A Vizinha

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    18
    Capítulos:

    Capítulo 2

    Encontro

    Álcool, Adultério, Hentai, Heterossexualidade, Linguagem Imprópria, Nudez, Sexo

    Na noite passada, tenho certeza que vi uma luz no quarto da frente. Vi um contorno de um rosto. Juro que vi! Mas não me incomodaria nem um pouco caso alguém estivesse me espiando, afinal, estou na minha casa e ando pelada mesmo, as pessoas gostem ou não.

    Só espero que não tenha sido um idoso, porque geralmente esse pessoal costuma ser um pouco mais recatado e têm vergonha de tudo, ou uma criança, mas duvido que tenha sido uma dessas duas opções.

    Acordei às 05:30 pronta para minha corrida matinal. Tomei um longo banho e me vesti com umas roupas que, ao ver da sociedade mais tradicional, seriam um atentado ao pudor da pior forma possível: Estava com um top extremamente curto e uma calça legging mais justa que Deus, se é que podemos fazer essa comparação. Calcei meus tênis de corrida, coloquei os fones de ouvido e parti. A caminhada durou cerca de uma hora e meia e logo já estava de volta a minha humilde residência.

    Notei que o carro preto luxuoso saia da garagem no instante em que passei na frente da casa ao lado, mas o insulfilm não me permitiu ver quem estava nele. Apenas sorri e continuei minha corrida até minha porta, sentando nos degraus de entrada e fazendo meu aquecimento final. O mais estranho de tudo é que o carro em questão demorou a se mover, e, ao meu ver, o motorista tinha agora uma visão privilegiada do meu corpo suado. Mordi os lábios inferiores e, antes de entrar para casa, levantei e toquei a mão na ponta dos pés, movendo os quadris devagar e dando uma visão privilegiada para quem quer que estivesse dentro daquele carro.

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    A visão da vizinha misteriosa me deixou em maus lençóis ontem. A começar por Hinata, que iniciou um pequeno interrogatório sobre o porquê, de repente, meu rosto estava vermelho e eu estava inquieto. O fim disso se deu ao sonho que tive com ela. Falando assim, vocês devem achar que eu nunca estive com uma mulher antes e, muito pelo contrário: eu sempre fui bem mulherengo, mesmo com a cara de “santo”, como costumam dizer.

    Eu, Naruto e Sasuke estudamos na mesma universidade e éramos o terror das mulheres. Mas nunca fomos caras para mais de uma noite, exatamente pelo fato de termos de cumprir regras familiares. Era tudo em off.

    Acordei animado por conta do sonho, tão animado que até doía. Tomei um banho extremamente gelado para me recompor e tomei um café reforçado. Assim que saí pela garagem, a impressão que deu é que nem o banho nem o café amargo fizeram efeito algum.

    Ela estava lá.

    O suor escorria pelo seu corpo de forma sensual e, que roupas eram aquelas? Ela passou pelo carro com um sorrisinho no rosto e logo se sentou nos degraus de entrada, se aquecendo. Ah, se ela soubesse que muitas coisas ficaram quentes com aqueles movimentos, garanto que ela se arrependeria de brincar assim com o fogo. Não satisfeita, se levantou e a visão daquele quadril muito mais que bem desenhado se tornou meu horizonte.

    Que quadril era aquele, minha gente.

    Se eu ficasse ali por mais alguns segundos, com certeza não me aguentaria dentro do carro e por isso, acelerei, saindo dali.

    Pelo que me disseram, contrataram alguém extremamente competente para a vaga de diretoria da nossa sede e sinceramente, espero que essa pessoa seja mesmo tudo isso que pintam dela, pois quase entramos em falência devido à corrupção da diretoria anterior. Não digo que estamos a ponto de perdermos tudo o que já temos, mas nossa expansão foi adiada drasticamente.

    Caminhei pelo grande hall cumprimentando os funcionários em geral e subo ao 25º andar, a caminho da sala de meu pai.

    – Entre. – Ele disse e eu obedeci. – Neji. Sempre adiantado.

    – Pai. – Sorri e me sentei na cadeira, de frente para ele. – Quando o novo funcionário começa?

    – Funcionária... – Ele respondeu e logo me fitou, impassível. – A Srta. Mitsashi começa hoje mesmo. – Batidas na porta nos interrompem.

    Os cabelos estão presos em um rabo de cavalo alto e o vestido social até os joelhos não escondem em nada a beleza dela. É a vizinha, tenho quase certeza. Ela sorri para nós dois e nos reverencia, se sentando ao meu lado em seguida.

    – Sr. Hyuuga, espero não ter me atrasado no primeiro dia. – Se eu já a achava linda, quando ouvi sua voz, fui ao paraíso e voltei.

    – Imagine, Srta. Mitsashi. Esse é meu filho e futuro presidente, Hyuuga Neji. – Nesse momento ela me encarou e sorriu, estendendo a mão para um cumprimento mais amistoso. Juro que senti uma corrente elétrica passar por meu corpo ao tocá-la. Uma pena que, em algum momento, aquele contato seria desfeito.

    Iniciamos uma pequena reunião e deixamos tudo alinhado quanto as funções de Mitsashi. Além de linda, gostosa e cheirosa, ela é extremamente inteligente e de fato competente. Se não fosse assim, não estaria conosco nessa sala. Foi combinado que a partir de agora, ela seria meu braço direito, me ajudando a colocar tudo em pratos limpos até o fim do ano e assim que eu assumisse a presidência, continuaríamos o trabalho em parceria.

    Assim que a reunião acabou, fomos para a nossa sala. Sim. Um dos combinados foi dividir a sala com ela enquanto o prédio passa por pequenas reformas. Caminhamos em silêncio até lá e, assim que entrei, dei passagem para que ela fizesse o mesmo. O cheiro adocicado de seu perfume me deixou tonto, mas logo me recompus.

    – Sr. Hyuuga... – A olhei, e ela riu, provavelmente da minha expressão. – Posso usar aquela mesa ao canto?

    – Sem formalidades... Para você sou Neji. – Caminhei até minha mesa, colocando o notebook e ajeitando as coisas para mais um dia de trabalho. – A propósito... qual é o seu nome?

    – Tenten. Desculpe não ter dito antes. – Aquele sorriso... eu o reconheceria em qualquer lugar.

    – Qualquer coisa me avise, estarei pronto para te ajudar. – A resposta dela foi um lindo sorriso e passamos mais de 6 horas naquela sala, rompendo o silêncio vez ou outra, ora com conversas triviais ora com assuntos de trabalho.

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    Assim que o carro partiu, corri para tomar mais um banho relaxante e separei minha roupa, afinal, seria meu primeiro dia de trabalho. Optei por um vestido nos joelhos, social, sem mangas e sem decote. Preto, pois transmite muito mais seriedade. Nos pés um salto não tão alto, pois ainda não sabia minha rotina no novo emprego.

    Lavei meus cabelos e os escovei, optando por prendê-los em um rabo de cavalo alto. Brincos pequenos e um colar simbólico que costumo dizer que me dá sorte. E era exatamente disso que eu precisava. Pedi um carro em um aplicativo que logo chegou e parti para a Hyuuga’s Hotel Interprise.

    Posso dizer que o prédio é lindo e luxuoso. Também posso dizer que aqui não é um hotel e sim um complexo somente das partes administrativas e cargos de alta confiança. Me dirigi a recepção e uma moça muito elegante me atendeu, indicando o elevador e o andar para o qual eu deveria ir. Não posso negar que minhas mãos estavam suando muito e a cada andar que o elevador subia, meu coração acelerava, mas procurei manter a calma.

    O corredor era bem longo e logo estava em frente à última porta. A porta do presidente. Bati timidamente aguardando uma ordem para entrar e assim que entrei, gelei por dentro. Conheço a família Hyuuga, mas se tem um membro totalmente misterioso, esse é Neji. Sei bem que ele é filho de Hiashi e que é o sucessor do mesmo, mas para vocês terem uma noção, nem nas revistas ele aparece! Ninguém sabe nada sobre ele, praticamente. Caminhei calmamente e com um sorriso no rosto, reverenciei eles e me sentei. Notei que ele me fitava de um jeito tímido e aquilo me fez formigar entre as pernas. Quando nos cumprimentamos com um aperto de mão, não senti mais formigamento algum, e sim uma cachoeira entre minhas pernas. Como é triste disfarçar o interesse em alguém, mas pode ser apenas um tesão de momento e sei bem como a família Hyuuga é tradicional. Ensaiei meu melhor sorriso e, após as apresentações e uma pequena reunião, caminhamos para nossa sala.

    Bem, quando descobri que dividiríamos uma sala, me dividi entre duas facetas da mesma opinião: 1ª Estarei ao lado do gostosão e 2ª estarei ao lado do gostosão. Não seria nada fácil, principalmente a julgar o jeito que ele me olha, como se já tivesse me visto em outro lugar.

    O local é bem espaçoso e minha mesa fica um tanto distante da dele, o que é bom, pois de proximidade já basta o cheiro amadeirado que invade o ambiente. Passamos mais de 6 horas ali e entre o silêncio, optamos por conversar sobre vários assuntos, tanto de trabalho quanto banais.

    (...)


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