Olhos Vermelhos

  • Finalizada
  • Thatangelica
  • Capitulos 24
  • Gêneros Romance e Novela

Tempo estimado de leitura: 4 horas

    18
    Capítulos:

    Capítulo 5

    Capitulo 5

    Álcool, Hentai, Heterossexualidade, Linguagem Imprópria, Nudez, Sexo, Spoiler, Violência

    “Duvide do brilho das estrelas. Duvide do perfume de uma flor. Duvide de todas as verdades. Mas nunca duvide do meu amor. William Shakespeare”

    -Desculpe Sakura-chan, chegamos tarde demais.

    Ela não conseguia controlar o choro.

    -Itachi está morto, Sasuke o matou.

    Assim que Naruto lhe disse aquelas palavras seu peito a muito cicatrizado se encheu de uma dor quase física.

    Ela tinha esperanças antes, sim, esperança que tudo daria certo, que ele se arrependeria e voltaria para vila, que Naruto com seu poder de mudar as pessoas o mudaria, ou então...que quando ele terminasse sua vingança não haveria impedimentos para que ele retornasse para Konoha.

    Mas não foi isso que aconteceu.

    -Sasuke faz parte da Akatsuki agora, é um ninja renegado, um nukenin.

    Kami, como doía, porque ele era assim, e porque ela sofria tanto assim por ele?!

    Seu apartamento estava em pura penumbra, não teve forças nem para acender a luz quando chegou em casa, apenas abriu a porta e assim que a fechou escorregou ao chão sem conseguir mais conter as lágrimas.

    Sentiu uma leve pontada no baixo ventre, levou as mãos até o local o apertando.

    Abriu os olhos assustada, quando sua visão conseguiu focar em alguma coisa percebeu estar deitada no sofá da sala, não teve forças nem para se arrastar até a cama, ainda sonolenta levantou-se buscando as horas, 11 ...estava absurdamente atrasada para ir para o hospital.

    Tomou um banho rápido, retesou quando as grossas gotas de agua caíram sobre seus seios, realmente estavam sensíveis.

    Assim que terminou de se arrumar procurou algo rápido para comer, mas mais uma vez seu estomago reclamou, essas náuseas insistiam em atormentá-la.

    Decidiu por tentar comer algo no hospital mesmo, mesmo achando que não iria conseguir.

    -Shizune, desculpe o atraso, eu acabei perdendo a hora e...

    -Acalma-se Sakura. A morena de cabelos curtos a interrompeu. –Não tem problema, Tsunade deu ordens expressas pra que você não fosse incomodada, ela imaginou que você ia querer ficar sozinha depois da...bem, da notícia.

    A rosada, agora mais tranquila após a corrida, respirou fundo.

    Sim, ela queria ficar sozinha na verdade ela queria sumir.

    Sentia-se cansada, mesmo depois de ter dormido tantas horas.

    Sentiu novamente a pontada no baixo ventre, a medica a sua frente notou a mudança de expressão da cerejeira.

    -Você está bem?

    -Ah...sim, só estou um pouco cansada.

    Shizune lhe deu um sorriso terno.

    -Pois então volte pra casa e descanse, eu sei que você não saí desse hospital, se dê um dia de folga.

    -Mas, e os pacientes?

    -Não se preocupe, existem outros médicos aqui, sabia?

    Shizune lhe sorriu e Sakura sorriu de volta.

    Ela não queria ir embora, não queria ir pra casa e mergulhar novamente naquela tristeza sem fim. A muito tempo não se sentia assim, na verdade desde quando ele foi embora e a deixou naquele banco gelado, mas até mesmo aquela tristeza foi transformada em garra e ela mergulhou profundamente no mundo de jutsus médicos, treinou com Tsunade incansavelmente e se tornou mais forte.

    -Você é fraca Sakura

    Ouvia ele repetindo em sua cabeça, aquilo a fez desenvolver aquela força descomunal, mas por dentro, principalmente naquele dia ela se sentia sim fraca, tão fraca quanto jamais foi.

    Caminhou até a entrada da vila, da sua vila.

    Um dia talvez ela entendesse todo esse ódio que residia dentro dele.

    -Sabia que iria encontrar você aqui.

    -Kakashi sensei?

    O ninja copiador estava encostado no muro mais adiante, estava tão absorta em seus pensamentos que nem notou ele ali.

    -Não sou mais seu sensei Sakura.

    A rosada sorriu levemente.

    -Sabe. Ele continuou. - A cada dia que passa eu aprendo mais e mais com vocês, por isso acho que realmente não mereço mais o título de sensei.

    Ele se desencostou do muro e foi caminhando tranquilamente até ela com as mãos nos bolsos.

    -Naruto me ensinou que não importa o que aconteça, nunca devemos abandonar um amigo.

    Ela mantinha o sorriso no rosto olhando os enormes portões da Vila da Folha.

    -Sasuke...bem, me ensinou que nunca devemos abandonar um objetivo, por pior que ele seja.

    Sakura o encarou.

    -E você Sakura-chan, me ensinou que nunca devemos abandonar um amor.

    A cerejeira arregalou os olhos.

    -É uma célula tripla perfeita.

    Ela se continha para não voltar a chorar, não ali, não na frente de seu professor.

    -Não acho que meu amor tenha valido de muita coisa.

    -No final das contas Sakura, apenas o amor move isso tudo. Afinal, enquanto houver vida, existe a esperança.

    Ele sorriu por debaixo da máscara e passou a caminhar para longe dela.

    Ela sorriu e se virou.

    -Ei Kakashi sensei! 

    Ele parou e se virou pra ela

    -Você sempre será nosso professor, não importa quanto tempo passe, sempre tem algo pra nos ensinar.

    Ele pareceu considerar por um momento e lhe sorriu de volta.

    -Você está linda Sakura.

    E voltou a prosseguir em seu caminho.

    Kakashi nunca havia exaltado a beleza de Sakura antes, principalmente agora em que ela se sentia um lixo, estava mais magra devido aos enjoos e sempre cansada.

    Mas no fundo a rosada sabia que a principal função de seu sensei era trazer a tona as qualidades de seus alunos, mesmo quando eles mesmos não as enxergavam.

    Antes de voltar a caminhar ela sentiu algo, algo estranho e familiar.

    Sentiu seu peito falhar uma batida.

    Os olhos, sim, aqueles olhos a espreitavam novamente.

    Olhou para trás pensando haver alguém ali.

    Os olhos se estreitaram.

    O aperto em seu peito se intensificou.

    Não havia nada ali, nem sequer uma mosca pairava no ar.

    -E então, nós vamos ficar aqui só observando ou vamos fazer alguma coisa?

    O tédio se fazia presente na voz do ninja de dentes pontiagudos.

    As virgulas giraram e um sorriso cruel se formou nos finos lábios pálidos.

    -Ora ora... a voz no nukenin saiu fria e rouca.

    Quando finalmente elas pararam de girar o sorriso do mesmo se intensificou.

    O vento soprou fino e gelado fazendo a cerejeira se arrepiar.

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    CONTINUA...


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