O Ritual - livro macabro

Tempo estimado de leitura: 58 minutos

    18
    Capítulos:

    Capítulo 2

    Quando se olha no espelho, o que mora lá te olha de volta

    Álcool, Bissexualidade, Estupro, Hentai, Linguagem Imprópria, Mutilação, Nudez, Suicídio, Violência

    Capítulo com cenas fortes, não recomendado para pessoas sensíveis.

    Quando abriu seus olhos mal se apercebeu aonde estava, mas foi só se remexer que sentiu a pontada no baixo ventre, não conseguiu conter o gemido de dor.

    Sua cabeça, seu corpo...tudo doía!

    Ergueu-se levemente constatando que estava em sua própria cama, mas que as outras estavam vazias.

    O cheiro das velas ainda era presente no ambiente e isso só fazia com que as pancadas na cabeça fossem ainda mais fortes.

    A última coisa da qual se lembrava era da garrafa escapando de sua mão e de ir com tudo de encontro ao chão.

    Olhou para o mesmo e parecia intacto, nada de vinho, nada dos cacos...

    Sentou-se na cama e respirou fundo e ali sim sentiu aquela dor, a mesma de ontem, algo que parecia a corroer por dentro.

    A comer de dentro para fora.

    Levou a mão ao ventre e fechou os olhos respirando fundo.

    Céus, nunca havia sentido uma cólica tão forte como aquela em toda sua vida, sequer se lembrava de estar em seu período menstrual.

    Na verdade não estava, seu fluxo sempre foi um relógio e sua regras eram pontuais, talvez a pressão das provas finais antes das férias, seu penúltimo período, a decisão por uma especialidade, a mania de não saber dizer não para Ino quando a chama para as noitadas e acabam bebendo...tudo isso devem ter acabado descontrolando seu fluxo.

    Levantou-se da cama parecendo ter levado uma surra, percebeu alguns arranhões pelo braço, foi desbar bem em cima dos cacos da garrafa.

    Levou mais uma vez a mão ao ventre indo em direção ao banheiro, precisaria do remédio mais forte que tivesse ali.

    -Ino?

    Assim que cruzou a porta do aposento notou a loira parada de pé se olhando no espelho.

    -Você está aqui? Achei que estivesse sozinha.

    A Yamanaka nada disse, apenas mantinha-se fixamente admirando seu reflexo.

    -Sabe se temos remédio pra cólica, não estou aguentando de dor...

    Sakura foi até o sanitário, levantou a tampa, abaixou as roupas e se sentou.

    Assim que o fez pôde sentir os coágulos se descolando das paredes de seu útero e ganharem passagem até seu canal vaginal.

    Quase gemeu no processo, suas regras nunca foram tão dolorosas. Mal se importou se a amiga estava ali.

    Quando não conseguiu segurar o suspiro de dor foi como se o mesmo causasse um estalo na loira, pois somente naquele instante ela a olhou.

    -Sakura, você está bem?

    -Só agora você me viu aqui?! O que aconteceu ontem?

    -Você desmaiou! Acho que foi a bebida, quase se cortou com a garrafa de vinho e pra piorar sua menstruação desceu, achamos até que estivesse com alguma hemorragia, nunca vi tanto sangue. Deu um trabalhão pra te limparmos e colocarmos na cama!

    -E onde a Hinata está?

    -Na aula provavelmente

    Mas a atenção da Yamanaka já não estava mais na amiga

    -Que horas são?

    -Já passa das oito.

    -Oito! Porque você não me acordou, eu tenho aula!!!!

    Então passou o papel desajeitamente pulando a parte do banho, não teria tempo.

    A Yamanaka voltou a se olhar no espelho

    -Ino, sai da frente, eu preciso me aprontar e pegar um remédio!

    Sakura se abaixou diante do armário debaixo da pia e o vasculhou em busca da maior pílula que pudesse sanar sua dor.

    Quando se pôs de pé mirou a amiga

    -Você também está atrasada!

    -Eu já estou indo...

    Assim que pisou fora do banheiro olhou para trás, a loira passava as mãos de forma letárgica sobre os cabelos.

    -Ei!

    Os olhos azuis lhe alcançaram por um instante

    -Você está ótima!

    E então se virou começando a buscar por suas roupas.

    Nunca se arrumou tão rápido em toda a vida, procurou pela bolsa e separou as chaves do quarto.

    Assim que calçou os sapatos saiu gritando e fechando a porta

    -Bom dia hoje, até mais tarde!

    Mas o que a rosada não sabia é que a loira passaria o resto do dia ali.

    Olhando fixamente para o espelho.

    E que depois de um certo tempo...ele começaria a responder aos estímulos visuais que recebia.

    A primeira aula estava perdida, mas a segunda conseguiu presenciar por completo, pegou uma garrafa de água na máquina próxima a portaria de seu curso e levou mais um comprimido a boca, a dor da ressaca havia passado mas aquela maldita cólica não queria ceder.

    Quando já ia se virar para voltar para sala os viu.

    Estavam os dois lá parados debaixo da árvore que ficava bem de frente para seu curso.

    Sakura quase saiu do prédio para ter a certeza que seus olhos não estavam lhe pregando uma peça.

    Era Naruto conversando com Hinata?

    É claro que era, o Uzumaki era inconfundível e sua amiga ficava completamente retraída perto dele, exatamente como estava naquele momento.

    Quando ele se aproximou mais e deixou um beijo no rosto da Hyuuga, Sakura levou a mão a boca incrédula!

    Ele partiu deixando uma Hinata com olhar espantado e uma das mãos exatamente onde os lábios do loiro encostaram.

    Quase correu até lá, mas no instante seguinte o sinal para a terceira aula tocou e o amontoado de estudantes se fez pelo corredor e na portaria exatamente onde se encontrava.

    Hinata e Naruto?

    Quem diria...

    Parece que o desejo da jovem Hyuuga estava se realizando!

    E Sakura não poderia estar mais feliz pela amiga.

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    Não estava louca, sabia que não estava.

    Foi só sair do quarto que dividia com as amigas que teve a certeza.

    Os olhares, aqueles olhares atentos.

    Sim, estava diferente. Tudo estava diferente!

    Sua pele, seu cabelo, suas formas.

    Foi só se levantar da cama aquela manhã que conseguiu perceber, seu corpo já não era mais o mesmo, nem mesmo a ressaca que esperava veio a atormentar.

    Assim que a amiga saiu para a aula a deixando só, a primeira coisa que fez foi se despir e andar pelo quarto abrindo o grande armário para alcançar o espelho que havia lá dentro.

    Se olhou por inteira dando várias voltas, indo e voltando.

    Tudo que a incomodava, uma cicatriz de cirurgia, uma leve protuberância no baixo ventre, o pequeno culote na silhueta esquerda, seus joelhos ossudos, a marca da queda na infância no tornozelo...nada mais estava ali.

    Levando a mão a boca para conter a surpresa, mordeu as falanges do polegar e dedo médio quando o pensamento lhe veio à mente.

    Então sentou-se no chão e abriu as pernas buscando o que mais a incomodava.

    Seus lábios vaginais grandes e desproporcionais.

    Afastou mais as pernas ao notar que a vulva rosada e de poucos pelos loiros estava...perfeita.

    Deixou o corpo tombar para trás apoiando-se nos cotovelos e sorriu levemente abobada.

    Todos aqueles anos sem levar uma bela chupada na região por puro complexo mas agora...

    Agora!

    Levou os dedos da mão direita até lá para senti-la e afastou os lábios vaginais notando um arrepio ao contato, não era acostumada a se ver assim, tão aberta, tão exposta, nunca gostou devido aquela falha.

    Mas ao passar os dedos indo e voltando por eles, respirou fundo tendo aquela sensação a tomando minimamente, aos poucos, bem lentamente.

    Olhava-se ao fazer os movimentos, seus olhos azuis nunca foram tão vívidos, tão brilhantes. Sua pele tão lisa, seu corpo tão curvilíneo, mordeu os lábios ao esfregar seu ponto de prazer e conter o gemido.

    Mas aquilo era pouco, e quanto mais se olhava, quanto mais via sua perfeição, mais se sentia excitada, foi apenas quando sentou-se e afastou aqueles lábios tão suculentos que compunham sua vulva sedenta e introduziu um dedo que sentiu-se melhor.

    A sensação era boa mas não satisfatória, então enfiou mais um e começou a movimentá-los, indo e vindo no ritmo de seus suspiros, mas quanto mais se mexia mais desejava ser preenchida por algo então introduziu mais um dedo em seu interior e o gemido saiu alto e sonoro.

    A delicadeza dos movimentos já não eram aprazíveis, precisava de mais e o calor ali dentro, dentro de si mesma a fazia queimar.

    Estava em chamas.

    Quanto mais introduzia mas desejava ser penetrada.

    Seus dedos já não lhe davam aquilo que queria, então os retirou com violência e suspirou erguendo-se do chão e olhando ao redor.

    Talvez algo ali pudesse ser útil, foi até a escrivaninha e abriu a primeira das duas gavetas, só havia matérias de papelaria, clipes, gominhas, cola, canetas, grampeador e um monte de tranqueiras que Sakura e Hinata teimavam em acumular ali, a fechou com violência, seu interior parecia arder, ela precisava de algo a mais, algo além.

    Algo que não sabia o que era.

    Foi quando a segunda gaveta foi aberta que a solução surgiu, retirou lentamente o objeto prateado de lá de dentro, nem se lembrava de algo como aquilo guardado ali, afinal não comiam no quarto, sempre usavam o refeitório da faculdade, talvez fosse mais como uma medida de alto proteção de três garotas vivendo sozinhas em um quarto de republica.

    Mas agora aquele objeto, tão gelato, tão cortante... seria ideal.

    Foi em direção ao espelho novamente e passou a ponta afiada por seu rosto descendo até os seios empinados e de aureolas rosadas, passou pela barriga lisa sem a cicatriz da cirurgia de apendicite feita aos três anos de idade, por fim a passou no vão entre suas pernas.

    Sentiu seu corpo inteiro tremer no contato do metal frio e cortante com seu clitóris inchado e pulsante.

    De pé afastou as pernas, olhou para baixo e viu a lâmina, girou o objeto e segurou com ambas as mãos no fio direcionando o cabo até sua entrada.

    Quase gritou quando o fincou de uma vez em seu interior.

    Fechou os olhos e regozijou-se naquela sensação.

    Apertou ainda mais a lâminas entre os dedos e afundou o cabo lá dentro o puxando apenas para voltar a enterra-lo com força. Todo seu corpo se perdia em chamas, quanto mais a faca entrava mais ela a queria lá dentro.

    Levou uma das mãos até os seios e jogou a cabeça para trás tendo aquela sensação prazerosa a envolvendo, a dominando.

    E quanto mais ela gemia maior era a sensação, até que sentiu a ardência profunda, o ranger da carne, o estilhaçar das fibras e o craquelar dos ossos.

    Então veio o alivio!

    De uma vez só.

    O topor foi tanto que escorreu para o chão anestesiada e lá ficou.

    Com a faca entre as pernas e passando as mãos meladas por seu corpo antes pálido.

    Mal se deu conta quando o entardecer caiu.

    Levantou-se apenas para se trocar.

    Guardou o objeto de prazer onde estava antes e se vestiu, não havia o porque de ficar mais tempo ali.

    Tinha muito o que aproveitar com sua nova parte do corpo favorita.

    E perfeita!

    Ao sair e fechar a porta mal se deu conta do rastro que deixou para trás.

    Mal se deu conta de sua aparência...

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    Assim que adentrou no quarto acendeu as luzes e sorriu bobamente mais uma vez.

    Naruto...teria um encontro Naruto Uzumaki.

    Olhou ao redor e percebeu estar sozinha, mas o sangue no chão a assustou.

    Não haviam limpado aquilo ontem à noite?

    Mirou o relógio que usavam como despertador, ainda tinha algum tempo para se arrumar.

    Foi até o banheiro rapidamente e tratou de limpar aquilo, uma das coisas que mais presava entre elas e as amigas era a solidariedade feminina.

    O fez com o frio na barriga e aquela sensação de náusea misturada com ansiedade que apenas um primeiro encontro poderia proporcionar.

    Gostaria que uma das garotas estivesse ali para lhes contar a novidade, mas Sakura devia estar em uma das inúmeras aulas em laboratório e Ino simplesmente não atendia o celular.

    Precisava de dicas! Conselhos, um tapa que fosse para que se acalmasse!

    Ergue-se do chão recolhendo os lenços umedecidos manchados e foi até o banheiro os jogando no lixo e respirando fundo.

    Não havia o porque de estar nervosa, ia dar tudo certo.

    Aquilo era tudo que sempre sonhou.

    Despiu-se e rapidamente adentrou debaixo do chuveiro, não se demorou ali, não gostaria de deixa-lo esperando.

    Hidratou a pele e foi até o armário que estava com uma das portas escancaradas. Olhou tudo que tinha, nada a agradava, talvez uma das meninas tivesse algo melhor! Desistiu da ideia ao se lembrar que mesmo que tivessem provavelmente não caberia pois, diferente das amigas, seus seios eram volumosos demais.

    Suspirou resignada e buscou algo em sua própria parte.

    Pegou um vestido vinho levemente rodado, simples mas bonito.

    Escovou os cabelos negros e longos, colocou duas gotas de perfume sobre o pescoço e passou os dedos pela franja a ajeitando.

    Talvez fosse bom passar algo no rosto, um pó, rímel, mas desistiu ao perceber que no estado de nervosismo que se encontrava só iria causar uma tragédia caso tentasse algo diferente, se ao menos Ino estivesse ali... optou pelo simples gloss rosado nos lábios, calçou as sapatilhas baixas e considerou-se pronta.

    Quando desceu os degraus do prédio da república onde morava e abriu a portaria o viu parado ali.

    Com sua jaqueta preta e laranja que sempre chamaram a atenção.

    Sentiu seu peito falhar uma batida.

    Se lembrava de como Ino achou ridículo aquele modelito chamativo, ela apenas ficou encantada.

    E ainda permanecia.

    Ele se aproximou sorrateiramente e ao parar diante de si abriu o largo e envolvente sorriso.

    -Você está bonita.

    Sentiu exatamente quando a pele de seu rosto começou a pegar fogo e ele diminuir o sorriso para um simples e lateral.

    -O-obrigada.

    Droga, não queria gaguejar, não aquele dia, não com ele.

    Queria ser uma mulher forte e decidida.

    -Vamos?

    Ele se pôs ao seu lado e ela apenas maneou a cabeça fazendo a franja escura balançar suavemente enquanto caminhavam lentamente pelo campus que já tinha algumas tímidas estrelas no céu poluído.

    -Para onde iremos?

    Juntou suas forças e conseguiu perguntar firmemente

    -Para minha república, fiz um jantar lá para nós dois.

    Ela parou e o encarou

    -Você cozinhou pra mim?

    O Uzumaki voltou a alargar

    -É claro, fiz minha especialidade, rámen!

    Voltaram a andar enquanto sentia que a qualquer minuto seu coração sairia pela boca

    -Geralmente só faço pra mim mas você...

    Os orbes azuis a miraram lateralmente

    -Você é especial.

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    Chegou no quarto morta.

    Sequer retirou os sapatos quando se jogou na cama suspirando pesadamente.

    A única luz que iluminava o ambiente vinha dos postes do lado de fora do prédio.

    Catou a bolsa que escorreu de seu braço ao se deitar e buscou o celular, quando o encontrou foi atrás do número da amiga.

    Hinata não atendia.

    Estava se corroendo de curiosidade sobre o encontro dela com o Uzumaki mais cedo, desistiu quando a terceira chamada caiu sem ninguém atender.

    Tentou Ino, mas foi o mesmo, parece que suas amigas estavam ocupadas aquela noite.

    Talvez fosse até melhor assim, estava tão cansada que somente a ideia de sair e buscar algo para comer parecia penosa demais.

    Talvez comesse a maçã que pegou no refeitório no horário do almoço, só precisava alcançar a faca que ficava na gaveta da escrivaninha.

    Chegou a tomar impulso para fazê-lo, mas seu corpo pesou então voltou a tombar no colchão.

    Suas pálpebras pesavam demais e ainda precisava estudar para a prova de Tsunade.

    Sequer terminou seu raciocínio, no minuto seguinte já estava no reino dos sonhos.

    Sonhos terríveis e perturbadores demais onde três mulheres vestidas de negro conjuravam alguma coisa banhadas em sangue.

    As cabeças dos animais estavam espalhadas pelo caminho até onde se encontravam e no centro...

    No centro o corpo humano mutilado, os pedaços formando um desenho estranho demais para ser entendido, a carne pálida já se tornava esverdeada e odor pútrido demonstrava o avançar da decomposição.

    No lugar dos olhos velas negras.

    A boca, aberta com a arcada dentária a mostra deixava apenas a língua de fora.

    E nela apenas uma palavra era escrita

    Escarificada

    Volo!

    Acordou sobressaltada com o celular vibrando sobre sua barriga.

    Sentou-se na cama ao ver que era a amiga

    -Oi Hina.

    Sua voz saiu baixa e falha, ainda estava assustada.

    Apenas a respiração apressada era ouvida do outro lado da linha

    -Hinata?

    Então veio o choro desesperado acompanhado de um soluço

    -Hinata, o que aconteceu?

    -Sakura, o Naruto...ele, ele....

    -Por Deus, diga logo de uma vez!

    -Ele está morto!!

    Ficou muda

    -Eu o matei!

    CONTINUA...


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