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  • Finalizada
  • Thatangelica
  • Capitulos 39
  • Gêneros Romance e Novela

Tempo estimado de leitura: 5 horas

    18
    Capítulos:

    Capítulo 38

    Capitulo 38

    Álcool, Hentai, Heterossexualidade, Linguagem Imprópria, Nudez

    “-Sakura...você se lembrou?

    Ela saiu de meus braços e me encarou com os olhos cobertos em lágrimas.

    –Eu sabia, desde o dia que abri os olhos e te vi que você era alguém especial pra mim. Nunca senti um vazio tão grande do que quando você deixou aquele quarto. Eu... me apaixonei por você no instante em que abri os meus olhos.

    –Então, porque não disse nada?

    –Como Sasuke, como eu ia dizer pro meu médico que estava apaixonada por ele?

    –Sakura, não sabe como senti sua falta...

    A apertei novamente contra mim.

    –Naquele dia, em que você foi no meu quarto, se despedir...

    –Me perdoe te deixar partir, eu pensei que você amava o Sasori.

    –Eu amei o Sasori, principalmente depois de tudo o que ele fez por mim. Mas o que eu senti por ele ficou no passado, nada nunca vai se comparar com o que eu sinto por você.

    O que aconteceu depois, foi o que desejei com todas as forças desde o dia que a perdi.

    Sakura ficou na ponta dos pés e me beijou.

    Tenho certeza que não preciso descrever tudo que senti...eu sei que vocês sabem.

    A comemoração aquela noite durou até de madrugada, todos se acomodaram na casa da rosada, senti certa pena de Naruto quando somente ele e Hinata ficaram em quartos separados, afinal, o loiro estava se esforçando em ser o melhor pra ela.

    –Quer mesmo voltar pra Tókio comigo? Podemos ficar um tempo aqui, ou até mesmo nos mudarmos pra cá, abrir uma clinica... o que acha?

    Ela se deitou ao meu lado na cama e sorriu me beijando no rosto.

    –Não quero fazer você deixar sua vida em Tókio, e alem do mais, as chances de trabalho lá são maiores.

    –Que trabalho?

    –O meu trabalho.

    Me deitei sobre ela sorrindo, distribuindo pequenos beijos por seu rosto e descendo por seu pescoço.

    –E em que você trabalha, posso saber?

    Ela começou a gargalhar levemente.

    –E não é óbvio, eu sou modelo.

    Me ergui um pouco para encará-la.

    –Modelo?

    –Sim, modelo de mãos.

    Realmente agora as coisas faziam sentido, o folheto que vi meses atrás, eu sabia que conhecia aquelas mãos de algum lugar.

    Ainda a encarando peguei uma de suas mãos e a levei até meus lábios, beijando cada dedo.

    –Essa mão?

    Ela ainda sorria.

    –Sim, essa mesmo.

    Desci os beijos por seu braço e retornei até a ponta de seus dedos.

    –Tudo bem, mas hoje...essas mãos me pertencem.

    Ergui seus braços sobre a cabeça e a beijei com toda intensidade, cruzei minhas mãos na dela, Sakura já estava ofegante. Desci minha cabeça até colar meu ouvido em seu coração, podia ouvi-lo bater, aquilo me enchia de paz, no fim o que ela disse na carta fazia sentido, ele me reconheceu.

    Nos amamos sem desgrudar nossas mãos nem um instante sequer.

    –------------------------------------------

    Os dias que passaram pareciam até irreais . Sakura havia se mudado definitivamente para meu apartamento, minha mãe a tratava muito bem, Ino e Kakashi nos convidaram para padrinhos de casamento e do futuro bebe que a loira esperava, Sakura disse que iria socá-la caso não fosse a madrinha dele. Naruto e Hinata pareciam se acertar, tanto que no dia em o Dobe apareceu de madrugada em minha casa, dizendo ter beijando a Hyuuga, tive vontade de o esquartejar, mas conseguia entender o que ele sentia, afinal também era um homem apaixonado.

    Minha relação com meu pai começava a melhorar, por vezes ia até a mansão para examiná-lo, ja que ele dispensara a ajuda de Jiraya, que finalmente tinha assumido um relacionamento com Tsunade, apesar da mesma negar.

    Realmente, tudo parecia estar exatamente em seu devido lugar, não podia existir felicidade maior...até que aquilo aconteceu.

    Cheguei em casa mais cedo e procurei Sakura por toda a parte, quando a encontrei estava no banheiro, agachada no chão, tossindo e suando muito.

    –Sakura! Me abaixei do seu lado mas ela me afastou.

    –Tudo bem, eu estou bem.

    Até que ela tossiu e eu notei o que ela tentava esconder, em suas mãos, havia sangue.

    –Não está tudo bem.

    A ergui do chão e a encarei nos olhos.

    –Desde quando está tendo isso?

    Segurei firme sua mão ensanguentada.

    –Sasuke..por favor...

    –Me responda Sakura!

    Fui firme.

    –Desde...desde quando voltamos de Konoha.

    Suspirei.

    –Venha, vamos pro hospital agora.

    Ela tentou se mostrar resistente mas por fim cedeu.

    Estava parado, com a cabeça baixa, sem acreditar. Diante de mim estavam os raios x de Sakura.

    Tsunade se aproximou e tocou em meu ombro.

    –Sasuke...

    A interrompi.

    –Não podíamos ter cometido esse erro. Ter esquecido disso.

    –Calma Sasuke, esse tipo de coisa acontece.

    –Não Tsunade, isso não podia acontecer.

    Sai apressado dali a deixando só. Fui para o quarto dela.

    Bati na porta mas não ouvi resposta, entrei mesmo assim.

    Ela estava deitada, com o rosto virado pra janela.

    –Porque não me contou?

    Ela se mantinha em silencio.

    Me aproximei da cama, os raios do sol daquela tarde de verão batiam contra seu rosto.

    –Eu não queria estragar aquilo que temos.

    Suspirei.

    –Sakura...

    –Não Sasuke. Ela se virou nervosa.-Depois de tudo, eu não podia ficar doente de novo, eu não podia estragar a nossa felicidade.

    Seus olhos estavam banhados em lágrimas.

    Me sentei na cama e a trouxe pra mim, colei seu rosto em meu peito.

    –Nada que aconteça vai destruir nossa felicidade, sabe porque?

    Ela levantou os olhos tristes.

    Segurei seu queixo e trouxe seu rosto mais perto.

    –Porque vamos ficar juntos pra sempre.

    E a beijei, beijei tentando acreditar naquilo que eu mesmo dizia.

    –-------------------------------------------------

    Estava na mansão fazendo o exames de rotina de Fugaku, parecia que finalmente estávamos nos dando bem. Éramos silenciosos, isso ninguém podia questionar, mas naquela tarde, até mesmo meu pai reparou.

    –Está tudo bem?

    –Hum? Ah, sim, você está muito bem.

    Retirei o aparelho de pressão de seu braço, quando ia me levantar ele segurou minha mão.

    –Não falo de mim Sasuke, falo de você.

    –Estou ótimo.

    –Não parece. Anda, o que está acontecendo.

    Respirei fundo e me sentei novamente na poltrona que ficava a seu lado dentro do escritório.

    –É a Sakura, ela...ela está doente de novo. Seu câncer deu metástases...pelo corpo todo, como pude ter sido tão imprudente?

    Baguncei mais meus cabelos, não tinha como não me sentir culpado.

    –A culpa não foi sua.

    –Eu podia ter evitado.

    –Como você mesmo me disse uma vez, as coisas aconteceram como tinham de acontecer. Eu sei o bom médico que é e vai conseguir superar isso.

    O encarei, era o segundo conselho que me meu pai me dava na vida, e eu sabia que ele tinha razão.

    –Vá salvar a mulher que ama, filho.

    –----------------------------------------------------

    Cheguei ao hospital apressado, Sakura já havia recebido alta e me esperava em casa, mas eu precisava dar um jeito naquilo.

    –Tsunade! Entrei em sua sala em um rompante, em outras circunstâncias tenho certeza que ela me repreenderia, mas não naquela.

    –Vamos tentar o tratamento de Sakura!

    Despejei de uma vez.

    A loira sorriu e suspirou.

    –Sabia que no fim diria uma coisa dessas, sabe o que isso significa não é?

    –Sim.

    Eu sabia, teríamos que abri-la inteira e tirar cada tumor, um por um, talvez desse certo...talvez não.

    –E ela, aceita isso?

    Fiquei parado, claro que ela aceitaria...

    –Bom, além disso existe outra questão. Precisamos de um médico especialista no caso dela, e o único que temos acesso é..

    –Sasori. Completei.

    –Isso mesmo. E existe outro porem... ela se levantou, suspirando.-Infelizmente, o hospital não tem recursos pra esse tipo de cirurgia, seriam muitos profissionais trabalhando de uma vez, equipamento, bolsas de sangue, sabe que somos um hospital publico.

    Minhas esperanças pareciam ir se extinguindo aos poucos.

    –Eu vou dar um jeito.

    Ela sorriu.

    –Você é persistente.

    –Nem imagina o quanto.

    Sai e fui pra casa, precisava ver Sakura, precisava decidir o que fazer pra salvar a vida mulher que amo.

    Depois de tudo que passamos, eu jamais desistiria dela.”

    CONTINUA.....


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