Escolha Pra Vida Toda

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    Capítulo 1

    Escolha Pra Vida Toda

    Era tarde, mais ou menos umas 16:00 horas, o sol já não brilhava como antes.

    Pedro estava caminhando sobre o gramado verde, indo de encontro com algo que não parecia real. Ele andou pouco e logo chegou onde queria.

    - Achei - disse ele, segurando um ponto brilhante que cabia na palma de sua mão

    Aquele ponto brilhante e quente, que cabia na palma da sua mão, era belo e cheiroso de cores entre tons rosa. Aquele ponto brilhante era nada mais que uma pequena fada.

    Era bela, pequenina, a pele clara, os olhos grandes e reflectores de uma inocência incrível, o cabelo castanho, e as asas, como as de uma borboleta, tinham várias cores

    - Como se chamas? - perguntou Pedro à pequena fada

    - Chamo-me Rosy. - respondeu a fada, com uma voz doce. - E você?

    - Pedro.

    Eles foram conversando, os dois pareciam estar se divertindo com o bate papo. Risos, rosto de curiosidade, expressões de tudo que é tipo, eles faziam.

    - Rosy, você mora aqui? - perguntou ele, já que nunca vira uma fada antes.

    - Não moro aqui, nem sei onde estou... Na verdade, estava voando bem alto, e algo me fez dormir, pois agora pouco estava dormindo. Não lembro bem o que aconteceu. - disse a fada, meio preocupada. "Será que ela estaria sozinha? Será que ela lembrará de tudo? E de todos do seu mundo???"

    Eram essas perguntas que ficavam no seu pensamento, dia e noite.

    - És tão bonita e querida. - disse Pedro, encostando a fada ao seu peito. - Não te preocupes. Vou levar-te para minha casa, vou tratar de ti. Vou ajudar-te a recuperar a memória. Até lá vou tratar muito bem de ti. - e deu-lhe um beijo. Ele estava a começar a apaixonar-se

    A fada sorriu e concordou, mas apesar de por alguma razão ter problemas de memória, havia algo que sabia perfeitamente, e disse:

    - Não fales a nenhum humano de mim. Por favor.

    - Está bem. - prometeu Pedro.

    - Poucos humanos sabem da existência de fadas. Só as crianças, escritores e outros artistas, por outras palavras, seres humanos com grande imaginação.

    Pedro levou a fada escondida no seu bolso para casa.

    Ele vivia numa pequena casita amarela, assim que chegou foi logo para o seu quarto.

    -Pedro, muito obrigada. Você é um menino brilhante. ? disse a fada, já abrindo a boca de sono.

    A mãe de Pedro acabara de chegar em casa, já era quase 21:00. Foi diretamente ao quarto do filho.

    Bateu à porta, chamando pelo menino.

    - Pedro, estás acordado?

    Não precisou a mãe chamar duas vezes, o menino aparecera na sua frente, fechando a porta rapidamente.

    -Pedro?! Está bem? Parece pálido... - disse a mãe do garoto, o olhando dos pés a cabeça. "Esse Pedro não parecia ser o seu".

    Deu um sorrisão, mostrando todos os dentes.

    - Não, não estou muito... bem, mais que pergunta! - disse ele, levando sua mãe para o quarto ao lado.

    - Está mesmo tudo bem? - perguntou a mãe.

    - Sim, está. - respondeu Pedro, apesar de estar um pouco nervoso.

    - Está bem então. - disse a mãe, e aproximou-se dele. - Boa noite. - e deu-lhe um beijo.

    Pedro voltou para o quarto, fechou a porta atrás de si, e procurou pela fada.

    - Rosy, onde estás?

    - Estou aqui. - respondeu uma vozinha que vinha debaixo da cama.

    Pedro foi lá espreitar e viu a fada. Estava assustada. Pegou nela com cuidado, e encosto-a ao peito, e fazia-lhe festinhas no cabelo.

    - Está tudo bem. - assegurou ele, e pousou a fada encima da sua almofada.

    Pedro pegou no seu estojo da escola, tirou de lá de dentro os lápis e canetas, e pôs um lenço cheiroso e macio lá dentro, pôs também um pouco de algodão para ser a almofada.

    - Pronto, podes dormir aqui. - disse ele à fada

    - Muito obrigada. - agradeceu a fada, e assim que se deitou adormeceu logo.

    Pedro ainda ficou um pouco a mirar a beleza da fada, ela era bela, brilhante, cheirosa

    Ele estava a começar a apaixonar-se.

    E acabou por adormecer

    Chegou o dia, Pedro acordou meio sonolento ainda. Lembrou-se de Rosy e foi vê-la. Ela já não estava lá. Ele ficou procurando a fada debaixo da cama, nas gavetas, em todo canto do quarto.

    - Rosy onde estás??? - ficou angustiado, saindo até lagrimas de seus olhos.

    Já sem esperanças de vê-la novamente, sentou-se na cama com os olhos baixos.

    Algo fez ele olhar pra frente, talvez fosse o cheiro conhecido que sentira um dia atras.

    Sim, esse cheiro era dela, dela, somente dela.

    Ela estava fora do quarto do garoto, batendo no vidro da janela, pedindo ajuda pra entrar.

    - Estou aqui Pedro, venha me ajudar. - disse a fada, meio fraca por ter passado a noite quase toda fora do quarto.

    O jovem não entendeu, ele lembra de tê-la deixado dentro de casa, dormindo só depois dela.

    Coisas misteriosas aconteciam quando eles não viam.

    Ele abriu a janela, e pegou na fada.

    Ela estava assustada, fraca e fria.

    Ele pegou nela e acarinhou-a.

    - O que aconteceu? - perguntou ele à fada.

    Mas a fada não respondeu, adormeceu nas mãos de Pedro, e ele com cuidado para mão danificar aqueles belas e coloridas asas, pousou-a na sua cama, encima da almofada.

    Algo de estranho se passava, não só à fada, mas ao local, as coisas pareciam diferentes.

    Pedro começou à procura da mãe, mas, nada, não a encontrava.

    Começou a entrar em pânico, mas depois pensou que ela talvez só estive na rua a regar as flores ou assim, e saiu de casa.

    E...

    - Mas onde é que eu estou???

    Assim que saiu de casa, há sua volta não estava a sua rua, estava um belo bosque com muitas plantas, e algumas muito belas e desconhecidas para Pedro

    Até o céu estava diferente, havia vários tons de cores, todo o céu parecia um arco-íris, as nuvens algodão doce.

    As árvores que Pedro desconhecia era na verdade árvores de chocolate, as casinhas era feito de caramelo com bombons de morango, tudo era feito de doce naquele lugar, menos sua casa que de alguma forma viera parar ali.

    A fadinha ficou zonza ao ver o bosque, ela estava prestes a lembrar de tudo.

    Seu colar, começou a brilhar, mudando o cenário de novo. Eles saíram de um cenário e voltaram para de antes.

    Pedro estava na sua casa novamente com todos. A fada disse a Pedro:

    - Lembrei...! Isso aconteceu por causa do me colar.

    Tirou do pescoço para destrui-lo.

    E assim fez. Após quebrar o colar, ela se transformou numa linda moça.

    Pedro ficou encantado a olhar para ela

    Era uma rapariga muito bela, de cabelo escuro, olhos castanhos, tinha um grande sorriso, e...

    Bem...ela ao transformasse rasgou a pequena roupa de fada, por isso estava nua, mas Pedro, envergonhado, e atrapalhado, deu-lhe alguma roupa, e ela vestiu-se.

    - Tá tudo bem? - perguntou ela ao vestir-se.

    - Sim, está. - respondeu ele corado, e virando-se de costas para ela, para não a ver assim.

    Quando ela se vestiu, pediu a Pedro para ir dar uma volta com ela, pois queria contar-lhe tudo, o que se tinha passado

    - Está bem. - disse Pedro.

    - Leva-me ao local onde me encontras-te a primeira vez.

    E Pedro foi com Rosy ao local onde a encontrara-a pela primeira vez.

    Iam de mão dada como um casal de namorados, ele estava apaixonado por ela, queria beijá-la, mas ela não era deste mundo, e parecia não saber o que era o amor ao certo.

    Chegaram ao local, e Rosy começou a contar o que tinha acontecido.

    - Na verdade eu já sabia que você existia. - disse Rosy olhando dentro dos olhos de Pedro. - Eu vim te procurar, a princípio eu me esquecera de tudo e do meu sentimento por você. Nós fadas, quando completamos certa idade teremos que escolher em ser fada ou ser humana. Eu escolhi ser humana. E sabe porquê?

    Nesse momento ele ficou parado, completamente.

    Rosy aproximou-se bem perto dele, tão perto que era como se estivessem em abraço. - Porque quero fazer isto! - deu um beijo caloroso em Pedro.

    Nesse momento não existia pessoas, só existiam os dois.

    Aquele beijo, apaixonante, quente, durou tanto tempo...

    Pedro estava parado, com ela à sua frente a beijá-lo, a abraça-o, e ele também a abraçou, apaixonado.

    Neste mesmo dia, à tarde, foram os dois para um jardim, cheios de flores coloridas, e à sombra de uma árvore, de uma tília, que tem folhas em forma de coração, Pedro estendeu uma toalha azul, e ele e Rosy sentaram-se. A rapariga, trazia um cesto cheio de comida. Eles iam fazer um piquenique.

    Pedro cortava gentilmente com as mãos, um bocado de bolo e dava-o à boca de Rosy, e esta fazia o mesmo. Eles estavam realmente apaixonados, era um amor platónico.

    O ar cheirava bem, devido as umas flores de lavanda que haviam por ali perto, e a brisa ao passar por elas, levava o doce cheiro, para o ar.

    - Sabes Rosy... - começou a dizer Pedro. ? Eu amo-te. Amo-te tanto.

    - Eu também. ? respondeu Rosy com um grande sorriso, e pôs um chocolate na boca. E depois aproximou-se de Pedro, e juntou os seus lábios cheios de chocolate com os dele.

    Deram um beijo de chocolate.


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