Sakura estava animada ao fazer o jantar naquela noite. Assim que chegou tomou um demorado banho quente, hidratou a pele, colocou um vestido bem leve e descalça mesmo desceu para a cozinha a fim de cozinhar algo para ela o pai que ainda estava ausente.
Foi ate a sala e colocou uma musica bem alta.
Assim que a mesma começou a tocar, a rosada começou a preparar a comida, aquela salsa pedia uma comida quente, apimentada. Resolveu fazer frango com páprica e cenoura.
Enquanto preparava os ingredientes dançava no ritmo da musica. Oh Deus, como gostava das danças latinas... como seu sangue fervia e seus quadris mexiam sozinhos ao ouvir esse som...
Apesar de seu espanhol estar enferrujado não pode deixar de cantar enquanto rodava pela cozinha ate chegar a geladeira e a abrir, tirando de la ervas para temperar a ave. Comeu uma rodela de cenoura enquanto ia remexendo os quadris.
Após cortar o frango em cubos, mexia as mãos como ondas balançando a faca pelo ar, levou o instrumento ate o peito e arrastou a ponta pelos botões do vestido subindo e descendo bem lentamente, sem deixar de sorrir, fechou os olhos enquanto as pernas fazia os passos ousados da salsa.
Colocou a ave em uma panela com óleo, cebola e alho refogados, o aroma do alimento dominou o espaço enquanto a cerejeira pegava uma colher e mergulhava na massa de tomate para logo após se derramar dentro da panela fechando-a logo após para acelerar o processo de cozimento.
Balançou os ombros pegando a páprica e a despejado cuidadosamente entre os ingredientes do frango que exalava um cheiro delicioso, fechou os olhos apreciando melhor aquele aroma.
–Parece que a festa está boa!
Sakura se virou assustada para a entrada da cozinha onde seu pai estava parado segurando a pasta do trabalho e sorrindo sorrateiramente.
A musica parou e a cerejeira sorriu cúmplice para o pai. Qualquer japonês que visse a filha fazendo os passos daquela dança poderia achar ruim, mas não Saito Haruno, gostava de ver a paixão da filha por aqueles ritmos, afina ela não negava o sangue que tinha.
–Vá lavar as mãos, o jantar está quase pronto.
E a rosada se virou novamente para a panela mexendo os ingredientes que
borbulhavam.
O Haruno sorriu e se dirigiu ate o andar superior para se limpar antes do jantar, aquele cheiro bom lhe lembrava os dias em que Amélia ainda era viva, e Sakura era tão parecida com ela...
–Si pequeña.
A cerejeira sorriu com os dizeres do pai, talvez finalmente as coisas poderiam voltar ao normal, talvez finalmente seu pai começava a superar a morte de sua mãe, Amélia.
–Como assim? E vocês conversaram?
–Sim Ten-chan, ah...foi tão perfeito. A Hyuuga deitou na cama abraçando um travesseiro recordando dos momentos que passou no ônibus.
–Será que se eu passar a andar de ônibus também vou arrumar um namorado?
Hinata sentou na cama levemente encabulada.
–Nós não somos namorados, apenas trocamos algumas palavras.
Tenten sorriu sorrateira para a amiga.
–Mas pra quem nem sabia que você existia, foi um belo começo.
Hinata sorriu sem jeito e Tenten gargalhou.
–Não sei do que reclama Ten-chan, muitos garotos da nossa escola adorariam sair
com você.
A morena fechou a cara.
–É contra os meus princípios namorar os idiotas daquela escola.
–Diz isso pelo Neji nii-san?
Hinata notou toda a face da Mitsashi ficar vermelha.
–Não fale esse nome Hinata, ele ofende meus ouvidos.
A Hyuuga soltou um tímido sorriso.
–Nunca entendi a relação de vocês...
Tenten lhe encarou irritada.
–Que relação? A única relação que seu primo quer ter é a sexual, qualquer dia o pinto dele fica preto e cai!
Hinata se assustou com o linguajar da amiga mas não se importou, afinal aquele era o jeito de Tenten.
–Talvez...você o fizesse mudar, você foi a única garota que ele pediu em namoro e ...
A Mitsashi a interrompeu.
–Desculpe Hinata, mas eu não quero ganhar o céu tanto assim.
A Hyuuga se deu por vencida, não adiantava discutir com Tenten, no fundo a amiga tinha razão mas talvez valesse a pena tentar dar uma segunda chance a Neji.
Ambas se sobressaltaram ao ouvir gritos vindos da sala no andar debaixo da mansão.
–Isso são horas de chegar Hyuuga Neji? Onde você passou o dia? E que marcas de batom são essas na sua roupa? Isso não é um comportamento adequado pra um Hyuuga e ...
Hiashi gritava com o sobrinho a plenos pulmões.
Hinata suspirou, ou talvez não.
Estava deitado em sua cama sem conseguir dormir, aqueles olhos verdes se transformaram quando ela se encaixou atrás de Konan e passou a guiá-la, aquelas palavras sussurradas no ouvido da azulada enquanto a cerejeira o encarava, palavras tão profundas, quase levianas.
Sasuke se virou mais uma vez na cama tentando encontrar uma posição que fizesse o sono chegar, era inútil sua mente estava ligada demais e seu corpo suava, estava quente. Resolveu se levantar e ir tomar um copo d’água. Andava em plena a escuridão sem fazer barulho, não desejava despertar ninguém, assim que passou pelo quarto dos pais pode ouvir uns barulhos estranhos... girou os olhos e se apressou em descer as escadas, definitivamente não queria saber o que os pais estavam fazendo, apesar de ter total certeza do que era. Ambos sempre tentavam esconder sua relação apaixonada, apesar de ate mesmo um cego poder ver o quanto se desejavam, o quanto se amavam e quanto fôlego eles tinham para fazer tanto barulho.
Após beber a água foi ate a janela olhar a noite, estava quente para aquela época do ano, resolveu então sair e ir ate a garagem, tirou a capa de sua fênix e a observou orgulhoso, ate ter uma idéia.
Se fosse pego dirigindo às três horas da manha, sem camisa, descalço e sem documentos com certeza iria preso, mas não se importava, estava quente, muito quente...
Parou diante da casa de estilo vitoriano e pulou pra fora do carro que estava com a capota abaixada. Se encostou na lataria e pegou o celular no bolso da calça de moletom que vestia , apertou o botão fazendo discar o numero que já estava gravado na memória do aparelho.
–Moshi- moshi... ela tendeu com a voz arrastada, com certeza estava dormindo.
–Estou parado bem na frente da sua casa.
–Sasuke-kun? -Notou a voz mais desperta, um segundo depois viu a cabeleira loira aparecer na janela do quarto- o que está fazendo aqui?
–Digamos que estava sem nada pra fazer então decidir te visitar, vamos dar uma volta.
Ino sorriu de onde estava, Sasuke era completamente impulsivo o que fez sua intimidade molhar na hora.
–Já estou indo.
Minutos depois viu a loira caminhar ate si, vestindo um hobby azul de cetim que contrastava perfeitamente com seus olhos, alem de deixar as belas pernas leitosas da loira amostra.
–Onde vamos?
Ela perguntou debruçando sobre ele e roçando seus lábios.
–É uma surpresa.
Ele abriu a porta do carro pra Ino que entrou rapidamente, depois pulou no acento do motorista acelerando com vontade e fazendo a loira gargalhar.
Tinha certeza que ela seria capaz de fazer seu calor passar.
CONTINUA...