ANUON 9999

Tempo estimado de leitura: 11 horas

    12
    Capítulos:

    Capítulo 1

    O Olhar Assassino

    Violência

    História inicial da saga Anis.

    Essa foi a primeira fanfic que eu escrevi na minha vida. Teve início em 2004 e término em 2005. Além dessa, houve sua continuação (Son of Anis) que será postada aqui assim que terminar essa.

    Espero que gostem e, por favor, digam o que estão achando. Os tempos eram outros (nem iPhone existia XD)..

    Era noite quando Ethan voltava de sua escola tranquilamente com Ryoga e Kaede, andando por ruas estreitas, comuns neste tipo de cidade. Ethan dizia:

    - ... e eu avisei sobre aquele chute que o Ryo deu... Falei que era pra mandar no canto, eu estava desmarcado.

    Ryoga, sorrindo, responde:

    - Ih cara... acho que nem se ele te passasse a bola ia dar em algo...

    - Porque?

    Ryoga, caricato e debochado como era de sua personalidade, diz:

    - Porque tu é "peor" que o mané do Ryo, vagabundo! hehehehe

    - CALA A BOCA! Você nem sabe o que é futebol.

    - Sei sim. É um bando de 22 cabeças de vento atrás de uma bola por 90 minutos...

    - CABEÇA DE VENTO? Você perdeu a noção do perigo, Ryoga?

    - Eu não... e você?

    Kaede, calada até então, diz:

    - Rapazes e futebol... coisas que se completam...

    Ryoga e Ethan, ao ouví-la, dizem:

    - O QUE FOI, KAEDE?

    - Eu? nada, imagina...

    Logo Ethan se despede e segue para sua casa. Ryoga se despede.

    - Vai lá, Zico... Treina, hein!

    - Valeu... e você fica mais de boca fechada, tudo bem?

    E, vendo o rapaz adentrar no quintal de sua casa, Kaede o chama.

    Ethan?

    - Sim, o que foi, Kaede?

    Ela, um pouco acanhada, diz:

    - Eh... boa noite. Cuide-se.

    - Ah, obrigado. Você também...

    Entrando em sua casa, logo Ethan se depara com sua mãe que, nervosa, ia e vinha como se estivesse preocupada com algo. Ele, preocupado, diz:

    - Mãe, o que houve?

    - Seu pai... Ele atropelou um animal na rua. Estou aqui preocupara a beça.

    - Onde? Ele está bem?

    - Sim, Ethan... Mas o seu pai se machucou um pouco... foi o que ele diz, aquele irresponsável...

    - Mas é grave grave?

    - Diz ele que não, mas vc conhece seu pai...

    - E o animal? Era um cachorro?

    - Diz ele que era uma espécie de gato que não conhecia...

    - Mas ele está vivo?

    - Sim! E seu pai vai trazê-lo...

    - Eu cuido dele, tudo bem? pode deixar.

    - Deixar que cuide dele? Hum... Vc também não é lá um "grande" adorador de animais, rapazinho...

    - Ah, mãe...

    Logo o tempo passa e o pai de Ethan chega, com um curativo na testa.

    - Meu amor... Você está bem? E esta ferida?

    E mostrando uma calma que não coincidia com a situação, ele se senta tranquilamente e diz:

    - Nada não, mulher... Eu estou bem, muito bem, diga-se de passagem. Já meu mascote aqui...

    Ethan, observando seu pai, logo o retruca.

    - Você está bem! Sempre assim, nos dando sustos! E o animal? Está bem?

    - Ele sofreu um ferimento nas patas traseiras, mas está bem, a meu ver...

    - E vamos ficar com ele?

    - Não sei Ethan... Não me parece um animal manso, apesar de seu estado. E mesmo assim, acho que ele tem dono, sei lá...

    - Posso ve-lô?

    - Pode, mas cuidado que ele é brabo. E garras de gato sempre são afiadas, ainda mais esses bem raros...

    - Raro? como assim? E onde ele está, pai?

    - Não sei... Só sei que nunca vi esse tipo de raça de gato. Parece maior que os que costumamos ver... Espere que irei buscar.

    O Pai de Ethan vai até seu carro e o pega, envolvido em um cobertor. Mas o animal começa a querer se soltar e o pai de Ethan o segura com força.

    - Calma... Droga, sabia que ia fazer isso...

    Ethan, olhando o felino ferido, diz:

    - Ele é bem diferente mesmo...

    A mãe de Ethan, surpresa com o felino, preocupa-se com o ocorrido.

    - Vocês toma cuidado com este bicho aqui, pois parece perigoso. Seu pai tem razão em dizer que ele é bem diferente...

    - Que nada, mãe. Ele é até simpático.

    - Bem, Ethan, eu vou colocá-lo no seu quarto, dentro daquele abrigo importado do seu avô. Lá pelo menos tenho certeza que não vai ser uma ameaça a ninguém aqui, por ser bem reforçado e próprio pra isso mesmo. Graças a seu avô...

    - Aquele de aço, que parece um pequeno cercado?

    - Esse mesmo. E outra coisa: você vai ser responsável pela alimentação dele.

    - Eu?

    - Claro. Acho que deve ter uma segunda chance...

    Ethan parecia ter entendido o sentido daquela confiança de seu pai, e diz:

    - Obrigado.

    - Hã? Que foi?

    - Por essa segunda chance.

    - Garoto... vai lá e cuida do bichano, está bem?

    - Tá beleza.

    Ethan estava realmente empolgado com o ocorrido. Enquanto ai para seu quarto pegar a gaiola para o gato, sua mão diz:

    - Amor... acha mesmo que ele está pronto para ter outro animal?

    - Viu o brilho dos olhos dele depois que o confiei a cuidar do gato?

    - Sim... mas será que ele conseguiu superar aquilo?

    - Sim... acho que sim. Mas pense comigo... faz tempo que não o vejo tão empolgado com algo, ainda mais algo dessa forma... Dei um voto de confiança pra ele, porém acho que foi ele quem deu pra si mesmo...

    - Sim, concordo. Mas fique de olho nele, está bem?

    - Pode deixar.

    Logo depois de aprontarem as acomodações do felino, todos vão dormir, menos Ethan.

    Eram em torno de 10:00 pm! Ethan se preocupava com o alimento ao seu novo "amigo"...

    - Toma aí rapaz! Vê se come tudo pra ficar bom logo.

    Ele fica perto do cercado observando o felino! Admira seus pêlos...

    O bichano tinha uma pelagem de cor branca e levemente esverdeada nas pontas, ficando mais escuro na que tinha em sua cabeça! E não era muito peluda, a não ser no alto de sua cabeça! Seus olhos eram azuis e pareciam que mudavam de textura quando estava em movimento! Suas patas eram largas para um gato comum e suas garras pareciam afiadas...

    Ethan, curioso, andava devagar para perto do cercado. Quer ver como estava o curativo. Estranhava pois parecia que alguém tivesse tentando retirar;

    E, de um modo estranho, o felino se ouriça e dá um leve tranco para trás do cercado, com sua cabeça virada para o chão e sua pelagem encobrindo sua face. Logo, levantava sua cabeça lentamente e olhava para Ethan. Seus olhos já diziam por si só: não era um olhar comum. Longe de ser intimidador, como qualquer animal com medo faria.

    Seu olhar mostrava ira e não medo... Mostrava certeza e não dúvida... Em poucas palavras, mostrava um olhar assassino, que fez com que Ethan ficasse paralizado.

    Ethan estava atônito. Não se mexia enquando o felino o olhava. Começava a suar frio, tamanho era seu susto! E, não conseguindo aguentar sua temeridade naquele momento, disse:

    - O... O que ouve? Por que me olha assim? Você está com medo de mim? Não precisa se preoc...

    E o felino, com uma voz feminina e intimidadora, diz:

    - Eu vou matá-lo... humano!

    Continua...


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