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Os pés descalços de Kiora tocavam a areia macia e úmida da praia. A tritã caminhava lentamente, sua pele azul escura refletindo a luz quente do sol. Seu corpo delicado era coberto apenas por uma roupa feita de retalhos de conchas vermelhas. Esta vestimenta artesanal lhe dava um charme próprio, fazendo-a parecer uma só com a natureza. Os seios estavam confortavelmente cobertos por duas longas conchas, enquanto outras conchas cobriam-lhe a intimidade e, parcialmente, a barriga.
Em sua mão direita repousava seu bidente feito de um material vermelho, uma arma de inigualável poder que a mesma roubara de uma deusa. Kiora estava a aproveitar a calma que reinava em Zendikar. A pouco tempo este mundo fora atacado e quase destruído pelos eldrazis, Estes seres alienígenas possuíam um enorme poder, criaturas tão absurdamente ferozes que nem mesmo Kiora, armada com seu bidente divino, pudera enfrentar.
Mas, com a ajuda de outros guerreiros os monstros foram derroados, se foram para sempre. Agora a tritã poderia apenas descansar e aproveitar do conforto da natureza. Sentia-se um pouco solitária ali as vezes. Seus desejos a impulsionavam a encontrar um parceiro, não necessariamente um companheiro para um relacionamento, mas apenas um amante. Infelizmente Kiora era rígida demais ao escolher alguém. Seus quesitos eram por demais elevados.
Os outros tritões que conhecia não lhe despertam grandes interesses, eram seres fracos e ignorantes. Não estavam a altura de alguém como ela. Obviamente Kiora não precisava se limitar aos de sua espécie. Em Zendikar haviam outras raças que lhe despertavam o interesse, como os humanos, elfos e kors. Mesmo assim, nem entre essas raças encontrara um indivíduo particularmente atraente.
Os kors certamente tinham uma beleza peculiar com seus esguios corpos pálidos como a neve. Eram artesãos e ferreiros habilidosos, mas esse era um conhecimento que não despertava em nada o interesse da tritã. Os elfos eram certamente muito belos, mas grande parte deles era extremamente conformada com o estado das coisas. Sendo mais específica, os elfos acreditavam demais que a ordem natural das coisas definia tudo. De acordo com a visão deles, se alguém nascia em uma determinada posição na cadeia alimentar, jamais conseguiria sair dela. Caso o conseguisse, estaria burlando as regras que regiam o mundo, e isso era algo que eles repudiavam. Como Kiora poderia se dar bem com seres com esse tipo de pensamento? Se ela acreditasse nisso jamais teria conseguido o bidente da deusa Tassa. Kiora surrupiara as leis que os elfos tanto prezavam quando enganara uma divindade. Sendo franca, a tritã sentia-se orgulhosa disso.
Ainda sobravam os humanos, mas para Kiora o único deles que a tritã já sentira alguma atração estava longe de Zendikar. Esse individuo era o telepata Jace, um daqueles que ajudara a derrotar os eldrazis. O mago era um tanto pragmático demais, mas seu ar inteligente e sua postura enigmática despertavam-lhe o interesse.
Mas Jace estava longe, provavelmente resolvendo algum problema em outro plano com seus amigos planinaltas, os sentinelas. Se ele viajava apenas para resolver problemas talvez fosse até bom que ela não o visse por um tempo. Não fazia nem seis que Zendikar havia se livrado dos eldrazis, tendo essas criaturas deixado uma ferida tão profunda no plano que certamente demoraria séculos para cicatrizar.
Seria particularmente ruim se outros seres ameaçassem o plano. Sim, se Jace vinha sempre acompanhado de problemas, o melhor era que ele mantivesse distancia, ao menos por um tempo.
- Kiora.
A tritã achou que estivesse pensando alto demais em Jace, pois acabara ouvindo a voz do mesmo. Virou-se desconfiada e, para sua surpresa, lá estava o mago, trajando seu longo manto azul com capuz. Aquilo era muito estranho, coincidência demais para ser verdade. Jace caminhava até ela a passos lentos, seu manto esvoaçando sutilmente devido ao vento.
- Por favor Jace, não me diga que Emrakul surgiu – disse temerosa. Haviam três titãs eldrazis. Kozilek e Ulamog haviam sido derrotados em Zendikar, mas o último deles, Emrakul, ainda estava a solta.
Tudo que Kiora sabia sobre as três criaturas provinha de lendas e histórias antigas. É claro que não se podia confiar totalmente nesse tipo de história, mas havia um fundo de verdade nelas. Por exemplo de acordo com elas Ulamog era o mais forte dos três em termos de força bruta. Kozilek, o mais ardiloso, inteligente e escorregadio. Quanto a Emrakul... ele era definitivamente o mais poderoso dos três. Isso era algo em que todas as histórias concordavam.
- Ele surgiu, mas não aqui – disse o mago calmamente. A boca de Kiora abriu-se devagar, ela já ia falar algo quando as palavras seguintes de Jace a tranquilizaram – não se preocupe, ele foi aprisionado.
Kiora franziu o cenho sem muita convicção. Os eldrazis haviam sido aprisionados antes em Zendikar e conseguiram se libertar. Ela não acreditava muito em aprisionamento quando se tratava desses seres.
- Não se preocupe, não vim aqui por causa dele – ele havia enfim alcançando-a, os dois estavam frente a frente e ela pode admirar a beleza do telepata. Ele parecia mais atraente, sua pele estava mais bronzeada do que Kiora lembrava. Isso agradou a tritã.
- Que bom, mas algo me diz que não veio apenas jogar conversa fora. Algo aconteceu não foi?
Ele maneou a cabeça em um discreto aceno positivo. Kiora esperou as palavras seguintes, seja lá o que fosse com certeza não seria pior que uma invasão eldrazi.
- Já ouviu falar de Nicol Bolas?
Ok, talvez fosse pior. Kiora havia ouvido falar de Bolas. Afinal que planinalta não havia? Ele era um dragão ancião e um dos paninaltas mais poderosos que já existiu, talvez o mais poderoso que já tenha caminhado pelo multiverso.
- Acho que teremos uma longa conversa... vamos para um local mais apropriado.
Kiora guiou Jace para uma caverna que ficava não muito longe dali. O local era um de seus favoritos, seu santuário particular. Era uma caverna ampla, com estalagmites espalhadas por todo o teto. Havia uma lagoa ali embaixo, com águas cristalinas convidativas para um banho. A tritã porém não entrou nela. Sentou-se em uma pedra cruzando as pernas. Jace ficou em pé, a apenas um metro de distância dela. Kiora poderia não ser a telepata ali, mas tinha certeza que Jace estava dando uma bela avaliada em seu corpo curvilíneo e atraente. Ela não o culpava, beleza era um de seus pontos fortes.
Então Jace contou o que havia acontecido, bem, contar não era a o suficiente para descrever o que fez. Ele mostrou a Kiora os acontecimentos. Com sua magia criou ilusões retratando os fatos narrados. Uma projeção de Bolas surgiu na caverna. Mesmo sendo apenas uma imagem Kiora sentiu calafrios diante do imponente dragão. Então outros elementos foram se unindo a narrativa, todos sempre culminando no maquiavélico dragão. Havia um exército de zumbis de um plano chamado Amonkhet, uma poderosa força bélica a serviço de Bolas e sob controle de uma planinalta necromante chamada Liliana. Jace explicou que Bolas pretendia iniciar um grande evento no plano de Ravnica, uma guerra de incríveis proporções, tão grande que Jace não fazia total ideia do que estava por vir.
O show de ilusões continuava. De forma clara e concisa Jace conseguiu, em apenas vinte minutos, dar a Kiora uma visão geral do que estava a acontecer em Ravnica e da importância de todos se unirem para enfrentar o dragão. Se o plano de Bolas desse certo, o dragão conseguiria retomar para si seu poder a muito tempo perdido. Um poder tão grande que o transformaria, sem sombra de dúvidas, no ser mais poderoso de todo o multiverso.
- Então é isso. Eu e os demais sentinelas estamos tentando reunir mais planinaltas para lutarem ao nosso lado. Já reunimos muitos bons guerreiros, o guerreiro Ajani, o mago temporal Teferi e a piromante Jaya. Ainda estamos juntando mais aliados e é por isso que vim até aqui.
Kiora sorriu. Era claro que em uma situação como aquela ela não seria esquecida. A tritã fitou Jace, ele parecia estar sendo sincero. Se tinha viajado até Zendikar para pedir sua ajuda então era sinal que a considerava importante.
- Entendo tudo que disse Jace. Mas espero que me de bons motivos para ajudá-los. Não estou dizendo que não é importante, mas Bolas é um inimigo poderoso demais, mesmo com muitos de nós juntos.
- Não vou ser ingênuo em achar que não haverão mortes, mas dentre todos nós Kiora, você tem grandes chances de sobreviver – seu olhar se dirigiu ao bidente que repousava ao lado dela, encostado na pedra aonde a tritã se sentava – lutou contra Tassa e saiu viva para contar a história levando consigo o bidente dela como troféu. Você conseguiu ludibriar um deus, isso é algo bastante raro.
Kiora sabia o que ele estava tentando fazer, fisgá-la através de seu orgulho. O pior é que estava funcionando. Ela deslizou suas mãos pelo bidente, sentindo a textura do mesmo. As lembranças da luta contra Tassa vieram a sua mente. Fora uma batalha difícil com certeza, mas no final ela conseguira o bidente. Poderia não ter derrotado a deusa, mas isso não queria dizer que não havia sido uma vitória.
Jace se aproximou, ele não chegou a implorar, mas parecia realmente precisar dela. Abaixou seu capuz expondo ainda mais seu rosto. Kiora analisou a expressão dele, seus cabelos castanhos escuros, seus olhos azuis que transpareciam uma humildade que ela não lembrava estar ali antes. Com sutileza ele tocou em sua mão.
- Se Nicol Bolas vencer nenhum mundo estará seguro... hoje será Ravnica, mas amanhã poderá ser Zendikar. Eu sei que você ama este mundo, então espero que entenda que se não derrotarmos Bolas agora jamais conseguiremos fazê-lo.
Kiora hesitou, algo no toque de Jace a comoveu de alguma forma. Fora o contanto físico, aquele simples contanto a despertou para seus desejos a tanto reprimidos. Ele era bonito com certeza, bonito, refinado e inteligente. O tipo de homem que a interessava.
- Isso vai ser perigoso, mas acho que posso ajuda-lo – Kiora levantou-se ficando a apenas alguns centímetros de Jace. O telepata corou levemente, sem jeito com toda aquela proximidade. Ela estava mexendo com ele, havia notado bem isso. Mas porque pararem apenas por ai quando podia fazer muito mais?
- Prometo ir a Ravnica com você para ajudar nessa guerra – ela acariciou o rosto dele. Seus dedos deslizando pela pele macia e subindo até os curtos cabelos castanhos – mas antes preciso de um bom banho. Me acompanha?
Kiora sorriu provocativa. Aproximou-se ainda mais de Jace, roçando seus seios no corpo dele. Sentiu a respiração dele mais acelerada, isso era mais do que ela precisava para saber que ele estava tão interessado quanto ela em ter uma transa.
Lentamente caminhou em direção a lagoa, rebolando sua bunda de forma sensual. Ela nem precisava ver para saber que os olhos de Jace estavam focados ali. Ele provavelmente já estava bem duro no meio das pernas.
Seu pé esquerdo tocou na água fria da lagoa, o que era bem confortante, afinal os tritões sentem-se muito melhores em contato com esse elemento. Ela virou-se na direção de Jace, suas mãos tocando nas conchas que cobriam seus seios. Com um movimento lento e sensual retirou a parte de cima de suas vestes de conchas. Seios belos seios medianos ficaram a mostra. Eram redondos e macios, com mamilos empinados de coloração azul escura.
Jace admirou-os com prazer. Sem hesitação caminhou em direção a Kiora retirando seu manto. Para a surpresa da tritã ele possuía um corpo atlético e bem definido. Engraçado, ela nunca imaginou que ele fosse tão atraente, mas estava feliz por ter-se enganado. O telepata continuou a retirar o resto de suas roupas até ficar totalmente nu. Seu membro balançava ereto na direção dela, bastante grande e viril.
Ele aproximou-se dela, totalmente nu e com um olhar penetrante e desejoso no corpo da tritã. Kiora sorriu retirando a última peça de suas roupas, revelando assim toda sua nudez. Sua intimidade estava úmida, lisinha e convidativa.
Ele colocou as mãos na cintura de Kiora, acariciando-a de uma forma que agradou a tritã. Os corpos dos dois ficaram ainda mais próximos e ela pode sentir o pênis rígido dele roçando em sua intimidade, fazendo uma caricia indecente nela. Eles se fitaram por longos dois segundos e então beijaram-se.
Fora um beijo longo e molhado, intenso e gostoso. Fazia muito tempo que Kiora não beijava alguém assim. Ela apalpou o peitoral bem definido dele ao mesmo tempo que sentia as mãos de Jace descendo por suas coxas e depois voltando a subir, encaixando-se na bunda da tritã.
O beijo terminou e logo outros vieram, sempre acompanhados de caricias das duas partes. Kiora sentiu seu corpo queimar com aquele calor agradável do desejo. Como ela sentia falta disso, como sentia falta de dividir seu corpo com alguém.
Ainda se beijando eles recuaram, entrando lentamente na lagoa. Ela não enjoava do sabor daqueles beijos e nem de tocar no corpo do telepata. Jace agora subia as mãos até seus seios, explorando-os com toques lentos e firmes, estimulando-a, fazendo-a sentir-se plena em seus desejos.
Os beijos cessaram e ele baixou seu olhar, concentrando-se totalmente nos seios de Kiora. A água da lagoa batia em seus joelhos e o pênis dele continuava a provocá-la, pressionando-se contra sua intimidade. O olhar de Jace nos os seios de Kiora era de desejo e adoração, como se eles fossem o que havia de mais belo em todo o multiverso.
- Eu sempre tive o desejo de possuir uma tritã – disse apalpando gentilmente os seios, massageando-os com cuidado – acho que finalmente vou poder concretizar esse desejo.
- Meu corpo lhe agrada Jace? – perguntou vaidosa, beijando seu amante mais uma vez – então mostre-me isso. Mostre-me como me acha linda e sensual.
Ele apenas sorriu e baixou a cabeça. Ainda massageando os seios começou a beija-los lentamente. Sua língua deslizava pelos seios de Kiora fazendo-a gemer baixo. Ele era cuidadoso em suas caricias, beijando os mamilos com carinho, estimulando-os com a ponta da língua. Ela soltou um gemido lento. Com as mãos acariciou os cabelos do telepata.
Jace era maravilhoso, bem melhor do que ela havia fantasiado. Ele não tinha pressa em explorar seu corpo, tocando-a como se ela fosse uma deusa das águas o que só inflava o ego da tritã. Ela o abraçou com carinho, caminhando lentamente para trás, até encostar em uma pedra um tanto grande e pontiaguda que havia ali.
Kiora o afastou delicadamente, encostando-se sobre a pedra, empinando seu corpo para trás. Ela ficara deitada na diagonal. As penas se abriram convidativas deixando o caminho livre para sua intimidade. Jace entendeu o recado. Ajoelhou-se ficando submerso até a cintura. Com as mãos tocou nas coxas de Kiora, massageando-as de forma cada vez mais ousada. Lentamente começou a beija-las, subindo lentamente os beijos em direção a vagina da tritã.
- Ahhhh... sim... – ela fechou os olhos aproveitando o momento. Quando os lábios de Jace tocaram sua intimidade, unindo a boca dele a sua vagina molhada, a sensação foi de êxtase. Kiora soltou um longo e prazeroso gemido.
E aquilo ainda ficou melhor quando ele começou a chupar. Parecia que ele sabia exatamente como ela gostava de ser tocada, seus pontos mais sensíveis, seus desejos mais secretos. Por uns dois segundos ela se perguntou se ele teria entrado na mente dela e conseguido essas informações, mas acabou concluindo que não se importaria se assim fosse. Se fosse para lhe dar prazer ele teria passe livre para adentrar sua mente.
Os chupões se tornavam mais intensos, fazendo-a gemer mais e mais alto. O som ecoava por toda a caverna dando a impressão que uma orgia acontecia ali, com tantos gemidos sobrepondo-se uns aos outros. Jace empenhava-se em suas caricias, parando de chupar para estimular Kiora. Usando uma de suas mãos deixara a intimidade da tritã bem aberta, enquanto, com a outra, penetrava-lhe com o dedo indicador.
Ela gritou alto, abrindo as pernas ainda mais em um movimento instintivo. Aquilo estava definitivamente melhor do que suas fantasias, não havia sequer compração. Os estímulos a estavam deixando muito excitada. Era só questão de tempo até chegar ao orgasmo.
- Sim, muito bom... – disse engasgando-se com as palavras. Ela sentiu que Jace havia parado, e quanto percebeu ele havia se levantado, seu pênis encostando na vagina dela.
Ele encostou suas mãos na pedra e pressionou seu pênis com força, por fim penetrando-a. Ela gemeu alto de tão estimulada que já estava. O telepata começou a mover seu corpo em um vai e vem constante, dando-lhe estocadas pausadas que a faziam desfrutar cada segundo de prazer.
Ele gemia a cada nova estocada, seus sons se misturando aos dela e todos sendo multiplicados pelos ecos da caverna. Kiora o abraçou com desejo, puxando-o e beijando-o nos lábios de forma intensa e selvagem.
As estocadas ficaram ainda mais rápidas e frenéticas, mas por nenhum segundo os dois pararam de se beijar. Eles faziam amor de forma cada vez mais intensa, o ato culminando em seu ápice quando ele teve um forte orgasmo dentro dela.
Ofegante Jace recuou dois passos, a intimidade de Kiora brilhando com o orgasmo de seu amante. Ela também ofegava e um sorriso de alívio e prazer estava estampado em seu rosto. Um pouco cansada Kiora levantou-se, dando um beijo mais delicado nos lábios de Jace.
- Bem, ao menos se morremos lutando contra Bolas vamos ter uma boa lembrança – disse maliciosa.
- Só uma? – perguntou ele arqueando uma sobrancelha.
Kiora sorriu, realmente não havia motivos para parar por ali. Ainda levaria um tempo para que eles precisassem voltar a Ravnica. Enquanto isso poderiam fazer amor mais algumas vezes. Muitas vezes. E, se vencessem a guerra, por que não continuar com o hábito?