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  • Finalizada
  • Thatangelica
  • Capitulos 39
  • Gêneros Romance e Novela

Tempo estimado de leitura: 5 horas

    18
    Capítulos:

    Capítulo 34

    Capitulo 34

    Álcool, Hentai, Heterossexualidade, Linguagem Imprópria, Nudez

    “Mesmo naquele estado, ela ainda era capaz de sorrir.

    Me aproximei bem lentamente mas parei ao notar ela tentar dizer alguma coisa, sua voz não saiu.

    Quando dei o primeiro passo para continuar me aproximando, mais uma vez ela abriu a boca, e com a voz rouca e baixa.... pronunciou...

    –Quem é você?

    Parei no mesmo instante, fechei os olhos e apertei os lábios.

    Ela não se lembrava de mim...

    Não me lembro de muita coisa depois daquele momento, somente de ouvir o barulho da máquina mostrando seus batimentos cardíacos. Depois uma mão tocou em meu ombro, várias pessoas entraram no local, todas sorrindo. Suas vozes pareciam distantes pra mim, abri os olhos e pude ver mais uma vez seu sorriso antes de me virar e passar pela porta. Pude ouvir meu nome ser chamado várias vezes por pessoas diferentes, mas tudo que eu precisava era sair dali, pra onde? Eu não sei..

    Sai do hospital e caminhei pela rua, não sabia que horas eram, mas tudo parecia estar em câmera lenta. Sentei na calçada e levei as mãos ao rosto. Não tinha forças pra sentir aquilo que estava sentindo. Notei alguém sentar ao meu lado e me puxar em um abraço. Percebi a cabeleira loira de Naruto.

    –Ela...

    Não consegui terminar a frase.

    –Não precisa falar cara, eu sei.

    Eu sentia todos os olhares das pessoas que passavam pela rua sobre mim.

    Será que alguma delas sabia o que era perder um grande amor? Será que alguma delas teve o privilégio de ter um grande amor?

    Olhei para a entrada do hospital, vi minha mãe, Kakashi e Jiraya parados lá. Me levantei.

    –Ei, aonde vai? Naruto também se levantou.

    –Pra casa.

    –Não quer ficar e ficar com ela?

    –Não.

    –Não quer uma carona?

    Apenas continuei a andar.

    Não sei quanto tempo demorei para chegar em casa. Abri a porta e tudo estava como havia deixado antes de sairmos para a festa. A presença dela estava por toda a parte e ela era uma bagunceira invicta. Peguei uma blusa que havia deixado largada sobre o sofá. Levei até o rosto e senti aquele aroma...morangos.

    Fechei os olhos e recordei.

    ‘Apertei o botão do elevador e assim que o mesmo abriu me desloquei para entrar mas instantaneamente meu corpo foi parado por alguma coisa, não pude distinguir quem era pois uma cabeleira cor de rosa tomou conta de minha visão…e de meus sentidos, tinha um cheiro que não me era estranho...

    –Ops, me desculpe.’

    Continuei recolhendo suas coisas. Uma meia, um casaco...

    ‘Estava distraído pensando em sei la o que quando senti um empurrão em meu ombro o que fez todos meus papeis caírem no chão.

    Mais uma vez senti o cheiro de morango...

    –Você é muito estressado pra um medico tão bonito.’

    Levei tudo até o quarto e me sentei na cama. Olhei pela janela, os prédios ao redor não me deixavam ter uma boa visão do céu de Tókio.

    ‘–Deve saber que não pode ficar sem dormir, pode ser ruim para o seu problema.

    –Seria muito pior não ter a oportunidade de ver essa linda manha nascer. Sabe...as vezes imagino como os outros pacientes se sentem, como eles não podem apreciar um simples raiar do sol, então, eu empresto meus olhos pra eles, e vejo, sinto...idiota né ?!’

    Me abaixei a puxei de debaixo da cama uma mala, ajoelhei no chão e fui guardando suas coisas nela aos poucos.

    ‘–Eu não vou deixar você fazer isso!

    –Do que você esta falando?

    –Eu não vou deixar você se matar!’

    Fui juntando suas coisas, que no fundo não eram muitas, as vezes me esquecia como Sakura era uma mulher simples.

    ‘–Vamos Sakura, reaja...

    –Por favor Sakura...

    –Eu sabia...Sabia que você viria me salvar...’

    Abri o armário e retirei peça por peça, até me prender em uma, o casaco listrado.

    ‘–Eu fiz tudo, eu risquei cada item da minha lista de coisas pra se fazer antes de morrer, e quando eu não morri, também risquei todos da lista de coisas totalmente absurdas para se fazer antes de morrer...

    –...mas de todos os itens eu jamais inclui me apaixonar.

    –...ate você aparecer...’

    Abracei aquele casaco como se fosse ela ali. Como eu podia senti-la, podia senti-la em cada fibra do meu ser.

    ‘–O que esta fazendo? Perguntei sem entender

    –Cantando.

    –Pra que?

    –Cantar essa musica sempre me ajuda a relaxa e dormir.’

    Ela estava cravada dentro de mim.

    ‘–Eu te amo... sussurrei somente pra ela ouvir.

    –Não sabe como sonhei em ouvir isso de você.

    –Não podemos fazer isso. Disse com a voz abafada.

    –Shii... tentei acalmá-la. –Desculpe, mas eu não consigo evitar.’

    Meu peito estava apertado, mas eu havia jurado pra mim mesmo que não iria lamentar, não importando o que acontecesse, contanto que ela saísse viva.

    ‘–Não podemos fazer isso! É errado, você está doente. Eu não quero te machucar.

    –Me toque Sasuke.Viu? Eu não quebro quando você me toca. Eu não sangro quando você chega perto... Eu quebro é quando você me rejeita, eu sangro aqui dentro quando está longe.

    –Eu não tenho medo de morrer Sasuke, eu tenho medo é de não viver. Me toque para eu me sentir viva.’

    Depois de tudo pronto, me sentei no sofá deixando a mala dela em um canto do local.

    ‘–Eu nunca senti isso que sinto por você, prefiro partir e ter vivido esse sentimento, do que passar o resto da vida sem saber o que é isso!

    –Você que não entende Sakura, . Eu não sei mais viver num mundo sem você.’

    Passado algum tempo ouvi barulho de chaves e posteriormente a porta se abrir, por ela passaram minha mãe, Naruto e Hinata.

    –Graças a Deus você está aqui.

    Mikoto se sentou ao meu lado e passou a mão por meus cabelos.

    –Você está bem Teme? Naruto me perguntou se aproximando.

    Ignorei-o .

    –Hinata?

    –Sim Sasuke? Ela se assustou ao ser chamada mas rapidamente estava perto de mim.

    –Pode levar essa mala pro hospital?

    –Mala? Mikoto perguntou.

    –Não vá me dizer que... Naruto continuou.

    –São as coisas dela. Ela pode precisar.

    –E porque você mesmo não vai lá e entrega pra ela? Naruto pareceu meio nervoso.

    –Pode fazer isso pra mim Hinata?

    –Cla-claro Sasuke.

    Então ela se afastou, pegou a mala, e antes de sair respirou fundo ainda olhando pra mim.

    –Espere Hinata, eu te levo. Naruto disse, mas antes se aproximou de mim e disse somente pra que eu ouvisse.

    –Não haja como um idiota, o importante é que ela está viva!

    Então ele se afastou e fechou a porta com Hinata junto a si.

    Só percebi que minha mãe ainda estava ali quando ela se pronunciou.

    –Vou...fazer algo pra você comer.

    Os dias se passaram, voltei para o hospital normalmente e enfiei a cara no trabalho, não atendia o telefone e todas as minhas conversas com Kakashi, Tsunade e Jiraya eram totalmente rápidas e profissionais. Mas um dia eu a vi passar pelo corredor, sorridente como sempre, usando o bom e velho casaco listrado e colorido.

    Parei assim que a vi, ela parecia distraída mas bastante empolgada. Ela passou por mim como se não me conhecesse, fechei os olhos e respirei bem fundo...podendo matar as saudades de seu cheiro.

    Quando ela já estava longe e seu aroma ia se dissipando aos poucos não me atrevi a olhar pra trás.

    –Eu te amo.

    E voltei a caminhar pelo corredor.

    Para a minha felicidade parecia que todos haviam me deixado em paz, até minha mãe que obviamente devia dar atenção também ao marido crápula, ou melhor dizendo , senhor Uchiha Fugaku.

    Estava em casa, distraído, quando a campainha tocou, era estranho pois qualquer pessoa que pretendia me visitar ligava antes ou mandava mensagem, o que me dava tempo suficiente de sair ou não atender a porta.

    –Abra a porta Sasuke, sabemos que está aí, é caso de vida ou morte.

    Reconheci a voz de Ino.

    Quando abri pude vê-la e logo atrás de si Kakashi.

    –O que está fazendo? Ela era nervosa, notei sua barriga sobressalente, devia estar com 4 meses de gestação.

    –Estou em casa Ino, como com certeza sei que percebeu.

    –Porque não foi mais vê-la?

    Ela passou por mim e entrou no apartamento, logo depois Kakashi fez o mesmo, estranhei sua quietude.

    –Pra que? Tenho certeza que ela não sente minha falta.

    Fechei a porta e me virei pra eles.

    –E como pode ter tanta certeza? Ela perguntou por você sabia...

    –O-o quê?

    Como assim ela perguntou por mim.

    –O que quer dizer Ino? Me aproximei dela esperançoso.

    –Ela quis saber quem é o cara moreno e bonitão que estava no quarto quando ela acordou.

    Era uma boa noticia, mas mesmo assim não me animou muito.

    –Ela se interessou pela minha imagem, mas continua sem saber que eu sou.

    –Por Deus homem! Ela te ama, só um cego não vê!

    –Ela não pode me amar Ino, ela não sabe quem eu sou.

    Baguncei mais meus cabelos irritado.

    –Vá visitá-la Sasuke, antes que seja tarde. Dessa vez foi Kakashi quem disse.

    –Porque? Aconteceu alguma coisa?

    A irritação rapidamente se transformou em preocupação.

    –Ela está indo embora, está voltando pra Konoha. A loira respondeu.

    Sentei no sofá.

    –Talvez seja melhor assim... refleti em voz alta.

    Ino bufou irritada e saiu dali deixando a porta escancarada.

    –Antes de qualquer coisa Sasuke, vá visitá-la e tire suas próprias conclusões.

    –É, talvez você esteja certo.

    Ele sorriu e caminhou para porta.

    –Ei Kakashi. Ele se virou e me olhou. –Desde quando ficou tão submisso?

    Coçou a cabeça cinzenta e ainda sorrindo me respondeu.

    –Desde o momento que sua companheira está grávida...e que você está apaixonado.

    Ele foi atrás dela. É, até Kakashi conseguiu o que achávamos ser impossível pra nós. O amor.

    CONTINUA...


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