—Preciso falar com você!
Você não sabe o que é ter um grande amor
Não sabe o que sentir algo tão grande e profundo por alguém completamente distinto de você mesmo
Não sabe o que é desejar saber como foi o dia da pessoa ou se ela está bem apenas por que os lábios torceram por um milionésimo de microssegundo
Você não repara nessas coisas a menos que esteja sentindo
E sentir...
Sentir era algo tão profano para ele
Para todos aqueles que fizeram parte de sua família.
Era uma maldição!
Sentir o comprometia
O alucinava
O tornava insano.
Por instante, um breve momento ela aplacou a fúria que brotava em seu interior
A sensação de solidão eterna, os pecados.
Mas algo que nem mesmo ele sabia é que sempre seria um pecador
um eterno transgressor no fim das contas.
Talvez no fundo os demônios só desejem chamar a atenção dos céus...
Talvez almejassem subir e apenas não soubessem como.
Ninguém quer viver em um inferno, nem mesmo o demônio
Nem mesmo ele...
Negou aquele sentimento por quase toda vida, mas algo que só se apercebeu com o tempo foi que no fim das contas a maldição que rondava seus antepassados e o tentou por um longo período não era a do ódio
Mas a do amor
Um Uchiha não sabe sobreviver sem amor
É como lhe retirar o ar...
A razão pra se viver
O amor era a glória e a ruína de seu clã.
O amor foi sua salvação de um abismo profundo, silencioso e sem vida
E havia vida quando enxergava os olhos verdes
—Creio que a reunião já terminou.
—Não é sobre a reunião!
—Tudo que tínhamos para conversar foi dito naquela sala.
—Sakura...
—Eu não tenho nada pra falar com você!
Você não sabe o que é realmente perder até que aquilo que se foi lhe faça falta.
—Habiba?!
E ali, vendo aquele homem ao lado dela, o toque dele sobre a pele, a forma como se punha como marido...o novo marido, talvez a verdade, a dura e cruel verdade, a verdade que seus olhos tão poderosoa teimavam em não lhes mostrar.
Ele não perdeu Sakura, pois no fundo nunca a possuiu.
Sakura nunca foi realmente sua de corpo e alma.
Ele nunca a tomou realmente para si, nunca se aprofundou nela, foi além...além do corpo, além das palavras.
Ela nunca foi profundamente sua...
Ele tinha sua vida e ela a dela e então se casaram.
Existia amor, mas amar só não basta.
Nunca bastou para ninguém, pois existe mais entre duas pessoas que apenas amor
E talvez foi isso que lhes faltou.
—(...) creio que agora minha esposa deseja descansar e você não precisará mais se preocupar, eu cuidarei dela daqui em diante.
Ela tinha alguém que a possuía de verdade, que ocupava o lugar não só de marido mas de um companheiro.
Aquilo era tão amargo...e se sentia tão pior por não conseguir lidar com aquilo
Enquanto se afastava, enquanto deixava os dois para trás teve certeza de uma coisa, ela não era sua...
Mas ele
Seu corpo
Seu coração
Seu melhor e pelo visto seu pior...
Sempre seriam dela.
Sempre foram no fim das contas.
“-Minha esposa e eu fomos agraciados com a chegada de mais um filho.”
Já sabia que estava grávida, viu no momento que botou os olhos nela novamente depois de tantos anos.
Mas não conseguiu conter o ataque, levou a mão a boca se retirando em seguida.
As vezes a vida não te conta que algumas das maiores guerras não acontecem em um campo de batalhas.
—Você está bem?
Ino adentrou no quarto pouco depois.
—Estou, não precisava ter vindo atrás de mim.
—Sei que a ama
Aquilo o pegou desprevenido
—Que nunca deixou de amar...
Estava tão as claras assim?
A verdade, a bem da verdade é que estava cansado, estafado de suprimir e esconder-se em uma carcaça de dureza impugna.
Seu corpo já dava os sinais do que sua alma sentia.
—Desculpe.
—A culpa também foi minha, eu devia fidelidade a ela, eu jurei ser fiel e viver ao lado dela até o fim... não fui capaz de cumprir nenhuma das minhas promessas.
Era a primeira vez que falavam sobre aquilo
—Ela está feliz agora, é isso que importa.
Sim, era isso que importava
Apenas isso...
Era o que repetia em sua mente
Ino segurou em sua mão para adentrarem no recinto ricamente enfeitado para a comemoração da chegada do novo rebento da família Hadiya.
A loira a apertou quando as portas se abriram e eles a viram.
A muitos anos atrás demorou para perceber que estava apaixonado por Sakura, não foi fácil se atentar aos sinais por que ele não os entendia, não os captava. Ninguém havia falado sobre aquilo, ele nunca havia visto ou tocado, ou experimentado, o amor que conhecia era o fraterno.
Os sentimentos entre um homem e uma mulher eram diferentes, despertava sensações únicas e difíceis de descrever.
Era bobo em alguns momentos e intenso em outros
Era tórrido e gracioso
Era sublime
Soube que estavam vivos, mais que isso, estavam renovados quando todas as vezes que as portas se abriam seu coração não acelerava mais forte, mas parecia querer parar
Quando o micro sorriso dela que nem ao menos era direcionado para si acendia uma luz, uma pequena e diminuta luz a muito tempo apagada em seu interior.
Sabia que não devia se sentir assim, que não devia nutrir nada pois era exatamente o que recebia em troca, o nada
Mas para ele era como ter uma leve dose de algo a que foi privado por anos.
Percebeu a mão da loira ficar tensa junto a sua
Notou o olhar verde direcionar-se para a parte detrás do salão
Então ouviu aquele nome
—Sai!
O destino é um fardo que alguns podem traçar e planejar por toda a vida, mas a verdade é que não importa o quanto você imagine ou traceje seu caminho, ele te levará para onde menos se espera.
Quando as explosões aconteceram todo o seu corpo reagiu.
Foi reativo ir atrás delas
Nem ao menos pensou.
A destruição foi mínima, não havia nenhum ferido no local, mas as palavras deixadas ali no grande muro que circundava o rico palácio do Emir deixavam claras as intenções dos executores.
Não era apenas árabe, mas em todas as línguas que se pudessem entender
—FORA HADIYA!
Ele sentiu quando o homem se fez presente ao seu lado
—Algumas pessoas simplesmente não dão valor a liberdade.
O Emir falou com a voz arrastada mirando os dizeres chamuscados pelo fogo das explosões
—Venha meu irmão, você não precisa ver isso, vá ver sua esposa.
Ambos, o Emir e o irmão mais jovem se afastaram e então ele o viu ali parado a pouca distância
Sua cópia
Seu substituto no time 7
Sai.
Os olhares se cruzaram mas nada disseram um ao outro
—Teme!
Naruto apareceu ofegante
—Você chegou rápido aqui! Não queriam me deixar vir, diziam algo como me proteger, eu disse que não precisava de algo assim, que podia ajudar!
Mas o olhar do Uchiha correu do moreno para o muro
—Pedi para Boruto ficar lá dentro de olho na mãe e nos outros...
O Uzumaki se calou ao constatar a presença do moreno
—Sai!
Então o Uzumaki se virou para o antigo companheiro de equipe e foi ter com o mesmo
—Desculpe Hokage -sama, não poderei lhe dar atenção agora, tenho uma missão a cumprir.
O moreno se curvou diante do Uzumaki e virou
—Missão? Que tipo de missão?
De costas o outro respondeu
—Ir atrás dos responsáveis por isso
E começou a andar a passos lentos
—Mas...e a Sakura-chan?
—Estou cumprindo uma promessa feita a ela.
E antes de começar a caminhar pelas ruas escuras virou a fronte sutilmente para trás completando
—E eu cumpro as promessas que faço a ela.
O olhar negro pesou sobre as costas de Sasuke
Por fim seguiu seu caminho
Quando ficaram a sós foi o Uchiha quem quebrou o silencio
—Sabia da vinda dele pra cá?
Naruto se pôs novamente ao lado do moreno e mirou o muro pichado
—Não, ninguém me falou nada
—Ele não tinha se desligado da Folha?
A cabeça loira pendeu para trás levemente e completou
—E pelo visto apenas da Folha!
Seria capaz de apostar seu outro braço que ela jamais viria de livre e espontânea vontade falar com ele.
Mal fechou os olhos aquela noite, Ino menos ainda, quando percebeu que a loira conseguiu adormecer já com o dia quase amanhecendo sentiu a sensação se apossando de seu interior
Lhe apertando, lhe consumindo
Trocou-se rapidamente e saiu para não despertar a loira, fechou a porta com cautela, suas mãos tremiam e suavam.
Foi até a cozinha em busca de um copo com água, deu graças que por aquele horário o local ainda estava vazio, talvez os criados ganhassem uma folga depois dos festejos da noite anterior.
Afastou a franja de sobre os olhos ao sentir o liquido descendo pela garganta
Esfregou os olhos e puxou o ar com vontade sentindo os impulsos querendo o dominar.
Levou a mão a boca para contê-los enquanto deixava o copo sobre uma das bancadas.
A dor já nem o incomodava mais
A pressão e a falta de ar eram o pior.
Apoiou a mão protética sobre a mesma bancada e fechou os olhos puxando o ar com calma
A tosse seca escapou
Os cabelos negros pediam soltos por seu corpo que se impulsionava à medida que a tosse avançava
Quando retirou sua mão da boca viu, lá estava...
O sangue
Suspirou sentindo o sabor ferroso entre os lábios
Se virou indo até a pia e abrindo a torneira observando o liquido transparente lavar o rubro de entre seus dedos.
Quando a fechou buscou conter a nova leva que estava prestes a vir.
Ainda conseguia sentir o sabor do sangue entre os lábios
Foi quando saiu da cozinha e andava pelo corredor tentando esconder aquilo que estava o consumindo que deu de cara com ela.
—Precisamos conversar.
Ela abriu a porta da sala
E ele abriu seu coração
Pela primeira vez na vida!
Ela sabia que ele estava doente, e lá no fundo não soube se aquilo o deixou feliz ou com uma tristeza ainda mais profunda
—Eu não sou uma médica qualquer.
—Tem razão, você sempre foi tão sensível a dor dos outros, as minhas dores...acho que me esqueci disso por um momento. Não vou mais cometer esse erro.
Quando lhe perguntou sobre o tratamento pensou por um segundo em mentir, não tinha orgulho daquilo que andava fazendo, mas faltar com a verdade com ela mais uma vez não lhe pareceu concebível
—Papoula...
—Ópio Sasuke? Está usando Ópio?!
O rompante que ela teve o fez ter um fio, um mísero fio quase microscópico de esperança
—Pelo amor de Deus! Você quer se matar?
E quando você tem esperança, por menor que ela seja...parece ser feita de aço.
Era forte
—É o que tem me ajudado até então
Não conseguiria lhe dizer que nunca mais foi ao hospital de Konoha para se tratar quanto a nada, nem mesmo quando os sintomas apareceram.
As sombras dela ainda estavam lá...
—É uma substância alucinógena, hipnótica, causa dependência física e metal, é proibida na maioria dos lugares porque é perigosa, existiu uma guerra inteira por causa dela!
Ele entendia, sabia de tudo aquilo, mas uma coisa que Sakura não compreendia é que somente aquilo fazia tudo que sentia, de bom, de mal, de horrível, de mundano, de profano, de doloroso passar.
As missões externas que fazia, que o mantinham um bom tempo fora da vila eram uma boa desculpa para ir atrás de uma solução para o seu mal.
Ir atrás do clã da Kaguya se tornou apenas mais umas de suas delegações.
E se tornava cada vez mais pesada e estafante a medida que aquilo crescia e se desenvolvia em seu interior.
Quando as crises vinham e se tornavam longas dava um jeito de sumir de Konoha, o ópio surgiu como um paliativo e no fim permaneceu como remédio.
Pois ao mesmo tempo que o sanava o permitia viver novamente
As coisas boas, somente o lado bom.
E lá sim ele era feliz
Era como um genjutsu mas seu inimigo era uma erva
A dor passava e com o tempo ele a via, via também seu irmão, seus pais, suas filhas...todos juntos e felizes dividindo momentos alegres que nunca aconteceriam.
Era tão ruim assim desejar isso por alguns momentos?!
Desejar ter por perto todos aqueles que mais amou na vida?!
Talvez o preço fosse alto de mais
Talvez lhe custasse a única coisa que detinha
Mas no fim das contas era um pecador, já estava condenado
Por dentro e por fora.
Ela jogou tudo em sua cara, disse tudo que se recusou a falar anos atrás.
E mesmo sem ser sua real intenção as lágrimas dançaram sobre os olhos verdes
—Desculpe Sakura...
—Já disse pra não me tocar
Como não tocá-la se era o que mais desejava na vida?!
—Cada vez que enfiava isso que tem no meio das pernas nela me cortava
—Me atingia...
Você já teve uma kunai sendo atirada exatamente em sua direção, mirando bem entre seus olhos para lhe valer de uma única vez se nem uma chance de esquiva?
Ele já...
Aquela foi a sensação das palavras dela sobre si
O máximo que se pode fazer é buscar as defesas
Ele nunca ponderou sobre isso, evitava pensar pois pensar era um martírio
Mas ela o forçava então deixou tudo sair
—Eu não sabia a quem recorrer! Eu não conseguia, não podia falar com você, me expor pra você, admitir que estava falhando como marido, que não éramos bons juntos, que não estava funcionando, porque tinha que funcionar, simplesmente tinha...
—Falar com a Ino era mais fácil, não haveriam julgamentos, Naruto e você significavam tudo pra mim, a Ino não!
Sempre foi criticado por ser um homem de poucas palavras, mas ali fazia questão de cada uma delas.
Porque ela tinha que saber que ele nunca almejou ter aquilo que lhe foi arrancado, que ele já era completo
Que já era feliz tendo ela ao seu lado
Apenas ela.
E sempre a quis
Sempre a desejaria...
Quando finalmente o dedo tocou no rosto liso sobre a lágrima que ela insistia em deixar cair por sua causa o fio se tornou mais forte
A esperança se uniu as fibras de seu ser e ao retumbe cada vez mais inconstante de seu coração
—Meu erro não foi ter mostrado o quanto te queria
Céus....como a queria!
—O quanto era importante
Toda as palavras que juntou para dialogar com a figura rosada foram se perdendo a medida que ia tendo-a mais próxima
—Não vou cometer esse erro outra vez
Ele foi uma criança solitária com uma sombra em seu passado, jurou jamais deixar que as filhas experimentassem sequer por um milésimo daquilo que passou.
No fundo era grato por nenhuma delas os olhos iguais aos seus, pois aqueles olhos eram reflexos de erros de um passado sombrio, de um clã marcado por uma série de desvios e escolhas ruins.
Elas fariam diferente
Elas seriam diferentes!
Mas não foi nenhuma delas que teve a herança sanguínea brilhando diante de seus olhos.
Foi ele
O filho de Sakura.
Era ele
Samir...quem detinha o Sharingan!
Nos braços do rapaz ela jazia de modo débil
Viu quando ele a mirou e o rosto pálido da filha foi ganhando tons rubros
As gotas escorriam do olho de Samir e iam parar direto sobre a face de Sarumi
Sarumi
Sua Sarumi
Sua menina
Deu um passo a frente exasperado, mas o que o parou foi acompanhado do som profundo e tortuoso.
As chamas negras começaram de uma vez.
Ele a viu tentar avançar sobre as chamas até o filho
—Samir!
Num impulso a segurou com força
E quanto mais ele se lamentava mais as chamas cresciam
Então fez surgir
Ativou seu poder e os envolveu sobre o grande humanoide púrpura.
Sarumi estava no chão com o garoto sobre ela
As chamas infinitas engoliriam tudo
Inclusive os dois.
Então ele fez
O chamou com a voz alta e grave
—SAMIR!
Quando o rapaz ergueu a cabeça de grossos fios escuros seu olhar encontrou o dele
Não saberia descrever a sensação que teve ao ver o Mangekyō...aquele em específico olhando para si.
Mas não durou muito tempo, pois no momento seguinte o olhar caleidoscópico rubro se findou quando o corpo do jovem desfaleceu sobre o da Uchiha.
Aos poucos e absorto naquela imagem, o chakra roxo foi se desfazendo
Sentiu a rosada se desfazer de seu contato e avançar sobre o que restou das chamas
O pouco que o fogo negro tocou na pele do corpo dela se refez de imediato
Ela se jogou sobre o chão e tocou no rapaz desfalecido o retirando de sobre a menina
Sua menina
Foi quando ela, Inoue, adentrou no recinto que a bomba estou sobre sua cabeça
—SARUMI!!!!
Sakura olhava o corpo inerte do filho mas se atentou para a jovem de longos cabelos negros
—Ela não está respirando...
Murmurou a rosada
Inoue se jogou no chão ao lado da rosada e começou a tatear o corpo da irmã
—Não!!! Ela não pode...minha irmã, ela está grávida!
Os orbes esmeraldinos caíram sobre os seus
Sentiu as pernas falharem
A luz verde e intensa dominou o ambiente quando ela voltou sua atenção a morena, o fogo negro crepitava ainda que baixo
Viu quando as mãos dela se puseram sobre o corpo da filha
Viu quando ela ativou os impulsos sobre o peito
O corpo pulava mas não reagia
—Vamos Sarumi...
Ela sussurrava
—Responda!!!
Sakura gritou a se pôs sobre o corpo da jovem
—Inoue, rápido, concentre seu chakra sobre ela, eu vou abrir o peito.
Ela fez o bisturi com a luz verde, ela rasgou as vestes do corpo de sua filha deixando os pequenos seios a mostra, ela cortou todo o centro, ela envolveu as mãos com o chakra e as enfiou com tudo lá dentro.
O choro alto da loira ecoava em sua mente
A rosada bombeava o coração com as mãos
—Vamos, bata!
—Por favor Sarumi, volte...
Inoue começava a desfalecer sobre o rosto da gêmea manchada de sangue
—Mantenha o chakra constante!
Sakura gritou para a Uchiha
Inoue tinha as mãos trêmulas
A rosada soltou uma corrente dentro do corpo desfalecido o fazendo saltar
Nada.
Repetiu o processo
Uma duas, três...
O numero de vezes necessárias para seus braços começarem a formigar
Quando a rosada começou a retirar as mãos de dentro do corpo de sua filha suas pernas cederam indo direto ao chão.
Nem percebeu quando Ino chegou, muito menos os outros que apareceram
As chamas se findaram quando Naruto as selou.
Mas as únicas palavras que importavam foram as ditas pela cerejeira
—Ela está morta!
Aquele som...
Aquele som era perturbador
Era o som do inferno
O grito dado por Ino quando se jogou sobre o corpo aberto e sem vida da filha no chão!
Você não sabe quando vai cair no abismo novamente.
Não conseguia se aproximar da filha
Não conseguia dançar com a morte mais uma vez.
CONTINUA...