MAKTUB

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    18
    Capítulos:

    Capítulo 15

    Sob as nossas mãos a criação

    Adultério, Hentai, Heterossexualidade, Linguagem Imprópria, Nudez, Sexo

    -'Adam sawti 'iilaa qalbiin li'anana faqadna alnufus alty ailtaqat akhyrana.

    (Eu uno meu coração ao seu, pois éramos almas perdidas que finalmente se encontraram.)

    O sol insidia diretamente sobre eles naquela manhã, estavam de frente um para o outro diante da enorme multidão, a mão grande e rude segurava a dela, branca e fina, adornada com os desenhos em henna* grená. Seu vestido, o terceiro somente naquele dia, era uma dança entre seda e véus de diversas tonalidades, um resgate as velhas tradições que a ditadura roubou, toda aquela celebração era.

    A libertação de Dohã!

    -'Anana la naftaqir 'abadaan 'iilaa taeam aljasd walruwh

    (Que nunca nos falte o alimento do corpo e da alma)

    Zayn completou sentado diante dela, sorrindo...ele não se cansava de sorrir

    Então foi a vez dela

    Era estanho, não estava nervosa ou impaciente como da primeira vez que fez aquilo, e não se sentiu culpada ao pensar no primeiro casamento, talvez a experiência realmente trouxesse a sabedoria. Falou as palavras em árabe antigo e difícil, da época das tribos nômades que habitam a região, uma bela tradição que tanto ele quanto ela quiseram retomar ali, diante de todos e em sua própria união.

    -Daeuna la naftaqir 'iilaa alfahimi walhamasat, waqad yakun tharwatana aleazimat 'atfaluna.

    (Que não nos falte compreensão e zelo, e que nossa maior fortuna sejam nossos filhos.)

    Então pousou sorrateiramente a mão sobre o ventre inchado levemente disfarçado pelo volume das roupas.

    -'Adama sawti 'iilaa qalbi li'anah min alan fsaeda hum wahidun.

    (Eu uno meu coração ao seu pois de hoje em diante eles são um só.)

    Quando Sakura finalizou, cada um levou uma das mãos ao centro do peito, simbolizando que agora seus destinos estavam conectados, que seus corações batiam um pelo outro, e cada vez que repetissem esse gesto seria para relembrar esse fato.

    Foram ovacionados quando os lábios grossos do homem do deserto tocaram sua testa. Fechou os olhos ao sentir o contato, estava feito...era uma mulher casada.

    Mais uma vez!

    Os olhos verdes bem desenhados com a maquiagem escura e bem delineada que ajudava a ressaltar a tonalidade dos mesmos, brilharam...

    Tinha uma nação para governar, juntamente ao marido e ao filho

    A vida se refazia de alguma forma.

    Estavam diante da gigantesca e farta mesa a céu aberto com uma diversidade enorme de comidas e bebidas, mas após milhares de cumprimentos e vários agrados em forma de presentes (até mesmo animais como cabras e camelos), a cerejeira se sentiu cansada, naquela altura da gestação a estafa a alcançava com mais frequência.

    E além do mais, mal via a hora de estar a sós com o marido...

    -'Ana mutaeab qalilana (Estou um pouco cansada)

    Sussurrou no ouvido de Zayn que se divertia com das mulheres e crianças locais, batendo palmas animadamente para as dançarinas do ventre que entretiam a população.

    Ele a encarou.

    -Yumkinuna aldhahab 'iidha kunt turid (Podemos ir se quiser)

    -'Awadu (Eu gostaria)

    Respondeu um pouco sem jeito, realmente não queria retirar o homem do divertimento nem sair do meio daquelas pessoas, mas já era hora.

    -Wa'ayn yjb 'an nadhhab? (E para onde devemos ir?)

    As amêndoas a miravam, Sakura sabia exatamente para onde desejava seguir, aonde desejava estar com o homem ao seu lado.

    -'iilaa almaebad (Para o templo)

    Zayn lhe lançou um olhar sugestivo

    -Lam nakun naqul wdaeaan hunak, sa'aftaqid (Nunca chegamos a nos despedir de lá, vou sentir falta)

    Alguns costumes não eram muito bem vistos pelo povo em geral, marcas da opressão, mas agora como líder, o Hadiya trataria de acabar com eles, como o fato de não poder beijar sua esposa em público.

    Céus...queria beija-la, saboreá-la, tê-la total e por inteiro.

    -Eu. Te. Amo.

    Ela sorriu ao ver ele se esforçar para falar em seu idioma.

    Se despediram dos que puderam e Zayn cochichou algo para Amin que estava levemente alcoolizado, definitivamente era o que mais aproveitava as festividades.

    Amin nunca conheceu um país livre.

    Quando o animal foi lhe entregue pelo irmão, que estava ansioso para voltar para a comemoração, se despediram. Amin imitou a reverencia feita por Sakura quando se conheceram arrancando uma leve risada da mesma.

    -Hal 'ant mtakd min 'anak tastatie alrakuba? (Tem certeza que pode cavalgar?)

    Ele a mirou com ar preocupado

    -'Astatie 'an 'afeal 'aya shay' maeak bijanibi. (Posso fazer qualquer coisa com você ao meu lado.)

    Ele se aproximou e passou os dedos pelo rosto delicado e adornado para o casamento, então a ajudou a montar no animal subindo logo em seguida, foram lenta e tranquilamente, observando como o cair da noite tonalizava o céu de Dohã de diversas cores.

    -'iinaha jamilat jiddaan ... (é tão bonito...)

    Sakura comentou e então sentiu o pinicar da barba lhe roçar na curvatura do pescoço.

    -alan 'ant taerif limadha fistan alzifaf alkhasi bik ladayh alkthyr min al'alwan

    (Agora sabe porque seu vestido de noiva tem tantas cores)

    Sorriu enquanto sentia a barba roçar até seu ombro coberto. Mesmo estando tapado a sensação de formigamento lhe alcançou a fazendo respirar fundo, quando os lábios tocaram a pele fina do pescoço fechou os olhos.

    Ele desceu as mãos pelo ventre enquanto cavalgavam lentamente até onde tudo começou.

    Ela sentiu a língua quente e úmida encostar em sua tez, bem na base da orelha e isso a arrepiou.

    Só foi abrir os olhos novamente quando o cavalo parou

    -Wasalna (chegamos)

    Zayn disse em seu ouvido.

    Ele saltou do animal e segurou sua mão

    -Sa'aeud maratan 'ukhraa (Já volto)

    Sakura concordou com a cabeça e o viu se afastar para o interior do templo.

    Estando ali, sozinha, sentiu a rajada de vento lhe tocar e fazer tilintar as diversas joias que usava. Segurou o véu no cabelo para que o mesmo não voasse.

    Levou a mão ao ventre e ponderou sobre como aquilo tudo parecia uma loucura de se viver, não imaginava que ainda poderia ser tão impetuosa.

    Mirou o sol que se escondia por detrás das dunas de areia e então sussurrou

    -Estamos em casa.

    Seu rosto se abrilhantou ao ver a infinidade de castiçais que iluminavam o local. O aroma de ervas secas queimando lhe acalmava, o tapete... sentiu falta dele, estava ali, com uma infinidade de almofadas de diversas cores e tamanhos, e próxima a ele, um belo tecido ornamentado jazia em um dos bancos de pedra com uma fina bacia de prata e um jarro do mesmo material dentro dela.

    Zayn nada disse, apenas puxou a mão da rosada e a encaminhou para lá. Retirou a bacia de sobre o local e se ajoelhou, Sakura não entendia muito bem o que ele estava fazendo, era tudo muito novo e diferente para ela.

    Os rituais de núpcias do povo do deserto eram misteriosos mas cheios de significado.

    Quando se sentou sobre o tecido ornamentado ele permaneceu de joelhos, então ergueu o olhar para ela a medida que levava a mão a um de seus pés e subia delicadamente os panos do longo vestido bem trabalhado.

    Ele retirou o sapato dos pés finos e também adornado com diversos desenhos em henna, seguindo logo para o outro.

    Assim que ficou descalça, a cerejeira percebeu quando o marido pegou a jarra de prata e começou a derramar o liquido frio sobre um de seus pés.*

    Se sobressaltou ao sentir a corrente elétrica passar por seu corpo quando a água tocou sua pele.

    Zayn sorriu, mas prosseguiu fazendo o mesmo com o outro, o som do liquido passando pelos membros da cerejeira e caindo sobre a bacia era a única coisa que podia ser ouvida no local.

    Depois de deixar a jarra no chão ele ergueu seu olhar, o sorriso já não lhe era mais presente.

    Ele tinha um ar sério, envolvente e aprazível

    -Habiba... *

    Sussurrou enquanto se inclinava para lhe beijar um dos pés arrastando os lábios até o calcanhar levando a seda junto.

    Sakura mordeu o lábio inferior quando ele continuou subindo

    E subindo....levando o tecido enquanto arrastava os dedos grossos pela pele cálica.

    Lhe beijou os joelhos e as coxas fartas.

    Os lábios dele eram tão quentes, se intentavam lhe queimar o interior estavam conseguindo

    As mãos grandes percorriam o corpo ainda coberto alcançando os ombros e baixando a peça sorrateiramente.

    Então os lábios carnudos subiram das pernas e encontraram o ventre inchado se mantendo ali por um instante, mas logo partindo para o colo e se deslocando para boca sedenta.

    Puxou-a pelo pescoço aumentando a intensidade daquele encontro e saboreando melhor o contato entre as bocas ansiosas.

    O beijo dele quando estava desejoso era algo indescritível...

    Mas o mesmo beijo em seu seio exposto era algo pecaminoso.

    Suspirou de maneira audível quando os sugou. Inchados, entumecidos, chamando-o, clamando por ele.

    -'Urid bshdt 'an 'akun bidakhilik...

    (Quero tanto estar dentro de você...)

    Escapou como um gemido da boca fervorosa

    Sakura já não se sentia mais corar quando lhe dizia coisas como essa, era acostumado a dizer o que queria, o que sentia, o que desejava.

    Um homem de palavras certeiras

    Quando a pôs de pé começou a desfazer as voltas e laços da roupa bem trabalhada que a rosada vestia, os seios inchados subiam e desciam ansiando o que estava por vir.

    -Amul 'alaa 'uzeij waladuna (espero não incomodar nosso garoto)

    Enquanto ele a despia se pegou indagativa com o que acabara de ouvir

    -kayf taerif 'anah wld? (Como sabe que é um menino?)

    E assim que os panos finos escorregaram pelo corpo ele a olhou nos olhos e tocou na cintura redonda

    -Ra'ayna li'asbab alquhwat alkhasat bik (Vimos em sua borra de café)

    Sakura até pensou em o questionar mas ao ver o homem de joelhos mais uma vez diante de si, erguendo sua perna e passando a língua seguindo exatamente o desenho que a henna fazia do calcanhar até a coxa, seus sentidos foram pegos.

    Algumas coisas não precisavam fazer sentido ou sequer de explicação!

    Enquanto ele lambia sua perna, os dedos...sorrateiros, se encaminharam para o vão entre as pernas e ela percebeu o toque em seu ponto certeiro.

    Arfou...

    Alto e forte!

    Ele continuou ali, de joelhos diante dela, espreitando-a com as amêndoas oblíquas, arrastando a língua quente e impávida até seu pé lhe beijando os dedos auspiciosamente.

    Céus...era possível aquela região do corpo ser uma área erógena?

    Quando ele finalmente sugou seus dedos a penetrou com a mão profana, tendenciosa, lasciva.

    Mal soube quando os lábios dele encontraram seus lábios vaginais, mas precisou se agarrar a um dos ombros fortes ainda coberto pela roupa da cerimonia para não perder o equilíbrio.

    Ele se embebia e a cerejeira sentia uma onda aprazível lhe dominar enquanto os líquidos de prazer brotavam de seu interior, ele os sugava e se deleitava em experimentar os sabores que vinham dela.

    A perna sobre o ombro do homem másculo ficou tensa, ele cravou a mão forte sobre a mesma afundando mais o rosto sobre a vulva úmida e sedenta, sugando, lambendo, profanando o canal que clamava para ser penetrado, preenchido pela figura masculina levemente despenteada pelas mãos libidinosas da rosada.

    Então veio

    Com um chupão tão forte dos lábios do homem que Sakura pensou por um momento que fosse perder os sentidos.

    Que fosse desabar bem ali!

    Mas não foi o que aconteceu, segundos depois sentiu seu corpo sendo pousado sobre as almofadas.

    Quando o mundo entrou em órbita novamente ela o viu, a barba rala ainda tinha resquícios de seu recente gozo e aquilo lhe fez subir um sutil arrepio.

    Então o puxou com volúpia para mais um beijo, queria experimentar seu sabor misturado ao daqueles lábios que apesar de carnais a levaram ao céu.

    As mãos pequeninas se tornaram ágeis em retirar as peças de roupa em tom vermelho, a cor oficial de Dohã.

    O corpo moreno do médio oriente, da cor do pecado...era trabalhado pelas tarefas árduas do deserto, maior do que ela, o viu fechar os olhos e repetir palavras inaudíveis e desconexas quando tocou no membro ereto.

    Mesmo se apoiando nos cotovelos, uniu seu corpo ao dela, aspirando o aroma dos cabelos rosados e colando a boca no ouvido pequeno lhe dizendo como suas mãos eram mágicas.

    Ela o massageava da base a ponta e depois seguia para os testículos inchados que rogavam para serem libertos e derramados.

    Mas não, não queria que fosse assim, então simplesmente parou os movimentos e o afastou, o homem tombou sobre as diversas almofadas curioso sobre o que a rosada poderia fazer

    E tudo que ela desejava era estar sobre ele, então o fez, postou-se sobre o corpo grande e mesmo estando em um estado de gestação extremamente avançado, não deixava de se sentir atraente, desejada, desejosa...

    Quando terminou de escorregar todo o corpo pela extensão do órgão de Zayn, sentindo-se abrir por inteiro para recebe-lo, arfou acostumando-se aquele novo tamanho.

    A olhava despudoradamente como se ela fosse uma fonte de água naquele deserto sem fim e ele um caminhante em busca da miragem.

    E ela era a miragem, mas real, pois a tocou da face aos seios, da barriga ao sexo latente assim que começou a subir descer.

    Cavalgando!

    Cavalgando sobre o homem assim como fizeram sobre as dunas de areia terrosa daquele deserto, a principal testemunha do sentimento entre os dois.

    Cavalgou sobre ele lhe entregado seu corpo, seu fruto, seu coração.

    E pela primeira vez recebendo tudo em troca, como deveria ser.

    Foram dias de festa em Dohã, comemoraram a vida, a liberdade, a união, o amor.

    O palácio que servia de sede do governo seria transformado, nem a rosada nem o agora atual marido desejavam construir sua vida ali, em um local que fora palco de tantos atos de crueldade.

    Sakura tinha outros planos para o lugar.

    Foram para um casarão simples para a posição social que ocupavam, não se importavam.

    A verdade é que mesmo Zayn tento sido eleito pela primeira vez por voto popular, eles não ficariam em Dohã por muito tempo, somente o tempo que levasse para que a criança no ventre de Sakura nascesse.

    Os planos que eles tinham para aquele lugar, iam muito além... e por isso a presença do ex sensei, do mentor e grande amigo foi solicitada!

    Quando ela o viu entrar por aquela porta, a máscara, os cabelos acinzentados...pensou que não poderia ser mais feliz!

    -Kakashi-sensei!

    O homem travou ao ver a enorme barriga da ex aluna, mas recebeu o abraço de bom grado.

    -Sakura!

    O ex Hokage tentou desanuviar o olhar e lhe sorrir tão gentil quanto sempre fora.

    -Você veio mesmo pra longe.

    Kakashi comentou mirando os trajes diferentes que a antiga discípula vestia sobre o ventre inchado.

    Ela riu.

    -Quero que conheça meu marido.

    A mão pequena tocou a do ex-sensei mas ele permaneceu parado no mesmo lugar.

    -Marido?

    Ela sorriu meio sem jeito.

    -Se tivesse chegado dois dias antes teria presenciado o casamento.

    O Hatake permaneceu em silencio, tentava compreender tudo aquilo que estava acontecendo.

    Sakura passou o braço ao redor do dele e suspirou

    -Tenho muita coisa para lhe contar.

    Saíram da casa e foram pela cidade afora, Kakashi não deixou de notar em como as pessoas pareciam estar reconstruindo o local, muitos paravam para cumprimentar ou simplesmente sorrir para a rosada, então finalmente foi entendendo toda a situação à medida que sua ex aluna ia lhe narrando.

    -Quer que eu fique aqui e ajude com o governo, é isso que está me pedindo?

    Ambos pararam, Sakura se pôs diante do ex professor e suspirou

    -Zayn e eu temos muito que aprender, Dohã é uma nação com muito potencial que se perdeu em anos de ditadura, vamos visitar e conhecer outros lugares para trazer o de melhor para cá. Ele sabe o quanto eu confio e o quanto você foi um bom líder. Será o meu representante aqui enquanto Amin, o irmão de Zayn será o dele.

    Kakashi coçou a cabeça e desviou o olhar para logo em seguida retorna-lo para a cerejeira, ela era intrépida, talvez até mais que a velha Tsunade...

    -Eu não sou daqui, acha que essas pessoas me ouviriam?

    Sakura se aproximou do ex sensei

    -O que você fez conosco....pausou por um momento –com o Time 7, fez com que o ouvíssemos, e depois toda Konoha e as nações ninjas te ouviram e respeitaram! Se eles me aceitam, eu que sou uma estrangeira, se eles me ouvem, não vão ouvir você, o homem que me ensinou?

    A visão ali, naquele ponto do mundo era outra!

    Kakashi não era um homem de se gabar, nunca foi, mas as palavras ditas por ela de alguma forma lhe massagearam o ego, talvez a antiga aluna houvesse amadurecido nesses meses mais do que imaginou.

    Não respondeu, apenas deixou escapar um sutil sorriso por debaixo da máscara azul marinho

    -Espero me acostumar com o calor.

    Sakura sorriu e o abraçou, Kakashi não deixou passar o volume que os dividia

    -E esse bebe?

    Ela se separou dele e o encarou.

    -Pretendemos ir depois que ele nascer, não deve tardar a acontecer, na verdade já está passando da hora.

    Então a rosada levou a mão a barriga saliente

    Kakashi acompanhou o gesto

    -Você entendeu minha pergunta Sakura!

    O olhar arregalado da cerejeira não passou despercebido pelo ex Hokage, mas as próximas palavras dela o pegaram desprevenido

    -Acho que não vamos precisar esperar mais, minha bolsa acaba de romper!

    O trabalho de parto durou horas, Dohã não tinha um sistema hospitalar decente e até hoje as pessoas recorriam a curandeiros, mas aquilo mudaria, logo!

    -Força querida, você consegue!!!

    Ele ficou a seu lado o tempo todo, enxugou a testa suada e dizia o quanto ela o estava fazendo feliz, mas evitava segurar em sua mão, não queria machuca-lo devido a um descontrole de sua força.

    Descontava tudo nos lençóis e nos gritos altos denunciando a dor alucinante.

    Então ouviu o som do choro alto da criança expulsa de seu ventre.

    O corpo desabou sobre a cama, cansado, aliviado.

    Mas feliz

    -Samir...

    Ouviu o homem dizer quando a mulher estendeu o menino ainda de cabeça para baixo preso pelo cordão que os unia.

    Sentiu o beijo na testa molhada pelo suor e sorriu satisfeita

    Seu marido havia escolhido o nome perfeito.

    Aquele era o seu Samir, seu vigoroso e eterno companheiro.

    Quando Kakashi entrou no quarto viu a ex aluna embalando a pequena trouxa sobre os braços, ela nunca lhe pareceu tão mulher.

    Se aproximou meio reticente até Sakura o mirar

    -Venha Kakashi, quero que o conheça.

    O cinzento se aproximou e mirou o pequeno ser nos braços da mãe ainda vermelho e inchado do nascimento e de olhos fechados.

    -Seu marido me parece mesmo uma boa pessoa.

    Soltou a esmo olhando agora para a rosada

    -Ele é, senão não teria me casado novamente.

    Realmente, aquilo fazia sentido, jamais imaginou que a cerejeira se casaria novamente, muito menos tendo passado tão pouco tempo a seus olhos da tragédia que a abateu, o homem devia valer a pena!

    -Quero que seja o padrinho.

    Ela soltou e ele se surpreendeu

    -Eu?

    Kakashi franziu o cenho

    Finalmente os orbes esverdeados saíram do filho para a figura do homem a seu lado

    -Se algum dia eu ou pai lhe faltarmos, não teria confiança em mais ninguém para cuidar dele.

    O Hatake ficou em silencio, jamais esperaria receber um pedido como aquele.

    -Sei que nunca quis se casar e ter filhos, mas seria uma grande honra e um grande alivio pra mim se aceitasse.

    Por fim sorriu soltando o ar pelo nariz.

    Sim, não havia casado ou tido filhos, mas a vida tinha se encarregado em lhe dar uma família.

    Olhava para uma delas nesse exato momento.

    -Vai ser um prazer ser padrinho do seu filho Sakura.

    Pois uma coisa que Sakura entendeu e Kakashi se aperceberia, é que existiam várias formas de pertencimento.

    E todas elas eram válidas.

    CONTINUA...

    * As tradicionais tatuagens de henna são aplicadas em suas mãos e pés, mas o detalhe importante é: apenas as mulheres solteiras podem pintar a noiva.

    Acredita-se que essas tatuagens de henna trazem fortuna e felicidade para o casamento, além de afastar os maus espíritos que podem atrapalhá-lo.

    *O ritual de lavagem dos pés da noiva pode ser realizado em algumas tradições na noite de núpcias do casal.

    *Habiba- querida, amada, meu amor

    *Samir- vigoroso, vivaz, boa companhia, companheiro.


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