Freedom Planet: Faith & Shock

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    Capítulo 10

    O ataque do clã ninja The Red Scarves

    Spoiler, Violência

    O convite do jovem panda Ying pegou tudo mundo de surpresa. Como será que todos serão recebidos em sua casa.

    E aquela ninja, o que será que ela planeja?

    Ala leste da cidade de Shuigang, 08:00 pm.

    Longe do centro da cidade, havia um tipo de vilarejo, cujo estilo eram daqueles chineses, como nós conhecemos em nosso mundo. Riachos que moviam moinhos de vento, fazendas de trigo ao fundo, com cartas plantações, assim como árvores frutíferas. Porém, contrastando com tudo isso, havia modernidade. As ruas eram bem pavimentadas e havia energia em todas as casas, até porque a pedra do reino, que foi dizimada ao atingir a atmosfera de Avalice.

    E chegamos até a moradia de Ying, que convidou Lilac para que ficasse em sua casa. Bem, a única coisa que o jovem panda não disse era que ele praticamente vivia em uma mansão. Sua casa era enorme, com três andares. A construção era de fato grade, no melhor e mais belo estilo oriental possível. Em seu interior, embora encontremos muita mobília rústica, tudo arremetia a beleza, com paredes de cores suaves, como violeta-vapor, allure e azul-chuva. Tudo era alinhado com uma harmonia dia do comum. O interior da casa era impressionante, tanto que as garotas, junto com Viktor, logo ficaram surpresas com o que viram.

    — Ying, essa sua casa... Ela é linda! – Disse Lilac, com um sorriso mostrando deslumbre.

    — Puxa Ying... sua casa é grande e bonita! – Disse Milla, parecendo estar perdida.

    — Caraca, Ying... Me conta esse segredo de ser vendedor de doce. Tu deve faturar um barão por dia, só pode. Olha o tamanho do casebre do figura, Lilac! – Carol estava incrédula.

    — Caro Ying, sua casa é magnífica. Digna de empresário – Completou Viktor, olhando para todos os lados.

    — Bem... Acho que devo a vocês uma explicação sobre isso... – Disse Ying, um pouco envergonhado.

    — Você não precisa, Ying. Nós não estamos te julgando... – Lilac logo tratou de ser compreensiva.

    — Eu insisto, senhorita Lilac. Bem, eu sou herdeiro da família Li. Num passado distante, durante a era Shu Zi Zeyan, minha família se mudou pra cá e fizeram crescer todas as plantações de bambú. Como as casas antigamente eram feitas de bambú...

    — Então tua família faturou com a venda de bambú! Caraca, que máximo, Ying! Mas porque tu vende doces? Tu é bem de vida... – Disse Carol, curiosa.

    — Carol, não seja curiosa! – Lilac logo tentou segurar sua amiga.

    — Eu sou uma gata. O que você quer que eu faça? Eu sou curiosa por natureza, nyah!

    — Não, tudo bem. Eu vendo doces pra levar minha arte até às pessoas. Se eu não cobrasse, as pessoas dessa cidade pensariam que sou um pouco. Mas todas as gemas que eu consigo eu dou para o orfanato de Shang Tu – Disse Ying a Carol, piscando para a felina.

    — Cara, tu é massa demais! Legal isso, muito legal mesmo!

    — Concordo com Carol. É um belo gesto, caro Ying – Disse Viktor, olhando para o jovem panda.

    — Eu agradeço pelas palavras. E é n uma honra hospedá-los na minha humilde casa – Disse Ying, cobrindo uma das mãos e fechando com a outra, cumprimentando-os formalmente.

    De longe Ying era um jovem bem educado e honrado com suas palavras. Decerto, abrigou seus novos amigos em sua casa. E além disso, estava chegando a hora do jantar.

    Já com as garotas sentadas a mesa, Carol diz:

    — Muita calma nessa hora... Muita calma... Tamo numa casa de magnata, cheia de mimo, muito luxo... E na cozinha agora estão o Viktor e o Ying... Lilac, tamo no céu.

    — Vai com calma, Carol. Você está muito animada... – Disse a dragão, com os olhos fechados, meditando.

    — Eu acho que nós vamos ter uma baita refeição hoje -Disse Milla, brincando com um pequeno cubo criado com seus poderes.

    E eis que o momento chega: Ying, sendo acompanhado por Viktor, traziam quatro bandejas cobertas com uma tampa. O cheio já atiçava as garotas, pois um aroma irresistível tomografia toda a sala de jantar. Carol logo se manifestou.

    — Muleque... Hoje que eu vô estufar o bucho de tanto comer, vixe!

    — Carol, deixa de ser grosseira... Nossa, esse aroma... É de enlouquecer! – Até Lilac não se conteve.

    — Meu nariz não consegue suportar tanto cheio bom, minha nossa! Está até doendo... – Milla logo falou a verdade.

    E os jovens colocam as bandejas sucre a mesa. Tanto Ying quanto Viktor usavam aventais, mostrando que os dois estiveram envolvidos em toda a preparação da comida. Lilac então diz:

    — Minha nossa... O que vocês fizeram?

    — Bela Lilac... Pode tirar a tampa e se servir. Espero que todas vocês gostem. Esse jovem estrangeiro aqui é um mestre na cozinha – Disse Ying, piscando para a dragão. 

    — Ora, que isso. Você é um grande cozinheiro, Ying. Eu nunca vi alguém manusear facas com tanta maestria – Disse Viktor, retirando seu avental e se sentando a mesa.

    E sem perder tempo, Carol abre as bandeiras uma a uma. Uma reação em cadeia então ocorre, com Lilac, Carol e Milla explodindo de satisfação, pulando de alegria.

    — Hoje é festa, aqui em Shuigang... Vai ter comida até o amanhecer! Hahaha! Eu vou morrer hoje de tanto comer! – Disse Carol, quase desmaiando.

    — Como assim?! Vocês... Vocês fizeram... VOCÊS FIZERAM TODO TIPO DE SUSHI?! – Lilac não conseguia acreditar.

    — Tem Nigiri, Gunkan, Norimaki, Temaki, Chirashi, Sashimi... Ai, Viktorius... Ai, Ying... Vocês são demais! – Disse Milla, já se servindo.

    Nem é preciso dizer que as garotas devoraram sem pena seu prato preferido. Sushi era praticamente um manjar dos deuses para todas. Ao fim da refeição, todas estavam bem satisfeitas, principalmente Carol, que diz:

    — Cara... Enchi mesmo a pança. Tô cheia. Satisfeita. Tô na “suculência”, hehehe. Vocês são fera! Viktor e Ying, vocês são mesmo fora de série!

    — Devo reconhecer, dessa vez a refeição foi magnífica. Eu nunca comi sushis tão deliciosos – Lilac estava nas nuvens.

    — Vocês capricharam de verdade. Esses sushis estavam deliciosos! – Milla logo concordou com Lilac.

    Mas Ying, que caminhava até a cozinha novamente, diz:

    — Mas esperem... Ainda não acabou.

    — Mas-o-quê?! Tem mais? Lilac, acho que esses garotos querem me matar. Tô dizendo... – Carol logo ficou confusa.

    O jovem panda então trás mais uma bandeja, colocando-a graciosamente sobre a mesa. Lilac não perdeu tempo e abriu: as garotas quase caem para trás tragando era a felicidade.

    — AH VOCÊS VÃO ME MATAR! OLHA, LILAC! DOCE! – Disse Carol, estasiada.

    — Minha nossa... Wagashi! Eu amo! Oh minha nossa... Daifuku! Sanshoku também?! Ying... Você é magnífico! – Lilac estava mesmo surpresa.

    — Minha nossa! Nuca vi tantos doces belos e apetitosos, Ying! Tão coloridos e bonitos, puxa! – Disse Milla, já se servindo.

    — É, são realmente uma obra de arte. Preciso aprender a fazer doces assim, caro Ying – Até Viktor se surpreendeu.

    — Ora, basta me fazer companhia na cozinha enquanto eu estiver cozinhando. Será um prazer te ensinar – Disse Ying, dando uma piscada para Viktor.

    Mas vocês devem saber quem adorou ver essa cena, não? Com a palavra, a Carol.

    — Lilac... O Ying passou um xaveco no Viktor, é essa parada mesmo?

    — Carol, para com isso. Eles só estão conversando amigavelmente. Ambos são bons na cozinha e Viktor quer aprender a fazer doces como esse.

    — Lilac, o panda bunitinho alí chamou o Viktor pra uma aula particular na cozinha. Como você quer que eu não shippe os dois?

    — Carol, pare com esses coisas! Vai deixar os dois env...

    E não precisou Lilac terminar o quê iria dizer. Viktor e Ying logo ficam olhando para o vazio, com seus rostos vermelhos de vergonha. O jovem cozinheiro diz:

    — Eh... Bem... Ele é bonito, mas eu prefiro garotas, Carol – Bastante envergonhado.

    — E tipo... Bem... Eu não quero me comprometer com ninguém, sabe? Eu gosto de liberdade e dedicar meu tempo pra meus doces... – Disse Ying, completamente envergonhado.

    A felina verde surpreendeu-se com as palavras dos dois. Não acreditava que “seu shipp” havia falhado. Lilac então, aproveitando o momento, diz:

    — Viu, sua boba? Eles te jogaram a real. Engole essa!

    — Ah porque? Porque? Eu jurava que...

    — Pare, Carol! Chega! Deixe os dois!

    — Tá bom... Que saco...

    Os jovens então ficam o resto da noite conversando sobre vários assuntos sobre a cidade de Shuigang. Costumes, comidas, lojas de roupas... Tudo foi motivo para uma divertida e descompromissada conversa entre amigos.

    Tempo depois...

    Já era tarde da noite. Os jovens se preparavam para dormir. Lilac, Carol e Milla estavam alojadas em seus respectivos quartos da casa de Ying. Como era uma residência grande, haviam oito quartos muito bem mobiliados, mesmo o jovem panda não costumando receber visitas.

    Já com as garotas dormindo, pois foi um dia tumultuado, Viktor seguiu para seu quarto. Mas mesmo tão tarde da noite, o jovem ouviu movimentação pela casa. Estranhando, seguiu para fora, investigando o que estava Aconteceu. Logo avisou Ying, que estava sentado na varanda, em um acento confortável. Logo o jovem humano se aproxima e diz:

    — E aí, Ying. Está sem sono?

    — Oh Olá, Viktor. Sim, mas eu antes de ir dormir gosto de meditar um pouco. Ajuda a manter o equilíbrio corporal.

    — Opa, desculpa se eu te atrapalhei...

    — Não, tudo bem... Eu já havia terminado...

    — Entendo...

    — Então você apareceu do nada nesse, bem, “mundo”?

    — Sim. Maior loucura mesmo. Aí Lilac e as garotas me salvaram – Disse o jovem, se sentando ao lado de Ying.

    — Elas são mesmo especiais.

    — São sim... Principalmente a Lilac. Milla me disse muitas histórias que ela e Carol salvaram o mundo de um vilão poderoso.

    — Brevon.

    — Esse mesmo.

    — Esse patife quase destruiu nosso país e o mundo todo...

    — Ying...

    — Que foi?

    — É que você disse isso num tom um pouco... Sabe, bem... Melancólico. Como se estivesse sentindo tristeza...

    — Ah... Desculpe, Viktor. É que sempre que me lembro disso...

    — Me perdoe em te fazer se lembrar de momentos ruins.

    — Não... Tudo bem. Brevon nos tirou nosso monarca. Os guardiães não puderam fazer nada. Todos foram mortos por ele... E agora não temos nenhum...

    — Hã? Mas como assim?

    — Você não sabe... Shuigang tinha vários guardiães que protegiam diretamente o nosso monarca.

    — Mas então...

    — Todos foram mortos. Bravos guerreiros que deram suas vidas para proteger o monarca... Foram exterminados por Brevon. Os anciões disseram a toda cidade a dolorosa história...

    — Espera, deixa ver se eu entendi bem: não há guardiães no reino?

    — Nenhum.

    No mesmo instante Viktor manteve-se calado, pensando e refletindo sobre o assunto.

    — *Como assim não há mais guardiões? Porque Royal Magister pediu para que viéssemos até aqui para encontrar o guardião? Ying mora aqui, tem uma família influente na cidade. Não mentiria e muito menos estaria errado nisso. Tem algo muito estranho nisso tudo...*

    E interrompendo os pensamentos de Viktor, Ying o chama, dizendo:

    — Ei... porque ficou tão quieto, Viktor? Disse algo que o incomodou?

    — Hã? Não... Não, Ying. Está tudo bem. Só estava pensando em como você tem uma família tão influente nessa cidade. Nossa, você tem muita história. É muito legal.

    — Oh! Muito obrigado, Viktor. Você é n um amor! – Disse Ying, piscando para o jovem.

    — Eh, bem... Você tem um enorme carisma. Tudo mundo dessa cidade vai comprar seus doces.

    — Obrigado mais uma vez. Você sabe mesmo agradar as pessoas com suas palavras gentis.

    — Ora, que isso... É o básico. Até porque você nos recebeu em sua casa.

    — Mesmo assim, é muito amável de sua parte.

    Mesmo Viktor tentando esconder, o jovem panda não evitou de insistir. Havia algo incomodando o jovem humano, com Ying dizendo:

    — Viktor, sinto seu karma com tensão. Me diga o que está te deixando assim...

    — Co-como você sabe?

    — Estava meditando. Tenho um poder especial de sentir o estado de espírito das pessoas próximas a mim. Pode ser sincero comigo.

    — Bem Ying... Tem algo sim...

    — Diga então.

    — Promete não dizer as garotas?

    — Claro. Somos garotos. O que dissemos aqui é assunto somente nosso.

    — Eu fiz uma promessa a uma pessoa em Shang Tu...

    — E qual seria a sua promessa?

    — Não me meter em encrencas. Você sabe o que significa, não?

    — E porque isso o incomoda?

    — Estamos nessa missão. Eu não sei o que pode vir pela frente, sabe?

    — Entendo. Você está preocupado em ter de cumprir essa promessa a essa pessoa... Bem, Viktor... Eu vejo que vive e uma praia com um grande senso de honra.

    — Eu sou um mestre de karatê, Ying. Esqueci de te dizer...

    — Isso é muito legal, Viktor! Acredite, significa muito tal título.

    — Por isso mesmo. Tenho minha honra como mestre a zelar, então...

    — Hum... Eu entendi melhor agora sua preocupação. Bem, Viktor... Acredito que sua doutrina tenha ritos e diretrizes sobre seu zelo ante as pessoas. Então a única coisa que lhe posso dizer é: essa promessa não pode te impedir de ser você mesmo. Você nunca irá descumprir essa promessa se seguir seus códigos como mestre. Mesmo se essa pessoa o julgar, ela nunca poderá passar por sobre sua honra.

    — Ying... nossa...

    — Você que tem o controle do que deve ou não fazer. Mantenha sua promessa, mas tenha ciência até onde ela te impede de fazer por valer sua honra como mestre.

    As palavras sinceras e confortantes de Ying eram exatamente o que Viktor estava precisando ouvir. Era visível para o jovem panda perceber que o brio de seu mais novo amigo tinha se recuperado de uma forma incrível. Viktor então aperta uma das mãos de Ying que, um pouco envergonhado, diz:

    — Viktor, o que...

    — Você não tem ideia do quanto eu te devo, Ying. Muito obrigado pelo que você disse. Me ajudou muito.

    — Ah tudo bem, Viktor. Você é um mestre honrado. Eu admiro isso. E não gostaria que você ficasse cabisbaixo. Só precisava de uma voz amiga.

    — Você tem toda razão.

    Depois dos agradecimentos a Ying, Viktor se levanta, dizendo:

    — Bem, acho que vou dormir... Foi um dia bem cansativo...

    — Concordo. Foi mesmo. Tenha uma boa noite de sono, Viktor.

    — Você também, Ying – Disse o jovem, bocejando.

    Depois de uma conversa amistosa, Viktor seguiu para seu quarto, restando Ying que continuou na varanda por mais alguns minutos.

    O tempo passa...

    Já de manhã, todos se levantam e se arrumam, mas antes de saírem parte seguirem com o plano, Ying lhes ofereceu um belo café da manhã. Diferente do que Viktor costumava fazer, Ying logo ofereceu o que mais faz de melhor, que são doces: quindim de côco. Nem é preciso dizer que as garotas adoraram.

    — Esses guri tá querendo me matar mesmo. Caraca, que coisa boa! – Disse Carol, devorando um generoso pedaço.

    — Sim... Ying, está delicioso! – Lilac foi categórica.

    — Esse doce está mesmo uma delícia, Ying! – Disse Milla, repetindo uma fatia.

    Até mesmo Viktor ficou impressionado com tamanha delícia, repetindo mais um pedaço.

    — Preciso mesmo aprender a fazer doces assim! Caro Ying, você é incrível!

    — Ora, como disse antes... Fique a vontade. Lhe ensinarei com todo prazer.

    Depois do café da manhã, logo os jovens seguem para o centro da cidade. Ying, já pronto para vender seus doces, se despede de seus novos amigos e seguiu então para mais um dia de vendas. Como agora tinham um dia inteiro para se dedicarem, Lilac diz:

    — Bem, acho melhor irmos para aquela praça alí para conversarmos. Precisamos traçar uma estratégia...

    A praça em questão era bastante bonita, com várias fontes chinesas e bancos de praça estilosos da cor vermelha. Muitas árvores banzai decoravam e deixaram o lugar ainda mais sortido. Aproveitando um enorme campo gramado, que alguns habitantes faziam piqueniques, Lilac e os outros se sentaram na grama. Logo a bela dragão começou a dizer:

    — Bem, temos que tentar achar o guardião. Acho que deveríamos...

    — Lilac, tenho algo a dizer... – Disse Viktor, pedindo a palavra.

    — Hã? O que foi, Viktor?

    — Sobre o guardião mesmo que queria falar. Bem, Ying me disse que...

    Mas como outros momentos de revelações importantes (como Carol já disse uma vez), a presença de uma pessoa entre os jovens logo fez com que Viktor disse interrompido. Ela uma raposa com pelugem rosada e cabelos de cor escarlate. Trajava uma roupa de kunoichi, cujas vestimentas tinham cores como a de seu cabelo, com um short colante de cor preta, equipada com ombreiras pretas e tornozeleiras escarlates também. Usando uma cascata que lhe cobria a boca, ela observava a todos, que ficaram surpresos com sua presença. Ela, com uma voz dominante, diz:

    — A muito tempo não nos vemos, Sash Lilac. E vejo que vão se lembra de mim.

    — QUEM É...

    — Não grite... Eu não estou sozinha aqui...

    E de fato ela dizia a verdade. Por toda a praça era possível ver membros do clã Red Scarves passeando pelos bosques, observando a todos. Logo Lilac diz:

    — Quem é você?

    — Melhorou... Acho que devo mostrar meu rosto...

    Ela então retira sua máscara, mostrando seu belo rosto. Seus olhos azuis contrastavam bastante com sua pelugem rosa e seu rosto tinham traços suaves de raposa. A dragão logo a reconhece:

    — Ruby Violett?! Mas como...

    — Hum... Então você não sabe? Eu me tornei uma kunoichi.

    — Spade nunca admitiria...

    — ... a mim? É isso? Sash Lilac... Eu te pergunto agora: onde está Spade?

    — O que? Porque está me perguntando isso?

    — Aí ô elenco de apoio de Naruto... Tu tá de saca, né? Tu não tem cacife pra ser uma ninja, nem ferrando! – Disse Carol, irritada.

    — Ora, se não é minha amiga Carol Tea... Então vocês duas estão juntas mesmo...

    — Tu não tem noção mesmo, né rosinha? Vai, mete o pé daqui. E leva esses figurantes de filme B com você!

    — Vejo que você não perdeu seu gênio, Carol Tea... E não, não se trata de uma intimidação.

    — Moça, o que você quer com a gente? Você pelo visto tem inimizades com as garotas... – Perguntou Viktor, confuso.

    — Pelo visto você está no grupo certo, Viktor...

    — Hã? Como sabe meu nome?

    — Hahaha! Eu o vi sendo humilhado e massacrado no torneio de artes marciais de Shang Tu. Patético. Você não tinha a menor chance, fracassado.

    — Como ousa dizer isso do Viktor bem na nossa frente? Ruby, o que você quer? – Disse Lilac, dessa vez mais irritada que de costume.

    — Só estou aqui para avisá-la: você terá seu fim hoje.

    — O que? Como se você pudesse mesmo fazer isso...

    — Ah mas eu posso... e vou.

    — Onde está Spade? Responda!

    — Ninguém sabe, Lilac... Ninguém sabe... Então estou tomando conta do nosso clã. Então, acho melhor você se preparar, porque a festa vai começar a qualquer momento.

    — O que você quer dizer com isso?

    — Hehehe... comecem! – Disse Ruby, falando em um ponto eletrônico preso em uma de suas orelhas.

    Logo suas fortíssimas explosões ocorrem em lados opostos na cidade. Sim, Ruby ordenou um ataque contra a cidade de Shuigang, o que causou ainda mais indignação por parte de Lilac e Carol, que diz:

    — TU PERDEU O JUÍZO, RUBY?! VOCÊ TÁ ATACANDO A CIDADE!?

    — Tenho total ciência do que estou fazendo... Eu irei achá-las, Sash Lilac. Todos os resquícios e fragmentos da pedra do reino serão do clã ninja The Red Scarves!

    — ISSO NUNCA! VAMOS TE IMPEDIR! – Disse Lilac, já emanando sua aura sônica.

    — Duvido muito... Até porque você agora tem muito a proteger. Bem... ataquem, rapazes. Sem misericórdia... ataquem a todos.

    A ordem de Ruby era de fato o que vocês entenderam: a bela kunoichi ordenou que os membros do clã ninja The Red Scarves atacassem Lilac e seus amigos. Eles, já munidos com espadas, bastões, garras e finais partiram contra os jovens, com Viktor dizendo:

    — Lilac, isso é sério mesmo?! Eles vão tentar nos matar?

    — Sim, Viktor! Não saia de perto da gente!

    Entretanto Ruby parecia querer mesmo deixá-las desesperadas. A bela kunoichi raposa logo disse:

    — Bem, e como ficam as explosões, Sash Lilac? Não se preocupa com as pessoas?

    — Hã? Mas... Sua miserável...

    — Hum... Está irritada, dragão? E então... como vai ser? O relógio não para... tic, tac...

    O momento era de total aflição. Estavam prestes a serem atacados por membros da The Red Scarves e os ataques podem ter sido graves, talvez até com feridos. Lilac olhava para todos os lados, tentando pensar em uma estratégia.

    — *Nossa... Eu preciso pensar em algo rápido. As pessoas devem estar em perigo mas... nós também estamos em perigo... Viktor precisa de nós aqui mas as pessoas...*

    O olhar de Viktor não podia ser outro: estavam prestes a entrar em combate contra oponentes perigosos. O jovem até mesmo ia se colocar em base de luta, mas recuou em se lembrar da promessa que havia feito a Neera Li no castelo do reino de Shang Tu. Ele lembrou exatamente das palavras da panda sacerdotisa:

    — Prometa que não irá se meter em encrencas nem pensar em fazer coisas inconsequentes como as que você fez hoje (no torneio de artes marciais de Shang Tu) no Coliseum.

    E ele logo pensou:

    — *Eu... Eu não posso quebrar a promessa que fiz a senhorita Neera Li... mas se eu não fizer algo, pessoas podem se machucar... O que está acontecendo aqui não é normal. Esses ninjas estão mesmo dispostos a fazer coisas ruins. Eu como neste não posso ficar parado. Como Ying me disse, eu preciso agir como tal...*

    E então o jovem humano, se colocando a frente de Lilac, diz:

    — Vá, Lilac.

    — Hã? O que?

    — Vai lá e salve as pessoas. Eu vou lutar contra eles.

    — O que? Você está louco? Você acabou de lutar contra a Neera e não está em condi...

    — Estou em condições sim. São só ninjas. Eu sei lutar, mas não tenho a sua velocidade.

    — Ei, piá... Não esquece de mim não, tá? – Disse Carol, já em base de luta, com suas garras a frente.

    — Não esqueci, Carol. Você precisa ajudar a Lilac – Disse Viktor, decidido a lutar.

    — Como é? E eu te deixar aqui pra tu levar outro piau bunito? Sem chances, maluco.

    — Só você e Lilac poderiam chegar aos extremos da cidade com rapidez. Não temos tempo a perder! Vão!

    — Mas Viktor, e você? – Disse a dragão, um pouco receosa.

    — Não se preocupem comigo. Eu sei me defender. Vocês viram no torneio. Aqui não tem regras...

    — Mas é por isso mesmo. Eles não terão pena de você!

    — Pode deixar... Agora vão!

    — Lilac, Carol... Eu vou ficar e lutar junto com o Viktorius. Podem contar comigo! – Disse Milla, já emanando seus poderes de feixes verdes.

    — Tu-tudo bem... Eu deixo nas mãos de vocês. Vamos, Carol... Precisamos ir – Disse Lilac, sumindo como um raio.

    — Ah legal... Ela já foi... Piá, toma cuidado, tá? Quero tu vivo... – Disse Carol, correndo.

    Mas antes que a felina verde saísse, foi até próxima a Milla e diz em seus ouvidos:

    — Milla, proteja o Viktor no que for preciso. Ele não tem poder algum e esses caras da The Red Scarves jogam muito sujo. Fica ligada se ele correr algum risco.

    — Tudo bem, mas o Viktorius sabe lutar. Ele é forte.

    — Tá... mas fica ligada.

    — Tá bom!

    Nesse mesmo tempo, os ninjas da The Red Scarves se aproximavam rapidamente. Restaram Milla e Viktor para a luta. A canina, já em base de luta, diz:

    — Viktorius, agora é com a gente. Eu vou lutar com você.

    — Muito bem, Milla. Vamos nessa!

    Com um salto, Ruby foi para o alto de uma árvore, olhando para os dois restantes. Com um sorriso no rosto, ela diz:

    — O plano está saindo conforme o combinado. Em breve conseguiremos nossos objetivos...

    Lilac foi para a ala leste de Shuigang, enquanto Carol foi para o oeste. Milla e Viktor ficaram na praça, está tomada por vários membros da The Red Scarves, que seguiram para o ataque.

    E é chegada a hora da ação. O ataque começou!

    Music: Lighting Flame Dragon Firing (Fairy Tail)

    Stage 1 – Shuigang Ornamental Square

    MISSION START

    Um grupo de mais de vinte ninjas estavam no encalço de Viktor e Milla. O grupo se dividiu em quatro, para atacá-los por todos os lados. Os dois então se colocarem um de costas para o outro, a fim de conseguirem uma melhor posição para enfim lutarem contra seus agressores. Era uma situação completamente diferente da habitual, já que Viktor nunca viu Milla lutar. Gentil e meiga como só ela era, era difícil o jovem imaginar que ela pudesse mesmo dar conta. O jovem percebeu que ela estava de olhos fechados, porém ainda em sua base de luta, com uma dos joelhos levantados e com uma das mãos para cima, como se estivesse meditando.

    — *Milla... Estou mesmo preocupado com você... Você disse uma vez que a senhorita Neera Li é sua mestra e te ensinou Kung Fu. Conto que ela tenha mesmo te ensinado o suficiente...*

    Mas essa constatação veio logo em seguida. Um grupo de cinco ninjas, depois de circundarem os jovens, partiu para o ataque de frente. Munidos com kunais afiadíssimas, seguiram em direção a Milla. Viktor percebeu essa aproximação, dizendo:

    — Milla, eles irão te atacar pri...

    Mas antes que o jovem humano pudesse terminar de dizer, um enorme feixe verde de energia é arremessado por Milla contra todos eles, os acertando em cheio. Logo todos vão ao chão, desacordados. Com apenas um golpe a bela canina neutralizou cinco adversários, para espanto de Viktor, que chegou a arregalar os olhos.

    — MAS COMO ASSIM? Milla, caramba... Não sabia que seu poder era tão... poderoso.

    — Obrigada, Viktorius. Mas acho que a gente precisa se concentrar porque ainda temos problemas.

    — Ah sim... sim... Concordo... – Disse Viktor, ainda sem jeito deles de ver os poderes de Milla.

    E de fato estava longe de terem paz. Os outros ninjas os flanqueavam, esperando o melhor momento para um ataque efetivo. E não demora muito e um grupo com quatro ninjas seguem até Viktor, com um deles de longe, observando o avanço de seus companheiros. O jovem iria percebido isso, mas não havia tempo para uma análise mais apurada. O grupo então tentou acertar o jovem com violentos chutes, sendo enviados por Viktor com uma esquiva para um dos lados. O movimento categórico do jovem permitiu um contra ataque: desferiu um chute, acertando um deles em seu dorso. O golpe de Viktor não foi o suficiente para fazer o ninja sofrer danos. Milla no mesmo instante chamou atenção do jovem:

    — Viktorius, o que está fazendo?!

    — Milla, eu...

    — Eles estão aqui pra machucar a gente. Eles vão te bater forte se você não se proteger.

    — Mas Milla, eu então...

    — Você tem que bater forte também!

    Mas dou somente Viktor perder sua concentração pois alguns segundos que os três ninjas restantes iriam acertá-lo em cheio. Mas quando estava prestes a isso, Milla novamente usou seu poder: com um salto ela foi a encontro dos membros da The Red Scarves e com três feixes verdes acertou cada um deles em seus dorsos, fazendo-os cair inertes. Milla havia derrotado mais três, num movimento perfeito. Viktor ficou impressionado com tamanha desenvoltura por parte da bela canina, que diz:

    — Pronto! Menos três! Vamos, Viktorius! Faz o seu melhor!

    — Milla... eu... *Cara, eu não consigo entender o que esta acontecendo... A Milla é muito forte! Esses caras não estão brincando. Mas eu terei de... Bem, não tem outro jeito. Preciso mudar meu estilo de karatê...*

    Porém vocês se lembram daquele ninja que ficou olhando seus companheiros atacarem Viktor? Pois ele na verdade estava somente esperando um momento apropriado para se aproveitar. Percebendo que Viktor estava desatento, arremessou contra o jovem uma saraivada de shurikens flamejantes. Com isso era mesmo só interesse dos ninjas da The Red Scarves aniquilá-los. Percebendo o ataque e sabendo que Viktor nunca conseguiria desviar de todos os projéteis, Milla executou um novo salto, se colocando na frente do jovem, que diz:

    — Milla, o que está faze...

    O movimento da canina foi ligeiro e preciso: ela criou um escudo de proteção, que foi atingido pelos shurikens flamejantes do ninja. E logo emendou com um contra ataque destruidor: ela os mandou de volta, acertando o ninja que as arremessou, como mais três que estavam próximos. Ao atingí-los, uma pequena explosão ocorreu, fazendo que os atingidos viessem ao chão, desacordados pé causa da sua intensidade. Viktor então pode ver que, sozinha, Milla foi capaz de derrotar doze ninjas com facilidade. O jovem, ainda mais surpreso, pensou:

    — *Ela, a Milla... Ela nem está cansada. Bastou dois movimentos para atacá-los. E ela fez isso e se colocou novamente em base de luta, como se nada tivesse acontecido. E essa base... uma perna levantada e suas mãos em kokutsu (as duas palmas apontando para cima, de acordo com o karatê)... É o estilo louva deus, um dos mais difíceis do Kung Fu antigo... Sim, se a senhorita Neera Li é sua mestra, ensinou muito bem...*

    Enquanto isso...

    Stage 2: Shuigang's East Streets

    MISSION START

    Lilac, usando de sua velocidade supersônica, cortou as ruas da cidade, onde os habitantes só conseguiam ver um rastro púrpuro que passou feito um raio. Em poucos minutos, a bela dragão púrpura já estava na origem da primeira explosão: era uma fábrica de utensílios agrícolas. Como haviam muitos materiais abrasivos, várias labaredas dificultavam a entrada. Porém era possível ser ouvir gritos de socorro do interior da construção.

    — Minha nossa! Essas pessoas... Elias estão mesmo precisando de ajuda!

    Era uma missão de resgate. Lilac imediatamente usou de seu superpulo para chegar até uma janela, quebrando-a. Lá dentro tudo estava em chamas. O lugar era grande, o que iria dificultar as coisas para a dragão. Adentrou então usando de seu salto e realizando um de seus golpes posts dissipar as labaredas.

    — AH! CICLONE!

    Os rodopios no ar usando seus “cabelos” (que me verdade eram escamas de dragão) fez com que pudesse entrar sem maiores problemas, mas não queria dizer muito: todo seu interior estava em chamas. Lilac precisou então usar seu Dragon Boost para pode se movimentar para evitar ser ferida pelo fogo. Depois em um tempo pôde ouvir gritos de socorro.

    — Eu estou ouvindo... Tem pessoas aqui!

    Mas antes que começasse a rastrear, eis que em um dos galpões ali próximo avisou um resquício de jóia do reino. E junto a ele haviam quatro membros da The Red Scarves recolhendo o objeto.

    — EI! VOCÊS! NÃO OUSEM PEGAR ISSO!

    Lilac então vai a encontro deles, ser colocando a frente dos ninjas. O fogo dificultava um pouco. Lilac era forte, mas como dragão púrpura, uma coisa de sua natureza era o fogo: sua baixa resistência ao calor lhe tirava a vantagem no momento. Mesmo assim, sofrendo com a temperatura, se colocou em base de luta, dizendo:

    — Eu não irei deixar que saiam daqui sem antes deixarem essa pedra!

    Mas os gritos de socorro tirava-lhe a atenção. Era mesmo preciso ajudar as pessoas que estavam no lugar, mas aí mesmo tempo um resquício lendo pela The Red Scarves poderia trazer maiores problemas. Lilac estava em um grande dilema, mas logo teve uma atitude que surpreendeu até mesmo os ninjas.

    — Então esse era o plano... Mas aviso a vocês: eu irei salvar as pessoas e lutar contra vocês tudo ao mesmo tempo!

    — Hahaha! Acha que consegue, Lilac? Isso é imposs... – Tentou dizer um dos ninjas que segurava o resquício.

    Antes que pudesse terminar, Lilac sumiu diante de seus olhos, reaparecendo em seguida, excetuando um violento gancho de direita no queixo do ninja, que voou com a força do golpe furando o teto.

    Mais uma vez a dragão sumiu, voltando a reaparecer e levando mais um dos membros da The Red Scarves ao chão, com um forte soco em seu dorso. Os dois restantes não acreditavam no que estavam “tentando ver”.

    — Mas como? Ela pode ser rápida, mas ela não pode estar fazendo o que disse que faria... – Disse um dos dois membros remanescentes.

    E Lilac estava mesmo cumprindo o que disse que faria: a cada Dragon Boost que realizava, este em seu poder total, conseguia ir até uma das pessoas presas na construção, levando-as em segurança para fora do prédio, voltando em seguida. Exatamente: a velocidade supersônica da bela dragão púrpura era capaz dessa incrível proeza. Lilac conseguia atingir o Mach 1 sem maiores problemas. Ela não poderia usar além disso pois colocaria em risco a todos, pela explosão da barreira do som.

    E mais uma vez, sem perder tempo, ela desapareceu. Um dos ninjas, percebendo o que estava acontecendo, diz:

    — Ela está usando da velocidade dela!

    — Então esse é o fabuloso poder de Lilac que Spade tanto diss...

    E esse mesmo membro recebeu um golpe certeiro em seu rosto, desacordando assim que foi ao chão. O poder de Lilac era impressionante, tendo em vista o pouco tempo que estava no lugar. Em poucos minutos já havia salvado mais de sete pessoas, as colocando são e salvas fora do prédio, e derrubado três membros da The Red Scarves...

    Enquanto isso...

    Stage 3: Shuigang’s West Streets

    MISSION START

    Carol guiava sua moto a toda velocidade pela ruas sinuosas da cidade dos pandas. Vários habitantes tentavam se abrigar e se proteger depois de terem visto a explosão. A bela felina verde conseguia perceber o medo e aflição em seus rostos enquanto cortava as ruas da cidade.

    — Caraca... Essa galera tá mesmo grilada com essa parada toda aí... Pior que essa galerinha é do bem. Preciso mesmo ajudá-los...

    Entretanto os problemas logo chegaram... motorizados. Vários membros da The Red Scarves logo alcançaram Carol montados em suas motos, no encalço da felina que, confusa, diz:

    — Ih caraca... os mano do clã vão querer fazer o mesmo que fizeram quando eu invadi a base de vocês? É sério isso?

    — Carol, a gente veio se vingar da humilhação que você nos fez passar na frente do nosso mestre!

    — Tá de saca, né? Agora vão passar vergonha na frente essa gente boa toda. Vem pra mão, filhote de cruz credo!

    E num fato inédito, a luta começou com todos em suas motos. É isso mesmo que vocês entenderam: A luta será sobre duas rodas!

    Carol, que estava sendo seguida por pelo menos dez ninjas, acelerou, chamando a atenção de seus perseguidores, que não demoraram para fazerem algo: todos começaram a acelerar tudo que tinham, já munidos com espadas, bastões e kunais. A felina, astuta como sempre foi, percebeu quando um dos ninjas veio a seu encontro tentando lhe acertar com um golpe usando seu bastão, mas Carol recebeu um salto para trás com sua moto e, ainda em vôo, diz:

    — Vocês querem treta, né? Então vamo tretar, seus bundifora!

    E Carol, rodopiando junto com sua moto, golpeou-os com toda força. A união com sua moto foi demais para os ninjas, que destruiu suas motos usando a sua, num ataque múltiplo. A força que a felina fez para executar essa manobra com certeza mostrou a todos que ela era extremamente forte. E quando digo isso não é brincadeira: Carol conseguiu fazer da sua moto errar como parte de seu corpo de uma forma impressionante.

    Quatro deles já haviam caído, do faltavam seis, que investiram contra Carol mais uma vez. A felina, parecendo estar sob controle da situação, diz:

    — Ah tá... Vocês tão querendo fazer “tibum”, né? Beleza.... Hora do banho, palermas!

    Carol freiou sua moto, ficando entre os ninjas que estavam lhe seguindo, puxando os dois usando suas garras. Seguindo com os dois sobre controle, Carol jogou um contra o outro, atingidos-os em seus rostos por trás vezes seguidas, fazendo com que ficassem tontos. Sabendo que não teria mais no que se preocupar, Carol os arremessou para um lado alí perto, neutralizando mais dois. Só restaram quatro.

    — Tá complex, né moçada? Vai continuar com a bagaça ou vão voltar mais cedo pra casa pra ver o “The Voice”?

    — Você não vai vencer!

    — Oh você tá chorando, troço? Que pena... Eu vou equalizar a sua cara! E não vai ser a Piti!

    A felina então acelerou sua moto e, usando suas garras, cortou todos os pneus das motos onde eles estavam montados. Sabendo que não poderiam continuar, logo diminuem a velocidade, com Carol fazendo o mesmo. E sim, todos desmontaram de suas motocicletas, fitando Carol, que só admirava a desolação dos ninjas. Já com todos frente a felina verde, ela diz:

    — Tá... Vamos colocar as coisas assim: vocês me atacam, eu esfolo vocês e depois eu continuo o caminho. Pode ser? E aí, quem vai ser o primeiro destemido que vai tentar a sorte?

    Bem demorou muito e todos os quatro olharam um para o outro, partindo todos em direção a Carol, munidos com espadas. Mas Carol sequer se abateu: continuou para, agora em base de luta, com suas garras levantadas. E quando estava prestes a ser atingida, uma simples finta foi suficiente para se esquivar e, aproveitando a abertura, atingiu o primeiro com uma sequência incrivel de chutes consecutivos, terminando com um soco poderoso. A força do golpe foi tanta que fez com que o ninja fosse arremessado para longe, atingindo mais um, os jogando contra uma parede próxima, que pertencia a uma moradia.

    Os outros não deram trégua: ao mesmo tempo tentaram empalar Carol, que evitou o ataque com um salto para trás e, de forma inesperada, a felina voltou a saltar para frente, executando um rolamento impressionante, que atinge os dois, os levando para o alto. Aproveitando a oportunidade, Carol então executa um novo salto, este para próximo dos ninjas restantes. E quebro estava entre eles no alto, a felina executou uma sequência de chutes monstruosa, atingidos-os ao mesmo tempo.

    — YAH! KICK-CRAWS!

    Carol aterrissa de forma categórica, com suas duas mãos fechadas, com os corpos desavisados dos ninjas caindo ao chão. De fato, Carol era incrível em luta e bastante forte.

    — Se o locutor falou, tá falado. Vambora... Tá na hora de ajudar aquela gente boa lá.

    Como Carol disse, ela então pegou sua moto e seguiu para a origem da explosão. Mais ao centro da cidade, que estava com vários guardas do reino de Shuigang ajudando as pessoas, Carol chega até o lugar. E os seu espanto, tudo estava sob controle.

    — Ueh... Como assim?! Não tem nada aqui...

    Logo dou até um dos guardas, perguntando:

    — Aí tiozin... Que houve por aqui?

    — Como é? Eu sou um dos guardas do reino. Não sou seu tio.

    — Ah tá... Cara, o que aconteceu?

    — Não tem nada pra você ver aqui. Quando chegamos, esses ninjas já estavam abatidos e as pessoas salvas.

    — Como é? Já chegaram aqui e...

    E surpreendendo Carol, eis que uma pessoa bem conhecida se aproximou: era Ying, que parecia assustado. Sua mala de doces estava toda quebrava. Ele diz:

    — Carol! Carol!

    — Ying?! Cara, tu tá bem?

    — Mais ou menos. Eu estava aqui quando teve a explosão e...

    — Cara, tu precisa voltar pra casa. A cidade tá sob ataque. Os The Red Scarves estão criando maior quizumba aqui, camarada.

    — Mas Carol, e os outros? Onde estão?

    — Ih, é mesmo! Pera, Ying...

    Carol então aperta seu ponto eletrônico em sua orelha e liga para Lilac.

    — Lilac, você tá bem?

    — Estou Carol. E como estão as coisas aí?

    — Ah saí na porrada contra uns dez manolos da forma mais clichê porque o escritor deveria estar sem criatividade blá blá blá...

    — Carol, mantenha o foco!

    — Tá... tá... Olha, o Ying tá aqui.

    — Ele está bem?

    — Está sim. Mas Lilac, algo está estranho aqui...

    — Yah! Porque?

    — Caraca, tu tá lutando aí?

    — Estava. Já acabei. Porque as coisas estão estranhas? – Disse Lilac, derrotando o último ninja, pegando os restantes e os colocando fora do prédio.

    — Pô, cheguei aqui e já tinham passado o cerol em geral.

    — Carol, você está falando sério?

    — Serião! Tipo, tá maior zorra aqui mas tá tudo sob controle, na maciola.

    — Muito estranho...

    Enquanto isso...

    Milla estava junto a Viktor, que estava um pouco diferente. Sua base de luta havia mudado. Estava com seus dois punhos a frente, enquanto ficava se movimentando para frente e para trás, o que causou estranheza na bela canina.

    — *Viktorius... O que você está pensando em fazer? Eu nunca vi essa base antes... É uma forma de lutar bastante ofensiva, como se estivesse chamando os ninjas para lutarem... ESPERE! Viktorius?!*

    Era o que Viktor queria fazer de fato: sua mudança de postura era para chamar a atenção dos ninjas restantes. Os oito então vieram para encontro do jovem carateca de uma só vez. Quando Milla percebeu já era tarde: Viktor dou então a encontro deles, correndo a toda velocidade (limitada) que conseguia.

    — NÃO, VIKTORIUS! É ISSO QUE ELES QUEREM! *Eu não vou poder usar meus poderes porque eu posso machucar o Viktorius!*

    Mas talvez não fosse necessário. Viktor parecia estar agindo com alguns estratégica.

    — *Eu também sei lutar. Estava me segurando para não machucar ninguém, mas estamos correndo risco de morte aqui. Então...*

    Já com um dos ninjas a sua frente, prestes a lhe golpear com uma kunai, Viktor se esquiva no último momento, desferindo um contra ataque devastador: um forte soco no rosto do ninja, que vai ao chão em seguida. Viktor, reluzente e seguindo em frente, diz:

    — Estilo karatê de contato total (Full Contact): Kyokuchin!

    Este estilo de karatê consiste em utilizar toda a força dos golpes de karatê. Tradicionalmente golpes dessa arte marcial são usados para somente preservação do oponente e para obter controle dos golpes. No estilo Kyokuchin todo o potencial destrutivo do karatê é liberado, com golpes que buscam neutralizar seus oponentes com um golpe, a fim de preservar a própria integridade física. Resumidamente: é usado para guerra.

    Viktor continuou progredindo, indo para o próximo, que lhe tentou cortar suas cabeça. Viktor mais uma vez se esquivou com dificuldades e desferiu um poderoso chute em seu dorso, fazendo-o cair desacordado. Logo vieram dois de uma vez, com bastões. Mas Viktor era um carateca e era natural o que fosse fazer em seguida: com um soco quebrou os bastões e atingiu cada um em seguida executando dois chutes precisos e poderosos. Mesmo com suas limitações, Viktor havia derrotado quatro ninjas só usando de sua força de vontade. Claro, seu preparo físico também ajudou, assim como sua mente.

    — *Meu mestre me disse que só deveria usar esse resumo em momentos de crise. Eu não gosto, mas é a única arma que tenho*

    O progresso de Viktor preocupou os outros quatro ninjas restantes e, para surpresa do jovem, um deles recebeu um tipo de chamada. Imediatamente recuaram, saltando para o alto de árvores que adornavam a praça. Eles estavam em fuga, o que chamou a atenção de Milla, que diz:

    — Viktorius, entes estão fugindo!

    — Rápido, Milla, vamos atrás deles!

    Logo os dois correm pela praça em direção dos membros da The Red Scarves, que não paravam de saltar de árvore em árvore. Milla então recebe um chamado de Lilac, que diz:

    — Milla, está me ouvindo?

    — Sim, Lilac. Nós estamos indo atrás dos ninjas da The Red Scarves agora. Eu e o Viktorius.

    — Viktor?! Ele está bem?

    — Está sim, Lilac! O Viktor lutou! Ele é bem forte!

    — Milla, não saia daí. Temos que nos reagrupar. Tudo isso está muito estranho...

    — Hã? Mas eles vão fugir se a gente...

    — Não, Milla! Fique aí! Nós precis...

    E um forte clarão é visto no horizonte, tomando mais intensidade. Logo abrangeu toda a cidade, cobrindo tudo. Depois de descobrirem os olhos, Milla tentou novamente comunicação com Lilac, sem sucesso.

    — Viktor... Não consigo falar com a Lilac.

    — Hã? Como assim?

    — Eu não consigo. Está com chiado.

    — Caramba... E o que ela disse antes disso acontecer?

    — Pra gente não sair daqui.

    — Mas eles vão fugir!

    — Sim, mas...

    Viktor então olha em volta: titã a cidade estava com problemas. As pessoas que se abrigavam não conseguiam usar seus telefones. A cidade parecia estar incomunicável.

    — Milla, tem algo errado. Acho que devemos prosseguir.

    — Seguí-los?

    — Sim.

    — Mas a Lilac...

    — Milla, dessa vez é com a gente. Só a gente sabe outras onde eles estão indo. E aquela raposa ninja deve estar planejando algo... Essa fica desses caras tem algo a ver com isso.

    — Você está certo, Viktorius. Só tem a gente aqui e só a gente sabe... Espera... Eu tô sentindo o cheio dela.

    — Dela quem?

    — A Ruby Scarlett!

    — Sério? Então pra onde devemos ir?

    — Vem comigo!

    E os dois então seguiram em direção às ruas da cidade de Shuigang...

    Horas depois...

    Um caminhão de suprimentos com se aproximava de uma imensa construção. Em seu interior haviam membros armadurados da guarda real. Somente a guarda tinha autorização para fazer tal coisa, tendo em vista que a segurança de todo reino estava muito mais forte desde a invasão de Brevon. O veículo se aproximou do portão principal e foi confirmado as identidades dos guardas a entrada. O caminhão ultrapassou os portões daquela construção imponente, com seus altos muros e sentinelas a postos para impedir qualquer invasor. Já dentro do lugar, entrando em suas dependências o caminhão estacionou em um tipo de armazém escuro, que guardava suprimentos. Devo dentro do caminhou saiu os dois guardas. Logo eles vão ao chão, com Ruby Scarlett aparecendo em seguida de dentro do veículo. Com um sorriso no rosto, ela diz:

    — Tudo está correndo como planejado. As informações que peguei de Spade foram úteis. Bem, seguimos com o plano. Rapazes, podem sair.

    Logo o baú do caminhão se abre e Dev seu interior vários membros da The Red Scarves saíram, formando uma fila e se organizando. Ruby então começou a dizer a seus homens algumas ordens para se prepararem.

    Mas embaixo do caminhão, estavam Milla e Viktor, que diz:

    — Milla, onde nós estamos?

    — Viktorius... Estamos mesmo em apuros agora...

    — Porque?

    — Estamos dentro do Castelo do Reino de Shuigang!

    Continua.


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