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“Que mal o homem pode causar, que dor ao coração feminino ele pode criar...”
Paulo Fernando
A faria gemer....gemer tanto que suas cordas vocais sangrariam e ele beberia seu sangue, se deliciando até estar saciado. A sim, ela gemeria como a vadia que era, lhe mostraria o que era ser invadida, possuída...ele lhe daria isso até ela desejar mais e mais como todas as outras.
Segurava nos cabelos loiros com força e os puxava para si, os olhos verdes da jovem apertaram enquanto os gemidos roucos lhe escapavam dos lábios vermelhos após tantas mordidas. Ele ia forte e firme, sua pele alva estava marcada pelas investidas continuas do moreno. Ela fora a escolhida daquela noite, logo ela naquela vila distante, quase esquecida por Kami, era ela que estava lá, com ele...com o nukenin de Konohagakure, o mais belo de todos, não importa se ele estava sendo bruto e nem ao menos lhe perguntara o nome, ela estava lá, satisfazendo seus desejos mais profanos. Ele apertava suas nádegas deixando-as marcadas, o barulho dos corpos se chocando o excitava ainda mais, por vezes ele mordia suas costas, ela reclamava mas nada o faria parar, nada....até se despejar por completo.
Por fim quando se saciou, saiu de dentro da jovem e se deixou desabar sobre a cama. Podia notar seu liquido ainda quente escorrer da cavidade antes rosada e agora completamente vermelha. A garota se deitou ao seu lado e tentou se aproximar, tinha um sorriso terno nos lábios, ele se afastou e se levantou, pegou suas calças no chão e as vestiu.
–Lembre-se de não pegar barriga.
Jogou algumas notas sobre a cama.
–Isso deve resolver.
A garota o olhou sem entender, ela não era uma prostituta para ser paga. Quando foi revidar ele a interrompeu.
–Não quero ter que me livrar de ninguém mais tarde.
Sua voz era impassível e toda a beleza de seu rosto e corpo pareceram se esvair.
Antes de sair do aposento, se dirigiu a ela sem nem ao menos a olhar
–Você foi bem safada pra uma virgem.
Pode ouvir o choro abafado da garota atrás da porta. Era uma jovem fácil, que se fazia de santa como a maioria das que encontrava pelo caminho, nada que uma olhada sugestiva, um pequeno sorriso, uma sutil aproximação e uma palavra no ouvido não as levassem para debaixo dos lençóis. Ir àquele bar por insistência do companheiro não fora tão má idéia assim, uma boa bebida e uma boa foda sempre eram bem vindas.
–Você sabe mesmo como passar um aniversario.
O rapaz sorria enquanto segurava um copo de sakê rodeado por duas garotas, bem exibicionistas por sinal, qualquer um podia notar que eram jovens de vida “fácil”.
–Não deveria trazer esse tipo de mulheres pra cá, é um bar de família.
O rapaz engasgou com a bebida enquanto soltava uma gargalhada extremamente alta.
–E o que você estava fazendo com a filha do dono agora pouco no quarto foi o quê? Rezar?
Os dentes pontiagudos lhe davam um ar levemente asqueroso, mas com o tempo as pessoas se acostumavam, a espada de Zabuza estava sempre ao seu lado, e sempre que podia alguma mulher, é claro.
–Não a vi reclamar.
–Um dia seu pinto ainda vai cair.
–Se preocupe com o seu, já que sai com essas mulheres da rua.
As jovens ao lado do Hozuki nem se abalaram com a conversa, estavam mais bêbadas que o próprio.
–Nem todos tem essa carinha de bebe igual a sua.
O moreno sorriu de lado. Realmente, nunca precisou apelar para prostitutas para saciar sua masculinidade, sempre haveriam garotas como a filha do dono do bar, vadias reprimidas como dizia a Suigetsu, que se entregavam a ele, um estranho, sem hesitar momento algum.
Depois de algumas garrafas de sakê e de ver o companheiro se esfregar com as putas, o moreno se cansou do local deixando algum dinheiro pelo que fora consumido, o senhor dono do local nem sequer chegava perto da mesa em que estavam, afinal aquele era o mais perigoso nukenin da Vila da Folha, o ultimo Uchiha, que matou Orochimaru e aquele que violara sua filha única sem se importar com sua presença.
Assim que pôs os pés fora do lugar, pode ver outro de seus companheiros sentado de baixo de uma árvore ali perto. Juugo não era muito admirador das noitadas que ele o Suigetsu faziam pelas Vilas que invadiam, quando saíam ou se isolava em um canto observando as pessoas ou ficava do lado de fora, admirando a noite como fazia até aquele momento.
–Vamos embora!
–Não vai passar a noite?
–Cansei desse lugar.
Juugo não questionava o Uchiha, obedecia suas ordens e ponto, somente aquele garoto era capaz de controlar o monstro que existia dentro de si, o que o ruivo não sabia era quem poderia controlar o monstro que crescia cada vez mais dentro dele, do Uchiha.
Os olhos por trás dos óculos estavam aflitos pelo seu retorno, assim que viu dois dos companheiros adentrarem no recinto, se dirigiu rapidamente até um deles.
–Sasuk...
Ele não a permitiu terminar.
–Vou descansar, não quero ser perturbado.
E passou por ela sem nem ao menos lhe dirigir um olhar.
O silêncio entre os dois foi quebrado pela ruiva.
–Onde estavam?
–Em um bar.
–E a coisa molhada, onde está?
–Se divertindo por aí.
As vezes era bom estar sozinha, depois de tanto tempo no mundo shinobi, a cerejeira aprendeu a apreciar o silêncio, e mesmo com Naruto a importunando para saírem pela comemoração do aniversario do Uchiha, ela não se dispôs a ir. Era sempre assim em toda data especial, o time 7, ou que restou dele, se reunia para lembrar os velhos tempos, recordar, reviver...
Mas aquela noite Sakura desejava passar sozinha, queria sentir sozinha. Desde a ultima vez que o tinha visto...aqueles olhos a assombravam, e o frio percorria seu corpo pedindo por socorro, ela não o reconhecia mais, na verdade ela agora sabia, nunca o conhecera.
O apartamento estava escuro, sorriu ao constatar que também aprendera a apreciar a escuridão, ela podia ser bem acolhedora quando necessário. Se levantou do sofá ao qual estava sentada a alguns minutos admirando a penumbra ao seu redor, caminhou até sua janela e afastando as cortinas abriu as janelas, o vento gélido bateu em seu rosto e afastou seus cabelos do rosto, fechou os olhos para apreciar melhor aquela sensação, como era agradável...como era perfeito sentir aquele toque...como havia desejado aquilo por toda sua vida.
Caminhava a passos rápidos pelos corredores escuros do lugar, era frio e infestado de ratos, mas com o tempo acabou se acostumando com os esconderijos escolhidos pelo moreno. Passara a noite toda o esperando, tinha um ótimo presente para o Uchiha, algo que o faria ficar extremamente agradecido.
Parou diante da pesada porta, ajeitou os óculos no rosto e passou a mão pelos cabelos buscando domá-los, quando sentiu-se pronta deu duas leves e surtis batidas na porta. Aguardou por um momento mas não recebeu resposta, ou ele estava a ignorando ou estava dormindo, resolveu se arriscar e tocou a maçaneta girando-a vagarosamente.
Bufou ao terminar de abri-la e constatar o que menos desejava. Sasuke não estava lá.
Ao abrir os olhos a cerejeira sorriu, como seu rosto era lindo, como seus olhos sombrios combinavam com a noite...como era bom sonhar com ele.
Quando ele se aproximou e suas respirações se misturaram, algo dentro dela parou, mas foi quando finalmente os lábios frios encostaram nos seus...macios e suaves como ela mesmo pudera comprovar, foi que soube que se aquilo fosse um sonho, desejava dormir para sempre.
Mas o que cerejeira não sabia, é que aquele sonho geraria frutos.
E que aquele sonho mudaria para sempre o curso da historia ninja que era conhecida.
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CONTINUA...