O Mago Das Espadas - Livro 0: Os Escolhidos

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    12
    Capítulos:

    Capítulo 19

    Combate na Morada

    Linguagem Imprópria, Nudez, Violência

    Estamos de volta com o primeiro grande confronto da historia! Quem vencera? Auron ou Xenobia?! Leiam e descubram!

    Ele corria o mais rápido que podia. Usava toda sua força e gás para chegar aonde Auron havia lhe indicado onde o Dragão Azul estaria.

    “Droga por que as coisas tinham que acabar assim?!”

    Grita em seu interior.

    “Será que ele vai ficar bem? NÃO, EU NÃO POSSO PENSAR DESSA FORMA! É CLARO QUE ELE VAI FICAR BEM!!!”

    Continua sua corrida.

    “Eu tenho que chegar até o dragão... eu preciso!”

    Lágrimas de medo e insegurança escoriam por seus olhos.

    “Auron!!!”

    Grita em sua mente o nome de seu amigo que já estava engajado em sua luta contra a bruxa.

    O valente samurai desferia vários golpes extremamente velozes contra sua adversaria, que por sua vez enfrentava a espada de Auron com seu cajado.

    Ambos recuaram.

    A orbe no cajado de Xenobia brilha, assim como a espada de Auron e ambos gritam suas magias.

    – Arkanagorg!!!

    – Dragon Fang!!!

    Um imagem de uma grande serpente de coloração roxa irrompe da orbe do cajado da bruxa, suas enormes presas e olhos de vidro reluzem avançando contra seu oponente. Do outro lado uma imagem de um grande dragão de coloração verde surge em meio à rajada da espada do samurai. A grande fera abre sua boca avançando contra seu adversário. As duas bestas se chocam, a quantidade de Aura usada foi tanta que fez tremer o a morada inteira.

    Tidus que corria pela caverna acaba caindo pelo abalo sísmico.

    – Caramba!!!

    De volta ao local da batalha.

    Xenobia cobre o rosto, a sua frente só havia poeira e destroços da caverna. Nenhum sinal da Aura do guerreiro, ela sorri triunfante, porém...  

    – Dizem os sábios...

    Ela gela.

    – ...nunca cante vitória...

    Arregala os olhos se virando para trás.

    – ...antes de ver seu oponente jaz morto ao solo, bruxa!!!

    E Xenobia comtempla o samurai parado atrás dela, sua longa espada em seu ombro esquerdo e segurando seu cabo com ambas as mãos. Quando ela tentou invocar uma magia de proteção apenas vê um traço de luz cortar o ar e seu belo corpo ser dividido em dois pela grande espada do samurai.

    O corpo da bruxa pairava no ar, Auron a encarava com seus olhos faiscando, mas se surpreendeu ao ver um sorri brotar em seu lábios e seu corpo, sangue e báculo virarem uma nevoa roxa que cobre todo o ambiente. 

    Ele para, empunhe sua espada rente a rosto, respira fundo e fecha seus olhos. Neste momento uma massa de ar começa a rodear seu corpo, um ar puro fluido que se propaga por vários metros a seu redor.

    “Wind Search!”

    ­Diz em sua mente o nome da técnica que consiste em propagar seu elemento pelo ambiente, assim aguçando seus sentidos podendo encontrar rastros de Aura, mesmo bem fracas e foi justamente isso que o salvou do próximo ataque!   

    A onda de ar trêmula a sua esquerda, a mais de dez metros de distância.

    – Boa tentativa, mais... – Auron abre os olhos e sua lâmina brilha na cor esmeralda e o valente samurai brada a plenos pulmões! – Wind Striker!!!

    Uma rajada de vento em espiral cruza os mais de dez metros de diferença entre o samurai e sua inimiga, quando a massa roxa tomava forma à técnica do vento do guerreiro a acerta em cheia a desfazendo sem segundos.

    – Hum?! – Exclama o espadachim que sentiu que sua técnica não cortou nada. – Tem alguma coisa errada!

    – OH! Si tem!

    – O QUÊ?! – Auron se vira a tempo de se defender de uma pedra azulada que vinha por suas costas.  – GRRRR!!!

    O Samurai se defende, porém o impacto o faz voar alguns metros, com destreza finca seus pés no chão e sua espada o fazendo frear até parar. Quando olha para frente vê que a pedra na verdade era uma criatura feita dos minerais da caverna.

    – Um Golem!

    – De fato! Sua sabedoria é vasta, bravo samurai, mas fico pensando... – A voz da bruxa ecoou pelo lugar e na mesma hora diversas outras criaturas iguais só que menores brotam do chão formando um montante de cinco criaturas a sua frente! – Será que sua espada, poderá cortar todos os meus Golens? HÁ, HÁ, HÁ!!!

    As cinco criaturas bloquearam a passagem à frente. Tinham a forma humanoide, corpo feiro de pedras azuladas que Auron reconhecendo sendo cristais draconicos, extremante resistente a golpes físicos e mágicos.

    “Não imaginava que ela pudesse invocar tais seres e pior usar a natureza ao redor para cria-los!”

    Grita o samurai em sua mente.

    No topo da cabeça das criaturas orbes alaranjadas brotam como se fossem olhos e mais uma vez a voz da bruxa ecoa.

    – Você achou mesmo que eu perderia meu tempo lutando contra você?! Eu esperei décadas por este dia! E não será um guerreiro qualquer que vai me tirar de minha missão, ouviu bem samurai?! HÁ, HÁ, HÁ!!!

    Auron trincou os dentes em fúria, se levantou e se posicionou quando...     

    – E que tal se forem... dois guerreiros?!

    – Ah? – Exclama a bruxa ao ouvir aquela voz, já Auron sorriu e sem se virar diz:

    – Está atrasado!

    – Hi, hi, hi, sabe como é que, né? Os heróis sempre fazem uma entrada dramática!!! – Exclama o maior jogador de Blitzball e um dos guerreiros mais fortes daquele mundo e pai de Tidus... Jecht Abyss!!! – E ai amigão sentiu minha falta?! – Pergunta o jogador ficando ao lado esquerdo do espadachim.

    – Nem um pouco. – Responde Auron na lata.

    Silencio nem mesmo a bruxa ousou falar nada.

    – Puxa... isso magoa, sabia? O Grande Jecht também tem sentimentos! – Exclama o jogador magoado.

    – Sei?

    – Impossível! Como você entrou aqui dentro?! Eu havia colocado uma magia de reflexão na entrada da morada, como você...

    – Eu arrebentei ela... na porrada, literalmente! Perai quem disse isso? – Pergunta Jecht ao ouvir a voz.

    – Ali, aquela neblina roxa em cima dos monstros. – Aponta Auron. – É uma bruxa, diz que seu nome é Xenobia, uma descendente da Tribo de Vile. – Explica para Jecht que arregalou os olhos.

    – Tribo de Vile? Esse nome não me é estranho? – O jogador coça sua barba. – Não ouvimos sobre eles na aula de história há bastante tempo?

    Auron se surpreendeu ao ouvir aquilo.

    – Nossa! Pra quem abandonou a escola, você ainda está bem informado, hein?

    – Ahhhh, sabe como é né? Gênios sempre são gênios! – Jecht coça a cabeça encabulado. – Mais mudando de assunto e o pirralho, cadê ele?

    – Mandei que seguisse em frente, até a câmara do dragão... lá é o lugar mais seguro daqui no momento.

    – Mandou bem camarada! Então... – O jogador estala os punhos. – Só temos que descer o sarrafo nesses brucutus e acabar com essa mocreia, certo? Então vamos...

    – Jetch espere! – Auron grita fazendo o jogado parar na mesma hora. Então o samurai puxa de seu sinto uma pequena esfera vermelha cor de fogo e a estendeu diante de Jecht que olhou a estupefato. 

    – Auron... isso é?

    – Sim... é sua espada... a Anchor Blade!

    O jogador sentiu seu coração pulsar, dez anos havia se passado desde que usou aquela espada, sua única e mais fiel arma, havia entregado a Auron após anos de batalha e disse que podia fazer o que quisesse com ela, vende-la, joga-la fora, mais sabia que o samurai nunca faria isso, mas não imaginava que seu amigo a guardaria para ele depois de tanto tempo!

    – Auron eu...

    – Jecht... está na hora. – Murmura o samurai encarando o amigo. – Hora de volta a ser o que você sempre foi, está na hora de trazer o caos de volta ao campo de batalha meu amigo!

    O jogador serrou os punhos, seus cabelos cobriram seus olhos, um sorriso se formou em sua face, suas mãos tremiam, não de medo, mais de emoção, Auron tinha razão, não importava quanto tempo se passasse, quantas partidas de Blitzball ele ganhasse, nada mudaria o que ele é.

    Pega a esfera na mão de Auron e a coloca perto do rosto.

    – Parece que vamos causar mais destruição... minha velha amiga!

    A esfera ao reconhecer a voz de seu mestre ressoa e chamas começam a brotar dela e com um sorriso desafiador o jogador esmaga a esfera que criar uma torrente de chamas que vai tomando a forma de uma longa, negra, afiada e assustadora espada do tamanho do jogador que se assemelhava a uma grande ancora!

    Com apenas uma mão ele crava sua longa espada no solo e chamas se alastram por todo ambiente, os monstros recuam e Xenobia, mesmo em sua forma nebulosa tremeu ao ver a Aura que emanava daquele homem, dez vezes maior que a do samurai.

    – Esse homem é...

    E de relance pode ver que a forma de Jecht se alterou, não era mais o homem diante dela e sim uma besta pronta para destruir tudo a sua frente. Piscou e o homem havia voltado ao normal, só que não estava mais ao lado do samurai e sim... a frente dela!

    – Quando foi que ele...

    – Lenta demais!!! – E aplicou um corte horizontal ao qual, chamas acompanharam o corte da lâmina e a massa roxa recuou e o jogador pode ouvir o grito da bruxa.

    – KKKKKAAAAAAAHHHHHHHHH!!!!

    A forma nebulosa é jogada ao chão e a bruxa retorna a sua forma humana. Seu corpo estava cheio de queimaduras devido ao golpe de Jetch, com esforço ela tenta se reergue do chão só para ver o homem saltar e descer com sua imensa espada negra sobre ela.

    – DROGA!!! – Xenobia ergue seu cajado e as rochas ao redor brotam a seu lado, porém seus olhos cor de âmbar presenciaram a espada do jogador cortar as pedras rígidas e quase indestrutíveis como se fosse papel. – NÃOOO!!! – E pula para trás evitando ser retalhada enquanto a espada de Jecht abre uma pequena cratera à frente dela. – Maldição!!!

    Ela se levanta encarando o jogador que a fitava como uma fera pronta para devora-la. Olhou para frente e viu seus Golens serem destruídos um a um pelo samurai.

    – Isso não está acontecendo, não pode ser verdade!!! – Se levanta. –Meus planos não serão detidos por um mero samurai e um jogador fracassado!!!

    – Oh! Fracassado não! Eu ainda tô na ativa e muito bem por sinal!

    – Não me interessa!!! – Berra a bruxa. – Vou te transformar em cinzas junto com esse lugar!!!

    A bruxa ergue se cajado e uma grande luz alaranjada brota de seu cajado.

    Jecht e Auron olham aquilo tensos.

    – Auron, que porra é aquela?!

    – É a magia “Chamas do inferno”! Ela vai queimar toda a Aura dela para alimentar a magia, vai tentar incinerar a tudo e todos aqui dentro!!! – Exclama o samurai.

    – Ah, mas não vai mesmo!!! – Jecht avança, mais a massa de ar quente o impede de prosseguir. – MERDA!!!

    – É inútil!!! Um usuário de magia de fogo não pode contra uma magia do mesmo elemento!!! Nem com toda a sua força vai me deter seu miserável, HÁ, HÁ, HÁ!!!  

    E a massa de calor crescer começando a derreter o chão. Jecht e Auron usam suas pesadas para se protegerem do que viria.

    – Vejam guerreiros esse é o poder da Tribo de Vile, o poder renegado pela Deusa e ninguém pode me impedir!!!

    – Eles não... – Diz uma voz fina se aproximando.

    – Hum?!

    – MAS EU SIM!!!

    A bruxa ergue uma sobrancelha, desvia seu olhar dos adversários e vê algo que sua mente não acreditou. O menino que viu junto com o samurai fugindo para o interior da caverna estava agora correndo até ela, em suas pequenas mãos carregava uma espada feita de cristal que se assemelhava a água, uma tão pura que era transparente e incrédula ela assisti o menino saltar, empunhar a espada meio que desajeitado e descer com ela decepando sua mão que segurava o cajado!

    Xenobia viu sua mão cair em câmera lenta, o vínculo com seu báculo se quebrou e a chamas que ela conjurava incinerarem o cajado.

    Seus olhos ainda viram o menino cravar a espada de água na orbe a quebrando em vários pedaços, virou o rosto e viu o jogador avançar sobre ela acertando um devastado soco em seu estomago a jogando contra uma parede a fazendo vomitar sangue e por fim, ver ele com seu manto vermelho tremulando correr adiante com sua longa espada reluzindo as pedras da caverna e percebendo que não haveria escapatória sorri malignamente ao mesmo tempo que Auron perfura seu coração com sua longa lâmina a empalando na parede.

    Silencio preencheu o ambiente, o menino e seu pai estavam quietos esperando algo acontecer ou Auron dizer alguma coisa e foi assim que aconteceu.

    – Esta, feito. – Sussurra o samurai que removia sua lâmina quando a mão da bruxa a segura.

    – AHHHH!!! – Tidus berra assustado.

    – Merda! Auron sai de perto dela!!! –Exclama Jecht para o amigo.

    Mas o samurai não saiu, olhava a bruxa com fúria e viu ela sorri e balbuciar.

    – Acha... que me venceu... samurai?  COF, COF! – Ela cospe sangue. – Isso... foi só o... começo... de nossa... vingança... você... só atrasou... o inevitável... há, há... – E se silenciou, ela não mais se movia. Sua mão ensanguentada larga a espada do guerreiro que pende ao lado do seu corpo sem vida somente seu olhos abertos ainda fitavam o guerreiro, mais o que aconteceu depois deixou ambos perplexos.

    Uma nevoa nefasta e sem vida envolveu o corpo da bruxa completamente, e quando se dissipou os três viram uma outra mulher no lugar de bruxa.

    – Mas que... PORRA É ESSA?! – Xinga Jecht sem entender nada.

    – E-Ela... VIROU OUTRA PESSOA!!! – Exclama Tidus sem entender.

    Auron que ainda mantinha sua espada fincada no corpo estava atônito e sério, olhou para a jovem e lentamente removeu sua espada do corpo sem vida da jovem. Seu corpo estava pálido, seus cabelos negros cobriam toda a suas costas e parte da frente de seu corpo. Era bela, seus olhos estavam claros, mais podiam ver que eram verdes, seu lábios finos eram rosados e seu corpo magro e esbelto coberto por uma túnica branca que agora era encharcada de sangue, devido a espada cravada sem eu coração. O espadachim olha com pesar para sua vítima e a fim de causar menos danos ao corpo retira sua espada da jovem que escorrega pela parede até cair sentada diante dos três.

    Todos tinham expressões confusas exceto o samurai, que se aproxima do corpo e com sua mão esquerda fecha seus olhos onde uma última lágrima escorreu por eles.

    – Seu sofrimento acabou... descanse em paz agora. – Diz o samurai.

    – Auron? – Jecht se aproxima. – O que está havendo? Quem é essa menina que apareceu diante de nós, a bruxa morreu?

    O samurai meneia a cabeça em negação.

    – Infelizmente devo dizer que não. – Responde Auron limpando sua espada com um pano branco que carregava consigo, depois deitou o corpo da jovem e com o pano cobriu seu rosto, tudo assistido pelo jogador e seu filho que por final se manifesta.

    – Auron... o que foi tudo isso? – O menino tinha lágrimas escorrendo pelos seus olhos. Nós vencemos certo? Então... porque eu me sinto assim... tão, tão...

    – Vazio?

    A voz de Jecht se faz presente ao lado do filho que olha para cima e vê a feição triste que o jogador tinha e naquele momento não importava mais o ódio ou rancor que ele sentia dele apenas queria...

    – Pai... – O pequeno já não continha mais as lágrimas.

    – Shhhh... – Jecht se ajoelha na frente do filho e o puxa para perto de si. – Pode chorar seu choram... homens também choram, sabia?

    O menino não respondeu apenas largou a espada que tinha em mãos e abraçou seu pai com força e seu grito e choro foram ouvidos pela caverna e seu dono.


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