse torneio. Minha gratidão a você é eterna.

    — Ah Noah... Relaxa. Não me deve nada. Na verdade eu lhe devo muito.

    — Deixe de ser modesta. Sabe muito bem que se você não tivesse fé em mim eu não estaria aqui. Eu te devo tudo. E por sua causa eu lutei... eu voltei a lutar com elas ao meu lado... E com todos vocês... – Disse Noah, com um sorriso espontâneo em seu rosto.

    — Aquilo foi maravilhoso de ver, Noah. Estou muito feliz por você.

    — Obrigado mais uma vez, Lilac. Você é uma verdadeira líder.

    Do outro lado, Carol estava ao lado de Viktor, que estava sofrendo nas mãos dos médicos. Exatamente o que entenderam: os medicos estavam colocando no lugar os ossos deslocados do jovem humano, que gritava de dor. A felina, sensibilizada por ele, diz:

    — E aí, piá. Tudo de buena?

    — Como é que você pode... AHHH! MINHA NOSSA! – Disse Viktor, com um dos médicos colocando seu ante braço no lugar — ... ah... Socorro... Ai... Devagar aí, cara!

    — Por um milagre você não quebrou nenhum osso. Seu poder especial é estupendo, jovem... Eh... Você... Que espécie é na sua? – Disse um dos médicos.

    — Ele é alemão, tio. Entrou na favela errada e deu no que deu... – Disse Carol, também enfaixada em sua cabeça.

    — Meu poder especial é meu karatê... AHHH! DEVAGAR, CARAMBA! – Disse Viktor, tendo sua clavícula colocada no lugar — ... Carol, e você? Está bem?

    — Tirando o pial inicial que eu tomei do maledito do Dyona, tô de boa. Tu tá um caco, hein – Disse Carol, se sentando ao lado dele.

    — Ah... Eu estou acostumado a sentir dor... Mas colocar ossos no lugar é muito dolorido quando o sangue esfria.

    — Pode crer. E cara, sério... Tô boba com você.

    — Hã? Porque diz isso? – Disse, curioso. 

    — Cara, tu realmente mostrou que é monstrão. Tu lutou contra o bichano lá na semifinal de igual pra igual e ganhou do cara no punho de ferro. E tu tirou todo o ar do Dyona... Pô, tu é guerreirão, parça. E tu fez isso sem poder especial nenhum!

    — O-obrigado, Carol... Ouvir isso de você significa muito.

    — Como assim?

    — Porque você sempre está no meu lado pra dar uma palavra amiga. Eu sei que você faz isso porque gosta mesmo de mim – Disse Viktor, abraçando amigavelmente Carol. 

    — Ih... Pode parar... Postura, Viktor... Postura! Nada desse lance meloso na frente de todo mundo... – Disse Carol, se afastando.

    — Ah... Desculpa... Eu não...

    — Ah cara! Cala a boca! – Disse a felina, com um sorriso no rosto, o abraçando forte – Parabéns, Viktor. Tu merece, cara. Gosto mesmo de você, piá.

    Era uma mostra de amizade honesta por parte dos dois e era a primeira vez que Carol demonstra afeto por Viktor de forma convicta, assim como o jovem humano.

    Paralelo a conversa dos dois, logo Milla vai ao encontro de Lilac, que ainda estava com Noah, dizendo:

    — Lilac, a gente precisa ir embora hoje?

    — Sim, Milla. Conseguimos o resquício. A missão foi cumprida. Vamos retornar para Shang Tu!

    — Isso aí! Haha! Saudade de conversar com minha mestra. Será que ela está bem?

    — Milla, é fã Neera Li que estamos falando. Com certeza ela está bem... Mas verdade ela também está em missão. Quando voltarmos irei saber o que ela e Gong conseguiram com Dail em Shuigang.

    Noah, observando a conversa entre as duas, não pôde ficar calado.

    — Então é isso...

    — Hã? O que foi, Noah? – Disse Lilac.

    — Nada... Eu só estou sendo egoísta nós meus pensamentos...

    — Porque diz isso?

    — Eu deveria ser mais maduro pra saber lidar com isso... Bem, eu já estou sentindo saudades de vocês só em saber que daqui algumas horas vocês irão embora.

    — Ah Noah... Eu sinto muito...

    — Mas Lilac, a gente pode vir aqui sempre que quiser agora. O Noah é nosso amigo a partir de hoje, não é? – Disse Milla, abraçando Noah.

    — Hã? Amigo? Mas... – Disse o jovem albino, um pouco envergonhado.

    — Nossa, é claro. Noah, você é membro permanente do Team Avalice. Resumindo: você é nosso amigo para o resto da vida.

    — Amigo?! Vocês estão mesmo certas disso?

    E com Viktor e Carol se aproximando do trio, o jovem humano diz:

    — Estava ouvindo de longe. É claro que você é nosso amigo, cara. Fizemos coisas incríveis juntos hoje e tudo isso foi com a nossa união.

    — Viktor... Mesmo você não sendo daqui de Avalice, tem essa consideração comigo? Eu te tratei mal durante o torneio e

    — E daí? Cara, você pode ter cometido erros e a gente até discutiu mas tudo isso faz parte. Nós conhecemos melhor assim. E dessa forma a gente se tornou mais íntimo com o tempo... Eu te considero meu amigo.

    — O piá tá certo. Eu também te tratei mal e mesmo assim você relevou tudo isso. Hoje até me sinto mal em ter te tratado com indiferença e preconceito. Só que agora eu sei bem sua índole. E cara, tu é sinistro pacas!

    — Obrigado, Carol. As heroínas de Avalice me elogiando... Para um fã de vocês isso é o melhor prêmio que poderia receber.

    — Ah felpudin... Que fofinho da sua parte dizer isso. Deixa eu te dar um abraço também! – Disse Carol, abraçando amigavelmente Noah.

    — Eh... Carol? – Perguntou Lilac, confusa.

    — Diga, mommy.

    — Você bateu com a cabeça ou tomou algum remédio? Você, carinhosa assim com os garotos...

    — Ah sua bobona! Tamo no meio de uma comemoração pela nossa vitória e tu tá me regulando? Fica sussa, ô divina! – Disse a felina verde, bastante envergonhada.

    — Hahaha! Olha seu rosto! Está todo vermelho! Hahahaha!

    — SUA BOBA! Para de encher, Lilac!

    A confraternização do Team Avalice continuava no centro médico, enquanto ainda recebiam atenções por parte de toda minha médica do lugar.

    Durante esses acontecimentos...

    Lopo após sua derrota, Dyona Taz, antigo mestre de Lilac e Carol quando as duas eram membras do clã ninja The Red Scarves, com o povo de forças que tinha se levantou e deixou as dependências do octógono. Orgulhoso como era, ignorou ajuda médica, essa oferecida. E até mesmo ignorou os membros de seu time, restando a eles por parte de Dyona um olhar de desprezo e irritação. Florr, assim como os outros membros do Team Red, foram tratados e acolhidos pelo centro médico. Não por estarem feridos mas sim pelo desgaste que todos sofreram para atender as expectativas de Dyona Taz. Entretanto, durante o combate contra o até então Team Lilac, eles aprenderam e descobriram que o verdadeiro poder não se está no quanto você chega longe e sim quando você faz por merecer por méritos próprios. Um lutador de artes marciais é pleno, pois ele cria suas oportunidades. Isso ficou claro para eles.

    Durante esse período de comemorações, Lenzin havia sumido. A guardiã do reino de Shang Mu não se encontrava mais na arena, mas com certeza não deixaria de fazer nada para espionar Dyona Taz e os membros de seu ex time. E, por terem cumprido com sua missão, todo o Team Omna, que era liderado pelo lupino Joshy, também se retirou do lugar. Tendo em vista que tudo agora estava mais tranquilo, seguiram então para o palácio do reino, pois por lá estavam hospedados.

    Depois da premiação, o Team Avalice se viu envolta de vários repórteres que cobriam ao torneio, perguntando sobre a grandeza do prêmio e o que representava. Lilac então, cercada por seu time, disse:

    — Como eu sempre disse, nós vencemos porque somos unidos. Eu quero que todos que viram o que aconteceu naquela arena se inspirem. Não abandonem seus laços fraternos, muito menos o poder da amizade. Unam-se para construir algo maior. Você nunca estará sozinho se sempre procurar o bem e estar ao lado de tudo que é certo. E não se enganem: todos nós cometemos erros e isso é bom, pois com isso se aprende a viver e descobrir sobre si mesmo.

    Sobre salves e palmas, Lilac, junto a seu time, se retiraram da arena com o resquício, sendo levado por Carol. Um forte aparato de seguranças seguiram a van onde a dragão púrpura estava até o Gigante de Shang Mu Hotel, lugar este que o Team Avalice estava hospedado. Já habituados com as dores por causa das lutas, um pouco de calmaria e descanso num lugar mais afastado e seguro da cidade era só o que o Team Avalice precisava. Sem perder tempo, depois de se aprontarem, todos foram dormir. Revigorar a saúde e folego era a meta.

    Porém aquela noite ainda não havia terminado.

    Sacada da suite premium do Gigante de Shang Mu, madrugada.

    De pé admirando as luzes da cidade estava Lilac. Ela, olhando para o horizonte, estava meio que refletindo por tudo que fizeram em Shang Mu e pelo o que passaram. Porém, a surpreendendo, Milla, que caminhava coçando seus olhos, diz:

    — Uah... Lilac?! Você aqui a essa hora?

    — Sim, Milla... Eu perdi o sono.

    — Eu percebi que vive não estava em seu quarto, então...

    — Seu faro continua afiado, Milla. Hehehe.

    — Eu sou boa nisso mesmo!

    — Fofinha.

    Milla então faz companhia a Lilac, e diz:

    — Passamos por muita coisa nessa cidade, não?

    — Sim. Nem tem ideia da minha satisfação de termos conseguido cumprir com a missão.

    — E Royal Magister? Ele já está sabendo?

    — Já sim. Eu liguei para o castelo assim que chegamos. Vários guardas do reino estarão nos esperando assim que chegarmos nas terras de Shang Tu.

    — Ah que bom...

    Depois da breve conversa, as duas se mantiveram em silêncio, com Milla, depois alguns segundos, dizendo:

    — Lilac, eu disse para o Viktorius.

    — Hã? O que?

    — Eu perguntei pra ele se gostava de cada uma de nós. Ele disse que sim. Então eu disse que todas nós também gostamos dele.

    — Eh... Tipo... Milla, porque você disse isso?

    — Torque entrou na nossa vida pra salvar toda a galáxia. Era o trabalho dele. Mas ele saiu daqui como nosso amigo e prometeu retornar...

    — Sim. Mas o que tem isso a ver com Viktor?

    — Com o Viktorius isso é diferente... – Disse Milla, abaixando a cabeça — ... porque quando ele for embora... nada garante que ele vai poder voltar.

    — Milla...

    — Ele está junto com a gente sem se importar com isso, mas esse é o motivo porque ele está com a gente... Ele quer voltar pra casa, Lilac? Será? – Disse Milla, com lágrimas nos seus olhos

    — Milla, venha cá... – Disse Lilac, abraçando carinhosamente a canina — O Viktor precisa voltar para o lar dele um dia.

    — Isso não é justo, Lilac...

    — Não, Milla... Não pense assim. Com certeza de onde ele veio tem obrigações, deveres e responsabilidades que envolvem sua vida. E, além disso, deve haver pessoas esperando por ele...

    — O Viktorius tem sua própria vida, né? Eu não tinha parado pra pensar nisso...

    — Todos nós temos nossas vidas, Milla. Pensar assim é quase como ser egoísta com o que ele representa para quem o está esperando no mundo dele.

    — Eu vou sentir falta dele, Lilac... Ele se tornou importante na minha vida. Ele me apoiou na luta, me incentivou...

    — Eu também, Milla. Eu também... A minha meta pessoal no momento é mantê-lo em segurança até que retorne são e salvo... Viktor cuida muito da gente. E saber que ele gosta mesmo da gente me motiva a protegê-lo ainda mais...

    — Mas ele é forte, Lilac. Ele provou isso.

    — Eu sei que ele é forte, Milla. Mas Viktor não conhece os perigos reais de Avalice. Ele não pertence a nossa realidade. Até agora nós, na medida do possível, sempre estivemos juntos, mas... Nada é para sempre.

    — Lilac...

    — Bem, Milla... Vamos entrar. Já estou ficando com frio aqui fora.

    — É, eu também e... – Disse Milla, bocejando de sono - ... estou cansada ainda. Boa noite, Lilac. Durma bem.

    — Pra você também, Milla.

    Em seguida, Lilac foi para seu quarto. Já em sua cama, vestindo uma camisola, Lilac, antes de cair no sono, refletiu mais uma vez sobre a conversa com Milla. A bela dragão púrpura parecia mesmo preocupada.

    — *Viktor... Eu ainda não parei pra pensar no fato que... daqui a um tempo, você... você já não estará com a gente e... como a Milla disse... nunca mais... nos veremos novamente... Mas enquanto esse dia não chegar, eu prometo: eu vou te proteger.*

    Lilac estava mesmo preocupada com o fato de Viktor não ter habilidades especiais e, com as constantes idas e vindas de missões pelo reino de Shang Tu por Royal Magister, o perigo do jovem se meter em encrencas era muito maior. Sabendo disso, ela fez essa promessa.

    Mas um fato era ainda mais difícil para a dragão: nada era para sempre e Viktor, cedo ou tarde, teria de voltar a seu mundo. A saudade já lhe incomodava, mesmo sabendo que o jovem estava no quarto ao lado.

    Enfim...

    STAGE CLEAR

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    Time             57:02:35

     

    No dia seguinte...

    Castelo de Shang Mu, 09:00 AM.

    Já cedo, Lilac e seu grupo fecharam a conta no Gigante de Shang Mu Hotel, com todas as despesas pagas pelo reino de Shang Tu, e seguiram sob escolta da guarda real do reino de Mayor Zao, que os recebeu de braços abertos. Ele, reluzente, diz:

    — Esplêndido! Esplêndido! Mais uma vez parabéns por terem vencido o torneio *e terem me ajudado e muito com a arrecadação, hehe!*.

    — Eu que agradeço, Zao. Todos nós viemos aqui lhe agradecer por ter dado todo o suporte por detrás dos panos – Disse Lilac, o reverenciando, a exemplo dos outros.

    — Hã? Do que a senhorita está falando?

    — Ora, nós sabemos da Lenzin ter nos ajudado, assim como o pessoal do Team Omna...

    — Lenzin?! A guardiã? Lilac, o que ela te disse?

    — Eh... Agora que eu lembrei... Ela explicou a relação de Vossa Excelência... Eh, que situação...

    Mas não foi preciso muita preocupação. A própria guardiã adentrou ao palácio, caminhando até próximo de seu monarca. Ela, respeitosa e extremamente formal, diz:

    — Vossa Grandíssima Excelência Mayor Zao, senhor das terras fartas e cintilantes do grandiosíssimo reino de Shang Mu... – Disse, o reverenciando – Devo colocá-lo a par de toda a situação a qual Sash Lilac e seu time passaram no torneio.

    — Ora, eu estava lá. Eles venceram o torneio.

    — Além disso, Vossa Grandíssima Excelência...

    Carol, até então calada, não resistiu e começou a cochichar boa ouvidos de Lilac:

    — Lilac... Já percebeu quantas vezes a palavra “grandíssima” foi dita até agora?

    — Shih! Para com isso, Carol! Eles vão te ouvir...

    — Só tô comentando, sua “grande gigante altíssima esplendorosa grandíssima” bobona.

    — CAROL! – Gritou Lilac.

    Lilac chegou a interromper a explicação de Lenzin sobre todo o ocorrido, pedindo desculpas em seguida. Ao fim, Mayor Zao diz: 

    — Uau... Tudo isso aconteceu “por trás dos panos”?

    — Exato, Vossa Grandíssima Excelência. 

    — Ufa... Ainda bem que tudo acabou bem. E que bom que eu também pensei em tudo.

    — Hã? Como assim, Vossa Grandíssima Excelência?

    — Lilac, se lembra quando vocês vieram aqui me avisar sobre o resquício?

    — Hã? Bem, sim... Eu lembro, mas...

    — Caraca, o carinha aí lembrou desse detalhe? Eu só tava de olho no torneio nessa época... – Disse Carol.

    — Ah Carol! Chega disso!

    — Relembrar e viver, nyah! :3

    Mayor Zao então continuou:

    — Por isso, eu, pensando com meus botões, decidi agir... Eu, junto com meus assessores, sugeri colocar todo um esquema de segurança para premiação.

    Lenzin, ao ouvir isso, logo arregalou seus olhos, não entendendo bem o que Mayor Zao queria dizer com tudo aquilo. Ela, confusa, toma a palavra:

    — Vossa Grandíssima Excelência... Do que está falando?

    — Por isso, cara guardiã... Sabendo que algum membro da The Red Scarves, como Lilac me avisou, pudesse estar no torneio para conseguir a jóia, como se confirmou essa intenção, eu coloquei em prática minha estratégia infalível e livre de qualquer suspeita.

    — O que o senhor fez!? Digo... O que a Vossa Grandíssima Excelência planejou de tão brilhante? – Se policiou Lenzin, quase perdendo o controle de suas emoções.

    — Simples: nossa premiação era a peça mais visada de todas as partes. Então, juntamente com a equipe e a guarda do reino, unindo todo o contingente e aparato legal, dentro dos parâmetros simétricos de medidas de... – Continuou retificando Mayor Zao.

    Mas já sabem quem não estava gostando de tanta conversa, não? Então, com a palavra:

    — AH! SHUT UP! FALA LOGO, PÔ!

    — CA... – Tentou dizer Lilac, sendo interrompida com um evento.

    Esse evento que me referia foi com Lenzin que, como um raio, se aproximou de Carol, já com sua espada de característica chinesa a poucos milímetros de seu pescoço. No mesmo instante a felina ficou paralisada e assustada. Tanto que até mesmo sua cauda ficou estática como uma estátua. Com a panda guardiã olhando bem dentro de seus olhos, diz:

    — Nunca... Jamais... Em hipótese alguma interrompa nosso monarca enquanto ele estiver com a palavra. E serei bondosa em deixá-la sair daqui inteira... Pois ninguém tem autoridade de mandar meu monarca se calar... ENTENDEU?

    — Tendi, bunitinha... Eu não...

    — Me chame pelo meu nome. E você sabe qual é...

    — Tu-tudo bem, Lenzin... Desculpe.

    — Muito bem... Vossa Grandíssima Excelência, continue.

    — Ah sim... Onde eu estava mesmo? – Disse Zao, não muito contente.

    — O senhor dizia sobre seu plano e...

    — Eu sei, guardiã. Só estava brincando com você, hehehe...

    — Vossa Grandíssima Excelência tem um grande senso de humor... – Disse Lenzin, amistosamente – *FALE LOGO O QUE VOCÊ FEZ!* — Pensou, já tão impaciente quanto Carol.

    — Eu simplesmente sugeri que retirassem o resquício genuíno e trocassem por uma réplica exata. Então, mesmo se algum membro da The Red Scarves vencesse o torneio, o resquício real estaria em um local seguro.

    Por incrível que pareça, todos ficaram surpresos com o que Mayor Zao havia dito. Lenzin logo disse:

    — Mas... Mas... Mas isso foi... brilhante!

    — Olha... Mas que ideia excelente! A jóia sempre esteve segura todo o tempo – Disse Viktor, que estava calado até então.

    — Uma manobra bem engenhosa, se assim dizer – Completou Noah.

    — O carinha aí... Ele é um gênio! – Disse Carol, sorrindo.

    — É... Foi um ótimo plano... Ótimo... Ótimo... – Disse Lilac, tentando esconder seu sentimento real – *PORQUE NÃO NOS DISSE ISSO DESDE O INÍCIO, SEU MONARCA MALUCO?!* – Pensou Lilac, incapaz de se expressar abertamente dessa forma.

    Mas a panda guardiã logo tratou de dizer:

    — Vossa Grandíssima Excelência... E onde está o resquício real?

    — A caminho do castelo em um carro forte. Está sendo escoltado até.

    — Devo reconhecer que estou surpresa com sua grande inteligência, Vossa Grandíssima Excelência.

    — Como eu disse desde o início, tudo estava sobre controle. Eu sei governar muito bem meu reino. E sei também entretê-los com eventos grandiosos e inéditos. O torneio foi um sucesso colossal e nossos dividendos estão na escala mais forte da cor verde! Sou ou não sou genial? Os lucros, os ganhos para a sociedade, a repercussão disso em toda Avalice... Shang Mu com isso vai virar um pólo ainda maior de negócios! Hahaha!

    Porém um dos serventes reais pediu licença para se aproximar de seu monarca. Na verdade o funcionário estava alí para lhe entregar seu celular, pois alguém queira falar com ele. Prontamente, colocou o telefone em seu ouvido e começou a conversar. Segundos depois, depois de uma breve pausa, com todos o olhando, ele diz:

    — Foi roubada.

    — Hã? Mas... O que foi roubada? – Perguntou Lenzin, preocupada.

    — A jóia.

    — A jóia... Você quer dizer... O...

    — O resquício. Da jóia. Do reino. Roubado.

    Lilac quase explodiu ao ouvir isso.

    — O QUE? COMO? ONDE? QUEM?

    — Roubaram o carro forte inteiro. Levaram o resquício.

    Sem perder tempo, Lenzin deixou o lugar a toda velocidade, indo até a sala de comando do castelo. E no salão, a dragão ainda estava surtada.

    — COMO É QUE É CONSEGUEM ROUBAR UM CARRO FORTE ENORME CHEIO DE UM APARATO DE SEGURANÇA NESSA CIDADE SEM QUE NINGUÉM FAÇA ALGO PRA IMPEDIR?!

    — Lilac, amiga... Olha, fica calminha e... – Tentou dizera felina verde, tomando cuidados.

    — VAI VER SE EU ESTOU NA ESQUINA, CAROL! – Gritou Lilac, furiosa.

    — Ih rapaz... Danou-se...

    Viktor, preocupado com Lilac, diz:

    — Lilac... Espera. A gente precisa manter a calma e...

    — MANTER A CALMA?! A GENTE QUASE SE MATOU PRA CONSEGUIR VENCER ESSE TORNEIO E DO NADA ROUBAM O RESQUÍCIO! EU NÃO VOU MANTER A CALMA!

    — Eh... Noah... Ajuda aqui...

    — O que? Eu? Está louco? Eu nunca vi a Lilac assim... – Disse o jovem albino, se escondendo atrás de Viktor.

    — Ei! É pra você ajudar!

    — Ajudar como? Eu não sou a melhor pessoa pra domar dragões!

    Noah disse o melhor comentário possível, pois a dragão estava fora de si, gritando. Furiosa, continuou:

    — MAYOR ZAO... VOCÊ!

    — Q-Que tem eu?! – Disse o monarca, se escondendo atrás de seu servente do reino.

    — O QUE A VOSSA GRANDÍSSIMA EXCELÊNCIA VAI FAZER PRA RESOLVER ISSO? VAI! DIZ AGORA! AGORA! VAI, DIZ!

    — Ai... Socorro! Me ajuda, meu servente! 

    — Com o salário que eu recebo nem se fosse pra matar uma barata! Dá licença, Vossa Grandíssima Excelência! – Disse o funcionário, saindo correndo em seguida.

    As coisas não estavam boas.

    Enquanto isso...

    Sala de Comando do Castelo de Shang Mu.

    Lenzin, prontamente com a equipe tecnológica do reino, tentou sem sucesso rastrear o veículo. Frustrada por não ter mais informações, tentou então suporte externo. Mas antes que pudesse fazer algo a mais, eis que, desesperado, Joshy entrou a sala dizendo:

    — Guardiã! Eu acabei de saber...

    — Sem tempo para conversas, Joshy.

    — Mas como que isso foi...

    — Eu não sei. Não tenho a mínima ideia. Mayor Zao tem autonomia pra fazer o que quiser, já que ele é o monarca *muito irresponsável*.

    — Já tentaram rastrear?

    — Escute, eu não vou perder tempo explicando cada passo que eu tomei até agora. Vou resumir pra você com uma só frase: não temos comunicação alguma com o veículo.

    — Mas como não? Todos os carros fortes do reino são rastreados em tempo real com o que há de mais tecnológico em Avalice! Todos eles rodam o aOS. É tecnicamente Impossível...

    — Os milagres da tecnologia não são infalíveis, você sabe.

    — Não, Lenzin... Eu lhe asseguro que o sistema criado por Asuka é infalível. A menos que...

    — Sem suspenses! Diga logo!

    — Só alguém com extrema perícia e habilidade poderia ter sabotado o sistema.

    Lenzin, ao ouvir isso, foi até próximo a Joshy, mostrando muita saudade em seu olhar. Ela então diz:

    — Você está me dizendo que temos um traidor entre nós?

    — Não exatamente isso, mas...

    — Eu não tenho tempo para maquinar coisas, Joshy. Eu sou a guardiã do reino. E se há uma possibilidade de termos um maldito traidor entre nós, então irei tomar decisões sobre o que temos de fato.

    — O que propõe a fazer?

    — Além de você, os outros membros do seu time estão no castelo?

    — Eu e Sheng somente. O guri insistiu em conhecer o castelo. Tats e Ingris já retornaram a Agência hoje de manhã. Aliás, Pawa precisou ir junto com Ingris pois ela ainda anda tendo surtos...

    — Ah que situação... Muito bem, entre em contato com Asuka e diga o que aconteceu. Ela na certa vai te dar uma resposta rápida.

    — Tudo bem. O que vai fazer?

    — No momento blindar a todos. Fechar todas as portas. Esse caminhão ainda está na cidade, eu sei. E se temos um traidor, então ele não vai ficar longe de mim um segundo sequer...

    — Mas Lenzin, o que...

    — Entre em contato com Asuka agora! Não temos tempo a perder. E não ligue pra ela. Troquem mensagens. As paredes por aqui tem ouvidos...

    — Está certo. Irei providenciar.

    A guardiã estava se movendo rápido. Ela de fato estava fazendo o que podia dentro da realidade que se encontrava. Ela então retornou até o salão principal, mas ao chegar não viu um cenário muito agradável. Lilac estava sacudindo Mayor Zao, o segurando na altura do rosto da dragão enfurecida, que diz:

    — COMO É QUE VOCÊ BOLA UM PLANO MIRABOLANTE DESSE E NÃO TEM UM PLANO B PRA RESOLVER!? E AGORA? OS NINJAS DA THE RED SCARVES DEVEM ESTAR RINDO DA GENTE AGORA!

    — AHHH! Senhorita Lilac... Eu... Não... Sei... O... Que... Deu... De... Errado...

    — A GENTE FAZ DE TUDO PRA AJUDAR, SE SACRIFICA, FAZ O IMPOSSÍVEL PRA FAZER O CERTO... E AGORA TUDO É APAGADO PORQUE VOSSA GRANDÍSSIMA EXCELÊNCIA ERROU EM SER CONFIANTE!

    — Ai, socorro... Eu... Tô... Com... Medo... Dessa... Dragão!

    Carol não ficou parada: tentava a todo instante acalmar sua amiga, dizendo:

    — Lilac, segura a onda! Tá bom! Já foi! Não adianta nada descontar no carinha...

    — ADIANTA SIM! EU ESTOU FARTA DE SEGURAR ESSA PRESSÃO TODA!

    — Que pressão? Calma! Nem eu que sou a moleca sou de fazer isso...

    Viktor não perdeu tempo:

    — Carol, quando eu explodi sua moto, você...

    — Ah piá... Pode parar! Nada de ficar remoendo o passado!

    — Mas você...

    — TU NÃO TÁ AJUDANDO, PIÁ!

    — Moto? Que moto? – Perguntou Noah, confuso.

    — Viktorius jogou a moto da Carol contra um monstro e ela explodiu. Aí a Carol pegou ele e... – Tentou explicar Milla.

    — Millazinha... Fofis... Sem maiores detalhes, tá? – Silenciou Carol, tentando segurar Lilac.

    As coisas estavam fora do controle. Lilac estava tão irritada que ignorou a autoridade de Mayor Zao. Lenzin não podia admitir tal coisa e sem pensar golpeou Lilac em seu rosto, executando em seguida uma chave de braço, levando para trás o braço direito de Lilac que, assustada, diz:

    — Lenzin, o que está...

    — CALE-SE, DRAGÃO!

    — Mas...

    — Mas? Você ainda desafia minha autoridade? Eu deveria quebrar todos os seus membros antes de dar um fim em você! Você tem noção do que estava fazendo?

    Carol, ao ver que era mesmo sério, tentou dizer:

    — Olha Lenzin... A Lilac...

    — Cale-se, Carol. Só não faço o mesmo com você porque estava tentando evitar que sua amiga sem noção de agredir meu monarca.

    — Opa, calma aí... Pera...

    Mas a panda guardiã não parou de segurar Lilac e, vendo a situação, depois de se recuperar, Mayor Zao foi até sua guardiã e diz:

    — Lenzin, eu ordeno que solte-a.

    — Senhor, de acordo com as diretrizes de contingência do monarca, a prioridade é sua segurança. Por causa disso, eu tenho autonomia para tratar de seus agressores a meu próprio juízo. Eu não irei...

    — Guardiã, eu estou lhe dando uma ordem direta. Obedeça.

    Mayor Zao tinha a exata noção do que havia feito. E deixou isso vem claro para que Lenzin entendesse.

    — Lenzin, eu agradeço pelo seu zelo comigo. Mas quero que entenda que Lilac tem razões de estar irritada.

    — Vossa Grandíssima Excelência, o comportamento dela foi inapropriado a sua autoridade e segurança.

    — Lilac é minha amiga. Ela tem liberdade de ser expressar como quiser *embora eu não tenha gostado de ser levantado, grr*... Então a perdoe. Porque eu também irei.

    — Hã?

    O peq... Digo, o perspicaz monarca de Shang Mu era humilde demais para se omitir de seus próprios erros. Ele, um pouco triste, diz:

    — Lilac, me desculpe. Eu fiz o que fiz para o bem de vocês. Me avisaram e eu vi uma oportunidade de fazer algo certo. Porém tudo deu errado. Me perdoem.

    Um silêncio tomou conta do recinto. Um forte sentimento de culpa dominou Lilac que, sabendo que se exaltou na firma que tratou Mayor Zao, se levantou após Lenzin a soltar e caminhou até o monarca, dizendo:

    — Me perdoe, monarca. Eu agi por impulso e te destratei... – Disse Lilac, abaixando sua cabeça.

    — Tudo bem, Lilac. Pode se levantar. Já nos resolvemos.

    Se aproximando de Mayor Zao, a guardiã então diz:

    — Por isso eu o sigo incondicionalmente, Vossa Grandíssima Excelência. Sua humildade é inspiradora.

    — Tá, Lenzin... Está tudo bem.

    — Bem, já que todos nós já estamos mais... como poderia dizer? Ah sim... Mais calmos, devo dizer que temos um traidor entre nós.

    — O que? – Perguntou Lilac, surpresa – Como assim, Lenzin?

    — Dragão, todo o sistema de rastreamento do carro forte foi desligado. Nossa central de inteligência deu certezas que se houve tal falha está foi feita por alguém. Ou seja, aconteceu internamente.

    — Minha nossa!

    — Mas o que faremos agora? – Perguntou Noah.

    — Noah Hibiki, me pergunto o que você ainda faz aqui. Sua biblioteca não lhe importa mais?

    — Ei! Não se meta mais na minha vida, guardiã. Sua cota já expirou.

    — Hm... E esse aí... Dessa espécie que eu desconheço... – Disse a panda, apontando para Viktor.

    — O que? Eu? Eu estou junto com a Lilac.

    — De onde você veio? E porque está aqui? Eu já sei que você não é de Avalice...

    — Senhorita, eu não tenho que te...

    Mas Lilac logo interrompeu, percebendo onde a panda guardiã queria chegar:

    — Lenzin, não ouse fazer o que pensa...

    — Ueh... O que foi, Lilac? Perguntou Carol.

    — Todos nós estávamos juntos o tempo todo. Ninguém aqui é o traidor – Disse Lilac, sob os olhares impressionados de seus amigos.

    — Sash Lilac, você não tem ideia de onde Viktorius Ashem veio. E você não tinha conhecimento dos perigos do Kaipasu... Como garantir que eles não são traidores?

    — Eu me responsabilizo.

    — Isso não é o suficiente. Eu...

    — ELES NÃO SÃO TRAIDORES!

    — Abaixe sua voz ao falar comigo!

    — Então pare de insinuar que meus amigos são traidores. Eles são inocentes até que se prove o contrário.

    Por um instante Lenzin se calou, sabendo que as palavras da bela dragão trazia verdades que não poderia argumentar. Porém a guardiã era ardilosa e pensava muito a frente de qualquer um naquela sala. Depois de refletir rapidamente, ela diz:

    — Hm... Provar o contrário... Pois bem... Eu tenho uma ideia que irá trazer segurança e provação de confiança tudo ao mesmo tempo...

    — Lenzin, o que pensa em fazer?

    — Eu, Lenzin, guardiã do reino de Shang Mu e descendente da Tzu Exorcist Familly, estou colocando, sob as diretrizes de segurança das fronteiras de nosso reino, a todos os membros do Team Lilac a um confinamento compulsório até o fim das investigações. Isso se alongará ao tempo de encontrarmos o carro forte e, se assim feito, o traidor.

    — O que? Você não pode fazer isso! Mayor Zao, o que me diz disso?

    Mas Zao foi categórico.

    — Faça exatamente o que Lenzin disse, Lilac.

    — O que? O senhor concorda com isso?

    — Lenzin pode ser dura na maioria do tempo, mas nunca injusta. O que ela está propondo é para manter a segurança de todos.

    — Mas nós não oferecemos ameaça alguma a ninguém e o senhor sabe disso!

    — Sim, eu sei. Mas eu a conheço melhor que você, Lilac. Desculpe pela franqueza. Foi por isso que ela foi escolhida como a guardiã. Aceite sua ordem, pelo bem de todos.

    — Mas eu já avisei a Royal Magister que voltaríamos hoje e...

    Lenzin logo arregalou novamente seus olhos, dizendo:

    — Quando você fez isso?

    — Hoje de manhã. Porque?

    — Onde?

    — No Gigante de Shang Mu Hotel...

    — Hm... Você foi muito desatenta e irresponsável em fazer isso justamente dentro de um hotel...

    — Porque você...

    Mas Noah, tomando a palavra, diz:

    — Um hotel é um lugar público. Tão logo uma escuta ou algum aparato poderia ter interceptado essa informação. Qualquer coisa serve para se chegar ao carro forte.

    — Mas nós não sabíamos de nada disso de carro forte... – Disse Milla, confusa.

    — Os membros da The Red Scarves dever ter feito triangulação de informações... Idêntico ao que a Agência e Lenzin fizeram em conjunto. Em poucas palavras...

    — ... os desgraçados usaram nossa própria arma contra nós! Patifes! – Disse Lenzin, furiosa.

    E era isso: até mesmo a guardiã concordou com o raciocínio lógico e rápido de Noah. Todos os membros do Team Avalice ficaram surpresos com isso, mas não havia tempo para conversa. Lenzin logo tomou a palavra:

    — Vocês serão conduzidos até às dependências da Agência. Lá ficarão instalados nos alojamentos indicados por Joshy. Ele está aqui no castelo.

    — Mas Lenzin, e Royal Magister? – Perguntou Lilac, preocupada.

    — Não se preocupe com isso. Mayor Zao tomará as devidas providências. Não há perigo de uma disputa nacional... ainda.

    — Isso não está me cheirando bem...

    — Sash Lilac, eu não estou fazendo um pedido. É uma ordem. Aprontem-se e aguardem até que possamos seguir até a Agência. Vocês tem minha promessa que serão bem cuidados. E para segurança de vocês, eu estarei lá.

    — Sério? Tipo, a gente deveria se sentir honrado com isso? Sua presença é indispensável, né? Se quiser eu chamo a carreta furacão e... – Debochou Carol.

    — Desacatando uma autoridade, Carol Tea?

    — Não. Foi mal. Relaxa... *Porque toda panda gosta de bancar a durona with me?*.

    A notícia gerou muitas manifestações no castelo. As pressas, Lilac e os outros, com o povo que tinham consigo, seguram para até o interior do Castelo, mais precisamente no subsolo. O lugar era bem aparelhado, com instalações modernas e tecnológicas, o que chamou a atenção de Carol, que diz:

    — Caraca... Que parada é essa aqui? Até parece uma estação de metrô...

    — Exatamente, Carol Tea – Disse Lenzin.

    — Pera... É zuera, né? Não, isso não pode ser...

    Mas era. Logo um vagão aparece saindo de um suposto túnel escuro, como se tivesse saído da parece, com Carol continuando:

    — Ih muleque... Vamo todo mundo pra Hogwarts... ou pra Nárnia... Sei lá...

    Mas Lilac não estava com muita paciência com as maluquices de Carol, e diz:

    — Carol, por favor... Vou ser bem “calma” em te dizer isso...

    — O que?

    — Fica quieta. Não fala mais nada desses seus delírios... Eu estou mesmo com cabeça pra isso...

    Não demora muito e encarnam a composição única. No controle estava Joshy.

    Durante a viagem, com todos mostrando tensão por causa da ideia de confinamento de Lenzin, o lupino estava entretido com uma amistosa conversa em seu celular. EE durante uma troca de mensagens, Joshy se comunicou com sua imediata, isto é, com Asuka.

    — Já estamos voltando para a Agência

    — Sério? Que bom ^^”

    — E teremos convidados

    — Hã? OwO

    — Ideia da Lenzin

    — Acho ela muito fofinha, mesmo sendo a guardiã UwU

    — Logo estaremos aí

    — Uh e quem virá? OwO

    — Lenzin não quer que eu diga

    — Diz, vai ^^

    — Sinto muito

    — Seu chato >w>

    — Não diz isso

    — Magoei -_-

    — Desculpe

    — Seu bobo S2

    — Asuka, sério... As coisas aqui estão tensas

    — Gah! >w

    — Não entenda mal. Iremos chegar em meia hora

    — Nuss! Tão rápido? OwO”

    — Você quem projetou esse vagão

    — Fui, né? UwU”

    — Convencida

    — S2

    A viagem seguiu com a mesma carga emocional até o fim, com todos que estavam a bordo em silêncio. Lenzin os olhava com desconfiança, mesmo respeitado seus espaços.

    Minutos depois...

    Em algum lugar de Avalice, ??:?? AM/PM.

    Em nenhum momento durante o trajeto foi visto a luz do dia. Exatamente como vocês entenderam: ninguém viu mais a superfície. Logo chegam ao fim da viagem, em um saguão muito parecido com o que embarcaram no castelo. Logo Joshy e Lenzin os orientam a seguí-los, os guiando ao caminho correto. Depois de caminharem por volta de uns cinco minutos pelos corredores estreitos e mal iluminados, desembocam em um tipo de hall: era enorme e espaçoso pavilhão com dezenas de pessoas caminhando e trabalhando.

    Estavam finalmente na Agência, a central secreta tecnológica e de inteligência de Shang Mu. Poucos tinham essa oportunidade, já que as maiores cabeças pensantes do reino doavam suas habilidades cognitivas e de desenvolvimento para o bem de toda a nação. Era praticamente uma cidade exclusiva de seus funcionários, pois haviam lojas, lanchonetes, restaurantes e até um cinema. Porém todos estavam vestindo roupas casuais como se estivessem em um colégio japonês.

    Mas não havia muito tempo para nossos aventureiros enclausurados olharem muito. Joshy e Lenzin então os levaram até uma alocação distante do centro, onde se podia ver que se tratava de uma pequena vila. E, ao entrarem no meio, perceberam que se podia ver o céu (?), mostrando um lindo dia claro. Logo Lilac diz:

    — Mas... Esse céu... Está um sol tremendo mas... porque não faz calor?

    — Lilac, estamos a quinhentos metros abaixo da área montanhosa de Shang Mu.

    — O que?

    — Para que ninguém que está aqui fique desorientado com a passagem de dias, Asuka desenvolveu um sistema de monitoramento da atmosfera de Avalice para mostrar holograficamente como se encontra o tempo lá fora. E ainda bem que aqui é climatizado...

    — Minha nossa! Eu nunca pensei que veria isso na minha vida – Disse Viktor, surpreso.

    — É mesmo, Viktorius... É bem impressionante mesmo – Disse Milla, de mãos dadas ao jovem humano.

    E então se aproximaram de um pavilhão. Lenzin diz:

    — Muito bem. Vocês agora farão o seu registro. Em breve Joshy irá levá-los até suas moradias provisórias. Eu estarei no centro da cidade documentando frente a inteligência o passo ao plano a seguir. Então quero plena cooperação de todos vocês. Nos daremos muito bem se o fizerem.

    — Lenzin, eu ainda acho tudo isso desnecessário. Mas se for pra ajudar, tudo bem. Não vou mais ficar com guerra de ego com você.

    — Finalmente um pouco de juízo. Obedeça e vamos nos dar bem.

    Embora Lilac tenha se contentado em obedecer, sua aceitação a questão estava longe de ser unânime. Pois bem, seguiram com as orientações de Joshy, que disse que deveriam ir agora até onde seriam suas residências durante o período de investigação.

    Logo todos foram levados até o pavilhão onde se ficava os alojamentos. Era como uma pequena vila, com um pátio principal com alguns bancos de praça. Entretanto as supostas casas ainda estavam fechadas. Lilac diz:

    — Joshy, e agora?

    — Ah é mesmo. A Asuka está com os cartões de liberação. Bem, faça isso: entrem no pavilhão azul e procurem por ela. É logo ali na frente. Ela estará lá com certeza.

    — Tudo bem... Nossa, onde nós nos metemos...

    — Veja pelo lado bom, Lilac. Poderíamos estar presas numa prisão agora...

    — Carol, cala a boca!

    — Tá, ok. Estressada...

    Caminharam então até o lugar onde Joshy havia indicado, adentrando ao pavilhão. Como estava escuro, é certo que não seria uma tarefa fácil de encontrar a pessoa a qual o lupino disse. Lilac então tem uma ideia.

    — Gente, melhor a gente se separar. Cada um vai para um lado e tenha encontrar a Asuka.

    — Ô Lilac... Tipo, já tô começando a odiar esse lugar...

    — A gente acabou de chegar, Carol – Disse Viktor.

    — E daí? Primeiro que a gente tá fazendo o trabalho do Joshy. Cara, não faz o menor sentido deixar a gente sozinho num lugar escuro. É muito descaso, muito abuso...

    — Façamos como Lilac sugeriu. Cada um vai para um lado – Disse Noah, começando a caminhar para dentro do pavilhão.

    Seguindo com o plano, todos entram cada um para um lado diferente. Como Noah foi o primeiro a entrar, já estava bem mais distante do centro que os demais. Era difícil mesmo enxergar muita coisa, já que fonte de luminosidade eram poucas. Como o jovem albino tinha um instinto mais aguçado, logo raciocinou.

    — *Essa escuridão está atrapalhando demais. Vou mudar meu foco e achar algum interruptor aqui próximo*

    Dito e feito, o jovem entrou então em uma pequena sala, ainda mais escura que as demais. Lá, sentiu um cheiro bem peculiar.

    — *Hm... Esse cheiro... Parece leite de rosas de Avalice. Um aroma adocicado e suave... Mas porque sinto esse cheiro aqui?*

    E depois de tanto procurar, consegue de fato encontrar um interruptor, apertando-o sem perder tempo, iluminando totalmente o lugar. Todavia, para sua surpresa, viu a sua frente uma jovem felina com pelugem amarela com tons suaves, com estatura média e atributos físicos de uma jovem adulta de dezoito anos de forma geral. Tinha cabelos azuis curtos e olhos cor de mel. O jovem albino ficou impressionado com a beleza exótica da felina. Porém havia um detalhe bem peculiar e inesperado que logo trouxe Noah a realidade: a jovem estava vestindo somente suas roupas de baixo.

    Enquanto isso, pelo pavilhão...

    Por estarem frustrados por não terem encontrado Asuka, todos se encontraram no centro do lugar, com Lilac dizendo:

    — Nada também, gente?

    — Nada. Nadinha. Tô achando que estão zuando com a nossa cara, Lilac... – Disse Carol, cansada.

    Mas logo ouvem Noah, que gritou:

    — LILAC! SOCORRO!

    Sem pensar duas vezes, toda a trupe correu as pressas para onde veio a voz de Noah, desesperado como estava parecia ajudo bem sério. E ao avistarem a sala iluminada do pavilhão, se dão conta que o jovem albino estava quase sendo fuzilado por uma suposta felina de pelugem vermelha com detalhes retangulares da cor preta em seus braços e pernas, assim como ao longo de sua cauda. Tinha olhos azuis e cabelos pretos. Mas haviam mais coisas incomuns para uma felina de sua espécie: ela tinha em suas orelhas um tipo de circuitos iluminados, assim como seus olhos, que brilhavam. E uma sutil diferença: canhões de plasma em seus braços, prestes a disparar contra Noah. Nesse cenário caótico, ela diz:

    — Alvo já está na mira. Chance de acerto de 125%.

    — Eu... Você... O que...

    — Calado, invasor! Não deixarei que sequer encoste em Asuka-chan!

    — O que?! Você está louca ou o que?

    Lilac, diante disso, se colocou entre os dois, se arriscando inclusive. A felina estava mesmo disposta a atirar, pois seus canhões estavam ativados. Mas a dragão insistiu:

    — Eu vai seu quem é ou o que é você, mas abaixe sua arma!

    — Ordem ignorada. Você também é uma invasora. Chance de acerto dos dois alvos de 93%. Danos permanentes. Desmembramento recomendado. Aguardando ordem.

    — Ordem?! Ordem de quem?

    E agora trajando um uniforme estilo colegial japones, a exemplo dos outros que transitavam pela Agência, era a mesma jovem felina amarela de antes. Ela, olhando para todos, diz:

    — Quem é você?

    — Eu me chamo Lilac. Estou aqui para...

    — Eu sei quem é você, Sash Lilac. Eu perguntei ao ero-albino aí.

    — Ero-albino?! Mas de quem você está... 

    E Noah, bastante envergonhado, diz:

    — É que... Bem... Eu não sabia que... E eu... Estava escuro e...

    — Noah, porque ela está te chamando de ero-albino? – Perguntou Viktor, confuso.

    — Esse ero-albino aí me viu despida! Esse depravado! HENTAI!

    — Noah, isso é verdade? – Perguntou Lilac, olhando para o jovem.

    — Lilac, foi sem querer. Estava escuro e eu acendi a luz e...

    — Ah você acha mesmo que é só chegar assim do nada e entrar justamente onde eu estava trocando de roupa? SEU HENTAI!

    — Moça, me perdoe. Eu não sou de fazer isso. Palavra.

    — Asuka-chan, aguardando ordem para disparo – Disse a suposta felina vermelha, com seus canhões apontados para Lilac e Noah.

    — Espera... Deixa ver se eu entendi bem: você disse Asuka-chan?! Lilac, é ela! – Disse Viktor, animado.

    — Asuka?! Olhe, só estamos aqui porque Joshy pediu pra procurarmos por você nesse lugar escuro.

    — Ah sim... O Joshy... Esperem um instante. E Arthemis, continue apontando seu canhão.

    — Afirmativo, Asuka-chan. E eu quero muito atirar em você, ero-albino.

    Asuka em seguida gesticulou no ar com uma de suas mãos, fazendo aparecer um tablet holográfico, onde estava trocando mensagens com Joshy. Segundos depois, ela diz:

    — É, ele confirmou. Desarme os canhões de plasma, Arthemis. Não são ameaças. Mas mantenha atenção em especial ao ero-albino aí.

    — Ei, garota! Pare de me chamar assim! Eu não sou nenhum tarado!

    E Lilac, tentando ignorar tudo isso, logo tomou a palavra novamente.

    — Asuka, só viemos aqui pegar os cartões para entrarmos no alojamento. Estamos confinados aqui até segunda ordem por Lenzin...

    — É, também estou sabendo. Mas sabe, não vai rolar. Passar bem.

    — Como assim?

    — Avisei ao Joshy. Aqui vocês não ficam. Estão fora. Sayonara!

    — Mas você não pode fazer isso com a gente. Recebemos ordens da Lenzin para...

    — A pandinha guardiã pode ser fofinha e bunitinha, mas sou eu quem mando aqui.

    Ao ouvir o que a jovem disse, Noah deu uma risada tímida, causando ainda mal estar. Ela, irritada, diz:

    — Do que está rindo, ero-albino?

    — Já te disse pra parar de dizer isso... E estou achando graça porque quem você acha que é pra dizer que manda em tudo aqui. Hahaha! Você deve ter a minha idade.

    — Ah entendi. O típico garoto metido a edgy que se acha o tal. Ah tá. Escuta só, seu ero-albino... Aos meus quinze anos eu fiz a planta de toda a Agência no meu “querido diário”. Aos dezesseis eu me formei em tecnologia da informação, engenharia mecânica e robotrônica. E aos meus dezessete anos eu já tinha PhD.

    — Hã? Impossível! Só em engenharia são quatro anos! Como pode ser formada em três faculdades em menos de dois anos?

    — Acontece, ero-albino... Acontece porque eu tenho um curioso caso de nível intelectual que não costumo jogar na cara de ninguém mas faço toda questão de te dizer. Aos meus dez anos eu já tinha um QI de 237. E voltando ao presente, hoje eu tenho um QI de 334. Só isso pra você ficar esperto, pois eu terminei três faculdades ao mesmo tempo e tirei meu PhD em menos de um ano. Então sim, eu sou a grã mestra engenheira e tecnauta da Agência. Eu a criei com minhas próprias mãos. Ah, e aproveitando, apresento a vocês Arthemis, minha maior criação e minha melhor amiga ever desse mundo!

    As conquistas de Asuka tocaram mesmo o ego de Noah, que se calou em seguida da explicação da jovem. Mas mesmo diante disso, não se ateve em dizer:

    — Muitos conhecimentos trazem poucas ações. Muitas ações trazem poucos entendimentos...

    — Hm... Um filósofo. Devo lhe dar um diploma, ero-albino?

    — ... mas bons modos, capacidade de ouvir e analisar e, principalmente, ter empatia são virtudes de vencedores.

    Asuka entendeu bem o que Noah quis dizer. Mas a guerra de egos parecia a ignorar as palavras sábias do jovem híbrido. Entretanto ainda tinham o problema que a felina insistiu em dizer:

    — Muito bem, caiam fora daqui. E dêem todo o mérito a minha decisão ao senhor gênio ero-albino aí. Bye bye!

    — Pera! Peraí, Otome de Avalice. A gente não veio até aqui pra meter o rabo entre as pernas! Tamo aqui cumprindo ordens! E tu conhece a Lilac, como você mesmo disse! O que tu tá fazendo é bem babaca, sabia?

    — Aí, gata do gueto. Uma palavra dos mano pra mina: perdeu!

    — Como é? Quem tu acha que é pra...

    — Saiam...

    — Isso é muita falta de...

    — Arthemis, poderia me ajudar com isso?

    — Com muito prazer! – Disse a felina, criação de Asuka, já lhes apontando os canhões.

    Bem preciso dizer o que eles fizeram, não? Saindo sem dar mais alardes, logo se juntam no centro do pátio, com Carol dizendo: 

    — Ah cara... Aquela Otome maluca... Pior que eu gosto muito de anime e sou meio geek, mas cara...

    — Lilac, e agora? Nós estamos sendo expulsos daqui e nem poderemos voltar pra superfície. O que fazer? – Disse Viktor, preocupado.

    — Eu não sei. Essa Asuka é muito temperamental e... Ela cismou mesmo com o Noah.

    — Lilac, foi um acidente. Eu não quis vê-la despida e...

    Mas Carol logo tirou com a situação:

    — Qual era a cor da roupa de baixo dela, Noah?

    — e... Ah era preta. Então ela... PERAÍ! CAROL! EU NÃO REPAREI NISSO!

    — Hahaha! Como não? Tu acabou de dizer! HENTAI!

    — Carol, deixa o Noah em paz! – Disse Lilac, quase dando um suco na felina verde.

    — Tá, parei... Hihihihihi...

    — CAROL!

    Mesmo com a zueira de Carol, o astral não era bom. E isso foi percebido por Milla. Sabendo que não tinha muitas ideias pra convencer Asuka, Milla teve que apelar para sua maior arma: sua fofura. Ela, voltando sozinha para o interior da sala onde estava a felina amarela, percebeu que ela estava sentada em um sofá, lendo algo em seu tablet holográfico. A canina então colocou seu rosto no ombro de Asuka, dizendo:

    — Moça... Por favorzinho... deixa eu falar com você... favor?

    — Hã? Quando você entrou? E quem é você?

    — Eu sou Milla Basset. Sou amiga da Lilac. Você não me viu?

    — Estava muito irritada. Mas eu não te vi... E sinto por isso...

    — Porque?

    — Porque você é muito kawaii. Mas está junto com eles, então melhor sair daqui.

    — Ah mas eu vim aqui pra conversar – Disse Milla, alisando o ombro de Asuka com seu próprio rosto.

    — O que você quer conversar?

    — Perdoa o Noah... Ele é bondoso e legal...

    — O que? Aquele depravado? Sem chance!

    — Ele não fez por mal... Perdoa, por favor... – Disse Milla, falando baixo no ouvido de Asuka.

    — Não...

    — Ah por favorzinho-zinho... – Disse Milla, deitando no colo de Asuka com sua barriga pra cima.

    — Hm... Não.

    — Ah mas você tem que perdoar... Pessoas boas sabem quando alguém está arrependido... – Disse, abanando o rabo.

    — Ai, meudesu...

    — A gente promete que não vai fazer nada... Vamos nos comportar... Au au! – Insistiu Milla, fazendo manha e com uma de suas mãos no rosto de Asuka, como uma canina se comporta quando está carente.

    Asuka não pôde resistir muito tempo. A fofura de Milla era demais. Já quase não suportando, acabou explodindo:

    — AH MEU KOKORO! AH! MUITO FOFINHA, MEUDESU! MUITO MUITO MUITO MUITO MUITO! TÁ, FICA! MINHA NOSSA... QUE FOFINHA DESU! FICA, COISA KAWAII DA MÃE! AH MEU KAMISAMAH! QUE FOFINHA!

    E assim, usando de sua natureza, Milla enfim convenceu a Asuka a deixar que se alojem nas dependências da Agência. Logo as três foram até o pátio para dar as boas notícias.

    Os novos habitantes da Agência chegaram.

    Continua.


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