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Boa noite amigos! Nova leva de capítulos da saga O Mago das Espadas para vocês!Desde já uma boa leitura!
Tempos nublados rodeavam o reino de Arendelle, notícias sobre o suposto sumiço da princesa Anna circulavam entre os habitantes do castelo.
Muitas teorias escapavam da boca de criados e soldados. Alguns diziam que a menina havia sido trancafiada na masmorra por desafiar seu pai, outros que ela havia sido banida do reino como castigo e outros sussurravam que a pobre menina havia sido sequestrada.
De qualquer forma o sumiço de uma candidata ao trono de um dos mais poderosos reinos do Mundo da Magia não podia ser ignorado.
Na sala do trono...
– Equipes de busca e de rastreamento estão espalhadas pelas estradas, florestas, vilas e fronteiras. – Explica o capitão dos cavaleiros, um jovem de vinte e cinco anos de cabelos loiros espetados. – Estamos usando todo nosso efetivo para encontra a princesa Anna meu senhor, mas nada até agora, temo que...
O rei olhou friamente para o oficial.
– Teme o quê?
O capitão suspirou, meneou a cabeça e continuou:
– Na floresta ao norte daqui habitam vários animais selvagens como ursos, raposas, lobos e sem contar bandoleiros que rondam a área, temo que nossa amada princesa possa estar... – O capitão fechou os olhos não conseguindo terminar a frase.
– Morta? – Pergunta o rei e o jovem oficial meneia a cabeça em confirmação.
– É difícil sabermos senhor, mais temo que sim...
Ao ouvir aquilo o rei de Arendelle bate com seu indicador direito no trono, ninguém na sala ousava dizer nada, o velho chanceler, a guarda real, nem o jovem capitão ousavam interromper o monarca enquanto ele pensava.
– Tsk... essa menina só causa problemas! Já não bastasse a mentira de que recebeu uma carta de ir para Draconia agora faz isso! – O rei faz uma pausa e todos o encaravam. – Sem bem que desta vez ela acabou fazendo um favor a todos nós... principalmente para mim e para Elsa.
Todos no salão arregalam os olhos em surpresa.
– M-Majestade... o que quer dizer com isso? – Pergunta o chanceler.
– O obvio! – O rei se levanta. – Capitão!
– Sim majestade!
– Quero que passe a seguinte mensagem e que ela ressoe por toda a Arendelle!
– E qual seria a mensagem meu soberano? – Pergunta o capitão.
O rei então desse calmamente de seu trono, sua armadura rangendo, seus olhos turquesa sem brilho encarando o oficial e de sua boca emiti seu decreto:
– Quero que essa mensagem chegue aos quatro cantos de Arendelle... a princesa está desaparecida, quem a encontra-la e traze-la para mim recebera seu peso em ouro!
O capitão olha sério.
– Entendi majestade, se o povo ajudar também será mais rápido de...
– Eu não terminei!
– Ah?
– Quero que encerrem as buscas, todos os soldados e batedores devem voltar a seus postos a fim de protegerem o reino contra as ameaças do mundo exterior.
– O QUÊ?! – Brada o capitão perplexo. – Mas majestade, se os soldados pararem as buscas e só deixar o povo ou qualquer um continuar, levara muito mais tempo para encontrar à princesa ou até nunca!
Ao ouvir aquilo o rei fulmina o capitão com seus olhos frios e responde:
– Esta é minha ordem e eu não a revogarei, fui claro?!
O jovem capitão não teve outra escolha.
– Sim... alteza! – Suas palavras saíram entre os dentes, tentando esconder sua fúria e decepção.
– Excelente! – Responde o monarca dando as costas ao capitão. – Vamos tratar de assuntos mais importantes, tipo... quando Elsa chegara e a comemoração que faremos quando a minha amada filha retornar!!! – Brada Richard com seu punho esquerdo para o alto sendo respondido em coro pelo chanceler e a guarda pessoal, menos por um jovem capitão que já não estava mais lá.
O mesmo jovem caminhava pelos corredores com sua cabeça baixa, estava devastado com o que ouviu da boca do próprio rei.
– Como ele pode! – Olha para fora onde uma nevasca caia. – Como o coração de um homem, digo de um pai, faria algo tão monstruoso?! – Seus olhos azuis estavam húmidos, estava segurando suas lágrimas há bastante tempo, mas agora não conseguia mais contê-las. – Princesa Anna... – E chorou em silencio ali mesmo, por sua falta de poder e coragem de enfrentar o rei. – Lady Maria... perdão... – Sussurra o jovem colocando a mão direita sobre peito. – Meu pai e eu prometemos proteger Anna, mas o rei... maldito!!! – E não conseguindo mais conter sua raiva soca a janela a sua frente quebrando-a em vários pedaços deixando assim a nevasca entrar naqueles já frios salões. O vento apaga as tochas mergulhando o ambiente no mais puro breu, mas aquilo não incomodava o jovem em seu pranto, foi quando lá longe no fundo da floresta um uivo foi ouvido.
O jovem abre os olhos e se aproxima mais da janela, aquele som para um leigo podia ser um uivo de um lobo qualquer, mas para aquele jovem que mantinha as lendas antigas correndo em suas veias e batendo em seu coração tinha outra interpretação.
– Ô Grande Sif... protetor de Arendelle. – Sussurra o jovem. – Proteja e guie nossa princesa assim como guiou Artorias até seus últimos dias de peregrinação neste mundo! – E olha para o céu nublado. – Que um dia nossa verdadeira rainha volte para reclamar seu trono!!!
Ao fim da prece o jovem se vira e caminha recolocando seu elmo em sua cabeça, escondendo assim seus olhos que ardiam em puro ódio pelo rei, enquanto seu coração matinha a fé de que a princesa esteja viva... e segura.
Já a própria princesa se encontrava longe dali, deitada sobre um grande e fofo tapete de grama verde, seu pequeno corpo era coberto por um longo vestido branco estampado com pequenas flores rosa. Seus cabelos ruivos morango estavam soltos misturados ao tapete verde e suas mãos jaziam juntas sobre seu ventre que mexia tranquilamente.
– Hum... – A princesa se mexe, seus pequenos olhos se abrem lentamente revelando suas belas orbes da cor verde água. – O quê? – Ela olha para o céu onde uma grande lua cheia perolava o céu estrelado. – Onde... – A pequena princesa se senta e olha em volta. – Onde eu tô? – Se pergunta.
Pequenos flocos de luz dourada eram carregados por uma brisa frescas, belas e imponentes árvores rodeavam o local, assim como lindas flores de várias cores enfeitavam aquele belo campo. Um pequeno lago com água cristalina cercado por pedras brancas completavam a visão da pequena princesa.
– Que lugar lindo! – Comenta a princesa que caminha pelo campo, seus pés descalços roçando na grama e suas pequenas mãos tocando nas flores, nunca em sua jovem vida a princesa se sentiu tão em paz. – Será que aqui é... o Paraiso? – Pergunta Anna, mas não obteve resposta, mas o som de algo balançando chama sua pequena atenção. – Ah? – A pequena princesa olha na direção de onde o som vinha e o que viu fez seus pequenos olhos turquesa se arregalaram.
A frente da princesa um balanço de madeira balançava suavemente sobre a grama, sentada nele estava uma bela mulher de cabelos castanhos divididos em duas tranças, suas vestes eram similares das da menina, seus lábios eram vermelhos como rosas e seus olhos azuis safiras que reluziam naquela noite estrelada.
O coração da menina batia mais rápido.
– Não pode ser... – Murmura a princesa, que se aproxima da mulher que ao vê-la abre um sorriso, um sorriso terno e caloroso que ela sempre amou e desejou revelo.
– Olá, meu amor. – Responde a mulher e a pequena Anna já não se contém e correr para os braços daquela que tanto ama.
– MAMÃE!!! – Brada a menina em lágrimas ao pular sobre a mulher que a receber com amor em seus braços.
E assim mãe e filha se abraçam como se o tempo não existisse, anos separadas que não conseguiram apagar o amor que uma sente pela outra.
– É você mesma, não é um sonho?
A mãe de Anna ergue seu queixo com delicadeza e surpreendendo a menina esfrega seu nariz no dela fazendo a princesa gargalha.
– Tem alguma dúvida?
– Sinf... não! – Exclama a princesa enxugando as lágrimas. – A senhora não sabe como senti sua falta.
– Eu também senti minha querida. – Da mais uma braço na filha e coloca em seu colo. – Não teve um dia em que eu não senti sua falta e da sua irmã.
– Minha irmã... – O olhar feliz de Anna se desfaz e isso não passou despercebido pela mulher.
– Meu anjo?
– Há anos que eu não a vejo direito. – Responde a princesa de cabeça baixa. – Quase não nos víamos e depois que ela foi para a escola de magia... ficou ainda pior. – Uma pequena lágrima rola pelos olhos da pequena princesa. – Eu amo minha maninha, mas o pa... digo o rei... parece fazer questão de nos ver afastadas!
– Richard...
– Eu não sei o porquê disso... eu sempre tentei ser uma boa princesa, uma boa filha, mas nada do que eu fazia parecia agrada-lo e quando recebi uma carta para ir pra mesma escola da Elsa... ele...
– Ele te maltratou? – Sem responde a princesa meneia a cabeça em confirmação. – Ah, meu anjo... – A mãe de Anna a abraça com mais força.
– Ele queimou minha carta... e depois me açoitou, como uma criminosa qualquer... se não fosse pela Ruby.
– Ruby?
– Minha mini babá, uma gatinha alada e rosa que achei ferida perto do castelo. – Explica a princesa. – De início ela foi meio arisca, mas depois nos tornamos grandes amigas, ela preencheu um pouco o vazio que você e a Elsa deixaram.
Ao ouvir isso a mãe de Anna lhe faz um cafune.
– Eu adoraria conhecer esta preciosidade que trouxe luz a sua vida meu amor.
– Mais você pode! – Exclama Anna pulando do colo da mãe. – A senhora pode voltar comigo, podemos achar a Elsa e mostrar que o papai estava errado, podemos voltar a ser uma família unida de novo!!!
Os olhos da pequena princesa reluziam naquela noite, sua alegria contagiava a qualquer um que estava por perto, desde que havia nascido a antiga rainha de Arendelle via o sorriso da pequenina encantando a todos, não havia como não gostar dela, só alguém com o coração duro como pedra para não reconhecer o seu grande amor.
– Anna...
– Oi?
– Eu adoraria voltar e ficar com você e com sua irmã, mas... – A rainha vira o rosto.
– Mas? – O sorriso no rosto da princesa começa a murchar.
E com grande pesar a mãe de Anna responde:
– Eu não posso...
Aquelas palavras acertaram fundo o coração da pequena princesa.
– Não... – Lágrimas cristalinas escorrem por seus belos olhos. – Não pode ser...
– Mas é querida... eu não posso voltar... pois onde eu estou, não há como sair.
A pequena princesa meneia a cabeça em desespero.
– Não... não, não, não, não!!! – Mais lágrimas caem dos olhos da princesa. – Finalmente nos reencontramos, não é justo que nós separemos de novo mamãe!
Dessa vez foi à vez da rainha chorar, mas suas lágrimas não eram limpas e cristalinas e sim negras, fazendo a princesa arregalar os olhos assustada.
– Mamãe...
Marcas negras começavam a se espalhar pelo corpo da rainha que não se mexia.
– Onde eu estou é um lugar sombrio e recluso minha querida... um lugar onde as trevas imperam. – A rainha parecia sentir dor, mas sua voz saia calma. – Eu sou ferida, dia após dia, mas eu não vou esmorecer, pois sei que não errei em minha escolha.
A pequena princesa não entende.
– Do que a senhora tá falando, que escolha?
As marcas negras aumentavam pelo corpo da rainha que começa a suar.
– A escolha... de poder traçar meu próprio destino!
– Ah?!
Nessa hora a grama em baixo da rainha assume uma coloração negra como piche, o balanço em que a rainha está se quebra a levando ao chão.
– Mamãe!
– Não se aproxime!!! – Brada a rainha que se senta na grama que se torna um liquido negro e escuro que começa a rodeá-la. – Meu tempo está acabando... – Olha para sua filha que chorava. – Não chore meu anjo, acredite ou não... estou feliz por termos passado esse pouco mais inesquecível tempo juntas.
– Mamãe... – Aprincesa serra seus punhos enquanto lágrimas caiam de seus olhos.
– Aconteça o que acontecer sempre se lembre... – A rainha suspira já não conseguindo mais suportar as dores que se alastravam por seu corpo. – Eu... Amo... Você...
Anna morde o beiço tentado conter as lágrimas, mas também um ódio que crescia dentro de si.
– Foi ele não foi?
A rainha não responde.
– Foi ele que te colocou neste sofrimento não foi?
– Anna...
– Foi o rei não foi?!
Mas ela não responde apenas abaixou a cabeça e aquilo só fez o coração da princesa acender uma chama de fúria e desejo em seu coração.
– Ele vai pagar por isso! – Grita a princesa. – Ele vai pagar por todo o mau que causou a você mamãe e eu te juro!
A rainha ergue os olhos para sua filha que grita:
– NÃO IMPORTA ONDE A SENHORA ESTEJA, EU VOU TE SALVAR!!! POR ISSO ME ESPERE, POIS EU VOU FICAR FORTE E VOU TE SALVAR MAMÃE, EU PROMETO!!!
As lágrimas da rainha cessaram e um sorriso em meio aquele sofrimento se expande, esse era o dom de Anna, ver o que estava além e preencher os corações daqueles ao redor de um sentimento muitas vezes esquecido que era...
– Esperança... – Aquilo foi bastante para a rainha dar sua última e mais valiosa mensagem. – Anna... este mundo corre perigo!
– Ah?
– Você precisa encontra o mago só ele pode enfrentar os Lordes e manda-los de volta para o esquecimento... somente ele... pode salvar este mundo das chamas!
A princesa não entende.
– Mãe... do que você tá falando... que mago?
As trevas começavam a engolir a rainha mais ela usa suas últimas forças e grita.
– O Mago... O Mago das Espadas!!!
– O Mago das Espadas? – Repete a princesa para si mesma.
– Encontre-o minha querida... ele e seus cavaleiros... eu já não posso mais... – E como um buraco negro a terra se afunda engolido a rainha deixando a princesa em prantos:
– MAMÃE!!! – A princesa tenta correr até sua mãe, mas seus pés não se mexem seus olhos se fecham e seu corpo cai para trás como uma folha sendo levada embora com vento daquele paraíso perdido, onde sua mãe não mais estava.
– Mamãe... – Sussurra a pequena princesa antes de fechar os olhos e desaparecer daquele mundo.
– Oi? Tá acordando? – Uma voz fina preenche os ouvidos da pequena princesa. O peso que havia em suas pálpebras diminui e seus olhos começam a ser abrir. De início era tudo muito claro, mas aos poucos sua visão vai ganhando foco, cores começam a aparecer e uma silhueta se forma a sua frente, que ao poucos vai tornando a forma de uma menina de cabelos castanhos presos em uma maria-chiquinha e olhos da mesma cor.
– Você acordou! – Exclama a menina com enorme sorriso em seus lábios.
– Quê? – Sua voz sai bem fraca.
– Graças a Atlhena, pensamos que você não ia conseguir. – Diz a menina.
– Como... eu... não...
– Espera um pouco, vou chamar o pessoal. – A menina corre até a porta abre e grita. – Mãe, Ruby ela acordou!!!
– Ruby? – O mero som daquele nome faz a mente da princesa clarear e como num passe de mágica voando a toda velocidade uma pequena gatinha alado cor de rosa invade o quarto, de início a pequenina fica pairando no ar encarando a princesa que também a encrava.
– Anna... – A pequenina faz um enorme beiço e seus olhos se humedecem assim como a princesa que começa a chorar ao ver sua fiel amiguinha.
– Ruby... – E sem se conter mais a gatinha voa para cima de sua querida amiga! – AAAANNNAAAAA!!! – Grita abraçando o pescoço da princesa enquanto sua cabeça roçava em seu rosto.
Uma grande emoção tomava conta da princesa que ergue os braços com um pouco de dificuldade, mais isso não iria impedi-la de abraçar sua querida amiga.
– Bom dia... minha querida amiga...
– Snif... bom dia... maluquinha.
Ao ouvir aquilo Anna não se conteve e riu, assim como Ruby que sorria em meio às lágrimas.
Sem perceberem a mãe da menina entra e observa a menina e sua pequena companheira, não conseguiu conter um sorriso de alivio por vê-la bem.
– Olha mãe! Ela se recuperou! – Diz Mia.
– Estou vendo querida e fico muito contente por isso. – Responde Helen.
– Eu também! Mas... cadê o maninho?
Ao ouvir isso o sorriso que preenchia o rosto da mãe da menina se esvai.
– Mãe?
A mãe do pequeno guardião olha para Anna e Ruby que brincavam uma com a outra, fecha os olhos e apenas responde:
– Seu irmão foi resolver um assunto... Muito importante.
– Ah?
Nessa mesma hora em frente aos portões do castelo...
Seus olhos claros encaravam aqueles grandes portões como se pudessem engoli-lo, uma Aura fria emanava delas como se quisesses intimidar quem viesse, mas para o jovem guardião era a mesma sensação de enfrentar um urso da floresta.
“Muito bem... vamos lá!”
E caminha em direção aos portões onde dois guardas aramados com lanças montavam guarda que ao verem o menino um deles já aponta sua arma para ele e inquere:
– Auto, quem vem lá?
– Pode baixar a lança meu amigo, só vim conversar com o rei. – Responde o garoto de maneira tranquila.
Ambos os soldados se entreolham.
– E o que um reles garoto iria querer com o rei?
Os olhos do rapaz ficam sérios, abre sua boca e responde sem rodeios.
– Trago informações sobre a filha dele... a princesa Anna.
Ambos os soldados se entre olham enquanto o menino esperava a resposta e olha para o céu nublado enquanto um uivo ressoava por toda Arendelle.