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  • Finalizada
  • Thatangelica
  • Capitulos 39
  • Gêneros Romance e Novela

Tempo estimado de leitura: 5 horas

    18
    Capítulos:

    Capítulo 18

    Capitulo 18

    Álcool, Hentai, Heterossexualidade, Linguagem Imprópria, Nudez

    “Nunca gostei de doces...provavelmente porque quando era criança minha mãe sempre os proibia, mas Itachi sempre dava um jeito de roubar algum chocolate e dividir comigo em minhas noites de insônia, nessas raras vezes eu me sentia bem e podia sorrir naquela casa.

    Eu não fui atrás dela. Sim, covardia vocês devem pensar...e de certa forma foi.

    Mas vocês também devem entender como é pra mim me sentir assim pela primeira vez. Ela não foi a primeira a dizer que estava apaixonada por mim, mas foi à única da qual eu quis ouvir isso mesmo sem admitir. Todos os meus relacionamentos se não foram momentâneos eram basicamente carnais, como é atualmente com Karin. Devo confessar que só estou com ela ate hoje por mera conveniência, desde a faculdade ela dava em cima de mim, as vezes lhe dava o fora, as vezes ficava com ela...mas de todas ela foi a única que insistiu em um relacionamento depois de formados, e pra ser sincero o fato de ela ser de uma boa família contribuiu para que eu fosse pelo menos um pouco bem visto dentro de casa. Eu não sabia se ela me amava, nunca me importei com isso, ela era comum...como todas as outras. Itachi gostava dela, mas nunca deixou de estimular minhas “puladas de cerca” por ai e ate me acompanhava, nunca soube se meu irmão alguma vez se apaixonou de verdade, sempre aparecia com uma garota diferente, sempre saía e por vezes desaparecia alguns dias deixando meus pais preocupados, mas toda segunda feira ele estava la na maldita empresa da família, cumprindo seu papel de sucessor, enquanto eu me empenhava em passar nas provas da faculdade de medicina. Mesmo me empenhando, mesmo sendo o filho perfeito...eu não era o filho perfeito deles, se não fosse meu irmão naquela casa, teria ido embora desde cedo.

    Assim que me formei sai da casa dos Uchihas, ganhava pouco como residente mas dava pra me virar, fiz questão de estudar em uma universidade publica pois meu pai disse em alto e bom som que não pagaria meus estudos se não fosse pra lhe ajudar na empresa. A grande empresa de importação e exportação de aço, um império que Fugaku construiu com meu avô e desejava passar para os filhos. Qualquer pai ficaria feliz em ter um filho estudando na melhor universidade de medicina do país, mas não Fugaku Uchiha, para ele eu só seria útil se me formasse em administração ou marketing, ficasse preso em um escritório horas por dia com um terno impecável, chegasse em casa e fosse recebido pela esposa com a qual mal conversava. Eu não queria aquela vida pra mim, não queria ser como eles...minha mãe tentava se mostrar feliz mas eu sabia que não era, eles nunca foram felizes. Muitas vezes passava a noite ouvindo as brigas dos dois, algumas por minha causa, outras pela ausência dele, só éramos uma família de verdade nas festas e reuniões.

    Quando Itachi se foi uma parte minha foi com ele, me senti completamente sozinho.

    Mas quando eu vi o sorriso dela...quando senti os lábios dela nos meus...eu sabia que o que acontecesse dali em diante em minha vida, estaria relacionado diretamente a ela, Sakura Haruno.

    Quando cheguei em casa aquela noite Karin não estava la, agradeci mentalmente por isso pois não agüentaria mais um de seus chiliques. Fui para o quarto em meio a penumbra do apartamento e me deitei na cama, fechei os olhos e não pude deixar de pensar no que havia acontecido, era errado, eu sabia que era errado mas não havia como evitar. Passei a língua em torno dos lábios e ainda pude sentir seu gosto neles, tão doce...Deus, como era bom aquele gosto, como era bom sentir o que estava sentindo, eu desejava, não, eu precisava sentir aquele gosto outra vez, outras vezes, agora mais do que antes não queria me afastar dela, eu a amava, sorri pra mim mesmo ao constatar esse fato...e não deixaria nada acontecer a ela, faria de tudo, o possível e o impossível para curá-la.

    Estava eufórico aquela manha, antes mesmo de passar em minha sala fui direto para o elevador, eu precisava vê-la. Assim que cheguei na porta do quarto pude ouvir vozes contentes, Sakura gargalhava ao ouvir aquela voz, eu conhecia aquela voz...

    -Fale mais Naruto! Ela pediu controlando o riso.

    -Só você e a Hina-chan acham graça no que eu falo.

    -É porque temos bom gosto oras...

    Não pude deixar de soltar um leve sorriso depois do que ela disse, Sakura não era o melhor exemplo de bom gosto, era só olhar para as roupas que vestia.

    -Ei, Sakura-chan, porque você tem cheiro de morango?

    Balancei a cabeça, só o Naruto faria esse tipo de pergunta, mesmo assim acabei me aproximando mais da porta, a resposta também me interessava.

    -Porque seria muito clichê se eu cheirasse a cerejas, não acha?!

    Só mesmo ela pra ter esse tipo de pensamento...

    -É muito feio ouvir atrás das portas, sabia?

    Kakashi apareceu do meu lado e eu me afastei de onde estava.

    -O que o Naruto está fazendo aqui?

    -Você fala como se fosse fácil impedir a coisa loira de fazer alguma coisa, e alem do mais, ainda é muito cedo pra ouvir as algazarras do Naruto, é melhor deixá-lo entrar logo.

    -Concordo. Disse desviando o olhar para a porta, ainda podia ouvir a voz dos dois.

    -E então...como ela está?

    -Acredito que bem.

    Ouvi a risada de Kakashi

    -O que foi? Franzi o cenho

    -Você está as seis da manha parado na porta de uma garota que

    surpreendentemente mexeu com você, e ainda vem me dizer- ele afinou a voz- ‘Acredito que bem’, conte outra Uchiha.

    -Não enche Kakashi!

    Desviei dele e saí dali, mas como era de se esperar...ele veio atrás de mim.

    -Fala serio Sasuke, ate quando acha que vai conseguir esconder o que sente?

    Parei e me virei pra ele.

    -Olha quem fala...como vai você e a Ino?

    Kakashi olhou para o lado, eu sabia que ele iria mentir.

    -Dentro do relacionamento que temos, estamos ótimos.

    -E que tipo de relacionamento que vocês têm?

    -Somos amigos, oras!

    -Amigos que transam de vez em quando?

    -Não!

    Encarei bem o Hatake a minha frente, como assim não transam...

    -Não acredito, então você ainda não dormiu com ela.

    -A oportunidade ainda não chegou.

    -Kakashi, uma moita pra você já é uma grande oportunidade.

    -Não fale como se eu fosse um pervertido!

    -E não é?! Disse sarcástico.

    -Podia ate ser, mas com ela é diferente...

    -Diferente...

    -É, não quero forçar nada por enquanto.

    Me aproximei dele meio atônito

    -Está apaixonado Kakashi?

    Ele me olhava meio abobado, como que acabando de constatar esse fato.

    Ficamos em silencio ate eu começar a rir, sim, aquilo era hilário.

    -Como se você não soubesse o que é isso. Dizendo isto ele agarrou meu pescoço e

    começou a bagunçar meus cabelos, odiava quando fazia isso.

    Enquanto riamos e eu tentava tirar o pervertido de cima de mim, parei diante de alguém que jamais pensei aparecer no hospital.

    -Ola Sasuke.

    Ela nos encarava diretamente, estava impecável como sempre, digna de ser a senhora Uchiha.

    Kakashi me soltou e se encaminhou ate ela sorrindo

    -Senhora Uchiha, quanto tempo não a via, como vai? E lhe deu um beijo no rosto.

    -Estou muito bem querido, você que anda muito sumido, nunca mais foi la em casa.

    -As obrigações do trabalho me impedem, mas logo lhe farei uma visita.

    Ele nunca mais voltou aquela mansão depois que meu irmão morreu, sabia como era o clima naquele lugar.

    -Ficarei esperando. Ela sorriu e ele se despediu nos deixando a sós.

    -O que veio fazer aqui?

    Fui direto, ainda me lembrava da ultima vez que tínhamos nos visto.

    -Preciso falar com você.

    Eu realmente não desejava falar com minha mãe, não queria a ouvir defendendo meu pai e todas as baboseiras melosas que dizia.

    -Me acompanhe.

    Caminhei ate minha sala com ela em meu encalço, abri a porta e lhe dei passagem entrando logo a seguir, lhe mostrei a cadeira diante da mesa e me encaminhei ate a

    minha.

    -Então, a que devo a honra?

    Ela suspirou, sempre evitava conversar comigo, sabia do meu gênio difícil.

    -Não comece por favor.

    -Estou esperando.

    Ela me encarava

    -Vim falar de seu pai.

    Sorri com ironia.

    -E do que mais seria.

    -Sasuke!

    -Seja direta mamãe.

    Ela sempre se calava quando a chamava de mamãe, era sempre Mikoto e Fugaku, nunca papai e mamãe. “

    CONTINUA...


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