Saint Seiya - O Nascimento De Um Cavaleiro

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    Capítulo 2

    O Nascimento De Um Guerreiro.

    E ali em minha casa vendo a morte de meus pais, em um dia de chuva, na madruga do dia 20 de agosto, eu estava sozinho, com apenas oito anos de idade. Foi à primeira vez que algo dentro de mim despertou, uma força latejava em meu interior, querendo ser expulsa para fora. Atordoado, sai da casa deixando os corpos de meus pais caídos e sem vida. Desnorteado e sem rumo, caminhei na chuva fria que tocava minha pele. Meu cabelo castanho escuro. molhado, ficava preto como a noite sem estrelas caia sobre meus olhos... estes mesmos que estavam vermelhos de lágrimas, a alegria e o brilho verde que eles possuíam se perdeu naquela noite, tudo que restara eram apenas lembranças...

    Tudo que vestia era uma camiseta sem mangas preta, e uma calça azul escuro, me camuflando na noite. Me dirigi sem rumo, perdido na dor, saindo da cidade segui para uma floresta que ficava na fronteira da cidade. Parei olhando para o horizonte sem poder acreditar no que havia acontecido, e mais uma vez gritei,mas desta vez todos os sentimentos contido em mim estavam misturados... raiva, dor, medo, angústia, solidão... de repente, uma sensação estranha me dominou, e uma luz forte e branca começou a emanar de meu corpo... não sabia o que era aquilo, no primeiro momento bati a mão pensando que queimaria, mais não aconteceu.

    A luz continuava circulando meu corpo me sentia poderoso, capaz de fazer qualquer coisa, ao mesmo tempo em que uma paz e tranqüilidade como se todo o universo estivesse dentro de mim. Não estava me reconhecendo... olhava minhas mãos, que brilhavam, e meu corpo que ainda tinha vestígios do sangue de minha mãe.

    - Que estranho brilho é este???

    Perguntei apenas para mim, buscando uma resposta lógica e sem esperar uma resposta, quando uma voz se pronunciou.

    - Isso se chama cosmo, garoto.

    Virei-me mais rápido que um felino ameaçado, me postando de forma ofensiva.

    - Quem é você?!

    O estranho homem estava escorado em uma das árvores da floresta, somente sua silueta se conseguia enxergar. Quando ele saiu da sombra, ficando de frente para mim, e tranquilamente disse:

    - Chamo-me Matt, e estava passando quando senti seu cosmo, e decidi verificar o que era.

    - Cosmo? O que é isso?

    - Garoto, vejo que não entendeu, mas escute... Cosmo é a energia vital que todo ser humano possui, mas que poucos conseguem despertar, este poder é algo que muitos sequer sonham, e todos almejam possuir...

    - EU NÃO PEDI ISSO! - falei, gritando.

    - Sei que não pediu, mas aconteceu... O que vai fazer com isso agora?

    A pergunta me pegou de surpresa, muitos acontecimentos estavam ocorrendo em um curto espaço de tempo, isso quebrou minha postura ofensiva e deixei meus braços cairem, assim como o tom da minha voz.

    - Não sei o que fazer... - disse, pesarosamente.

    - Como se chama filho?

    - Me chamo Deives.

    Foi a primeira vez que estava vendo ele de verdade. Pude ver que o senhor que se institulava Matt, era alto, deveria ter um metro e oitenta e sete, era firme e elegante para sua altura; seus olhos eram azuis celeste, que parecia um rio de água cristalina que transmitia muita paz; seu cabelo era longo, na altura dos ombros, em um loiro que chegava as raias do prateado; estava com um, sobretudo, e em suas costas havia uma urna.

    - O que me diria Deives, se te chamasse para me acompanhar?

    A voz de Matt era altiva e poderosa, chegando fundo em meu ser, ultrapassando até a dormência da dor.

    - Acompanhá-lo... Para onde? - perguntei.

    - Para um lugar onde esta sua força será bem aproveitada em nome da justiça.

    A palavra justiça me fez lembrar as últimas palavras de minha mãe.

    - Onde é este lugar senhor?

    - Este local Deives, se chama ?Santuário? e fica na Grécia.

    - Santuário? Grécia? Nunca ouvir falar.

    Um sorriso partiu de Matt.

    - Sei que não escutou... o santuário não é algo que muitos saibam ou conhecem, mas a Grécia é um país que fica algumas horas daqui... quer me seguir?

    - E o que um garoto de oito anos fará lá? - perguntei, intrigado.

    - Não vou mentir para você Deives. Você será treinado para ser um cavaleiro de Atena, para trabalhar em prol da justiça, será um treinamento duro e penoso, você pode até morrer, mas também poderá se consagrar um dos 88 cavaleiros de Atena.

    - Atena... Já ouvir falar... é a deusa da sabedoria e da justiça... mas porque uma deusa precisa de mim? Ou melhor, de mortais? Ela não tem poder para vencer qualquer coisa?

    - De fato, ela possui poder, mas os cavaleiros servem para ajudá-la a trazer paz para a terra e os domínios de Atena, e não teria sentindo uma deusa lutar pelo homem se o próprio homem não lutasse pelo bem dele não acha? - perguntou Matt para mim.

    - De fato isso faz sentido.

    - E qual é a sua resposta Deives? Vai me acompanhar? - perguntou Matt.

    - Bem... Senhor Matt... o que é esta urna em suas costas?

    A pergunta pegou Matt de surpresa, ele estava me fitando à espera de minha resposta quando me respondeu.

    - Esta urna se chama caixa de pandora, e nela está o único sentimento que permaneceu dentro dela. Depois que Pandora libertou todos os males na terra, somente a esperança permaneceu. Esta urna é uma das 88 que guarda as armaduras dos cavaleiros que se consagram.

    - Então o senhor é um dos cavaleiros de Atena?

    Sorrindo, Matt respondeu.

    - Sim! Sou conhecido com Matt, o cavaleiro de ouro de Áries...

    - Ouro? Porque de ouro? - perguntei, curioso.

    - Bem Deives, sei que tem muitas questões que não conhece, mas se você me acompanhar irá descobrir, e pedirei permissão a Atena para treiná-lo, o que acha disso?

    Sorrindo para ele eu disse.

    - Sim, irei com o senhor quero, fazer a diferença e lutar em nome da justiça.

    Neste momento a chuva começou a cessar, a noite fria estava indo embora e ao longe o sol começava a nascer dando sinal que um novo dia e uma nova vida estavam para começar.

    Continua...


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