Altas aventuras em Tóquio

  • Bergovi
  • Capitulos 24
  • Gêneros Aventura

Tempo estimado de leitura: 5 horas

    18
    Capítulos:

    Capítulo 17

    Surpresa

    Álcool, Hentai, Heterossexualidade, Linguagem Imprópria, Nudez, Sexo, Violência

    Olá! Como vocês estão?

    Estou atrasadíssima com a fic porém, não desisti. Eu já o tinha escrito mas estava insatisfeita.

    Segue um capítulo fresquinho arco ByaJenny.

    Espero que gostem.

    Boa leitura!

    Apenas o barulho do vento que soprava na madrugada era ouvido. O movimentos das árvores estavam em sincronia com o piscar de olhos do Kuchiki que teimava em dormir. Mas ele não se permitia.

    Ele, vez ou outra, olhava para o lado e via que a jovem protegida estava descansando em um sono sôfrego. As horas não passavam e a sua cisma também não.

    Estava estranhando muito o fato de não ter ninguém hospedado naquele albergue a não ser ele. Mas já tinha saído da cidade como era o planejado. E por mais que estivesse, nesse exato momento, tudo tranquilo, ele não conseguia descansar a sua mente que trabalhava a todo o vapor.

    Por mais que estivesse em um local provisoriamente seguro, Byakuya achava que o comportamento do recepcionista daquele local muito suspeito.

    Ele se recordou de quando, ao entrar naquele estabelecimento, o rapaz o encarou e ficou de olho na estrangeira. Tinha apenas um quarto disponível para a ocasião, não tinha carros estacionados no local além do dele e ainda por cima não tinha nenhum konbini (1) por perto.

    Isso tudo estava parecendo muito estranho. Mas mesmo assim foi cuidadoso o suficiente para não deixar Jenny mais assustada do que estava. Ele a trancou no quarto com a desculpa de sair para comprar o que comer e roupas e deu uma checada no local. Precisava confirmar as suas suspeitas.

    Desceu as escadas e chegou ao saguão que permanecia com as luzes um pouco escurecidas. Um casal bem extravagante entrou em busca de um quarto. Não gostou muito de estar num local que já estava mais parecendo um motel de beira de estrada.

    Seguiu caminho e saiu pela porta indo diretamente para o carro. Andou alguns minutos e achou a única loja de conveniência aberta. Por sorte tinha tudo o que queria. Foi direto para o caixa e notou que era o único carro que estava estacionado na loja. Não tinha ninguém além dele naquele lugar.

    Byakuya voltou rapidamente para o carro pois viu que tinha deixado um detalhe muito importante ter escapado da sua percepção. Ele quando tinha saído do albergue viu que era apenas o seu carro que estava estacionado. Como aquele casal chegou ao local?

    Ele deu uma arrancada e seguiu direto para a hospedagem. Jenny poderia estar em perigo por negligência sua.

    Assim que entrou pelo saguão foi direto ao quarto. Espiou outras portas pelo corredor e destrancou a porta do seu quarto.

    Foi surpreendido por uma moça totalmente ameaçadora. Ignorou o fato dela ser tão agressiva e quase o acertar com um pedaço de madeira. Mas pelas circunstâncias ele desconfiou que outra pessoa tentou entrar no quarto a assustando desse jeito.

    Lá estava ele perdido nos pensamentos e ainda sem saber por onde estava aquele casal e onde estava o recepcionista daquele lugar. Essas perguntas não deveriam ser respondidas se quisesse cumprir o seu papel de guarda costas.

    Byakuya foi perturbado de seus pensamentos assim que ouviu-se um barulho de carro se aproximando e ousou averiguar o que estava acontecendo. Abriu e fechou a porta sem trancar e desceu mais uma vez pelas escadas. Finalmente viu um carro chegando mas dessa vez não viu apenas o casal mas sim a sombra de uma terceira pessoa e misteriosa em um carro escuro que mais parecia um carro de corrida. Não teve mais dúvidas! Estava para ser pego a qualquer momento se não fosse rápido o suficiente para sair dali.

    Voltou rapidamente ao quarto acordando a estrangeira no susto. Byakuya a ergueu ainda sonolenta e a arrastou para fora do quarto. Foi para as portas dos fundos do albergue e conseguiu sair do local. Precisava de um plano para chegar até seu carro.

    Jenny, que estava toda assustada e descabelada, ainda não conseguia perceber que quem estava a conduzindo era Byakuya.

    — O que aconteceu? — Ela tentava se recompor pois ainda estava vendo vultos.

    — Silêncio. — Ele falou próximo ao ouvido dela a fazendo se arrepiar. — Temos que sair daqui.

    — Nos acharam? Meu Deus! — Ela começou a acordar involuntariamente.

    — Se você ficar falando alto, eles vão nos encontrar. — O Kuchiki levou a mão a boca dela e ela arregalou os olhos. — Em cinco minutos você vai sair daqui e seguir nessa direção. Eu vou tentar despistá-los. — A garota ficou sem o que falar. Atônita. Apenas olhando para a mão que ele apontava. — Você me ouviu?

    — Sim. Mas como você vai me pegar? Ainda mais no escuro? — Ela tentava controlar o nervosismo com muito custo.

    — Segue por essa direção que vai dar na estrada pois eu vou acender os faróis e assim você me verá. — Ele esperava pela confirmação dela que não vinha. — Entendeu?

    — Ok. Será você que estará com os faróis ligados. — Jenny tentava se convencer mas o risco e o medo estava a atormentando. Ela viu o Kuchiki se enfiar na mata enquanto ela controlava a respiração ofegante.

    Byakuya deu mais uma olhada no perímetro e percebeu que as pessoas não estava mais em seu campo de visão. Elas deveriam estar a sua procura se a sua cisma estivesse correta. Seguiu na direção ao seu carro contornando a lateral da hospedagem. O barulho das pessoas conversando e extasiadas tornou-se suspeito.

    O carro preto já não estava mais onde tinha visto. Ficou menos preocupado e sem problemas maiores, conseguiu chegar ao seu carro. Porém foi surpreendido por algo nada agradável ao tentar acelerar. Seu carro estava com todos os pneus furados. O Kuchiki estava encurralado naquela escuridão e sem estar protegendo a garota em perigo.

    Tirou o celular e resolveu pedir, com certa relutância, ajuda a única pessoa que poderia. Já que essa tinha uma dívida com ele. Mandou a mensagem curta e breve e saiu atrás da garota.

    ***

    Já tinham se passado os cinco minutos cruciais e Jenny começou a correr em disparada por aquele mato naquela escuridão. Ela não conseguia ver nada a um palmo. No desespero, caiu e acabou derrubando o celular. Tentou procurar mais foi inútil. Não tinha tempo a perder.

    Com muita tristeza ela se levantou e continuou o percurso. Se segurava por algumas árvores até conseguir sair daquela mata. Avistou a estrada principal iluminada pela luz refletida da lua. Viu de longe um carro se aproximar lentamente. Jenny começou a acenar e corria em direção ao carro que se aproximava com velocidade.

    — Aqui! Byakuya! — Ela gesticulava no meio da rua em desespero e ao mesmo tempo aliviada até que sentiu alguém pular em cima dela e a agarrar arrastando para a mata.

    — Quieta! — Byakuya a pegou e carregou pelos ombros tentando se esconder.

    — Me ponha no chão! — Jenny gritava e se debatia para tentar se soltar dos braços do desconhecido que a segurava. — Se você não me soltar eu vou gritar!

    Byakuya a soltou e assim Jenny percebeu de quem se tratava.

    — Sou eu. — Disse pegando no rosto da moça que estava em transe. — Estão nos caçando e precisamos sair daqui sem sermos notados. Mas você já foi notada.

    — E agora? O que vamos fazer!? — Ela tentava falar baixo mas vez o outra sua voz aumentava.

    — Primeiro você precisa ficar quieta. — Byakuya foi surpreendido por um farol alto em seu rosto. Puxou a garota pelo braço e começou a correr.

    Jenny corria sem enxergar para onde ir mas cada movimento diferente que dava as luzes acabavam os seguindo. Percebeu que a qualquer momento seria capturada. Sua intuição a fazia estremecer e fraquejar enquanto seu corpo começava a travar e diminuir a velocidade.

    O carro os perseguia pela mata e eles nem notavam quem era que estava na sua cola. Mas não poderia ficar dando bandeira. A moça parou de correr e se escorou em uma árvore. Ela não conseguia mais correr.

    — Byakuya!? — Jenny o chamou ainda ofegante. — Eu não consigo mais correr. — Ela começava a chorar pois a pernas tremiam e doíam ao mesmo tempo.

    — Não podemos ficar aqui. — O Kuchiki voltou e a pegou no colo. — Não aguento te carregar por muito tempo. Mas preciso que você não desiste. — Byakuya estava tendo dificuldade de carregar a moça.

    — Pode me soltar. Eu vou tentar mais uma vez. — Jenny tentou correr mas dessa vez suas pernas estavam fracas e a fizeram cair e torcer o tornozelo direito. — Ai... — Ela sentiu a dor e não conseguiu mais se levantar.

    A longa corrida pelo meio da mata deixou não somente a estrangeira cansada como o japonês que a protegia. Byakuya precisava tomar uma atitude mas não tinha muito tempo para pensar. Ele deixou a moça atrás de uma árvore e pediu para ela ficar em silêncio enquanto ele conferia se estavam sendo seguidos pelo carro.

    Percebeu que as luzes não estavam mais na sua cola e o silêncio era tão perceptível quanto os resmungos da jovem brasileira.

    — Te achei!!! — Jenny foi surpreendida por Morimoto que já a agarrou e começou a arrastar segurando por debaixo de seus braços. — DK vai adorar a novidade.

    — Me solta, seu japonês cretino! — A moça se debatia enquanto olhava seus pés desenhando pelo chão fofo. — Byakuya!!! — Ela começou a gritar sem conseguir achar onde ele estava. Não conseguia se soltar pois estava cansada demais para lutar.

    Morimoto conseguiu jogá-la para dentro do carro.

    — Quietinha! Você não deveria ter escapado daquela maneira. Agora o DK não vai ser bonzinho como antes. — Ele olhava para ela de lado a ameaçando enquanto saía da mata fechada. — Nem o Kuchiki vai conseguir te salvar mais. Eu esvaziei todos os pneus do carro dele hahaha. — Jenny ficou em choque com a risada debochada do rapaz e com isso entendeu porque os planos tinham dado errado.

    — Eu não vou a lugar nenhum com você. Me solta agora! — Ela esbravejou se jogando em cima do japonês que começou a perder o controle do carro. Jenny o arranhava e dava socos sem se preocupar com o fato dele estar dirigindo.

    — Ah, eu vou ter que te amarrar, garota bruta. — Morimoto parou o carro bruscamente e conteve a moça que se debatia.

    — Byakuya! Cadê você? — Jenny soltava as lágrimas pois não sentia mais esperanças.

    Ela conseguiu, com muito custo, levar os dedos a trava da porta do carro mas foi impedida imediatamente. Morimoto a segurou pelo cabelo e conseguiu amarrar suas mãos no painel do carro.

    — Pode gritar a vontade agora. Ninguém vai te ouvir. — O rapaz zombava da garota que só chorava e molhava o banco do passageiro.

    ***

    Byakuya só percebeu o erro que cometeu assim que viu a gritaria da estrangeira. Ele tentou chegar próximo e a salvar mas era tarde demais. Ele correu até não aguentar mais e cair no meio da estrada e ver as luzes vermelhas se afastando da sua visão. Não tinha chances de ainda resgatar a moça. Até que...

    — Finalmente! — Disse assim que avistou um Mazda RX-7 a sua frente. Byakuya se levantou e adotou o semblante indiferente antes de abaixar a cabeça e fazer uma constatação. — Está atrasado.

    — Kuchiki Byakuya. Tenho uma dívida para acertar com você. Então, entra logo e vamos resolver isso. — O rapaz misterioso fazia seu carro rugir com um motor super potente.

    Byakuya entrou no carro e olhou para o rapaz que não via a um tempo.

    — É melhor começar a correr. — O carro começou a correr em disparada na direção que Jenny tinha sumido.

    ***

    A coloração do céu começava a mudar para um lilás claro. Era começo de um novo dia e fim de uma noite amarga.

    Jenny permanecia em silêncio já que chorar não adiantava mais.

    Morimoto cantarolava ao seu lado como se estivesse feliz por ter sido eficiente em capturá-la como um animal. Parecia que ele seria premiado por tal conquista. Patético!

    — Ainda bem que a fera se acalmou. — O rapaz começou a mexer nos cabelos dela para verificar se ela estava dormindo.

    Mas a jovem nem quis mais rebater essas provocações. Ela, cada vez mais, estava se sentindo longe dos seus amigos, longe de suas férias idealizadas, e cada vez mais próxima de um futuro não programado. Ela seria mais uma vítima estrangeira que caiu em um golpe internacional? Ela não fazia ideia do que a esperava.

    Fechou seus olhos e implorou para não perder as esperanças. Já que era a única coisa que não poderia perder naquele momento delicado.

    — Essa não! Não pode ser? — O oxigenado olhava pelo retrovisor não acreditando no que estava vendo.

    Jenny ficou atenta na hora e olhou pelo espelho que estava do seu lado.

    — É ele!!! Ele vai me salvar. — Os olhos delas adotaram um brilho de vida e esperança.

    O carro laranja começou a se aproximar e nivelar ao lado do carro escuro numa disputa de velocidade.

    De repente, alguém conhecido apontou na janela.

    — Pare o carro! — Byakuya ameaçava Morimoto enquanto o carro quase encostava pela lateral.

    — Não vou parar. Se quiser me parar é bom o seu amigo aí me vencer. — Byakuya olhou de lado para o rapaz que abriu um sorriso sarcástico.

    — Vamos correr então. — Foi a resposta dada a Byakuya antes de começar manobras mais arriscadas naquela rodovia mais movimentada com carregamentos pesados.

    Jenny, assustada, via que a qualquer momento o carro bateria. Morimoto não era tão bom piloto quanto o que tinha desafiado. O rapaz jogava o carro para o lado direito afim de tirar seu concorrente da pista.

    Enquanto isso, Byakuya se preparava para pular de uma carro para o outro. Já que o carro não parava e a garota já estava ficando mais nervosa com a situação.

    — Você é louco! — Jenny via a coragem do rapaz em salvá-la.

    — Me dê a sua mão. — O Kuchiki estendeu a mão para ela segurar.

    — Eu estou amarrada, Bya... — Nessa hora, o oxigenado a puxou pelo cabelo. E assim, Byakuya percebeu que teria que pular e entrar no mesmo carro que a garota para impedir Morimoto.

    — Ei, eu tive uma ideia. Vou pular no carro mas você tem que se aproximar mais. — Ele dava orientações para o motorista que entendeu o plano de imediato. — Depois você o distrai por outro lado.

    — Certo. — O rapaz assentiu a ordem com prontidão.

    O motorista se aproximou e assim Byakuya conseguiu alcançar a janela em que Jenny estava em um salto preciso. Quase se desequilibrou mas mesmo assim conseguiu fincar o pé na lataria com carro para ter apoio.

    O carro laranja contornou o outro carro e assim continuaram mais uma disputa por adrenalina. Isso ajudou Byakuya a criar uma distração para Morimoto enquanto ele ganhou tempo desamarrando Jenny.

    Jenny quando se viu solta e Byakuya atravessava a janela do passageiro, Morimoto quase perdeu o controle do carro assim que Byakuya o acertou no rosto o fazendo mexer no volante e desviando da pista. Porém, para a sorte de todos, o Kuchiki conseguiu ter controle do carro e o japonês estava totalmente vencido.

    Os dois carros pararam no acostamento e assim Jenny pode sentir um pouco mais de alívio. Ela saiu do carro assim que Byakuya tirou o rapaz do carro e o prensou no capô.

    — Manda um recadinho para o DK. — Disse segurando Morimoto pelo colarinho. — Fala para ele que eu venci a corrida e que eu tenho a garota — Ele se aproximou e falou baixinho. — Fala para ele que eu também sei dos negócios sujos em que ele está metido.

    O oxigenado se afastou e olhou bem para o Kuchiki com certo medo mas não poderia perder seu carro assim.

    — Eu não apostei meu carro com você. — reclamou o comparsa de DK.

    — Você apostou uma corrida comigo. Mereço esse carro. — Saiu o motorista misterioso com ar de vitória e conquista no rosto. — Aliás, esse carro pode ficar para você, Byakuya.

    — Você?! — Morimoto suava frio olhando para o rapaz. — É um traidor. Não apostei meu carro nessa corrida.

    — Que tal apostamos em uma nova corrida? — O rapaz misterioso lançava um desafio. — Fala para o DK que os mortos ainda vivem. — Disse olhando pelos ombros e virando as costas entrando em seu carro. — Ah, eu sei onde encontrá-lo.

    Byakuya soltou o rapaz e chamou a moça para entrar no carro laranja.

    Jenny estava inconformada em tudo terminar em mais apostas de corrida. Com Morimoto totalmente solto e com seu carro de volta. Ela entrou no carro se segurando para não falar mas não conseguiu.

    — Byakuya, você vai deixá-lo com o carro? Ele vai nos seguir! — Jenny olhava com raiva para o Kuchiki mas foi surpreendida quando ele mostrou a mão segurando algo prateado.

    — Ele não vai a lugar nenhum. Relaxe. — Sugeriu.

    Jenny encostou a cabeça no banco do carro e sentiu o alívio com o vento que lhe tocava o cabelo no rosto. Estava finalmente segura e poderia desfrutar de suas férias. Podia se dizer que Jenny estava feliz pois Byakuya a salvou de todas as maneiras.

    — Obrigada por ter me salvado. Eu tive muito medo. — Cortou o silêncio e sorriu em agradecimento. Assim pôde olhar para o companheiro e amigo de Byakuya com mais atenção. — Obrigada por me ajudar você também.

    — Foi uma corrida e tanto. — Ele enfiava pipoca na boca e mastigava freneticamente. — Está servida?

    — Eu aceito. Estou morrendo de fome. — Ela pegou o saquinho e perguntou o nome dele. — Qual seu nome?

    — Ah, foi mal. — Ele se virou para ela e estendeu a mão. — Eu sou o Han.

    Continua...


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