O Mago Das Espadas - Livro 0: Os Escolhidos

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    12
    Capítulos:

    Capítulo 21

    O Jovem Sonhador e A Cantora

    Linguagem Imprópria, Nudez, Violência

    Boa noite magos e magas! Estamos de volta com mais uma apresentação, ou melhor duas! Conheceremos a dupla Alex e Luna, moradores do pequeno mais importante vilarejo de Burg. Local onde um dos maiores heróis do mundo da magia nasceu. Quem é ele? Leia e descubram! Desde já uma boa leitura para todos!

    Em uma pequena ilhota separada do continente residia um pequeno vilarejo, lá os luxos e a tecnologia não existiam, o lugar parecia ter parado no tempo.

    O vilarejo de Burg, povoado humilde que mantem em suas raízes as lendas de grandes heróis do passado que lutaram para proteger a Deusa das garras das trevas. Em particular o lendário Dragon Master Dyne.

    Dyne nasceu e cresceu em Burg, mais sua sede por aventuras e para desbravar este mundo foram maiores, quando completou onze anos partiu do vilarejo com seu melhor amigo Ghaleon e foram em busca de aventuras.

    Muitas histórias e lendas surgiram algumas inventadas, outras reais. Mais nada disso importava para aquele menino que todos os dias subia até o alto daquela encosta, onde repousava ao lado da arvore mais alta, um velho monumento onde uma espada enferrujada jazia fincada e lá ficava por horas o admirando.

    Seus olhos verdes brilhavam em emoção toda vez que olhava para aquele monumento, o vento que soprava sempre ao estar ali e as terras longínquas que esperavam para serem descobertas ou visitadas. O jovem menino olha para o horizonte e sussurra.

    – Um dia... assim como esse vento que cruza o oceano, eu encontrarei meu caminho e viverei minha própria aventura... assim como você fez um dia, grande Dragon Master Dyne! – Olha para suas mãos. – Sei que falta muito para mim, mais eu acredito que assim como o vento que sempre encontra seu caminho eu encontrei o meu, para me tornar forte! – Diz com convicção o jovem com seus olhos faiscando, até que uma voz fina e aguda se faz presente:

    – Alex... ô Alexxxx... CADÊ TU MENINO?!

    Um pequeno ser com aparência de um gato branco com asas voava pelo vilarejo e gritava a plenos pulmões a procura do jovem. O jovem ao ver o pequeno amigo sorri e grita:

    – Aqui Nall!!!

    O pequeno gato alado ao ver o menino voa até ele.

    – Aff!!! Até que enfim te achei!!! Onde você tava? – Diz o pequeno ser peludo de nome Nall.

    O menino sorri para seu amiguinho.

    – Estava aqui, apreciando a vista.

    O gato alado serra os olhos.

    – Sei... estava olhando para o céu, o mar, ou pela milionésima vez o monumento do Dyne? – Pergunta arqueando as sobrancelhas.

    O menino fica encabulado.

    – Ehhh... você sabe Nall... sempre gosto de vir aqui.

    – Sei... – E voa pousando no ombro do menino. Seus pequenos olhos vermelhos olham para o velho monumento, mais precisamente na inscrição que estava nele;

    “Em honra do Grande Dragon Master Dyne, que sua bravura e determinação, encorajem a todos nós.”

    – Palavras incríveis, não acha? – Pergunta Alex.

    – Acho... mais cara... isso é um monumento, um monte de pedras enfileiradas, nem um tumulo isso é, nada disso ai pertenceu ao Dyne, exceto a espada! – Reclama Nall.

    Alex ao ouvir aquilo suspira.

    – Eu sei... mas mesmo assim. – Olha para o monumento. – Toda a vez que venho aqui, eu sinto minhas forças se revigorarem e minha vontade de sair por esse mundo aumentar cada vez mais! – E olha para seu vilarejo. – Eu amo minha vila Nall, mas às vezes eu me sinto preso aqui, sinto que podia estar fazendo mais coisas além de plantar e arar a terra. – Se abaixa e pega um graveto e começa a usá-lo fingindo ser uma espada. – Gostaria de sair por ai lutando contra vilões, magos das trevas, voar em dragões e até...

    – Fazer mais amigos? – Pergunta Nall que deixou seu ombro sentando-se na grama, esticou-se e lambeu sua pata passando sobre sua cabeça como um gato de verdade faz. – Parece incrível!

    – Não acha?! – Exclama Alex cortando o ar com o graveto. – O problema é que... não sei lutar direito, só o básico! Gostaria de ter um mestre que me guiasse na arte da espada, mais isso aqui em Burg é impossível!

    O pequeno gato alado olha para seu amigo e não consegue deixar de sentir pena dele, então resolve se abrir.

    – Eu também às vezes me pego pensando Alex.

    – Ah? Em quê?

    O pequeno Nall abre suas pequenas assas e voa em volta do amigo.

    – Se os peixes fora de Burg são tão gostosos como falam!!! – Exclama o pequenino sorrindo.

    – O QUÊ?!

    – Imagina só? Peixes batatas, peixes curupiras, peixes espadas, peixes gorgonzolas, peixes macarronadas, peixes passarinhos, peixes bumba meu boi... eu já falei peixe? – Pergunta Nall piscando para seu amigo que tinha várias gotas na cabeça e ria meio que sem jeito.

    – Bom... quem sabe, né?

    – Ahhhh, experimentar todos os peixes do mundo... isso sim seria um grande sonho!!! – Os olhos de Nall chegam a brilhar de tanta emoção.

    – E depois não querem que te chamem de gato alado? – Pergunta Alex rindo e cruzando os braços e a resposta foi simples e direita:

    – Tô nem aí!!! Mais mudando de assunto a Luna tava te procurando.

    Na mesma hora o rosto do menino mudou de feliz pra preocupado.

    – Como? A Luna me procurando?

    – Sim. – Responde Nall.

    – Aconteceu alguma coisa?

    – Não, nada de mais, ela só pediu pra te lembrar de que vocês tinham marcado um ensaio para o festival da Deusa depois de amanhã, lembra?

    Na mesma hora Alex dá um tapa na proporia testa.

    – AÍ DROGA!!! Me esqueci do ensaio!!!

    – Isso que dá ficar vendo monumentos de pedras o dia todo.

    – NALL!!!

    – Que foi tô mentindo? – Sorri maroto o gato alado.

    – Aff!!! Onde ela tá? – Pergunta Alex já começando a correr, Nall por sua vez abriu suas asas e voou junto do amigo.

    – Na fonte do dragão, ela disse que ia colher umas flores e pediu pra você encontra com ela lá... só que isso foi mais ou menos uma hora atrás.

    Alex engoliu um seco ao ouvir isso.

    “Tô perdido!”

    Pensa em pânico.

    – Fica tranquilo, o máximo que ela vai fazer e te dar um esporro como de costume, ou talvez chutar suas bolas e você cair no lago, ou quem sabe bater na sua cabeça com um galho, ou talvez...

    – NALL CALA A BOCA E VAMOS LOGO ATÉ ELA!!! – Berra o menino em pânico deixando o pequeno Nall flutuando no ar.

    – O que foi que eu disse? – Se pergunta o pequenino que logo segue seu amigo.

    No vilarejo as pessoas cuidavam de suas vidas pacificamente, trabalhavam em suas hortas e rebanhos. Mercadores vendiam peças e artigos que vinham do continente, mais nada disso importava para um certo menino que corria como um louco pela estrada.

    Alguns cidadãos o cumprimentavam ao passar.

    – Bom dia Alex, lindo dia!

    E ele respondia.

    – QUE BOM!

    Outros perguntavam:

    – Pra que a pressa?

     E Nall respondia:

    – Risco de morte iminente!

    – NALL!!!

    Durante o trajeto, Alex e Nall cruzaram com uma bela estatua na forma de uma linda mulher de longos cabelos e vestido branco. Em suas mãos segurava o que parecia ser uma lua crescente, localizada no centro de Burg.  Parou por alguns instante, fez uma reverência e continuou sua corrida, aquela era uma das inúmeras estatuas que representam a Deusa guardiã da magia e do mundo em que vivem... A Deusa Althena.

    Lendas contam que quando o a guerra entre magos e dragões chegou ao fim, o mundo mergulhou nas trevas, o mesmo ser que trouxe a chama primordial sentiu pena daqueles que foram vítimas das ações egoístas de seus antepassados e quando toda a geração pecadora se foi, ele enviou sua filha, uma bela jovem de coração e mente pura que trouxe para eles uma nova chama, uma nova vida, um novo começo. Porém diferente da chama que ficou em um único lugar a própria jovem era essa chama e com seus poderes divinos acendeu a chama da esperança nos corações, mentes e espíritos que habitavam este mundo e assim surgiu a Deusa Althena, guardião do legado de seu pai O Rei da Lua e mantenedora da ordem, da harmonia e da paz do mundo.

    Essa era uma das tantas histórias que Alex adorava ouvir de seu pai. Outra era sobre os Quatro Dragões Sagrados, os guardiões máximos da magia e da Deusa.

    Muitos pensaram que após a guerra os dragões haviam sido extintos, mais Atlhena encontrou quatro ovos escondidos, cada um de uma cor diferente, branco, azul, vermelho e preto e com seus poderes fez nascerem quatro filhotes, ela cuidou deles como se fosse sua mãe e quando eles crescerem foram abitar este vasto mundo servindo como guias aos humanos e guardiões mais leais da deusa, isso aconteceu há mais de mil anos atrás. Mas com certeza a melhor e mais fascinante das lendas e que Alex mais ouvia era do Dragon Master.

    Reza lendas que enquanto vivia na Lua com seu pai, a Deusa tinha um guardião que a protegia contra todas as maleficências e forças das trevas, com seu poder podia controlar as mais poderosas bestas que o mundo da magia podia existir... os Dragões! E não só isso... diziam que este individuo podia usar magias que só aquela raça anciã sabia e ate se transformar em um deles!

    Esse era o Dragon Master! E quando veio para este mundo Althena manteve esta honra, e de tempos em tempos um jovem ou uma jovem tem a chance de se tornar um Dragon Master, mais para isso ele precisa passar pelas quatro moradas dos dragões sagrados, ganhar suas bênçãos, os equipamentos destinados a ele e o poder dos dragões, para finalmente ter uma audiência com a própria Deusa que concede sua fiel espada, para que ele sirva ao mundo, ao povo e a paz.

    O Dragon Master era o herói mais amado de todo o mundo da magia, várias crianças sonhavam em se tornar um, principalmente quando o ultimo Dragon Master derrotou um perverso mago que tinha o poder de manipular qualquer espada e podia enfrentar um exército inteiro sozinho!

    Esse era o herói que Alex almeja e desejava ser tornar, mas para isso...

    – Tenho que sobreviver a fúria de uma certa menina antes! – Berra Alex correndo.

    – Alex o que você quer que eu escreva na sua lapide?

    – NALL!!!

    – Hi, hi, hi, brincadeira... agora é sério chapa espero que ela esteja de bom humor, se não...

    Nall para sua frase quando começa a ouvir uma bela voz, era límpida jovial e encantadora.

    – Alex é a...

    – Sim é a Luna... – Suspira o menino recuperando o folego e observando a fonte de água cristalina que corria pelo pequeno lago, mas a beleza do lago era fugaz comparado a ela...

    Sentada no alto da fonte estava uma bela camponesa, trajava um vestido simples de cores amarelo, azul e branco, um pano roxo envolvia sua cintura, saia curta que deixava parte de suas pernas magras e alvas expostas e calçava um par de botas marrom. Em sua cabeça usava dois panos um em sua cabeça que a protegia do sol e outro que prendia seus longos cabelos azuis celestes em uma trança que caia para seu ombro esquerdo e seus olhos eram da mesma cor que seus cabelos... da cor do céu.

    Ali estava a jovem mais bela e a melhor cantora de Burg a jovem Luna, amiga de infância e secretamente... paixão de nosso jovem sonhador.

    – Ei! Isso é segredo autor!!! – Rosna Nall!!

    Alex respira fundo, estava um pouco tenso ainda, Luna era uma pessoa maravilhosa e detora de um enorme coração, sua voz era uma extensão desse imenso coração, vários pássaros e animas da floresta estavam envolta da jovem encanto ela cantava, foi ai que o menino teve uma ideia, sem ser notado ele se aproxima da cantora, puxa de seu sinto sua fiel ocarina e sem fazer barulho fica bem atrás dela começando a tocar seu instrumento. Um som nostálgico e harmonioso soa da ocarina de Alex. Luna ao ouvir aquela melodia fechou os olhos, estava um pouquinho zangada com seu amigo e pensava em dar uns belos cascudos nele quando o visse. Mais ao ouvir o som daquela linda ocarina como pedido de desculpas, ela perdeu totalmente a vontade de brigar com ele, então ela ri e se levanta encarando seu amigo.

    – Bela maneira de pedir desculpas senhor aventureiro! – Diz sorrindo a jovem.

    Alex ao notar o sorriso de sua amiga, fica vermelho, para logo depois coçar a cabeça e dizer:

    – Bem... desculpa... eu meio que perdi a noção do tempo... foi mal! – Responde juntando as mãos junto de sua ocarina de frente ao rosto.

    – Isso mesmo Alex! Implore por perdão! Assim o castigo será menor!!! – Berra Nall que por sinal estava voando bem alto.

    Os dois jovens olham para o alto.

    – Nall... o que você tá fazendo aí em cima? – Pergunta Alex.

    – É, você não é de voar tão alto? – Pergunta Luna.

    O pequeno ser alado diz com simplicidade:

    – Segurança!

    Alguns segundos de silencio e os dois jovens se entre olham e depois acabam rindo.

    – Aí Nall! Desce aqui eu não estou brava!

    – Serio?

    – Serio! Desce logo precisamos ensaiar para o festival! – Exclama a jovem acenando para o pequeno gato alado. – Eu tenho peixes!

    – CADÊ!!! – Já berra o pequenino na frente da menina com os olhos reluzindo. – Ah, Luna eu te amo!!!

    – Eu sei também te amo Nall! – Responde Luna abraçando o pequeno gato alado.

    Alex olhou para seus dois amigos e sorriu, realmente era muito bom vê-los felizes, principalmente Luna. Por alguns segundos sua mente viajou ao passado. Luna chegou à vida deles de surpresa, quando tinha um ano seu pai adentrou a casa com um pequeno embrulho nos braços, era um lindo bebê. Sua mãe perguntou aonde seu marido havia encontrado a pequenina e ele respondeu que a encontrou junto do memorial de Dyne e ao seu lado estava um pequeno ser que se assemelhava a um gatinho branco que ele trouxe junto, enrolado em uma cesta e assim Luna e Nall entraram em sua vida e ele não podia estar mais feliz.

    – Bom Alex, vamos aproveitar que o Nall está comendo e ensaiar... Alex?

    – Ah... Oh! Sim claro!

    E assim Alex e Luna começam a ensaiar para o festival da Deusa que seria daqui a dois dias.

    Todos os anos Burg comemora o festival em nome da Deusa Althena, protetora e guardiã do mundo. O festival é a maior data comemorativa do vilarejo, pessoas se divertem, brincam, agradeciam a boa colheita e os jovens fazem atuações com música, canto e dança. Esse ano, Alex e Luna estavam responsáveis por uma apresentação em que demostraria através da música a coragem e a determinação de um herói em proteger sua deusa e seus amigos... em suma seria uma encenação sobre o Dragon Master Dyne e Alex quase desmaiou quando o por voto pela maioria foi escolheu para tal tarefa. Luna lembra que seu amigo ficou o dia todo com um sorriso bobo no rosto enquanto era carregado pra casa desmaiado.

    Nall comentou que:

    “Foi muito pra cabecinha dele”.

    Depois disso ambos começaram a ensaiar todos os dias para não desapontar no festival. No entanto esse festival teria... visitantes diferentes...

    Sobre o oceano...

    – É sério, porque todos nós temos que ir nessa missão? – Pergunta um rapaz forte e musculoso com cara de idiota.

    Um rapaz gordinho responde:

    – Porque foi um pedido oficial do reino de Arendelle! Não podemos decepcioná-los!

    O rapaz com cara de idiota rebate:

    – Grandes merdas! A gente podia tá curtindo nossas férias em paz, mais não! Agora estamos indo para uma vila não sei do que realizar uma missão ultrassecreta! Que chato!

    – Eu não acho. – Responde um rapaz de cabelo rastafári loiro atrás dele. – Pensa só nos tesouros que pode haver lá dentro! Esmeraldas, rubis, safiras...

    – Diamantes! – Exclama uma garota muito parecida com o rapaz loiro.

    – Caramba maninha tem razão, afinal lá é a...

    – Ô gente dá pra vocês falarem menos e voarem mais! A Astrid e nossa convidada já tão bem lá na frente! – Exclama uma bela garota, de cabelos longos escuros e olhos verde que voava em uma fera metálica que rosnou, fazendo com que as outras feras dos amigos rugissem também.

    – Nossa! A Tesoura de Vento já consegue até mandar nós nossos wyverns, que incrível! – Responde o menino gordinho que voava em um wyvern roliço e com asas pequenas.

    – Claro que sim, afinal ela vai ser minha futura namorada! – Exclama o com cara de idiota convencido que montava em um wyvern de pescoço longo, com chifres e mandíbula ameaçadora, garras afiadas, longas asas com ganchos nas pontas e cauda cheia de membranas afiadas.

    – Cara, pra quantas garotas você já falou isso? – Pergunta o loiro rastafári.

    – Deixe-me ver... já falou pra Rapunzel, pra Mérida, pra Fuji... – Conta a garota loira ao lado do irmão gêmeo que voavam em um wyvern com duas cabeças de escamas verde, corpo forte e com duas caudas.

    – E você sabe como todas as investidas dele terminaram, né maninha? – Piscar o rapaz loiro.

    – COM UM BELO OLHO ROXO!!! HÁ, HÁ, HÁ!!! – Ri a gêmea chegando a ficar de ponta cabeça em sua fera.

    – Há, há, há muito engraçado mesmo! Mas fiquem olhando, pois EU Melequento Jorgeson, vou conquistar o coração indomável da minha deusa esmeralda!!!

    Os outros ouvem aquilo incrédulos.

    – Ele disse “deusa esmeralda”?

    – Olha Perna-de-peixe seu meu crebro ainda não saiu pelo nariz... – Cutuca o próprio nariz pra ter certeza. – Acho que disse sim! – Responde o loiro para o menino gordo.

    – Esse cara precisa é de óculos! Olhe pra mim, eu também sou uma deusa, não sou?!

    Dois segundos de silencio.

    – Mulher... não exagera!

    Na mesma hora um olhar mortal surge na gêmea que diz:

    – Cabeça Dura!!! – Grita a gêmea pegando o colarinho do irmão e o sacudido.

    – Cabeça Quente, para! Se chacoalhar ele demais, vai realmente fazer o cérebro dele sair pelo nariz!!! – Exclama Perna-de-peixe desesperado.

    – MAIS ESSE É O OBJETIVO!!! – Grita a menina de nome Cabeça Quente a plenos pulmões.

    – EU... NÃO... ME... ARREPENDO... DE... NADA!!! – Esbraveja Cabeça Dura enquanto é chacoalhado pela irmã.

    A discussão aumentava então a jovem de olhos verde em seu wyvern de metal voa mais a frente até a líder do grupo que estava montada em um de coloração azul celeste, com asas de cor amarela e uma cauda cheia de espinhos.

    – Astrid eles começaram... de novo!

    A garota que voa no wyvern azul nem se vira apenas diz:

    – Tempestade... espinhos!

    Na mesma hora o réptil balança sua cauda e vários espinhos voam ate os outros integrantes do grupo que sentem algo sendo cravado em seus elmos.

    – Hum!

    Eles olham e engolem seco ao verem espinhos cravados em cada elmo que usavam.

    – Eita! Acho que deixamos a Astrid brava! – Comenta Perna-de-peixe retirando o espinho do capacete.

    Os gêmeos reclamam:

    – Ô Astrid tá querendo matar a gente, é?

    – É, estamos só trocando carinhos entre irmãos!

    Mais dois espinhos voam e eles se agacham.

    – Ela tá brava! – Cometa Cabeça Dura.

    – Falta do Soluço na certa! – Comenta Cabeça Quente.

    Mais quatro espinho são arremessados contra eles e tem que fazer manobras para não serem acertados.

    – Acho melhor a agente calar a boca!

    – Verdade!

    Comentam os Gêmeos juntos.

    A garota de olhos verdes voa até ficar ao lado a amiga e pode perceber a indignação em seus olhos azuis.

    – Ei Asty! Não leva a sério o que esses idiotas falam.

    A jovem se dirigia a sua amiga e líder da missão Astrid Hofferson, uma jovem guerreira de cabelos loiros, presos a uma longa trança, tinha a mesma idade de seus amigos, mas com porte e inteligência de alguém com dez anos a mais. Seus olhos azuis da cor do céu olhavam para frente tentando se concentrar em sua missão, porém...

    – Sabe Heather?

    – O quê? – Pergunta a jovem de olhos verde e cabelos escuros de nome Heather.

    – Como... o Soluço... aguenta... esse bando de MALUCOS!!! – Rosna a jovem loira em fúria chegando a trincar os dentes. – Eles não percebem que estamos em uma missão importante e que precisamos ser responsáveis e acima de discretos!

    Heather olha para trás e vê o grupo voltando a discutir.

    – Acho que discretos não é bem o vocabulário deles, he, he.

    – AFF! Eu mereço! – Suspira a líder do grupo dando um tapa na própria testa.

    – Astrid, tudo bem? – Uma voz fraca e preocupada se manifesta.

    – Hum? – A jovem de Berk olha para frente e vê o motivo de sua missão.

    A frente de Astrid e Heather estava o motivo de sua viagem, montada em um lindo cavalo alado de cor azul celeste, com crinas brancas como a neve e asas também da mesma cor que deixavam um rastro de brilho enquanto voava. Em cima do belo animal uma jovem vestida com uma saia azul escura, botas pretas, usando luvas de couro negro para proteger suas mãos, na parte de cima vestia uma blusa branca e usava um longo manto com gorro que escondia sua cabeça e rosto. Por de baixo do manto escuro, Astrid podia ver os olhos azuis safiras de sua amiga que exalavam preocupação e a jovem amada de Soluço próximo líder do Condado de Berk sabia muito bem que não podia preocupar sua amiga.

    – Fica tranquila El! Só esses desajustados causando problema... como sempre. – Diz Astrid esboçando um sorriso.

    – Desajustados, mais maneiros!

    – E prontos para a ação sua majestade! – Dizem Cabeça Dura e Quente juntos se aproximando das meninas que iam à frente.

    – Não se preocupe, é normal desavença como essas. – Explica Perna-de-peixe.

    – Chegamos até a sentir falta quando não tem. – Diz Heather fazendo a jovem no cavalo azul sorrir. Sentia que todos a estavam tentando anima-la e isso a deixava muito mais tranquila e feliz.

    – Obrigada gente, nem sei como agradecer por terem vindo comigo.

    Astrid sorri.

    – Ué! Você é nossa amiga e amigos SEMPRE ajudam uns aos outros. De jeito nenhum deixaríamos você vir sozinha! – Diz a jovem loira dando uma piscadela para sua amiga que fica encabulada.

    – Obrigada Ast.

    – Sempre as ordens, agora vamos cambada! Falta pouco pra chegarmos!

    – SIM SENHORA!!! – Berram os cavaleiros de dragão.

    – Vivaaaaa... – Exclama Melequento sem animo, até outro espinho vir voando na sua direção e ele quase cair de seu dragão. – VIVA, VIVA, VIVA!!!

    – Melhorou! E então Perna-de-peixe, qual é a ilha mesmo?

    O menino gordinho, pega um mapa em sua bolsa de viagem, vê a trajetória e indica com o dedo indicador direito.

    – É aquela ali! Às 12 horas!

    – Beleza! Já consigo ver! – Exclama Astrid.

    – Então aquela é a ilha de Burg? – Pergunta a menina de manto.

    – Isso aí! – Responde Astrid e com um olhar de esperança a jovem de manto sussurra:

    – A ilha onde poderei realizar meu desejo...

    E o grupo voa acelerado para aquela ilha, onde um jovem e sua amiga ensaiavam e um antigo ser os observa de seus cristais e sorriu feliz.

    Estava chegando a hora prometida...


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