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  • Finalizada
  • Thatangelica
  • Capitulos 39
  • Gêneros Romance e Novela

Tempo estimado de leitura: 5 horas

    18
    Capítulos:

    Capítulo 12

    Capitulo 12

    Álcool, Hentai, Heterossexualidade, Linguagem Imprópria, Nudez

    “Não consegui prestar atenção em mais nada aquela noite.

    Me levantei e caminhei um pouco pelos corredores, fui ate o terraço, que estava quase terminado, olhei as pequenas estrelas que resistiam em se mostrar em um céu tão poluído quanto o de Tókio. Minha vida estava mudando, eu estava mudando...e pela primeira vez começava a gostar disso.

    Não era justo uma criança tão cheia de vida já nascer condenada, não era justo uma pessoa tão feliz quanto Sakura ter os dias contados...não foi justo um jovem tão alegre e talentoso como Itachi partir tão cedo.

    Ouvi as sirenes de mais uma ambulância chegando ao hospital, pelo que percebi assim que retiraram a vitima da mesma, era um ferimento de tiro.

    Definitivamente não era justo, existindo tantas pessoas cruéis no mundo, como aquela que havia baleado a jovem da ambulância, provavelmente ela não sairia viva daqui.

    Por isso eu jamais acreditei na existência de Deus, então eu mesmo decidi, curaria o Hideki, daria a ele a vida que não tive. Uma infância feliz, amigos...sorrisos, tudo.

    Desci as escadarias devagar ate o elevador, a maca com a garota baleada passou ao meu lado repleta de enfermeiros tentando socorrê-la, pude vê-la abrir os olhos e por incrível que pareça, ela olhou diretamente pra mim, e como tantas vezes eu vi na vida, a morte estava naqueles olhos e as lagrimas dela lavaram qualquer resquício de vida assim que as portas da UTI foram abertas.

    Será que a morte é mesmo uma libertação?!

    As portas do elevador se abriram e eu entrei, queria chegar rápido ao terceiro andar.

    Ele não estava no quarto de Sakura, e no fundo eu tinha esperanças que estivesse.

    Olhei pelo vidro e pude vê-lo dormindo tranquilamente enquanto a mãe mal se acomodava na poltrona ao lado do leito. Adentrei lentamente, a escuridão só não era total por causa das luzes do lado de fora da janela, sentei com cuidado na beirada da cama e o olhei dormir. Ele se mexeu um pouco e acabou despertando.”

    -Sasuke-kun?

    Disse coçando os olhos e com a voz embargada pelo sono.

    -Fale baixo, não queremos acordar sua mãe.

    -É um milagre ela estar dormindo, sempre quando acordo de madrugada ela ta

    acordada me olhando. Acho que ela acha que eu vou ter um treco e morrer dormindo.

    O garoto riu, mas não foi acompanhado por Sasuke, ele podia compreender os sentimentos daquela mulher e o quanto as palavras de Hideki eram verdadeiras.

    -Vim te trazer uma boa noticia.

    Hideki, agora mais desperto, sentou na cama e olhou nos olhos do Uchiha, definitivamente, a morte passava bem longe daqueles orbes azuis.

    -O que é?

    -Amanha vamos falar com um medico que cuida de doenças como a sua, e talvez...mas só talvez, você vai poder voltar pra casa.

    Sasuke nunca esperou o que aquele garoto fez a seguir. Pulou em seu colo e o abraçou com todas as forcas.

    -É serio Sasuke-kun? Eu vou poder ir pra casa?

    Os pequenos braços tentavam apertar o pescoço alvo do moreno.

    -Talvez Hideki, apenas talvez.

    O garoto o soltou e mais uma vez os olhos azuis encontraram os negros

    -Você é o melhor amigo que eu já tive. E voltou a abraçá-lo.

    Em apenas uma noite havia recebido palavras de afeto de duas pessoas, e pela primeira na vida, Sasuke abraçou uma criança.

    -Você também é Hideki.

    E passou os braços longos pelo garoto.

    Sentiu-se estranho, afinal seu irmão é quem sempre fora seu melhor amigo.

    -Desculpe Itachi...

    Sasuke soltou um pequeno sorriso. Também se lembrava de como o moreno mais velho era extremamente ciumento.

    O pequeno acabou por dormir em seus braços, e assim que Sasuke voltou a acomodá-lo na cama sentiu uma mão segurar a sua.

    A mãe do garoto o olhava com finas lagrimas nos olhos, o moreno somente pode identificar seus lábios se movendo em um obrigado. Ele tentou lhe sorrir, mas poucas pessoas lhe arrancavam sorrisos.

    E assim ele saiu do quarto, tendeu levemente a dar uma passada no quarto ao lado mas desistiu, teria tempo pra isso depois.

    Mas enquanto Sasuke tinha todo o tempo do mundo, Sakura não podia dizer o mesmo.

    Saiu cedo de sua sala, precisava ligar para o melhor cirurgião cardíaco do Japão, que por muita (ou pouca sorte) era um velho conhecido de Sasuke...e Naruto.

    Jiraya sempre teve a desculpa esfarrapada de que cuidava dos corações das mulheres melhor do que era cirurgião...e sendo o melhor do pais...muitas caiam na lábia dele, menos uma, Tsunade, e ela era exatamente a que o velho mais queria.

    Depois de passar uns bons longos minutos discutindo sobre o caso de Hideki, e outros perdidos falando sobre coxas femininas e lugares onde os mais belos pares delas desfilavam, pois Jiraya só sabia falar disso...Sasuke desligou o telefone antes de terminar aquela conversa totalmente inapropriada.

    Naruto era exatamente como Jiraya, seu padrinho, com quem conviveu boa parte da vida depois da morte dos pais, e Sasuke vivia na companhia dos dois já que não se sentia bem em sua própria casa e o loiro hiperativo fora seu amigo desde sempre.

    A primeira vez em que pisaram em um bordel foi porque Jiraya os levou.

    Os cabelos continuavam compridos e brancos, mas as rugas pertos dos olhos e dos lábios haviam aumentado.

    -Sasukeeee, como você cresceu!

    O velhote lhe deu um abraço apertado e depois um tapinha no rosto.

    -Pare de me tratar assim seu velho tarado.

    -Ranzinza como sempre hein. Assim você acaba espantando as mulheres.

    -Eu não vivo por conta de conquistar mulheres como você e o Naruto, velhote.

    -Naruto... nem me fale naquele ingrato, esta amarrado acredita?!

    -Fiquei sabendo...

    -Pelo menos ela tem uns peitos enormes e...

    Sasuke revirou os olhos e deu graças quando foram interrompidos por uma enfermeira que trazia Hideki segurando firmemente a mão da mãe.

    Jiraya não olhou para o garoto, mas sim pra mãe do mesmo, Sasuke logo o repreendeu com o olhar e sussurrou que era casada.

    -Que belo garotão temos aqui hein. O velho bagunçou os cabelos de Hideki que estava assustado.

    -Não se preocupe, ele é feio assim mesmo, mas um ótimo medico. O moreno tranqüilizou o menino que já começava a sorrir.

    -Não leve em conta o que esse desbotado diz, a não ser a parte do ótimo medico.

    Então, vamos dar uma olhada ai dentro senhor Hideki? Jiraya fez cosquinhas no peito do garoto que se encolheu e começou a rir.

    -Vamos!

    Hideki sentou-se na maca e Sasuke o observava. Era nítido nos olhos azuis que ele desejava que o Uchiha permanecesse ao seu lado.

    Mas algo estranho aconteceu, um mau pressentimento lhe invadiu, tão forte que ele começou a sufocar dentro daquela sala.

    -Você esta bem Sasuke-kun? Hideki foi o primeiro a notar

    Todos olharam para o moreno.

    -Garoto, você esta pálido.

    -Não é nada...

    -Não é o que parece, quer que eu te examine?

    -Não precisa, vou tomar um pouco de ar e já volto.

    Mas Sasuke não foi tomar ar, aquele cheiro tão peculiar lhe tomou e assim que saiu da sala de exames caminhou diretamente para as escadas, subiu-as com pressa e agradecendo por não encontrar ninguém no caminho, a cada degrau alcançado aquela sensação ruim aumentava.

    Abriu a porta do quarto de uma vez, ela estava deitada, ainda dormindo, já passava das onze da manha e aquilo não era normal já que sempre acordava cedo.

    -Sakura? Se aproximou do leito e tocou a mão de unhas coloridas

    Nada.

    -Sakura? Ele a remexeu e tocou seu rosto, estava pálido e frio...

    Ficou estático.

    CONTINUA...


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