Always

  • Finalizada
  • Thatangelica
  • Capitulos 39
  • Gêneros Romance e Novela

Tempo estimado de leitura: 5 horas

    18
    Capítulos:

    Capítulo 35

    Capitulo 35

    Álcool, Hentai, Heterossexualidade, Linguagem Imprópria, Nudez

    “Quando paro pra pensar na minha vida muitas coisas não fazem sentido, eu sempre fugi...

    Fugi de meus pais, fugi das pessoas, fugi da vida me tornando um médico especializado na morte. Mas quando ela apareceu, sendo totalmente o oposto de uma possível pessoa por quem eu me apaixonaria, meu mundo se transformou, pra melhor...e pra pior.

    Admitir estar amando alguém já era um empecilho pra mim, ainda mais alguém como ela, de cabelos cor de rosa, roupas coloridas e com leves tendências a cometer loucuras. É meu amigo, mas eu me apaixonei, e sabe como descobri isso? Quando era o rosto dela que se formava em minha mente ao longo do dia, quando meu coração acelerava só de lembrar que teria de ir ao quarto dela para examiná-la, quando me angustiava pelo seu estado, quando virava a noite tentando encontrar soluções para que ela vivesse, quando eu passei a colocá-la como o ser mais importante da minha vida, quando eu tentava imaginar como seriam nossos filhos me baseando no verde claro dos seus olhos...quando eu comecei a sentir falta do cheiro de morangos. E foi isso que me deu forças pra ir ao quarto dela.

    Bati na porta e girei a maçaneta, pude ver a cama arrumada e algumas malas no canto, ela realmente estava partindo, quando ela saiu do banheiro e me encarou, abrindo aquele sorriso singelo que era seu eterno companheiro, temi não ter forças pra continuar ali.

    –Pois não? Naquele momento notei a falta que senti de ouvir o som da sua voz.

    Não sabia o que dizer...

    –Eu vim me apresentar, eu sou..fui...um de seus médicos.

    Ela arregalou os orbes esverdeados.

    –Sério? Por isso estava no quarto aquele dia depois da cirurgia doutor...?

    –Uchiha, Sasuke Uchiha.

    –Hum, bom, peço desculpas por não me lembrar do senhor mas, acho que sabe que sofri algumas sequelas...

    –Sim, não tem problema.

    Olhei mais uma vez pra malas no chão.

    –Vejo que está de partida.

    –Sim! Vou voltar pra minha terra natal, estou tão empolgada, finalmente depois de anos estou livre dessa doença.

    O que ela fez depois era bem típico dela.

    Ela se aproximou e me abraçou. E então eu retribui, forte, como se ela fosse escapar dos meus braços.

    Obrigada, sei que de alguma forma você também ajudou na minha cura.

    Sorri, se ela soubesse que foi ela que me ajudou a me curar.

    –Se cuide...

    Sussurrei em seu ouvido.

    Ela me soltou e ainda sorrindo disse...

    –Não se preocupe, vou estar muito bem cuidada, o médico que fez a cirurgia vai comigo, na verdade ele é um antigo namorado do colégio, não é incrível? Parece até aquelas histórias de filme romântico.

    Você deve estar pensando que aquilo foi um baque pra mim, certo? Mas na verdade eu já esperava por aquilo. Agora era oficial, Sakura não era mais nada minha, nem minha paciente, nem minha amiga, nem minha companheira...nada.

    –Bom, eu realmente espero que seja feliz Sakura, muito feliz.

    Ela ficou séria, provavelmente pelo tom de minhas palavras.

    –Igualmente doutor.

    Dei uma última olhada pra ela, não queria me esquecer de nenhum detalhe de seu rosto...de seu corpo, apesar de ter certeza que isso seria impossível.

    Virei e me encaminhei pra porta. No fundo eu tinha esperanças que ela me segurasse me impedindo de sair, que não queria ficar longe de mim e estaríamos juntos dessa vez pra sempre. Mas isso aqui é a vida real e o que aconteceu não foi bem assim, quando eu já estava no corredor ouvi Sasori chegar e ela sorrir animada, ambos discutindo a ida pra Konoha, como seria a vida deles juntos e Sakura dizer aquele era o momento mais feliz de sua vida.

    Fechei os olhos apertando o passo pra sair dali. Nada mais importava, somente a felicidade dela...era nesse pensamento que eu tentava me agarrar cada dia mais.

    As vezes a melhor forma de se amar uma pessoa, é deixando ela partir.

    Então o tempo passou...dias, semanas...

    E eu afundei minhas mágoas no trabalho, passava horas enfurnado naquele hospital, muitas vezes Tsunade me obrigava a ir embora, chegando até a me ameaçar. Minha mãe sempre ia me ver, ou pelo menos tentava, estava tão aflito em ocupar minha cabeça que não pegava mais só os casos terminais, qualquer pessoa que precisasse de assistência, eu estava lá pra ajudar, perdi a conta de quantas noites passei no pronto socorro ajudando nos casos urgentes, tanto que alguns médicos até me paravam no corredor pra pedir opiniões sobre seus pacientes, estava até com um grupo de residentes para treinar. Jiraya e Tsunade ficaram chocados quando eu disse que não importava em ajudar com eles, afinal, ensinar estudantes a serem bons médicos não me pareceu tão ruim assim.

    Kakashi já não me chamava mais pras gandaias, ia se amarrar...quando ele disse que Ino estava começando a planejar o casamento tive ganas de o examinar.Kakashi se casando...era o fim do mundo, só podia.Claro que ele não tinha a mesma animação da noiva, que vivia gritando para que ele ajudasse a escolher o Buffet, as flores, os doces... ele fingia não se importar mas perdi a conta de quantas vezes o vi observar Ino em silêncio e sorrir ao ver a barriga crescendo.

    Naruto também estava quieto, quando foi aquele dia em minha casa parecia que sua tão irritante energia estava voltando.

    Estávamos sentados sofá tomando umas cervejas, falamos da vida, do trabalho, até que perguntei por Hinata.

    –Você tem falado com ela?

    –Nos vemos algumas vezes, saímos pra tomar um café e conversar. Ela não está mais com o tal do Kiba, parece que ele era lerdo demais.

    Sorri com aquilo, acho que depois de estar com o Naruto, qualquer outra pessoa seria lerda demais.

    –Então estão se acertando.

    –Bom, ainda não, mas estamos nos aproximando novamente, tenho que dar tempo a ela, fazer ela confiar em mim de novo.

    –É, pareec que o Narutinho está crescendo!

    O loiro se irritou e jogou uma almofada da qual deviei.

    –Pelo menos aquela confusão toda com a Sakura serviu pra me reaproximar dela.

    Ia dar um gole na cerveja quando parei ao ouvir o nome dela. Geralmente as pessoas evitavam fala-lo na minha frente ou comentar sobre ela. Mas Naruto não tinha o mesmo bom senso que as outras pessoas.

    –Putz cara, foi mal. Ele notou a gafe que deu.

    –Não tem problema. Dei o gole interrompido na cerveja.

    –Você...tem tido notícias dela? Perguntei curioso olhando a garrafa em minha mão.

    –Bom, as vezes a Hinata fala com ela, mas já faz algum tempo desde a ultima vez que conversaram, ela perece bem.

    –Fico feliz com isso.

    –Não entendo porque não foi atrás dela.

    Depois da partida de Sakura, Naruto insistiu diversas vezes pra eu fosse até Konoha atrás dela, mas eu sentia que não podia fazer isso, ela tinha o direito de viver a vida dela da maneira que bem entendesse, e se fosse lá e dissesse toda a verdade...eu sempre estaria ligado ao câncer dela, que se não tivesse existido nós nunca teríamos nos conhecido.

    –Não vamos discutir isso de novo Dobe.

    Encerrei aquela conversa e passamos a noite falando sobre qualquer coisa.

    Aquela noite no hospital estava tranquila, levando em conta estar no pronto socorro do maior hospital de Tókio, resolvi me entreter mexendo no celular até que vi as várias ligações de minha mãe. Era normal ela ligar várias vezes, mas geralmente depois da quinta tentativa ela desistia. Mas naquele dia não, vinte e duas ligações era realmente um exagero. Tentei retornar mais inútil, ela não atendia, outro fato estranho, Mikoto sempre ficava esperando eu retornar as ligações. Estava distraído ainda tentando falar com ela quando uma confusão começou a se juntar na entrada do hospital,ouvi o barulho da sirene da ambulância e parecia que vários repórteres se aglomeravam.

    –Deve ser alguém importante. Ouvi uma enfermeira comentar já se preparando para receber o paciente, ele só devia estar morrendo pelo alarde que aquelas pessoas faziam.

    Até que direcionei meu olhar para a TV ligada, e quase não acreditei.”

    Uma repórter segurava o microfone, estava exatamente ali, na entrada do hospital, narrando como Fugaku Uchiha, um dos maiores empresários do Japão sofrera um ataque cardíaco.

    O sangue de Sasuke gelou.

    Então ele correu, correu o máximo que pode até lá, tentando passar por aquelas pessoas e chegar até seu pai.

    CONTINUA...


    Somente usuários cadastrados podem comentar! Clique aqui para cadastrar-se agora mesmo!