O Ritual - livro macabro

Tempo estimado de leitura: 58 minutos

    18
    Capítulos:

    Capítulo 3

    Restos mortais

    Álcool, Bissexualidade, Estupro, Hentai, Linguagem Imprópria, Mutilação, Nudez, Suicídio, Violência

    Não recomendado para pessoas sensíveis.

    Aqueles olhares, todos eles fixos em si, sim... era isso, finalmente.

    Estava sendo vista como realmente era.

    Jogou os cabelos para trás a medida que caminhava pelo campus escuro, existia gente de toda estirpe ali, todos estudantes de várias classes, mas o que procurava não encontraria ali.

    Queria um homem para sanar sua vontade, não uma criança.

    Não gastaria tudo aquilo que tinha agora com um estudante, precisava de algo mais, bem além.

    Quando ganhou as ruas da cidade barulhenta sentiu-se livre. Tóquio era uma cidade grande e repleta de pessoas interessantes, com certeza encontraria uma delas por aí.

    Ouvia os burburinhos e mesmo sem entende-los sentia bem, tão bem como nunca sentiu na vida.

    A região barulhenta e iluminada não lhe pareceu o melhor, queria algo mais íntimo, talvez a área boemia...sim, seria ideal.

    Mas talvez não precisasse caminhar muito para encontrar aquilo que procurava, pois o que viu a poucos metros a diante prendeu total e completamente sua atenção.

    Estava encostado no muro de uma galeria de arte, os cabelos negros e a pele pálida lhe davam um ar sério mesmo parecendo tranquilo.

    Respirou fundo e continuou seu caminho, assim que se aproximasse faria sua mágica, mas a peculiaridade foi que nem sequer precisou. Ele já havia se encantado.

    Foi só passar pela figura misteriosa que ele mesmo tomou a iniciativa.

    -Perfeita.

    Parou no mesmo instante, jogou os longos cabelos loiros para o lado e o mirou

    -O que disse?

    -Disse que é perfeita.

    O rapaz não pareceu acanhado ao lhe dirigir a palavra.

    Sentiu seu corpo inteiro se arrepiar ao ter os olhos tão negros quanto aquela noite presos aos seus.

    -É modelo?

    Ele de desencostou do muro e deu um passo mais perto.

    -Não...

    Respondeu sem se desviar daquele olhar.

    -Deveria, seria ótimo ter você posando para mim.

    -É fotografo?

    -Pintor!

    Ela se surpreendeu

    Então a figura soturna se aproximou mais, deu a volta por ela a mirando de cima abaixo

    Ino sentiu todo seu corpo esquentar diante da presença intensa daquele homem

    -Qual seu nome?

    Sussurrou próximo ao ouvido exposto da Yamanaka

    -Ino.

    Ele sorriu

    -Muito prazer Ino, sou Sai.

    Ergueu os olhos até os dele e correspondeu ao sorriso

    -Então Ino...  levantou a mão tocando em uma mecha dos fios dourados, ela acompanhou o movimento. -Gostaria de ser uma de minhas modelos?

    -Adoraria

    Sequer pensou em dizer não.

    -Ótimo.  Ele trouxe a mecha até próximo a narina e aspirou o aroma que saía dos fios

    A Yamanka sentia todo seu corpo aceso diante daquela figura

    Ainda com os fios entre os dedos, voltou a mirá-la

    -Espero quando for melhor pra você

    Disse

    -Não estou fazendo nada agora!

    A loira completou

    Ele apenas voltou a sorrir

    -É uma mulher decidida pelo que posso ver, sabe bem o que quer.

    -Não imagina o quanto.

    A Yamanaka mantinha o olhar fixo ao dele que apenas soltou a mecha dourada levando a mão ao rosto fino

    -Ah sim....eu sei.

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    Os olhos azuis diante de si brilhavam de tal maneira que faziam seu corpo inteiro arrepiar.

    Achou que ele falaria muito, geralmente o Uzumaki era bastante expressivo e animado, mas não naquele dia, tudo que ele queria saber era sobre ela, tudo e mais além.

    -Espero que esteja gostando.

    Já era a terceira vez que perguntava se estava do seu agrado

    -Está tudo ótimo Naruto-kun, não se preocupe.

    Ele sorriu ao ouvi-la chama-lo de uma forma tão íntima.

    Os olhos azuis sequer desviavam de sua imagem

    -Achei que fosse sua comida favorita...

    Comentou ao perceber que o loiro mal havia tocado em seu prato

    -É bom ver você comer.

    Com toda certeza seu rosto ganhou tons nunca antes imaginados.

    Baixou os olhos levemente envergonhada

    -Então, onde estão os outros rapazes?

    -Pedi que saíssem essa noite, devem ter seus próprios encontros.

    -E vocês são muito amigos?

    Hinata ergueu o olhar perolado para o loiro, buscava puxar assunto para sentir-se mais a vontade na presença dele.

    -Sim, mas meu melhor amigo mesmo não pode vir pra cá, continuou os estudos em Konoha mesmo, Sasuke tem muitos problemas de família.

    -Que pena, espero que esteja tudo bem com ele...

    Hinata ia continuar mas o Uzumaki se levantou de repente e parou diante de si na pequena mesa improvisada onde comiam.

    Ela apenas ergueu o olhar

    -Já acabou?

    -Ah... sim, obrigada, estava ótimo.

    O Uzumaki sorriu-lhe e recolheu ambos os pratos indo para o interior do grande aposento

    Bem maior e mais completo do que o que dividia com as meninas.

    Hinata apenas respirou fundo tentando acalmar as batidas descompassadas de seu peito.

    Então ficou de pé

    -Se quiser posso te ajudar a limpar...

    Mas assim que se virou ele já estava ali, parado a sua frente.

    -Agora tudo de que precisamos é de uma sobremesa.

    Disse em tom baixo a poucos centímetros de sua face.

    Hinata engoliu em seco, podia sentir a respiração de Naruto bem próxima a seu rosto

    Se ele se aproximasse mais poderia ouvir as batidas descompassadas e aceleradas em seu peito.

    -Claro, o que você gostaria de comer?

    -Você!

    Completou rompendo a distância final e avançando sobre os lábios suculentos da Hyuuga.

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    O lugar era amplo e escuro, as telas espalhadas pelo ambiente deixavam explicito a função daquele homem.

    No centro do espaço havia uma cama grande com lençóis escuros.

    As imagens retorcidas e fora de forma das pinturas a fizeram pensar que ele era fã da arte abstrata.

    -Você é muito bom!

    Ino comentou quando as luzes se acederam iluminando vagamente o local.

    Não sabia se era verdade, não entendia nada sobre aquilo, não se importava se era verdade.

    -Gosto de diversos tipos de arte.

    Ele olhava em direção a pintura junto com ela

    -Mas você será a mais especial.

    E a mirou com a lateral dos olhos.

    Se envergonharia em qualquer outra situação

    Mas não mais.

    Nunca mais.

    Afinal não havia o porquê de se envergonhar.

    -E então, como vamos fazer?

    Perguntou olhando ao redor.

    -Lá.

    Ele apontou para a cama com finos lençóis negros.

    Mal se atentou para a falta de outros objetos que deveriam talvez estarem presentes ali, era apenas a cama, as pinturas e os matérias para as mesmas.

    Os olhos azuis olharam na direção indicada e depois de volta ao homem.

    Nada respondeu.

    -Algum problema?

    Ele questionou.

    A Yamanaka desviou os olhos

    -Está com medo.

    Foi uma afirmação

    -Não.

    Disse firmemente

    -Então, qual o problema?

    Ino então se afastou e foi em direção a cama parando próxima a mesma

    -O que eu faço?

    Sai, o belo homem que havia chamado sua atenção já posicionava uma grande tela em branco diante de si, no cavalete alguns tubos de tinta já usados.

    -Deite-se e fique à vontade.

    Ele respondeu sem a olhar, parecia atento na preparação das tintas e do pincel.

    Ino o fez, retirou os sapatos os deixando de lado e em seguida o casaco, deitou-se na cama  buscando se ajeitar.

    -Assim?

    Então os olhos negros a miraram

    Céus, cada vez que aquele homem a olhava sentia uma coisa diferente.

    - Você não me parece a vontade.

    Ele observou

    A loira apenas ergueu uma sobrancelha

    -Pensei que tinha dito ser uma mulher decidida.

    E era, é lógico que era!

    Ainda mais agora.

    Então ergueu o corpo e sentou-se, levou ambas as mãos até a barra da blusa e a subindo de uma vez só.

    O sutiã roxo, sua cor favorita, contrastava bem com a pele branca.

    Jogou a peça em qualquer canto e seguiu para a parte posterior, usava uma saia longa, então apenas a desceu, tudo sobre o olhar atento do jovem rapaz.

    Ele mal denotava expressão.

    Quando levou as mãos as alças do sutiã, travou.

    Sutilmente ele saiu de próximo a tela e veio caminhando até onde estava.

    Parecia um gato pardo com movimentos leves mas certeiros.

    Ele ergueu o joelho e o pousou sobre a cama se arrastando sobre os lençóis até chegar nela.

    Ficou de joelhos diante de si e sorriu

    Seu sorriso era tão simples e encantador

    Então levou a mão até a da loira e terminou o movimento que ela havia cessado

    Fez o mesmo com seus próprios dedos do outro lado, deslizando a alça fina pelo ombro exposto.

    Então se aproximou mais e Ino o sentiu próximo, tinha um aroma forte e masculino.

    Os dedos ágeis foram até o fecho na parte de trás o desfazendo em segundos.

    Quando se afastou novamente a loira elevou os braços para que ele trouxesse a peça junto.

    Sai a olhava nos olhos.

    Levou a peça as narinas aspirando seu cheiro.

    Então a jogou de lado e se aproximou novamente da Yamanaka

    -Deite-se!

    Foi uma ordem mas que saiu no formato de um sussurro.

    E ela o fez, deitou sentindo todo seu corpo queimar

    O sorriso ainda era estampado no rosto pálido

    Ele levou as mãos até o cós da peça íntima que fazia conjunto com o sutiã já esquecido em alguma parte do lugar.

    A medida que ele a descia sentia os arrepios em sua pele, os dedos gelados só lhe instigavam mais a curiosidade de tê-lo mais próximo.

    Mais perto.

    Ergueu os quadris para facilitar a passagem, ele mal a tocava e isso só a deixava mais desejosa.

    Quando já estava nua observou ele a admirando

    -Nunca vi perfeição como a sua.

    Seu interior molhou na hora

    Ele guardou a peça no bolso e se afastou

    Quando já estava novamente diante da tela a olhou

    -Agora não se mexa.

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    Sequer fechou os olhos quando sentiu o impacto da boca dele sobre a sua.

    Tinha avidez, volúpia, intensidade

    Mal conseguia respirar

    Levou ambas as mãos ao peito e começou a afastá-lo

    -Na-Naruto-kun!

    Chamou ofegante assim que conseguiu se desprender do contato apressado do loiro

    -Ah Hinata, eu quero tanto você...meu pau chega a doer quando me chama assim.

    Os olhos claros se arregalaram e ela deu um sutil passo para trás.

    -Eu também gosto muito de você, mas acho que não devíamos apressar as coisas.

    Os olhos azuis se tornaram nublados

    -Pensei que você me queria.

    Hinata sentia seu corpo suar devido ao nervosismo

    -Eu...Eu quero

    -Então o que estamos esperando?!

    E já partiu para cima dela mais uma vez.

    Os lábios grossos e a língua úmida invadiram sua boca sem pudor enquanto as mãos grandes pressionaram sua cintura e começaram a descer pelos quadris.

    Sentiu um leve arrepio quando ele encontrou as carnes de sua perna

    Fechou os olhos quando ele arrastou os lábios pela pele de seu pescoço.

    Quando a mão chegou no vão entre suas pernas travou

    Segurou o braço de Naruto com força e tentou empurra-lo

    -Não.

    Os olhos azuis a alcançaram

    -Porque não Hina? Eu sei que você me quer, sempre quis, desde a primeira vez que me viu.

    Então ele ignorou o toque dela e forçou a mão na parte íntima.

    Hinata sentiu o contato dos dedos naquela região

    -Não Naruto, assim não!!

    Seu peito estava acelerado mas dessa vez o sentimento era outro

    Completamente diferente

    E os lábios antes tão desejados agora eram pressionados com força contra os seus.

    Ela tentou se esquivar mas fora em vão

    -NARUTO NÃO!

    Sua voz saiu forte e intensa

    O Uzumaki se surpreendeu

    Ele se afastou e a olhou, ela tinha a respiração acelerada e os cabelos já não estavam no lugar

    -Você me queria...agora vai me ter!

    E a jogou no chão com violência.

    Hinata soltou um grito alto quando sua cabeça bateu no assoalho, mas mal teve tempo de reagir pois o corpo grande e pesado do Uzumaki já estava sobre o seu.

    Começou a se debater e tentar estapeá-lo mas o loiro parecia tomado por uma força sobrenatural.

    Segurou seus dois braços os prendendo ao chão e se pôs entre as pernas dela

    As lágrimas já rolavam pelo rosto vermelho da Hyuuga

    -Você é tão bonita.

    E desceu seu rosto passando a língua do pescoço até a face experimentando o sabor das lágrimas.

    Quando Hinata ia gritar ele a calou com um beijo seguido de uma mordida nos lábios.

    Então o sangue se uniu as lágrimas.

    -Vou foder você até te arrebentar por dentro.

    Quando ele soltou suas mãos e se ergueu para abrir as calças Hinata olhou ao redor

    Nada, não havia nada, estava perdida.

    Tudo que tinha perto era a mesa

    Quando Naruto abaixou a calça Hinata sentiu seu sangue gelar, tentou se debater ainda mais mas foi em vão, isso só parecia o divertir ainda mais.

    O instigar.

    -Fomos feitos um para o outro Hina-chan...

    E o sorriso débil se alargou no rosto do loiro

    Ele retirou a mão da calça e levou até o interior de suas pernas puxando a peça com força

    Sentiu sua pele queimar e arder

    Então esticou as mãos livres e uma delas encontrou a ponta da toalha.

    Puxou com toda a força.

    O ruído estrondoso da mesa se desfazendo não fez o Uzumaki parar

    -Fomos feitos para sermos um só!

    Podia sentir o tecido de sua calcinha pendido em uma das pernas, ele apenas levou mais uma vez a mão na própria região íntima e começou a retirar a peça que faltava

    O choro descontrolado deixava sua vista turva, quando ele se afastou mais um pouco para baixa-la até os joelhos conseguiu se mexer e chutar qualquer coisa que estivesse diante de si.

    Nem soube se o atingiu.

    Virou-se rapidamente pronta para ficar de pé mas sentiu as mãos grandes a puxando e mantendo-a fixa no lugar

    Naruto ergueu o vestido lhe deixando completamente exposta, depois se pôs sobre seu corpo que afundou no chão fazendo seu rosto bater com violência sobre o mesmo

    -Se prefere começar por trás melhor ainda...

    Sentiu o membro ereto roçando no interior de suas nádegas

    Estava presa

    Estava perdida

    Quando ele começou a forçar fincou as unhas no chão e gritando

    -Vamos ficar juntos pra sempre.

    Dizia enquanto continuava forçando o membro duro contra as carnes das nádegas da morena usando uma das mãos para afastar um dos glúteos e facilitar o caminho.

    Jogava os braços em qualquer direção, buscava alcançar os fios loiros dos cabelos de Naruto afim de arranca-los, arranha-lo, qualquer coisa!

    Qualquer mísera coisa

    Ele parecia uma besta

    Podia sentir as unhas fincando sobre a pele da face e arrancar os nacos mas nada o fazia parar

    Estava tomado.

    Então sua mão sentiu uma coisa

    Nem olhou para ver o que era, apenas a alcançou e lançou com tudo para trás, em direção a cabeça do Uzumaki.

    Ele guinchou

    Mas não parou, então repetiu eufórica, batendo com mais força.

    O corpo dele ficou mais pesado

    Hinata tentava se arrastar para longe mas ele a segurava

    Fez mais uma vez

    E mais uma

    Uma sequência incontável de vezes

    Então ele parou

    Chorava tão alto sentindo tantas voltas no estômago que mal conseguia se mexer

    Seu corpo inteiro tremia

    Então percebeu algo molhado

    Levou a mão ao pescoço e viu

    Sangue!

    Virou-se sentido todo o pesar do grande corpo sobre o seu

    Os olhos azuis ainda olhavam pra ela

    Um deles estufado, quase fora do globo ocular

    O sangue ainda saia em jatos do rombo e tingiam os fios dourados de vermelho

    Seu vestido vinho estava ensopado e o chão do lugar se encontrava manchado se sangue, suor e dos restos do rámen que estavam na panela.

    A mesma a que usou para fazer o rombo no crânio de Naruto.

    Seu grande amor...

    O grito dado em seguida pôde ser ouvido por todo o prédio.

    E quanto mais tentava se livrar do corpo morto sobre si, mais escorregava no mar de sangue em que estava deitada.

    _______________________________________________________________________________

    Assim que recebeu o chamado da amiga, saiu desesperada a seu encontro.

    Hinata mal conseguia dizer onde estava.

    Quando chegou ao prédio da república onde Naruto morava as luzes dos vários carros de policia podiam ser vistos de longe.

    Um dos policias tentou a barrar na entrada

    -Desculpe senhorita, o prédio está interditado, somente moradores podem passar.

    Sakura bufou e olhou para o alto.

    Curiosos já rondavam o local

    Quando viu a amiga descer as escadas acompanhadas de um oficial mais velho, passou pelo outro sem ao menos se importar.

    -Hinata!

    A morena a encarou, tinha os rosto vermelho e manchado, o lábio ferido, os cabelos desgrenhados e o corpo coberto de sangue.

    Não se importou em abraça-la, Hinata se jogou em seus braços.

    -Sakura...Sakura....eu...eu...

    -Eu sei Hina, você já disse.

    O homem vendo a cena se aproximou da rosada

    -É amiga da senhorita Hyuuga?

    -Sim, moramos juntas.

    -Poderia nos acompanhar até a delegacia?

    Sakura estreitou o olhar

    -Sua colega não está em condições de ir sozinha e precisamos do depoimento dela.

    Hinata tinha o corpo gelado e trêmulo

    -Claro, tudo bem.

    Quando já iam se afastar junto ao homem a maca veio sendo trazida com o saco preto envolvendo o corpo.

    O lamento alto dado pela morena foi ouvido por tudo

    -Calma Hinata, você não precisa ver isso.

    E girou a amiga já a levando até o carro do oficial que pedia para que o acompanhassem.

    Assim que sentaram no banco de trás, Sakura pôde acompanhar pelo vidro toda a movimentação do corpo até o colocarem dentro do furgão.

    No caminho só puderam ser ouvidos os gemidos baixos dado pela Hyuuga.

    -Chegamos senhoritas.

    O homem desceu do veículo e abriu a porta para ambas.

    Hinata entrou sozinha, até que em um momento a rosada foi solicitada dentro da sala.

    -A senhorita Hyuuga te ligou que horas?

    -Não sei, por voltas da 19, porque?

    O homem sentado detrás da mesa não respondeu, apenas conferia o celular da amiga que estava em suas mãos.

    Hinata havia parado de chorar e agora s olhava para ambas as mãos pousadas sobre seu colo.

    -Apenas checando se os dados conferem.

    -Ela quase foi estuprada, matou alguém em legítima defesa! O que mais tem pra checar?

    Foi ríspida.

    O homem ergueu o olhar para a cerejeira

    -Só estou seguindo o protocolo

    Sakura suspirou

    -Quando vamos poder ir?

    -A senhorita quando quiser, mas sua amiga precisa passar pelo exame de corpo de delito e vamos precisar da sua calcinha.

    Sakura arregalou os olhos.

    -É uma prova!

    -Quer prova maior que essa?

    E apontou para a amiga que se encolheu ao ouvir o tom de voz da rosada.

    -Senhorita, se não se portar vou ter que pedir que se retire.

    A Haruno bufou irritada

    -Eu não vou a lugar nenhum sem ela.

    -Pois bem, então aconselho que se sente e espere, pois isso aqui vai demorar.

    -Quanto tempo mais? Não está vendo o estado em que ela está?!

    Ele a olhou sem muito interesse

    -A noite inteira se for preciso.

    Chegou no quarto com o dia quase amanhecendo. Havia deixado Hinata no hospital para que cuidasse dos ferimentos e logo voltaria para busca-la com roupas limpas.

    Sem os restos de Naruto nelas.

    Estranhou não ter recebido sequer uma mensagem de Ino, com toda aquela agitação sequer teve tempo de avisar a loira.

    Quando entrou no aposento todas as três camas estavam intactas!

    Somente a sua um pouco desarrumada devido a pressa com que saiu para atender ao chamado da amiga.

    Provavelmente estava em alguma noitada e acabou perdendo a hora.

    A Yamanaka não tomava jeito mesmo, era o meio de uma semana de aulas.

    Aulas de fim de semestre!

    Juntou algumas roupas numa bolsa para Hinata e trocou as suas próprias.

    Se pudesse tomaria um banho mas não queria deixa-la sozinha por muito tempo, seus parentes demorariam a chegar vindos do outro lado do país.

    Deixou as bolsas sobre a cama e foi até o banheiro pelo menos para lavar o rosto e escovar os dentes antes de sair novamente.

    Mas assim que abriu a porta seu corpo inteiro entrou em choque.

    Levou ambas as mãos a boca e mesmo assim o grito alto e gutural não pôde ser contido

    Pois ali, boiando sobre a banheira estavam os restos do que um dia foi sua melhor amiga.

    Estavam os restos diluídos de Yamanaka Ino.

    CONTINUA...


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