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Lilac e suas amigas tentam fugir de centenas de criaturas de vinhas, mas a dragão sabe que terá de fazer algo antes de voltar para Shang Tu.
Carol, pilotando sua motocicleta, carregava Milla na garupa, com Lilac usando de sua velocidade acompanhando-as na fuga. A felina, que a todo instante olhava para trás, diz:
- Pronto, já ficaram pra trás. Estamos seguras agora.
Mas mesmo com a situação mais tranquila, Lilac desviava o olhar, incomodada com aquela pessoa que estava fugindo. A dragão, fitando Carol, diz:
- Você sabe que isso não é o certo, não?
- O que? Se salvar?
- Não. Não ajudar quem está com problemas.
- Ah caraca... Tu tá falando daquela pessoa lá, né? Mas Lilac, ele nem pediu ajuda nem nada e vá saber quem é...
- Mas é por isso mesmo, Carol.
Lilac então muda de direção, seguindo para onde aquela pessoa correu enquanto estava fugindo. Carol, balançando a cabeça, desaprovando a decisão da amiga, manobra sua moto, ficando a seu lado, indagando:
- Porquê, Lilac? Porquê?
- Porque é o certo a se fazer. E você sabe disso.
- Por isso que eu terei de te acompanhar. E mais uma vez vou ter que ir na ideia que "amiga é pra esses coisas"...
Milla, que estava quieta só observando o diálogo das duas, dá sua opinião:
- Lilac, e se ele for um inimigo? Essas criaturas não parecem ter consciência. Ele pode estar atrás dos pedaços da pedra do reino também.
Carol, olhando para Milla, impressionada com as ideias da canina, fiz:
- Tá vendo, Lilac? Não sou a única que pensa em tudo antes de agir.
Lilac estava pensativa, mesmo ouvindo o que Milla tinha acabado de dizer. De fato, era uma atitude arriscada, já que por ter agido sem pensar, quase comprometeu a batalha contra Brevon. Mas a dragão estava decidida, embora reconhecesse que Milla estava certa em desconfiar.
- *Sim, Milla está certa. Mas eu só que estou fazendo o certo. Eu não posso deixar de ajudar quem precisa, mesmo que seja alguém com atitudes suspeitas. Eu devo dar a chance da dúvida.*
Elas então adentram novamente a floresta, com o intuito de resgatar a pessoa. O caminho que tomaram era ainda mais escuro, com altas árvores que tampavam a luz da lua. Carol ligou os faróis de sua moto, o que ajudou a seguem caminho. Milla, estranhando algo, diz:
- Não deveria ter várias daquelas criaturas aqui? Tinha tanta que já deveríamos ter visto.
Carol logo se manifesta, guiando sua moto mais devagar:
- Ah não fica chamando, não. Tá bom assim.
- Mas isso é muito estranho. E eu não sinto cheio delas também.
- Sério? Tu não tá sentindo nada?
- Não.
- Lilac, o que acha disso?
Lilac seguia procurando pela pessoa, quase ignorando o que as duas diziam. Carol, percebendo isso, diz:
- Aí, a gente tá falando com você, tá?
Milla, olhando para Lilac, diz:
- Lilac, você me ouviu?
Ela, ainda compenetrada na procura, diz a Milla:
- Sim, Milla. Eu ouvi.
- E qual sua opinião?
- Devemos encontrá-lo.
Carol, que já estava mostrando um pouco de impaciência, diz:
- Garota, será que dá pra você dar um tempo? Porque não analisa a situação melhor? O cara sumiu, a gente não conhece a "peça", a Milla não sente cheiro de nada, a gente está com o pedaço da pedra do reino...
- Eu sei, Carol. Eu sei...
- Já escreveu "Mission Completed" até. Porque essa insistência em querer ir além do que estávamos determinadas a fazer?
- Carol, vou dizer mais uma vez: é o certo a se fazer.
- Tá, mas pelo menos analise a situação.
Enquanto as duas conversavam, Milla se concentrava. Estava interessada em ajudar de alguma forma a amiga.
- *Lilac quer mesmo ajudar aquele moço, mas ela não sabe pra onde ele foi. Eu preciso achar aquele cheiro...*
Porém Milla olha ao redor e percebe algo. Não usou de seu olfato para tal. Bastou analisar o ambiente. Ela, usando de seus poderes de deflexão, constata que algo no ambiente está errado. Logo ela diz:
- Lilac, Carol... devemos parar.
Lilac, cortando a conversa com Carol, se aproxima de Milla, perguntando:
- O que foi, Milla?
- Olha em volta... era por isso que eu não sentia cheiro algum.
- Hã? Como assim?
- Toda essa parte da floresta está emanando energia da pedra do reino. Ou seja, toda essa parte é como se fosse as criaturas.
- Hã? Mas...
Carol, seguindo a sugestão da canina, observa ao seu redor e não gosta do que percebeu.
- Eh... Lilac, acho que Milla está bem certinha nisso que ela disse...
- Porque diz isso, Carol?
Não demora muito e Lilac percebe que tudo em sua volta está se mexendo. Na verdade, vinhas se movimentavam entre as árvores. Toda a floresta era uma criatura de vinhas. A floresta toda estava viva. Lilac, com um semblante mais sério, coloca-se em base de luta, com Carol torcendo o acelerador de sua motocicleta e Milla já concentrando seus poderes. A dragão, já preparada, diz:
- Fiquem juntas. Não se separem.
Carol, bastante determinada, diz:
- Boa hora de eu dizer "eu avisei?", não é, Lilac?
- Não comece, Carol!
- Nem quero começar. Quero terminar com isso mesmo.
E, surpreendendo a todas, eis que a frente delas aparece, como se estivesse sendo golpeado, o rapaz. Ele vai ao chão, se levantando rapidamente. E, para surpresa dele, avista as garotas. No mesmo instante ele corre contra Lilac, com seu punho serrado, querendo golpeá-la. Lilac, ao perceber isso, se assusta, dizendo:
- Espere, eu não...
Mas em vão. Ele nem ao menos lhe dá ouvidos, já quase executando o golpe. Mas assim que o soco do rapaz iria acertá-la, Lilac executa seu movimento sônico e se esquiva com facilidade. Ele, impressionado com tamanha velocidade, se assusta ao vê-la ao seu lado quase que instantaneamente após a esquiva. Lilac então fiz:
- Eu não quero te...
Ainda assustado, ele então a empurra, fazendo com que Lilac vá ao chão, mas sem gravidade. O rapaz, olhando para Lilac ainda no chão, a fitava. Mas sua desatenção teve um preço: uma das vinhas o golpeia, arremessando-o para longe, entre as árvores. Lilac somente observava, mostrando temeridade com o ocorrido. Ela continuava a observar até onde o rapaz havia sido levado com o golpe e, a exemplo dele, ignora o perigo ao redor: uma das vinhas também vai em sua direção a fim de atingí-la mas, para sua sorte, Milla, usando seus poderes de feixes verdes, forma uma barreira, defletindo o ataque. Carol, colocando sua moto no outro lado da barreira, diz:
- Tá vendo, Lilac? O cara é uma ameaça! Vamos sair daqui.
- Não, Carol... Algo está errado.
- Claro que há algo errado. Estamos aqui ainda.
- Não, Carol. Não é isso.
- Como assim não é isso? Estamos em um momento de emergência e agora que você tá avaliando as coisas?
- Ele não me atacou de propósito.
- COMO NÃO? Ele foi na sua direção pra te atacar.
- Ele me atacou pra se defender.
- Se defender? Que isso, caraca?
- Ele está assustado. De tudo a sua volta. Ele não nos conhece, não sabe de nada que está acontecendo.
- Na boa, tu quando avalia as coisas me impressiona. O cara é um surtado, Lilac. Desencana!
- Não, Carol. Tente entender. Eu sei quando alguém está lutando pela vida. E esse era o caso dele...
E, olhando para o lado, Carol logo se surpreende. Tinha algo que estava faltando e no mesmo instante isso a incomodou:
- Lilac... cadê a Milla?
- Hã? Mas o quê...
Milla havia sumido. As duas olhavam para todos os lados mas não a avistavam. Lilac, já compreendendo o motivo, diz:
- Ela foi atrás daquela pessoa.
- Ah que bom. Agora não tem jeito, né?
- Carol...
- Tá bom... tá bom... Vamos procurar por ela. E com isso vamos encontrar aquele cara também...
Rapidamente a dragão adentra por meio as árvores que o rapaz havia sido arremessado, tendo em vista que foi por esse caminho que a canina foi a seu resgate. Era ainda mais escuro por lá, com Carol a toda velocidade em sua moto e iluminava o lugar com o farol de seu veículo. A frente, encontraram vestígios de combate e algumas vinhas partidas. Carol, percebendo isso junto a Lilac, diz:
- Milla fez isso, Lilac. Estamos perto.
- Espero que sim.
E continuam a procurá-los...
{Em algum lugar na floresta...}
Milla caminhava, já em base de luta, com suas mãos a frente, mantendo atenção a cada passo. Ela, pensativa, analisava o lugar:
- *Essas vinhas estão muito instáveis. Eu sei que a qualquer momento elas irão me atacar...*
Milla tinha um poder único. Ela pode manifestar feixes de luz. Com esses feixes, ela pode transformá-los como quiser, seja para ataque ou defesa, criando objetos sólidos. Mas seus poderes iam além: tinha uma audição mais aguçada que as suas amigas, seu olfato era inigualável e, como seu maior poder, tinha o poder de intuição como nenhum ser do planeta. Ela conseguia prever acontecimentos se estivesse concentrada.
E, de forma inesperada, vindo entre as árvores, uma vinha tenta lhe golpear, sendo esquivada facilmente pela canina que, em base de luta, diz:
- Eu estou pronta. Podem vir!
Várias vinhas aparecem no ambiente, se unindo em uma maior, serpenteando como uma cobra. Seus ataques era terríveis, mas Milla conseguia se esquivar, executando um salto para trás, girando em espiral, com uma habilidade impressionante. A mesma vinha, então, se retrai para entre as árvores, se escondendo. Milla estava em prontidão, aguardando o iminente ataque. E, como esperava, a vinha aparece de um outro ponto entre as árvores, sem surpreender Milla que, usando de seus feixes, cria uma barreira, impedindo seu ataque. Embora a canina estivesse se saindo bem, a ameaça aumentava: várias vinhas logo aparecem, tentando golpeá-la. Milla, de forma magnífica, se esquiva de todos os ataques com uma agilidade única, usando de seus poderes para se proteger quando assim preciso.
Os ataques não cessavam um instante sequer. A canina estava conseguindo se defender como podia, mas era evidente que o cansaço seria seu maior vilão. Ela, pensativa e exausta, ficará ali, em pé, mantendo sua base de luta.
- *Eu já estou no limite. Não sei quanto tempo mais irei aguentar. Eu preciso sair daqui mas preciso também achá-lo...*
Milla estava quase esgotada. Seu cansaço era visível. Mas de forma cruel as vinhas não cessavam seus ataques, exigindo muito das habilidades de Milla para se defender. E, num movimento brusco, uma das vinhas enfim consegue golpeá-la, fazendo com que fosse arremessada para longe. A canina, fraca e exausta, mal conseguia se levantar. Ainda no chão, diz:
- Vocês não vão me vencer!
Mas Milla não estava em condições de se defender mais. Tentou até mesmo emanar seus poderes, mas o desgaste era tanto que a canina mal conseguia se mexer. Mas ao fundo, vindo a sua procura, Milla conseguiu ouvir que Lilac e Carol estavam próximas. Sendo um momento muito oportuno, ela não pensa duas vezes em chamar por suas amigas:
- LILAC! CAROL! SOCORRO!
No mesmo instante, Carol e Lilac conseguem ouvir sua amiga e correm a toda velocidade em seu resgate. Mas para infelicidade de Milla, as vinhas se juntam em uma ainda maior e partem para sua direção, em um último golpe, este poderosíssimo. Lilac e Carol conseguem avistá-la metros atrás, com Lilac a toda velocidade.
- MILLA, EU JÁ ESTOU INDO!
Mas os poucos metros que restavam era muito para que Lilac chegasse a tempo. Milla seria golpeada ferozmente. Lilac, desesperada, grita:
- MILLA! NÃO!
E no último instante, aquele rapaz consegue pegá-la, com um salto de sorte. Os dois vão ao chão, com ele segurando Milla com força, caindo com ela sobre si. Lilac , percebendo que Milla está salva, se prepara para atacar a enorme vinha. Usando de seu ataque supersônico, destrói a vinha com um único ataque, eliminando momentaneamente a ameaça.
Assim que termina seu ataque, logo volta suas atenções aos dois caídos. Ela, desesperada, fiz:
- MILLA?! VOCÊ ESTÁ BEM?
E a canina, ainda exausta, diz:
- Sim, eu estou... mas ele? ele me salvou...
Milla se levanta lentamente, com Lilac acudindo o rapaz de kimono. Ela, o apoiando com um de seus braços em suas costas, fiz:
- Você está bem?
E eis que de fato Lilac consegue vê-lo. Embora Lilac e as demais não saibam, ele era um humano. Tinha olhos castanhos, cabelos pretos e, pela sua fisionomia, deveria ter uns 18 anos. Seu kimono branco estava bem sujo. Lilac também havia percebido que havia um ferimento em uma de suas pernas, pois havia um rasgo em sua calça, evidenciando por isso. O humano, bastante cansado e assustado, diz:
- Eu... eu... Ela está bem? Eu consegui salvá-la?
Lilac, colocando uma bandagem no seu ferimento, diz:
- Sim. Ela está bem. Graças a você.
- Bom saber que ela está bem... E me desculpe de ter tentado te golpear... Eu não sei o que eu estava fazendo...
- Não se preocupe com isso. Mas e você, está bem?
- Não. Não estou bem? o que está acontecendo aqui?
Carol, que acabara de chegar, olha para Milla e diz:
- MILLA, VOCÊ TÁ BEM, GAROTA?
- Estou sim... só um pouco cansada.
A felina, percebendo que Lilac estava acudindo o humano, diz:
- Ah então finalmente acharam o figura aí, né?
Lilac logo corta a conversa debochada de Carol, dizendo:
- Agradeça a ele por ter salvado Milla, Carol.
- Hã? O ?pessoínha? aí que salvou a Milla? Sério mesmo?
- Sim. Se não fosse ele na certa Milla estaria muito machucada.
- Ah fala sério... Como que um cara como ele ia ter condições de fazer uma coisa dessas?
- Carol, tenha modos!
- Tá bom... tá bom...
O humano, percebendo que a felina estava incrédula com sua atitude, diz:
- Bem, quem é esse aí?
Lilac, sem entender o tom e teor do comentário do rapaz, pergunta logo em seguida:
- Hã? Ele quem?
- Esse cara vestido de gato verde aí!
- Mas do que você está falando?
Carol, visivelmente irritada com o comentário do humano, logo diz:
- Eu não sou um cara, ô ?karatê kid?. Sou uma garota!
- Nossa, sério? Tá precisando comer mais, hein! Nem parece uma gar...
Carol, já mosrtando em seu rosto um descontentamento, bem mais alterada e muito irritada, diz:
- O QUE ESTÁ INSINUANDO? QUER MORRER!?
- Não... nada...
- Nada?! Cala a boca, "rapá"! Senão eu vou aí te dar uma cabeçada!
O humano, ainda cansado mas bem disposto a discussão, se levanta e parte para o embate contra a bela felina verde:
- Espera aí, deixa eu ver se entendi bem: você vai me dar uma cabeçada?
- Fica na sua, cara!
- Ah é? Vem então... vem me dar uma cabeçada!
Lilac não entendia nada no momento, só observando a discussão sem noção entre Carol e o humano que acabara de conhecer. Milla, olhando tudo aquilo tão confusa quanto, diz:
- Ela vai dar uma cabeçada nele?
Lilac, olhando para Milla, ainda confusa e visivelmente constrangida com o a situação, com uma das mãos no rosto, diz:
- Não Milla, ela não vai...
O humano, já bem nervoso, diz:
- Vem me dar uma cabeçada, sua maluca!
- Já falei pra parar, mané!
- Vem! Vem me dar cabeçada!
Milla, ainda confusa, diz:
- Lilac, a Carol vai mesmo dar uma cabeçada nele?
- Não, Milla. Ela não vai...
Lilac, já irritada com toda essa discussão sem noção e ridícula, praticamente surta, gritando:
- PAREM COM ISSO VOCÊS DOIS! JÁ CHEGA!
Carol e o humano logo param de discutir, com Carol olhando para a amiga um pouco constrangida, dizendo:
- Desculpe, Lilac. Eu não iria fazer nada, mas foi ele que?
- Não. Foi você que começou, Carol!
- Tá bom. Desculpa.
- Não é pra mim que você deve pedir desculpa.
Carol logo percebe que havia passado dos limites. Até porque, depois de refletir, reconheceu que estava sendo mal agradecida e isso não era de seu feitio. A felina, virando-se para o rapaz, um pouco envergonhada, diz, de forma gentil:
- Me desculpe, de verdade. Eu não deveria ter agido assim com você. E creio que você não seja uma pessoa ruim como eu imaginava, já que salvou Milla...
Ele, reconhecendo que também agiu mal em ter julgado sua aparência, diz:
- Eu também lhe devo desculpas. Eu não sou de tratar mulheres dessa forma, tudo bem? Só estou confuso com tudo isso que está acontecendo.
Lilac, já mais tranquila, se aproxima do rapaz, perguntando:
- Qual seu nome?
- Eu... me chamo Viktorius Ashem. E você?
- Sash Lilac. A seu dispor.
- Você tem um nome bem diferente.
- O seu também. De onde você veio? Eu nunca vi alguém como você por aqui.
- Sou da Grécia, mas atualmente estou vivendo aqui nos Estados Unidos.
- Hã? Daqui? Onde fica esse lugar? Que eu saiba, só temos três reinos.
- Como assim "três reinos"? Temos mais de quarenta estados!
- Estados? Como assim?
- Como nunca ouviu falar?
Carol, dando sinais que era a única no momento com intensões de deixar o lugar o mais depressa possível, diz:
- Galerinha, aqui não é lugar pra aula de geografia. Temos mesmo que sair daqui o mais depressa possível.
- Você está certa, Carol. Vamos, Vicotous... Victolis... Voctorius...
Ele, percebendo que Lilac estava com dificuldades de pronunciar seu nome, intervém:
- Me chamem de Viktor. Fica melhor.
- Viktor? Nossa, fica muito melhor! Vamos!
- Esperem. Preciso pegar minha mochila.
- Mochila?
- Sim, mas eu não sei onde ela está.
Carol, inquieta e ansiosa como estava, não iria concordar com isso de jeito nenhum.
- Não, amiguinhos. Dessa vez não. Deixa essa sua mochila pra lá porque nossa vida é muito mais importante. Vamo sair daqui agora!
Lilac, visivelmente irritada com Carol com sua atitude, diz:
- Carol, isso não são modos!
Mas Viktor reconheceu a ideia de Carol.
- Não, ela está certa. Vamos sair daqui.
- Mas Viktor...
- Não, deixa. Vamos sair daqui.
E imediatamente começam a fugir do lugar, que começava a ficar mais tumultuado como antes. Não haviam mais as vinhas, mas aquelas criaturas voltaram a infestar o lugar. Na fuga, Lilac levava Milla no colo, a toda velocidade, sendo seguida por Carol em sua moto, com Viktor na garupa. Se esquivavam, durante o caminho, das criaturas, que estavam em um número menor, mas ainda assim incomodavam. Porém, durante a fuga, Viktor observa algo no alto de uma árvore: era sua mochila.
- Olha lá! Lá em cima!
- O que? - Perguntou Carol.
- Minha mochila.
- Sem chance, cara! Tu tá no lucro!
Milla, percebendo o objeto, usa o pouco que restou de seu poder e consegue fazer que um de seus feixes se transforme em um tipo de bumerangue. Consegue soltá-lo com força suficiente e trazer a mochila até Viktor, que ficou impressionado com o que acabara de ver. Ele, pensativo, segurança forte na moto, que ia a toda velocidade.
- *O que está acontecendo aqui? Onde estou? E quem são essas pessoas? Porque estão vestidas assim? E esse poder dessa aí vestida de canina? Como consegue fazer esse truque?*
Eles enfim deixam a floresta, indo em direção a uma trilha já distante do lugar. A luz da lua era um alento àquela noite conturbada. Lilac, Carol e Milla estavam seguras, assim como Viktor.
Elas seguem para seu destino, nos arredores de Shang Tu...
Continua.