Altas aventuras em Tóquio

  • Bergovi
  • Capitulos 24
  • Gêneros Aventura

Tempo estimado de leitura: 5 horas

    18
    Capítulos:

    Capítulo 22

    É no silêncio que nos encontramos

    Álcool, Hentai, Heterossexualidade, Linguagem Imprópria, Nudez, Sexo, Violência

    Olá, como vocês estão?

    Demorou mas saiu o capítulo. Infelizmente meu tempo está corrido e não estava conseguindo finalizá-lo.

    Ele é o Arco ByaJenny. Vocês devem estar se perguntando o que o Byakuya vai ensinar para a Jenny, né?

    Eu espero que gostem.

    Pena que ficou curtinho mas sei que no próximo terá muito mais detalhes e interação.

    Boa leitura!

    Assim que Byakuya passou por Jenny, ela percebeu que teria que aprender tudo o que ele lhe propôs. Era a única maneira para voltar ao normal e ter seus dias preciosos ao seu alcance.

    Ela se virou para a porta vendo os servos curvados para que ela pudesse atravessar. Para ela era estranho demais, ver uma equipe com mais de 20 pessoas no mesmo lugar para atender exclusivamente uma pessoa.

    Jenny tomou rumo e seguiu corredor vendo que as senhoras que a acompanhavam já estavam prontas para que ela se preparasse para a refeição. As damas traziam uma bacia para que Jenny pudesse lavar as suas mãos e um guardanapo para se secar.

    Logo, ela foi encaminhada para o recinto onde o Kuchiki já se encontrava sentado na posição de anfitrião. A baixa mesa era peculiar e não era novidade para a brasileira. Somente a posição de seiza era estranha. Ela percebeu como Byakuya estava sentado, vendo seus joelhos flexionados no chão e os calcanhares apoiando o corpo.

    A brasileira notou a elegância e também a seriedade que o ambiente era. Por isso, Jenny se pôs em frente ao herdeiro do clã e lentamente ela se ajoelhou na pequena almofada, tentando imitar os gestos do oriental. Ela sentiu um leve incômodo na posição e tentava não perder o equilíbrio, já que não estava acostumada.

    Passou-se alguns minutos, o que foram dolorosos para a pequena dama ocidental. Mas ela resistiu e estava decidida ir até o fim. Ela queria que Byakuya notasse que ela já estava aprendendo a etiqueta em não falar e manter a classe.

    O Kuchiki levemente a encarou, confirmando que já estava pronta. Ele deu a ordem com o olhar e a mesa foi posta a sua frente.

    Ambos acompanhavam, em silêncio, o trabalho dos empregados em servir a refeição. Não tardando, o anfitrião falou em voz alta algo que Jenny suspeitou ser algum tipo de “oração”.

    — Itadakimasu. (Bom apetite.) — Assim o Kuchiki tomou em seus dedos os hashis e pegou um sushi.

    Jenny olhou e imitou o Kuchiki. Ela não estava sentindo firmeza com os palitinhos, mas, mesmo assim, tentou várias maneiras de firmar a mão e não deixar a comida cair. Logo em seguida, ela viu como Byakuya mergulhava a comida na tigela que continha o molho. Ela reparou que ele molhava o pedaço de peixe levemente e logo já o comia em uma única mordida.

    Byakuya olhou para ela assim que ela conseguiu efetivamente tomar a primeira mordida e sentir o gosto da culinária. Ele parecia gostar do que estava vendo e a eficácia de suas palavras estavam surtindo efeito.

    A refeição seguiu tranquilamente para uma jovem aprendiz. Ela apenas imitava os gestos do mais velho e não deixava de apreciar como estava sendo diferente, calmo e tranquilo. Em outras palavras, Jenny se intimidava pois parecia algo totalmente íntimo. Ela ficou imaginando se Rukia também tinha momentos assim. Pelo que já conhecia da vida da própria, imaginou que não.

    Assim que terminou de comer e saborear outras comidas na mesa, ela reparou que Byakuya, mais uma vez, fez uma pausa. Parecia ritual essas paradas, elucidando mais o momento de paz. Ele mais uma vez voltou a falar o seu mantra com a sua voz forte.

    — Gochisou-sama deshita. (Estou satisfeito) — Assim os empregados começaram a retirar em silêncio a mesa. Jenny não sabia descrever essa experiência. Parecia que era um jantar bem romântico. Ela sentia especial pois notou como ela aprendeu muito em poucos minutos naquele silêncio.

    De repente, ela reparou que Byakuya se levantou e se retirou do local. Ela pensou em até segui-lo mas não recebeu nenhum olhar ou alguma evidência para fazê-lo. Se conformou em apenas se levantar e seguir seu próprio caminho.

    Assim que já estava próxima de seu quarto, as servas pessoais já se encontravam no lugar para uma troca de roupas. Jenny vestiu uma roupa mais confortável como um leve vestido de calor, um tecido bem fino, e foi encaminhada para o ambiente da mansão Kuchiki.

    Era um lugar mais afastado e quando entrou no lugar, reparou que era um dojo, daqueles de treinamento. Ela chegou atravessar o salão e entrou em uma sala menor que mais parecia uma sala de escola, disposta com cadeiras e uma mesa.

    Byakuya já se encontrava no local. Estava em pé e de costas com os braços para trás, em posição de respeito e guarda. Jenny ficou impressionada com a roupa que ele usava. Era uma calça leve e social e uma camisa branca. Seus cabelos soltos o dava mais charme.

    Ele fez um sinal com as mãos e a serva deixou a sala em silêncio.

    Jenny ficou a esperar alguma palavra dele mas percebeu o quanto Byakuya apreciava o silêncio. Não ousou a quebrá-lo já que estava tentando conquistar o respeito do futuro líder Kuchiki.

    Ele se virou para ela e assim Jenny percebeu os olhos de Byakuya que eram tão penetrantes. Parecia que ele era capaz de enxergar a alma dela e até algum segredo. Lentamente ele se aproximou dela e ao chegar próximo o suficiente Jenny quase se desequilibrou. Se apoiou na mesa para não ceder.

    — Sente-se. — Ele desviou o olhar, apontando para a cadeira.

    Jenny obedeceu e em silêncio ela se sentou um pouco mais relaxada. Byakuya rondava ao redor dela e não desgrudava seus olhos. Jenny abaixou a cabeça tentando não se intimidar mas era inútil.

    — Precisa se sentar como uma dama e sua postura está totalmente curvada. — O som da voz dele estava bem atrás dela. Até que ela sentiu as mãos dele lhe tocar as costas para ajeitar a posição. — Cabeça tem que ficar ereta, ombros relaxados e coluna alinhada. — Jenny sentiu um arrepio divino com o toque dele junto com a voz limpa e oponente.

    Ele andou mais um pouco e ficou de lado para ver como ela estava e assim Jenny ousou a olhar de canto para acompanhar o seu olhar. Ela não sabia para que tanto Byakuya queria que ela fosse e se comportasse de um jeito tão polido e elegante. Abriu a boca assim que ele desviou o olhar voltando a circular.

    — Eu posso saber para que tudo isso? — Ela foi firme não desviando o olhar.

    — Hoje à noite iremos a uma festa e será a minha dama. — Jenny ficou em choque, arregalando os olhos simultaneamente.

    — Hoje? Eu nunca fui a um lugar assim antes. — O medo fez Jenny se curvar novamente.

    — Não precisa temer. — Byakuya voltou a alinhar novamente a coluna dela. — Nada vai te acontecer. Só preciso de sua companhia e mais nada.

    — Entendo. — Ela abaixou um pouco a cabeça por se achar importante para ele e ter se enganado com o sentimento. — Eu posso saber um pouco mais dessa festa?

    — Negócios. — Ele voltou a ficar de costas para ela, se aproximando da janela. — Não vai precisar falar nada.

    — Então o que precisarei fazer? — Ela voltou a o encarar e ver o que o Kuchiki estava tramando.

    — Preciso que você use o seu charme para atrair alguém. — Ele voltou para ela com um olhar diferente o que fez Jenny encostar na cadeira com a aproximação. — Quero que seja a dama mais bonita e elegante da noite.

    — Eu? — Ela quase gaguejou mas engoliu e voltou a falar abertamente. — Mas como farei isso?

    Byakuya abriu um sorriso sarcástico como se tivesse algo em sua mente. Jenny quase não resistiu ao movimento dos lábios dele.

    — Hoje nós iremos dançar. — Mais uma corrente elétrica passou pelo corpo da brasileira. Ela jamais pensaria que Byakuya faria uma proposta assim. — Quero que seja sensual e ao mesmo tempo elegante.

    Jenny começava a considerar tal proposta como um desafio até que fácil, já que sabia dançar e conhecia diversos ritmos. O comentário de Byakuya também não passou despercebido. Ela notou que ele quis dizer que sente seduzido pela sua dança.

    — Está bem. Mas você poderia me dizer que tipo de dança será apropriada para a ocasião?

    — Tango. — Jenny se surpreendeu.

    — Você sabe dançar Tango? Não é uma dança fácil e exige bastante treino.

    — Temos a tarde inteira para isso. — Ele passou por ela como se fosse buscar algo no canto da sala. Logo a seguir, ela ouviu a música atrás de si. Então ele estendeu a sua mão e ela se sentiu envolvida pelo som.

    Byakuya, assim que sentiu o toque de suas mãos, a fez se aproximar de seu rosto rapidamente. Ele levou a outra mão deslizando lentamente até cintura dela e começaram a caminhar por toda a extensão da sala em uma dança sensual, entrelaçando os passos de maneira sincronizada.

    O Kuchiki a conduzia enquanto Jenny aos poucos liberava a sensualidade de seus gestos e toques. Em uma manobra mais ousada, ela enlaçou sua perna, deslizando pela perna dele em uma provocação. Ele não tirava seus olhos dela que também não ousava desviar. Era uma competição de quem conseguia mais seduzir.

    De repente, ele segurou a cintura dela com as duas mãos e assim ela confiou no próximo movimento. Jenny se largou e deixou-se cair, jogando a cabeça com o tronco para trás para que ele a segurasse. Na volta, ele a conduziu e a trouxe para o seu corpo.

    Jenny cruzou com o olhar dele que ficava cada vez mais intenso e mais uma vez o seu peito começou a pulsar rapidamente. Ela ousou a o tocar com as duas mãos no rosto, como se tivesse intenção de beijar os seus lábios, porém, infelizmente, a música parou.

    Byakuya já tinha saído do clima e assim ele se soltou da garota que ainda estava querendo entender o que foram aqueles 4 minutos. Ela poderia dizer que foi ao céu e ao inferno pois sentiu todo charme que emanava daquele japonês incrível.

    — Já está perfeita para a noite. — Ele lhe deu as costas a dispensando.

    — Isso já basta? — Ela tentou receber uma resposta em vão.

    — Esteja pronta as 19:00. — Ele não se moveu e por isso Jenny compreendeu que deveria se retirar.

    — Claro. — Ela virou em sentido a porta e ao sair foi acompanhada até o seu quarto.

    Assim que chegou ela ficou sozinha no ambiente e não sabia o que descrever. Ela não sabia o que a noite iria lhe reservar. Mas como notou que Byakuya era totalmente profissional e perfeccionista, ela daria o seu melhor.

    ***

    Quando Jenny saiu, ele tinha certeza que tudo daria certo. Byakuya precisava que ela desse o melhor de si e sabia que a assustando um pouco com seus modos, ele conseguiria o que queria.

    Sabia que ela era capaz de mexer com seu corpo que insistia em estar perto dela e começava a se arrepender em ter a recrutado a participar de um plano arriscado. Ele saiu do salão e foi direto ao seu escritório que ficava na outra ala da propriedade.

    Assim que ficou sozinho no seu aposento ele pegou seu celular e fez a ligação que mudaria para acertar os últimos detalhes.

    — Kuchiki Byakuya. — Ouviu-se a voz do outro lado.

    — Está tudo pronto para hoje, Kuchiki Shuji? — Ele perguntou já indo direto ao ponto.

    — Está sim. Contamos com você!

    — Não falhem! Estou me arriscando muito. Não deixem que aconteça algo com a brasileira. Quero ela totalmente segura.

    — Não se preocupe. Eu já tinha esquematizado esse plano e você insistiu em participar. Ninguém sabe que somos primos e ninguém me conhece como um membro Kuchiki. — Shuji coordenaria uma operação em que Byakuya seria como uma isca.

    — Ótimo! Estarei lá as 19:30.

    — Certo.

    Logo ele desligou o aparelho e saiu do escritório. Byakuya precisava um pouco de ar e se preparar para essa noite que mudaria a vida da família Kuchiki.

    Continua...


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