Seize The Day

  • Gabbysaky
  • Capitulos 28
  • Gêneros Romance e Novela

Tempo estimado de leitura: 17 horas

    18
    Capítulos:

    Capítulo 27

    Um dia Estressante

    Hentai, Linguagem Imprópria, Sexo

    Estou de volta finalmente!

    Gente, foi difícil ficar sem postar por esses dias, viu.

    Pior ainda, não conseguir escrever, por conta do óculos.

    Quase surtei. Só acho que não foi mais que vocês, né?

    Bom, o importante é que estou de volta.

    Bom, não vou enrolar vocês mais não.

    Já deixei vocês esperando demais, né?

    Boa Leitura!

    Sakura já sabia que seria complicado. Daisuke estava emburrado desde que contou que o pai chegaria tarde novamente. Ele não compreendia o porquê. Sakura tentava explicar, mas mesmo assim, ele não queria entender. Seu pai havia prometido que sairia todos juntos, prometeu que iriam tomar sorvete. Mayu estava triste também. E a rosada não sabia mais o que fazer. Esperou pela ligação do namorado. Achou que quando o enteado falasse com o pai, ele ficaria bem, ficaria mais calmo, mas não foi o que aconteceu. Daisuke estava revoltado de uma forma que nem Sasuke, e nem Sakura esperavam ver. Foi uma surpresa para eles. Eles não imaginavam que o garotinho ficaria tão chateado, tão revoltado. Sasuke se sentiu mal, ele odiava faltar com a palavra, principalmente com o filho. E ele o fez. Duas vezes seguidas. Mesmo não querendo desligar, mesmo querendo tentar acalmar o filho, fazê-lo compreender sua situação, Sasuke não pôde deixar de ir a reunião para poder fazer aquelas coisas. Ele teve que desligar.  

    Naquele momento, a rosada tentava achar uma maneira de falar com o garotinho que tanto amava. Ele estava no quarto, e só havia deixado Mayu entrar. Ele estava com raiva. Só tinha cinco anos, e já era daquele jeito, imagina quando ficasse maior? Sakura esperava que ele não fosse tão atentado quanto o pai. Fez algumas guloseimas que as crianças gostavam, colocou em uma bandeja média e subiu para o segundo andar. Ela sabia que eles não iriam recusar aquelas coisas gostosas. Entrou no quarto, e encontrou ambas as crianças deitadas na cama, olhando para o teto, enquanto falavam um com o outro baixinho. Eles perceberam a presença de Sakura, mas não se sentaram. 

    – Eu sei que está chateado, e eu sei que tem motivos para isso... – Começou, enquanto se aproximava. – Mas seu pai está tão chateado quanto você. 

    – Ele prometeu pra mim. – Sakura colocou a bandeja em cima da mesa de cabeceira, e se sentou ao lado de Daisuke. 

    – Querido, algumas vezes não conseguimos cumprir com as nossas promessas. Ele estava triste por estar fazendo isso com você. Ficou muito preocupado com a sua reação. – Isso chamou a atenção dele, ela soube quando ele a olhou. – Seu pai te ama. E sabe o que o deixa triste? Ver você triste. 

    – O tio Sasuke não fez de propósito, né mamãe? – Sakura sorriu. 

    – Não mesmo. Ele queria estar aqui agora, mas não pode, Daisuke. – O menino se sentou e Mayu fez o mesmo. – Você acha que seu pai faria algo para te magoar? 

    – Não.  

    – Mas você o deixou triste quando falou daquela forma com ele, mais cedo. – O menino abaixou a cabeça. – Ele mereceu? – Daisuke balançou a cabeça. – De vez enquando acontecerá imprevistos, e seu pai terá que deixar o que ele estiver fazendo, para cuidar desses imprevistos. Não é o que ele gostaria, amor, mas..., o que ele pode fazer? 

    – Eu fiquei irritado. 

    – Tudo bem. Isso é normal. – Pegou no rosto dele, fazendo-o olhar para ela. – Mas não se esqueça de pedir desculpas ao seu pai, está bem? 

    – Desculpa, Sakura. – Ela sorriu e beijou os cabelos negros.  

    – Está esquecido. – Ele a abraçou. – Eu trouxe algumas coisas que vocês dois vão gostar. – Ele se afastou, e a rosada pegou a bandeja. 

    – Cupcake. – A garotinha diz, sorrindo. 

    – Como estamos sem sorvete..., eu fiz o cupcake, o suco de morango, e..., peguei o pote de M&M que eu havia escondido. – As crianças riram. – Deixamos para tomar sorvete todos juntos, como seu pai prometeu. Combinado? 

    – Combinado. – Dizem juntos, enquanto colocavam um punhado de M&M na boca. 

    **--** **--** 

    Assim como Sasuke ficou quando viu a bofetada, Gaara havia ficado possesso quando soube do que houve. Depois da reunião que tiveram, assim como prometeu, o Uchiha contou ao amigo cada uma das vezes em que Sasori foi atrás de Sakura. E contou, claro, de das duas bofetadas que a namorada levou. Sasuke imaginava a reação dos outros, em especial de Naruto e Nejí, quando ficassem sabendo.  

    Quando Sakura e Sasori haviam terminado o noivado, pouco antes, para ser mais exato, Gaara e Nejí haviam falado com Sakura, pedido para ela pensar bem sobre aquele próximo passo que ela estava dando. Assim como eles, Naruto e Shikamaru não gostavam nenhum pouco do ruivo, e não confiavam nele. E eles estavam certos. Sakura descobriu da pior maneira, de que os amigos estavam certos em pedir para que ela pensasse melhor sobre o noivado. Nejí, ao descobrir tudo, não conseguiu se segurar, e acabou dando uma surra no ruivo, em frente toda a faculdade, sem se importar em quem pudesse estar vendo, ou gravando. A raiva que estava sentindo era tanta, que ele só percebeu que o ruivo estava desmaiado, sangrando, quando Shikamaru o tirou de cima do outro.  

    Sasuke havia ficado sabendo sobre essa história, a pouco. A namorada havia lhe contado quando ele perguntou porque ela não tinha contado aos outros sobre a bofetada que ela havia levado. Mesmo sabendo disso, ele não poderia mentir ao ruivo, e mesmo que pedisse, sabia que Gaara não conseguiria deixar de contar ao Hyuuga. Mesmo que soubesse que Nejí era esquentado e muito super protetor, ele sabia que o amigo tinha o direito de saber sobre o que houve, era o primo de sua namorada, afinal de contas.  

    – É inacreditável. – O ruivo se pronunciou quando Sasuke acabou de contar. – E você não chamou a polícia por que? 

    – Sakura. Ela não quer o nome de Mayu envolvida nisso. 

    – Ela apanhou, duas vezes. Isso não tem nada a ver com Mayu. 

    – Ele vai envolver a criança, você sabe disso. – Gaara suspirou, não podendo retrucar.  

    – O maldito não vai deixá-la em paz. 

    – Ele quer a merda da empresa. 

    – Então que se dane. Dê essa merda pra ele. 

    – Ela não vai ajudá-lo nisso. – Viu o amigo bufar. – Ela quer que ele se dane, e sinceramente? Eu concordo. Ele não merece nada vindo dela. Nem mesmo sua ajuda. 

    – Eu sei, e concordo. Mas ele não vai deixá-la em paz..., e ela não quer falar com a polícia, então... 

    – Vou dar um jeito nisso. – Gaara o olhou por tempo considerável, até assentir. – Vai contar aos outros?  

    – É claro que eu vou. Eles precisão saber. 

    – Nejí vai surtar, você sabe disso, não sabe? 

    – Que Sasori reze muito para não encontrar nenhum de nós. – Foi só o que respondeu, antes de se levantar, se despedir, e sair pela porta, deixando o amigo no sofá, pensando se a namorada ficaria chateada por ele ter contado sobre aquilo para os amigos. 

    **--** **--** 

    Sasuke não conseguia se concentrar naquela reunião infernal. Por que existem tantos casais brigando por coisas tão fúteis? Era o que ele se perguntava, enquanto ele e Shikamaru conversavam com o casal Heither. Ele tinha um filho chateado em casa, que estava achando que ele era um péssimo pai, e ali estava ele, ouvindo o casal brigar por conta de algumas posses que ambos conquistaram quando estavam casados. Por que não conversarem como duas pessoas civilizadas? Sasuke tinha certeza de que o amigo tinha percebido sua falta de paciência. A cada cinco minutos, ele soltava um suspiro alto. Estava exausto, e ainda tinha que conversar com sua secretária, que parecia estar no mundo da lua naquele dia. Ele gostaria de saber qual era o problema dele com secretárias. Será que algum dia ele iria conseguir uma, que não dê em cima dele, que não vista roupa curta no trabalho, e que com certeza não lhe dê problemas com clientes? O casal a sua frente volta a brigar, e dessa vez até mesmo seu amigo suspira alto. O Uchiha não era o único a estar exausto.  

    – Podemos por favor, tentar resolver isso como pessoas civilizadas? – Sasuke se pronuncia, já cansado daquela discussão sem fim. – Vocês estão discutindo, e isso não levará nenhum de vocês a lugar algum. 

    – Por que não entram em um acordo? – Shikamaru pergunta, ao ver a chance que tinha de fazer aqueles dois calar a boca. – Vocês dois se casaram com comunhão de bens. Não vai adiantar brigar, isso vai acabar entrando na justiça, e vai ser pior. Para os dois. 

    – Vocês podem entrar em um acordo agora, ou podem ir para o tribunal, e ser dividido da forma que o Juiz quiser. – Isso chamou a atenção deles. – E então? Como é que vai ser? 

    O Uchiha e o Nara deram graças a Deus quando eles começaram a conversar de forma calma, e sem brigas. Finalmente eles estavam conseguindo levar aquele caso para algo simples, sem tribunal, e sem horas em uma discussão perdida. Assim que eles fizeram um acordo benéfico tanto para um quando para o outro, os advogados lhes deram um prazo para eles voltarem para assinarem os documentos, e então saíram da sala. Shikamaru até mesmo se jogou no sofá ao lado, exausto. Tudo que ele queria era ir para casa, e Sasuke sentia-se da mesma forma. Infelizmente apenas um deles poderia concretizar aquele desejo. O moreno percebeu os olhares do amigo, assim que ele bufou alto, bagunçando os cabelos. Sabia que ele estava curioso, afinal estava irritado, e todos haviam percebido isso. 

    – Vai me dizer o que aconteceu para eu lhe dar um conselho, e você deixar de fazer essa cara de quem comeu e não gostou? – Ouviu o amigo bufar. – Diz de uma vez. 

    – Fiz uma promessa ao meu filho, e não pude cumprir. Liguei para ele mais cedo, e ele ficou chateado comigo. Muito chateado. – Shikamaru suspirou, e então se sentou. 

    – É difícil, eu mesmo já passei por isso, mas..., acontece. Imprevistos poderão acontecer sempre, o que você pode fazer é conversar com seu filho, e fazê-lo entender que você não quer faltar com a palavra, mas que as vezes, isso será necessário.  

    – Não consegui falar com ele direito, por causa desse inferno que está aqui hoje. 

    – Isso é algo que você terá que conviver, Sasuke. E seu filho terá que compreender. 

    – Ele é só uma criança. 

    – Eu sei disso. Mas ele é esperto, e é seu filho. – O outro não pôde deixar de sorrir. – Ele te ama, e vai entender se você explicar a situação. Daisuke é mais esperto do que qualquer criança na idade dele, você sabe disso. Ele vai ficar chateado, isso é algo que você vai ter que aprender a conviver, e ele terá que aprender a saber lidar com a situação. Aos poucos ele vai entender como é sua vida. Como são os imprevistos.  

    – Você está certo, eu sei disso, mas..., ver meu filho triste, irritado ou ouvir a voz dele, parecendo querer chorar..., ainda não aprendi a lidar. 

    – Você acha que eu aprendi? – Deu uma risada rápida. – Não é fácil. Sabe quantas vezes eu tive que deixar Shikadai e Ayame na mão, por causa do meu trabalho? Quantas vezes os ouvi chorar, e não pude fazer nada? Eles ainda não compreendem, mas estão aprendendo a lidar com isso. Eles não choram mais, mas ficam tristes, tanto quanto eu. Quando não podem me ver, querem pelo menos falar comigo por algumas horas do meu dia. – Sasuke balança a cabeça. – É a primeira vez que você falta com a palavra com seu filho, certo? 

    – E eu queria que fosse a última. 

    – Infelizmente não vai ser. Não quando o problema é o trabalho. – O amigo assente. – Daisuke vai lidar com isso, assim como meus gêmeos estão lidando. É difícil? Oh, cara, você não faz ideia. Vai ter dia que você vai ver seu filho chorar, e vai querer chorar junto..., mas aos poucos..., a cada dia, a cada vez que isso acontecer..., eles vão se acostumando.  

    – Espero que esteja certo. 

    – Eu estou. – Diz sorrindo. – Daisuke é seu filho, e ele vai saber lidar com isso.  

    – Você deveria ser psicólogo. – Brincou, e Shikamaru riu. 

    – Temari já me disse isso. – Eles riram. – Será que dá tempo? – Brincou, e eles voltam a rir. 

    – Valeu pelo conselho.  

    – Sempre que precisar. – Sorriram um para o outro. – Precisa de um também, para fazer aquela sua secretária entender que estamos em uma empresa de advocacia, e não em uma boate? 

    – Obrigado, mas com isso aí..., eu sei lidar. – Diz sério, e Shikamaru pensou que não gostaria de estar na pele da tal Arata. 

    **--** **--** 

    – O senhor disse que precisava falar comigo? – Sasuke franziu o cenho ao vê-la parar na sua frente, de forma sexy; pelo menos ela queria que fosse. Revirou os olhos. 

    – Sim. E é algo importante. 

    – É só dizer. – Diz sorrindo. – Estou aqui para o que senhor precisar. – Ele perceber as segundas e terceiras intenções, e ficou confuso. Aquela mulher não era casada? 

    – Arata... 

    – O senhor pode me chamar de Kohana. – O cortou, fazendo com que ele ficasse desgostoso e não apenas por aquele motivo. 

    – Eu prefiro lhe chamar por Arata. Soa mais profissional. – Frizou a última palavra. Ele a viu ficar incomodada, mas não se importou. – E por favor, não corte minha fala novamente. 

    – Sim, senhor. – Murmura. 

    – Arata, eu não lhe falei nada sobre suas roupas..., porque eu achei que você saberia o que usar quando fosse vir trabalhar. Mas como eu percebo que não, você não sabe o que usar, eu lhe direi. – Respirou fundo. – Saias curtas, shorts ou qualquer coisa que não pegue nos joelhos, não é aceito aqui. Blusas que contenham decotes, está fora de cogitação. Costas nuas? Nem pensar. – Ela abriu a boca para ele não deixou que ela falasse. – Se você não quiser usar um uniforme que eu mesmo mandarei fazer, é melhor que não venha com o mesmo tipo de..., look, que você veio hoje. – A palavra que ele queria dizer era vulgaridade, mas ele era educado demais para fazer isso. 

    – Senhor, eu não achei que iria se incomodar.  

    – E por que achou isso? 

    – Porque..., o senhor é homem, e é solteiro... – Ele franziu o cenho. 

    – Que eu sabia você não é. – Ela se calou. – E eu me importo. Você não faz ideia de como eu me importo. Está aqui para trabalhar, senhora Arata. Aqui não é uma boate, ou a sala da sua casa. – Acabou sendo grosso, mas agora ele não pediria desculpas. – Você está na berlinda. – A avisou. – Está no fio mínimo da berlinda, e se quiser continuar com esse emprego não vai mais usar esse tipo de roupa, não vai tentar ser sensual, não vai tratar mal, as pessoas que chegam aqui, sendo clientes ou não. 

    – Mas eu não... 

    – Você acha mesmo que Sakura não me diria a forma como a tratou? – A interrompeu. – Não falei com você ontem, por causa do inferno que me envolveu, mas estou avisando que não quero que o que aconteceu se repita. 

    – Ela lhe chamou por Sasuke. Ela foi grossa comigo, e... 

    – Ela me chama assim, por sermos amigos. – Mais que amigos, mas isso ela não precisava saber. – E se ela foi grossa com você, foi porque você foi com ela primeiro. – A mulher abre a boca para retrucar, mas Sasuke não deixa. – Eu não me importo se você gostou ou não dela, não me importo se você foi ou não com a cara dela. Você não está aqui para fazer esse tipo de julgamento..., está aqui para trabalhar. Então faça seu trabalho, enquanto ainda pode. – Foi uma ameaça, ela pôde sentir, e isso a deixou irritada, indignada e inconformada. – Estamos entendidos? 

    – Sim, senhor.  

    – Ótimo. Agora pode se retirar. – Sasuke suspirou alto e se encostou na cadeira, fechando os olhos, e esperando pelo próximo inferno chamado “reunião”. 

    **--** **--** 

    Sasuke devia muito a namorada. Achou que assim que chegasse em casa, ele encontraria o filho ainda chateado, mas foi o contrário. Ele estava triste sim, mas não pelo motivo que o pai achava. O moreno não esperava ouvir um “me desculpe”, e receber um abraço assim que entrasse na sala. Ele conseguiu se explicar melhor para o filho, sentando-se com ele no seu colo. E assim como Shikamaru lhe disse, Daisuke entendeu. Ainda estava triste, ainda queria que o pai tivesse chegado mais cedo, mas não estava mais chateado com ele. E isso graças a sua namorada. Ele agradeceria muito depois. Sakura já tinha dado banho nas duas crianças, e estava tomando seu banho naquele momento, já que o namorado estava em casa. Passava das 19h, e por esse motivo, Sakura ficaria ali novamente. Sasuke não queria que ela fosse para casa àquela hora, e ela não estava afim de pegar a estrada as oito horas da noite. Novamente, tanto Daisuke quanto Mayu acharam aquilo um máximo. Eles haviam dormido a tarde, então na opinião dos pais, eles não dormiriam tão cedo. Sasuke havia deixado as papeladas da burrice que sua secretária fez, nas mãos do juiz, e na sexta estaria tudo certo para que ambos os casais assinassem. Sem processo, graças a Deus.  

    Já de banho tomado, Sasuke, mesmo cansado, decidiu passar algumas horas daquela noite com a família. Seu filho e sua enteada haviam escolhido “Meu Malvado Favorito” para assistirem. Sakura fez pipoca, como eles pediram, e como imaginou, eles pediram para assistir o segundo filme da “saga”. Como não sentiam sono, e Sasuke iria mais tarde para a empresa no dia seguinte, nem ele e nem a namorada negou. O moreno queria compensar as duas crianças. Apesar de ter ficado preocupado com a chateação do filho, ele também sabia que havia quebrado uma promessa com Mayu, e assim como fez com seu garotinho, ele se desculpou com a enteada. A frase “tudo bem, tio Sasuke, você não é ocupado”, pegou tanto ele quanto a namorada de surpresa. Os olhos do casal, caiu nas crianças no meio do filme “Minions”.  

    – Dormiram.  

    – Finalmente. – Ela sorriu.  

    – Está cansado, né? 

    – Estou exausto. – Suspirou. – Mas não podia negar ao pedido deles, já não pude sair com eles como prometi... 

    – Esqueci isso.  

    – Eu nem perguntei como foi o dia de vocês. 

    – Foi normal. Temari me trouxe minhas roupas e as de Mayu, eu fiz o almoço, conversei com Daisuke, e eles dormiram a tarde inteira. – Sorriu. – E eu aproveitei para estudar.  

    – Tsunade ligou para você? 

    – Ela disse que enquanto Mayu precisar de mim, eu estaria liberada. E eu disse que trabalharia cinco horas na parte da manhã, enquanto as crianças estivessem na escola. E ela concordou. 

    – Ela é a melhor. 

    – Oh, com certeza. Se não fosse por ela, eu já estava demitida. – Concordou, enquanto se levantava. – Eu levo a Mayu e você o Daisuke? 

    – Eu levo os dois, sem problemas. – Diz, se levantando. – Você acende a luz do quarto, e tira o edredom da cama?  

    Ela concordou, mesmo que tivesse ficado confusa ao não ouvir a frase no plural, afinal, pensou que Daisuke dormiria no próprio quarto naquela noite. Já estava acostumada a ter o enteado dormindo com ela, mas realmente não imaginou que o namorado colocaria o filho já no quarto em que dormia com a filha. Sakura desligou todas as luzes daquele andar, com exceção a das escadas, na qual Sasuke a esperava. Subiram juntos, sem dizer uma palavra, e mesmo com aquele silêncio, nenhum dos dois achou um incômodo. O moreno entrou no quarto, e a rosada afastou o edredom roxo com listras brancas, arrumando os travesseiros, afastando um pouco o que estava no meio. Com a ajuda da namorada, ele conseguiu colocar Mayu deitada na cama, e ao lado dela, Daisuke. Para a surpresa de Sakura, Sasuke retirou o outro travesseiro que estava na cama, colocou entre a beirada e o corpinho da enteada, para que não houvesse o perigo da menina cair, ele pegou outro que estava nos pés da cama, e fez o mesmo com o filho. 

    – Pensei que o colocaria no quarto dele. 

    – Seria perca de tempo. – Ela não pôde deixar de concordar. O viu cobrir as crianças, e puxá-la para fora do quarto. 

    – Sasuke... – Ele percebe que ela está confusa. 

    – Vai dormir comigo. – Dessa vez não era um pedido. 

    – Por que eu iria dormir com você? – Ele sorriu, e a abraçou pela cintura.  

    – Porque sou seu namorado, e preciso sentir seu cheiro de manhã para acordar de bom humor. – Ela deixou um sorriso escapar. 

    – Boa resposta.  

    – Não foi? – Os olhos deles não deixaram um ao outro nem por um segundo. – Eu já estou viciado nesse seu cheiro. – Sussurrou. 

    – É só meu perfume. – Diz, um pouco corada. 

    – Então não mude, por favor. – Ela sorriu. 

    – Pode deixar. – O beijou rapidamente. – Vamos dormir. Você está exausto, e eu estou com tanto sono que não consigo ficar mais em pé.  

    – Ah, eu sei disso, namorada. Vi você piscando enquanto passava o filme. – Ele a viu fazer um biquinho fofo, e por isso a beijou. – Vamos dormir.  

    A puxou para o quarto, onde se deitou ao lado dela, na enorme cama box, com a mão direita na cintura dela, e seu rosto enterrado no pescoço dela, da forma como queria, para sentir o cheiro da namorada enquanto dormia. Não demoro muito para pegar no sono, mas ele pôde perceber que não tinha sido o primeiro, Sakura havia dormido primeiro que ele, com uma das mãos dela, abraçando sua cintura. 

    **--** 

    Sasuke procurava por sua secretária. Não sabia seu paradeiro a uma hora, e se perguntava onde ela tinha ido. Procurou por ela em todos os andares, nem mesmo as colegas de trabalho sabia dela. Teve que entrar na sala de reunião sem sua agenda, por culpa da mulher que desapareceu. Ele esperava que ela estivesse passando mal, ou em algum hospital, para deixá-lo sozinho daquela forma. Á dois dias atrás, ele havia dado um esporro na mulher, e ela havia lhe entendido, porque passou a usar roupas longas. Mesmo assim, ela continuava a falar sobre Sakura com um tom desinteressado, ou grosseiro, e isso estava começando a lhe incomodar. Assim que a reunião acabou, ele decidiu ir à portaria, para perguntar sobre Arata, e descobriu que ela pegou o carro e saiu. Ela o ouviria no dia seguinte, e ele estaria com os documentos da demissão em mãos, caso ela não tivesse uma explicação plausível. Quando estava perto de seu carro, ouviu seu celular tocar. O nome Suigetsu piscou, e ele atendeu imediatamente, depois que entrou no carro. 

     – Fala, Hoozuki.  

    – Eaí, Uchiha. Não vou nem perguntar como você está..., pela sua voz dá para saber que você está tão irritado, que até mesmo o diabo fugiria de você. 

    – Que engraçado. – O outro riu.  

    – Você está de mal humor? 

    – Estou. Mas não é com você. 

    – Claro que não, eu não te fiz nada. – Sasuke revirou os olhos. – Como é que estão as coisas com a rosadinha? 

    – Como é? 

    – Ora, a Sakura. Você e ela não estão juntos? 

    – Claro que não. – Mentiu. – De onde tirou isso? 

    – Das revistas. Você não as desmentiu, então achei que era verdade. 

    – Você agora lê revista de fofoca? 

    – Vai se ferrar. – O Uchiha riu. – Se vocês não estão juntos, por que não desmentiu? 

    – Porque seria perda de tempo. Eles só querem ganhar dinheiro, então que se dane o que eles dizem. – Isso era verdade. – Então..., você me ligou para saber sobre a minha vida pessoal, seu fofoqueiro? 

    – Também. Afinal, eu pensei que você tinha criado vergonha na cara, e arranjado alguém. 

    – Quando você fizer o mesmo a gente conversa. – Retrucou. 

    – Pra falar a verdade... – Sasuke arregalou os olhos. 

    – Você está com alguém? 

    – Bom, mais ou menos. Estamos..., nos conhecendo. E morando junto. 

    – O que? – Franziu o cenho. – Agora o curioso sou seu. – Ligou o carro e em seguida transferiu a chamada para o automóvel, no viva-voz. – Estou dirigindo, mas me conta essa história direito. 

    – É longa. Mas resumindo..., eu me encontrei com essa mulher, acabei levando-a para minha casa, e um mês depois..., tcharam! 

    – Ela está grávida? E é mesmo seu? – Pergunta, completamente surpreso. 

    – Sim para as duas coisas. 

    – E essa mulher, eu conheço? 

    – Vai acreditar se eu disser que é alguém que estudou na mesma escola que a gente?  

    – Quem? 

    – Uzuki Yugao. 

    – Está de brincadeira? – Percebeu que estava chegando no condomínio. – A garota loira de mechas roxas que era apaixonada pelo nosso professor de história?  

    – Ela mesma. 

    – Ela é..., quase quatro anos mais velha que nós. – O outro não respondeu. – Ela continua gata? – Suigetsu riu, e Sasuke o acompanhou. 

    – Sim. Ela continua gata.  

    – Então vocês terão um filho? 

    – Filha. É uma menina. 

    – Parabéns, cara. 

    – Você me falando isso, parece mais real do que já é. – Suspirou. – Eu não sei se..., vou me sair bem como pai. 

    – Você vai saber na prática. Por enquanto, essa pequena criança que está na barriga da Uzuki, é alguém que vai precisar de você quando estiver nesse mundo. Pode não parecer, mas tudo que você e a mãe dela sentirem, falarem, ela vai saber, vai sentir. Então já comece a amar esse bebê desde já, mesmo que seja difícil. 

    – Não é difícil amá-la, Sasuke..., ou a mãe dela, sinceramente. É difícil saber se serei um bom pai. Eu nunca me vi sendo pai. Fala sério, até alguns meses atrás, eu ainda era completamente apaixonado pela Karin.  

    – E eu também. – Suigetsu se surpreendeu ao ouvi-lo. – Eu nunca pensei que amaria alguém que não fosse Karin, mas aqui estou eu, amando Haruno Sakura. 

    – Você..., está apaixonado pela rosadinha? Está dizendo isso com todas as letras? 

    – Eu estou.  

    – Você merece ser feliz. 

    – Você também. Então se concentre nessa nova vida, e nessa segunda chance que está ganhando. E seja feliz. – Suigetsu sorriu. 

    – Quem é você e o que fez com Uchiha Sasuke? 

    – Pergunte para a... – Quase que ele fala “minha namorada”. – Sakura. – Ouviu o amigo rir. 

    – Talvez eu pergunte.  

    – E quando sua filha nascer, não esquece de avisar.  

    – Pode deixar. Mas Sasuke, não foi para isso que eu liguei. – O Uchiha franziu o cenho. 

    – Como assim? 

    – Você me pediu para ficar de olho na situação de Arata Kohana.  

    – Sim. Descobriu algo novo? 

    – Você não vai acreditar. 

    **--** **--** 

    Quando Sakura atendeu o interfone, e disseram que uma mulher da empresa de Sasuke estava no saguão, querendo lhe falar, ela estranhou. Quando abriu a porta, e percebeu que era aquela mulher, ela ficou confusa, estranhou mais do que já estava estranhando, e achou que alguma coisa errada estava acontecendo. O olhar sério da outra não a preocupava, mas a deixava curiosa. Ela disse que precisava lhe falar, e mesmo que alguma coisa lhe disse que deveria dizer que não estava disponível, deixou que a morena entrasse. Daisuke e Mayu estavam no quarto, brincando com alguns jogos, e esperava que eles não descessem tão cedo.  

    Sakura se perguntava se o namorado sabia da visita de sua secretária. Se perguntava se aquela mulher estaria faltando ao trabalho, afinal, ela deveria estar na empresa àquela hora, principalmente porque Sasuke havia avisado sobre uma reunião importante. A sensação que sentia sobre Arata Kohanna, era a pior possível. Não confiava nela, não sentia que ela era uma boa pessoa, e alguma coisa lhe dizia que ela era desequilibrada, mas mesma assim, ficou disposta a ouvir o que ela tinha a dizer.  

    – Pode começar quando quiser. Só peço que seja rápida, porque as crianças podem descer, então... – Viu quando a outra revirou os olhos. 

    – Você não pode me expulsar, afinal, aqui não é sua casa. 

    – Mas é a do seu chefe, e eu tenho certeza de que ele não sabe que você está aqui. – A outra não retrucou. Um ponto para mim, Sakura pensou. – Então, vai começar ou... 

    – Eu vim até aqui para dizer a você que deixe Sasuke em paz. 

    – Sasuke?  

    – Ele é alguém que merece mais do que uma mulher do seu nível. – Sakura quase riu debochada. Quase. 

    – Meu nível? O meu nível, pode acreditar, é maior que o seu. Se ele se preocupasse com isso..., você não teria chance alguma. 

    – Você é apenas uma babá. – Diz de forma maldosa.  

    – Eu acho que você não lê revistas..., eu sou sobrinha de Hyuuga Hiashi. – A outra riu. 

    – Você? Ah, por favor. – Revirou os olhos. – Duvido. 

    – Eu não vou discutir sobre o meu..., nível..., com você. – Se levantou e cruzou os braços. – Você quer que eu fique longe do Sasuke? 

    – É isso aí. Com você fora do meu caminho... 

    – Do seu caminho? Seu? – A interrompeu. – Você não é casada? 

    – Isso não é da sua conta. – Se levantou. – O importante aqui é que eu tenho uma chance e você está atrapalhando. 

    – Onde foi que você viu que tem uma chance, querida? – Debochou. 

    – Na forma como ele olhou para a minha bunda no dia em que fui de saia. 

    – No dia em que ele achou que você estava se oferecendo para ele? – A outra franziu o cenho. – É. Eu estou sabendo disso. E estou sabendo também, que ele mandou você não aparecer com o mesmo tipo de roupa vulgar novamente.  

    – Ele não me chamou de vulgar. 

    – É claro que não, ele é educado demais para fazer isso. – Retrucou com um sorriso. – Ele não te suporta. Ele acha que anda escondendo algo dele, e eu tenho certeza de que é sobre seu marido. – Frisou a última palavra – Você tem mesmo um marido?  

    – Olha aqui, sua imprestável, eu só quero que você faça o favor para mim e para si mesma, e dê dar o fora da vida dele. 

    – Meu Deus, você é mais desequilibrada do que eu imaginei. – Revirou os olhos e lhe deu as costas. 

    – Ele pode me amar. – A seguiu. – Ele gosta do meu corpo. 

    – Uhum. – Revirou os olhos mais uma vez.  

    – E eu sei que você tem um lunático atrás de vocês, então... – Sakura se virou. 

    – Isso não é da sua conta. Eu não sei como sabe disso, mas nunca mais..., fale sobre isso. – A outra sente um pouco de medo, que foi embora rapidamente. 

    – Eu não estou nem aí para a sua vidinha miserável, eu só quero o Sasuke para mim. 

    – Olha, eu já tenho um louco na minha vida, como você parece saber..., e eu não preciso de outro, então por favor... – Abriu a porta. – Dê o fora. – De repente, ela percebe a presença do namorado, assim como a mulher atrás de si. 

    – Senhor Uchiha. 

    – Sasuke. O que você... – Estava surpresa. Ele disse que não almoçariam juntos. 

    – Terminei a reunião mais cedo. – Respondeu, antes de olhar para a sua secretária. – Será que eu posso saber o que está fazendo aqui? 

    – Eu vim..., por que eu não o encontrava, não conseguia ligar para o senhor... – Sakura a olhou, incrédula. Estava mentindo para ele na sua frente. – Então pensei que estivesse aqui. 

    – Eu não sei como soube onde eu morava, e eu não sei por que está mentindo para mim..., mas no momento, eu quero mesmo lhe fazer uma perguntinha muito importante. – Entrou para dentro e fechou a porta. – Por que você não me contou que estava se divorciando? 

    – Eu... – Sakura deixou escapar uma risada e ambos olharam para ela.  

    – Se divorciando. Agora eu entendi a sua obsessão pelo Sasuke.  

    – Como é? – Pergunta, confuso e curioso. 

    – Eu não sei do que ela está... 

    – Ela veio até aqui para me mandar ficar fora da sua vida. – A interrompeu. – Veio aqui para dizer que você pode amar ela. Que você ficou olhando para o corpo dela quando ela foi de forma vulgar para o trabalho. – O namorado franziu o cenho, desgostoso.  

    – Eu sabia que tinha alguma coisa errada com seu currículo. Sabia que estava me escondendo algo..., mas isso? Isso já é loucura.  

    – Mas eu... 

    – Não me interrompa. – Rosnou. – Você mentiu para mim, você veio à minha casa ameaçar Sakura, e começou a apresentar desequilíbrio, porque eu nunca olhei para você de outra forma, que não profissional. Nesse momento, eu estou me segurando para não chamar a polícia, porque você definitivamente é um perigo. 

    – Até para você mesma. – Sakura completou. 

    – E eu só não faço nada, porque você tem um filho pequeno.  

    – Eu só queria... 

    – Eu não me importo. – A cortou novamente. – Amanhã você passa no RH. Está demitida. 

    – Mas o senhor não pode me demitir. Eu assinei um contrato. 

    – Que você mesma quebrou, quando mentiu para mim que era casada.  

    – Eu ainda sou, não assinei os papéis de divórcio. 

    – Você não disse que estava se divorciando. Omitiu sobre esse fato. Está demitida. Pegue suas coisas amanhã cedo, antes de eu chegar para trabalhar, e agradeça muito, por eu não levar toda essa loucura a polícia. – Abriu a porta. – Fora. – Ela trincou os dentes e saiu batendo os pés, totalmente indignada. 

    – Será que eu posso escolher a sua próxima secretária? Por favor, outra louca eu não aguento. – E ele não pôde deixar de rir da forma que a namorada disse. 


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