Sonic The Hedgehog: Outside N'Counter

Tempo estimado de leitura: 21 horas

    12
    Capítulos:

    Capítulo 2

    Continue Mode": o começo de uma nova saga

    Violência

    Caso você tenha começado por aqui a leitura dessa fanfic, ela dará continuidade aos eventos da HQ Sonic The Hedgehog (Archie Comics) número 247. Recomendo a leitura antes de prosseguir.

    Mobotrópolis, agora.

    O time Liberdade tinha mesmo uma parada dura pela frente. A criatura que anteriormente era Tails Doll, que não expressava ser uma ameaça, agora era um monstro aterrorizante, com seus membros serpenteando ao redor. Com todo o time alinhado a frente da criatura, Rotor deixa bem claro a situação a todos:

    - Time, estamos com um baita problema. Então, por favor, me ouçam com atenção...

    Com todos olhando para Great Doom Doll, ele continua:

    - Cream, quero que você vá para a cidade e avise a todos do que está acontecendo. Diga para se esconderem e se protegerem como puderem.

    A pequena coelha logo se prontifica:

    - Tudo bem, mas e quanto a vocês?

    - Não se preocupe com isso. Vamos vencer... Seja lá como, mas vamos vencer!

    Cream, usando suas orelhas, voa rapidamente em direção a cidade, sendo seguida por seu inseparável amigo, Chao. Rotor continuava com o plano.

    - Big, você fica responsável pela terra com Heavy e Bomb. Conto com vocês para deter a investida dessa coisa.

    - Pode deixar. Eu vou deter essa coisa feia - Disse Big, mostrando os punhos para a criatura. Em sua companhia, estavam Heavy e Bomb, já prestes a investir contra Great Doom Doll

    Restavam ao fundo somente Nicole e Rotor, que diz:

    - Nicole, essa é a hora. Quero que você tente manter essa coisa aqui o quanto você conseguir.

    - Afirmativo. Mas você tem um plano em mente?

    Rotor, concentrado, olhando para a criatura, é bem sincero em suas palavras.

    - Não, Nicole. Eu não tenho.

    - Mas então...

    - Precisamos estudar essa coisa antes. Sei que temos pouco tempo, mas sem conhecer bem o inimigo, não tem como derrotá-lo. Por isso que eu te pedi para tentar mantê-lo aqui o quanto você puder.

    - Eu entendo. Mas o que você vai fazer?

    - Eu vou estudá-lo...

    Rotor então, usando de sua nanosuit, começa a voar contra Great Doom Doll. Ele, ao alçar vôo, diz:

    - Vou achar uma brecha ou coisa do tipo. Enquanto isso, conto com vocês. Avante, time Liberdade! A cidade toda está contanto com a gente!

    Nicole, no mesmo momento, começa a manifestar suas nanites, criando rapidamente uma enorme muralha, que cercava todo o lugar. Era a forma mais eficaz de manter a criatura alí, já que seus tentáculos já haviam destruído algumas torres da entrada do castelo. Big, usando de seus poderosos socos, conseguia manter a criatura sobre controle, sendo ajudado por Heavy e Bomb, que também mostravam-se aliados poderosos.

    Em terra, as coisas iam bem, mas Rotor, que estava voando, tentava a todo custo achar alguma maneira de deter Great Doom Doll. Ele estava pensativo, embora observasse a criatura incessantemente.

    - *Droga... vamos lá... mostra uma fraqueza... um ponto qualquer... uma abertura.. Vocês monstros gigantes sempre tem um ponto fraco... Sonic não está aqui, então somos nós os responsáveis pela defesa da cidade... Falando nisso... espero que eles estejam bem, Sonic e os outros*

    A batalha contra Great Doom Doll não parecia perto de acabar. Pelo contrário, não havia perspectiva de vitória, pois o monstro era terrível e desconhecido.

    Enquanto isso...

    Death Egg 2.0, Ártico de Mobius: Tundra do Norte.

    Momentos depois de travarem uma luta ferrenha contra Meca Sally, Sonic e seus amigos foram encobertos por um feixe de energia. Logo todo o lugar é engolido pela luz, cegando a todos. Tudo estava num total silêncio, pois não havia mais nada. Era como se toda existência tivesse sido erradicada. Os eventos em mobotrópolis, desde o início, haviam deixado de existir? Robotinik havia mesmo poluído e conquistado Mobotrópolis? Os Lutadores da Liberdade haviam conseguido vencer a batalha contra o cientista malvado? E Eggman, ele surgiu mesmo no lugar de Robotinik? E os eventos do reino de ferro? Ou mesmo o coma de Antoine? Sally foi robotizada? Será mesmo que toda a história de Mobius havia sido apagada?

    Ao fundo do espaço em branco, contrastando com sua cor, estava Sonic. Flutuando e de olhos fechados, era como que estivesse sofrendo com o ocorrido, e talvez o seu maior medo: o tempo havia parado. O cronômetro da vida havia chegado ao fim?

    Porém Sonic, ainda desacordado, tinha delírios em sua mente.

    - *Eu. todo mundo... nós falhamos? E Tails... Silver... Sally... todo mundo... Onde eles estão? Onde eu estou? Porque estou assim? Porque tudo mudou? Pior . porque tudo sumiu? Eu. eu odeio tudo isso... não pode ser assim o fim de tudo...*

    E eis que, surpreendendo Sonic, uma voz sussurante é ouvida em sua mente.

    - Você ainda vive... vive com a esperança..

    - O que? Quem é você?

    - Eu sou nada. Mas minhas palavras são tudo.

    - O que? Como assim? Traduz aí, camarada...

    - Eu represento o nada. É quando tudo deixa de existir por um momento. Não existem motivos para isso: simplesmente o nada acaba existindo.

    - Eu não estou entendendo nada.

    E, ainda mais surpreso, Sonic ouve a voz de Sally, que dizia:

    - Claro que você não entende nada. Você sempre foi um cabeça oca que age sem pensar e era eu que sempre pensava antes de agir. Por isso que você e eu... nos.. gostamos...

    - Sally? SALLY! Cadê você? APARECE, VAI!

    Sonic passou a ouvir uma voz que o irritou no mesmo instante:

    - Seu ouriço idiota! Seu pequeno pedaço de problema! Eu odeio você... com um pingo de.. respeito...

    - EGGMAN?! O QUE ESTÁ ACONTECENDO AQUI?

    E até mesmo a voz de Silver pôde ser ouvida.

    - Não adianta.

    - O que não adianta? Nada disso faz sentido? O QUE ESTÁ ACONTECENDO?

    E, para demonstrar a total falta de sentido no que está ouvindo em sua mente, Sonic ouve a sí próprio.

    - Sonic... eu só vou fazer o que tenho que fazer? só isso...

    - O que? Essa é minha voz. Porque disse isso?

    - Você falhou em proteger a todos.. o fim de tudo chegou naquele instante.. você brincou com o nada o tempo todo e ele veio pegar o pagamento.

    - Que pagamento?

    - O nada.

    - O nada? Diga algo que faça mais sentido, até porque você sou eu e só eu mesmo pra me entender... ops, ou não.

    - Você é muito lento... tem que ser mais rápido...

    - Ok... entendi a referência e essa doeu, mesmo vindo de mim para mim mesmo...

    E a mesma voz sussurrante toma a palavra. Porém, dessa vez com uma resposta bem dolorosa ao ouriço azul.

    - Você e tudo que conhecia, seus amigos, inimigos... tudo não existe mais... porque... você... morreu.

    - O que?

    - Todo seu esforço foi em vão? naquele dia você morreu. E junto com você foi a esperança de todos, até cada um ter seu fim... de amigos a inimigos... meu pagamento a ti é o nada.

    - Eu? estou morto? Impossível... isso não pode ser verdade! Apareça, vamos!

    - Eu sou o nada. Nada existe.

    - Deixa desse papo viajandão aí e me diga o que vai acontecer agora?

    - Nada.

    - Como assim nada? Como então estamos tendo essa conversa idiota? Você pra mim é alguém que me conhece muito, tipo uma pessoa mesmo. Eu não te vejo como um nada ou coisa parecida. Só que esse papo aí tá me cansando, tá ligado?

    - Pela primeira vez vi que tu não és somente velocidade. Conseguiu ao menos perceber que existo. Nada existe. Em anos eu sempre te acompanhei quando caiu e se levantou, mas em nenhum momento você me reconheceu...

    - Reconhecer o nada, né? É fácil quando não se tem nada.

    - Mas agora vejo que você sabe da minha existência. Estive com você sempre que algo dava errado e não tinha volta e você me tratava como uma consequência. E agora me agrada saber que sabe que eu existo.

    Sonic estava começando a entender o enigma. O ouriço começou a pensar e percebeu que na verdade estava falando com sua própria vida. Suas perdas se somaram, até que finalmente ela veio pedir reconhecimento por tudo que aconteceu. Sonic, já aceitando a ideia que de fato tudo acabou, viu que a única forma de conseguir que continue era dizer uma simples frase:

    - Eu entendi e sei porque... nada existe.

    No mesmo instante todo aquele espaço branco começou a ser iluminado por uma forte luz rubra, que começou a se propagar com ainda mais força, até fazer com que tudo em sua volta voltasse como estava antes a existência de tudo ter seu fim, embora somente Sonic estivesse alí. Logo uma esfera rubra se aproxima do ouriço e, dela, uma voz era ouvida.

    - Prazer. Sou Nada.

    - Nada existe, eu sei. Já passei dessa fase. Apareceu até ?Sonic Has Passed act null? no letreiro?

    - Sonic, tudo que você tem feito trouxe consequências ao espaço tempo. Essa será a última chance de manterem sua dimensão. Porém não poderá fazer nada sozinho.

    - Sério? Eu nunca estou sozinho, sabia?

    - Não é bem assim. Veja isso?

    Logo um extenso mapa em realidade aumentada é visto por Sonic. Infindáveis universos e dimensões apareceram a frente de seus olhos, mostrando até mesmo a sua. Até Zonic (alterego de Sonic que trabalha na milícia que protege as zonas e dimensões de toda existência) apareceu, o que lhe trouxe ainda mais veracidade no que via. Logo a esfera continuava.

    - A única forma de manter sua dimensão com energia suficiente é unir a outras dimensões. Hoje essa estabilidade foi conseguida, mas não resolve tudo.

    - Ah é? Então vai fazer uma salada de fruta mais uma vez?

    - Não? Como a sua, existem mais quatro dimensões que estão a beira da ruína. E cada uma depende da outra, inclusive a sua.

    - Então o que que há?

    - O equilíbrio de cada uma está relacionado aos seus pilares. O pilar da sua é você.

    - Eu? Sou tão importante assim?

    - As esmeraldas do caos o escolheram. Não que isso seja só um dos fatos, mas sua vida tem influência na vida de todos, até mesmo de seus inimigos.

    - Então eu devo fazer o que?

    - Quatro indivíduos, os quais são seus pilares de cada dimensão, virão a seu mundo e, para o bem de todos, aqui deverão descobrir sobre si mesmos. Todo pilar segue um rito de sempre perseverar sobre quaisquer circunstâncias. Eles são incumbidos a passar esperança a todos que os rodeiam. A existência de todos depende dessa harmonia, até esse pilar passar para outro indivíduo. Resumidamente, pilares são símbolos de esperança e resiliência. Porém esses que estão para vir se perderam...

    - Sabia... lá vem mais enigmas...

    - Dessa vez não há enigmas. Se quiser manter suas dimensões na existência, terão de achar o equilíbrio de cada um dos indivíduos. E isso inclui você. O equilíbrio da sua dimensão foi mantido depois de você me reconhecer, por enquanto.

    - Porque por enquanto?

    - Porque sua dimensão depende das outras quatro. E se um desses quatro indivíduos sucumbir...

    - Todos nós iremos deixar de existir, é isso?

    - Sim.

    Logo o mapa some e a luz logo começa a se propagar ainda mais, já evidenciando que a força estava se esgotando. Ela, com o pouco tempo que tinha, diz:

    - Eu consegui fazer valer o espaço tempo que estava antes, exatamente no instante da onda Gênesis. Nada que conversamos aqui será lembrado por você, então só resta você torcer para que você como Sonic em seu próprio espaço tempo consiga êxito. Toda sua existência depende de você.

    - Pode deixar. Eu e ele sempre gostamos de aventuras desafiantes...

    (Havia tudo voltado como estava antes, no mesmo ponto de engate da onda Gênesis que Nada havia citado.)

    Aquela mesma luz branca deu lugar a um feixe de luz vermelha que começou a emanar alguns raios rubros, que propagaram para todo o ambiente. Logo Sonic e seus amigos são arremessados para longe, depois da energia explodir.

    Sonic então levantava, ainda tonto com a explosão. Tails, ao fundo, tentava se recompor, assim como Amy. Ajudado por T-Pup, Tails diz:

    - Nossa... estão todos bem?

    - Eu estou bem também... O que foi essa luz? - Disse Amy, limpando seu vestido.

    - Que bom estão todos bem... - Disse Sonic, já de pé.

    - Peraí, cadê o Silver? - Disse Amy, procurando pelo ouriço prateado.

    - Na certa deve ter voltado para o futuro - Disse Tails, ainda se recuperando.

    - Bela hora pra ele se mandar... embora essa onda Gênesis possa ter feito isso...

    - Bem possível, mas dessa vez não nos afetou em nada...

    Porém T-Pup estava mostrando um comportamento diferente, como se quisesse chamar atenção. Tails, estranhando, diz:

    - T-Pup, o que houve? Parece até que viu algu...

    E o menino raposa logo se surpreende, pois T-Pup lhe mostrou que havia mais alguém alí.

    - SONIC, VENHA AQUI!

    Logo todos se aproximam de Tails e também se surpreendem: deitado ao chão, era um garoto humano, vestindo uma calça jeans azul com uma camisa preta, usando tênis de cor preta com detalhes em prata. Mas havia uma particularidade: tinha enormes cabelos de cor preta, que pelo tamanho parecia que lhe passava da cintura.

    Tails então se aproxima do rapaz, tentando acordá-lo.

    - Ei... acorde! Acorde, vamos! Acorde!

    Não demora muito e o garoto abre seus olhos, ainda com dificuldades. Ele, limpando o rosto, diz:

    - Eh... o que aconteceu?

    - Boa pergunta. E quem é você? Porque está aqui? - Disse Sonic, olhando para o jovem.

    - Eu... eu... não sei... e quem é você? - Disse, ainda limpando o rosto, com dificuldades de abrir seus olhos.

    - É, tô vendo. Só que eu fiz a pergunta antes.

    - Eu me chamo... Vicent...

    - Vicent. Me chamo Sonic, o ouriço.

    Sonic até mesmo tinha estendido sua mão, mas bastou o jovem olhar a todos em sua volta para praticamente surtar de vez.

    - MAS O QUE QUE ESTÁ ACONTECENDO AQUI? E QUEM SÃO VOCÊS? MELHOR: O QUE SÃO VOCÊS? SÃO ALIENIGENAS?

    - Ueh... tá maluco, camarada? Tirando o Silver, que é o estranho no ninho, ninguém aqui é alienígena ou monstro ou sei lá.

    - Vocês são animais? ANIMAIS! E ESTÃO FALANDO COMIGO!

    - Que tem? E manera nesse linguajar, camarada. Me chama de Sonic, tá?

    - Onde eu estou?

    - Está na Death Egg do Dr Eggman.

    - Para com esse papo maluco! Não estou gostando da zuera, tudo bem?

    - Eu não estou te sacaneando, se é o que quis dizer.

    - Não estou gostando do jeito que você está falando comigo, mesmo sendo o que você é!

    - Ah é, sabichão? Quer tirar satisfações agora? Acabou de chegar e quer ser sentar na janela? Sem chance!

    Amy Rose, até então calada, logo interveio para evitar o pior:

    - Vocês dois, não é hora pra embates. Coisas estranhas estão acontecendo e não iremos a lugar algum se continuarem com essa inimizade.

    - É, ela tem razão... - Disse Sonic, reflexivo.

    - Queria saber onde estou, pra início de conversa. Que lance é de Death Egg? - Disse Vicent, ainda irritado.

    - Ah longa história? conta a sua, que parece mais simples - Disse o ouriço, ainda reflexivo.

    - Simples? Eu estava indo para a biblioteca e do nada veio uma luz vermelha e? agora estou falando com um ouriço antropomórfico, junto com mais um ouriço, que acho que é fêmea, e uma raposa. Ah, e a rosa alí está sendo segura por um tipo de robô parecido com um esquilo.

    - O que?

    Sonic logo se vira e percebe que Amy estava sendo mantida como refém por Meca Sally. Ela, mantendo seu canhão na cabeça de Amy, fiz:

    - Sonic, se não quiser ver muita sujeira aqui, renda-se agora.

    - Calma, Sal... não faça nada que vá se arrepender depois.

    - Então não faça nada. Renda-se para não se arrepender agora.

    - Tudo bem. Nos rendemos. Só não machuque a Amy.

    - Tudo bem. Por agora.

    - Desculpe, Sonic. Eu... - Disse Amy, um pouco sem jeito.

    - Tudo bem, Amy. Vai dar tudo certo.

    Logo uma risada é ouvida pelos interfones da fortaleza. Era Eggman, que parecia estar muito satisfeito com o ocorrido, gargalhava de forma sinistra.

    - Agora assim eu gostei. Bom trabalho, Meca Sally. Tragam todos para a câmara principal. Podemos estar com pouca energia na Death Egg, mas temos o suficiente para algo muito especial e revigorante. Ah como é bom ter a dianteira da situação - Disse o cientista, continuando a gargalhar.

    Indo até seu centro de comando, um de seus robôs assistentes, Orbot, toma a palavra:

    - Dr Eggman, com o devido respeito, e longe de querer lhe tirar essa satisfação, não temos energia suficiente nem para nos mantemos em movimento. O que irá fazer?

    - Não me lembro de ter que te dar satisfações, seu Insolente metálico.

    E seu outro assistente, Cubot, não perdeu tempo:

    - Ocê num deveria fazê nada, dotô. Lembra qui tamo com bateria baixa, intão melhor num abusar da sorte, abestado.

    - O que vocês estão falando? Eu dei ordens para vocês prepararem a câmara para nossos convidados.

    - Mas Dr Eggman, já são nossos prisioneiros. Podemos guardar isso até estarmos completamente abastecidos na próxima estação - Disse Orbot, bastante racional.

    - Calem-se. Já estou farto disso tudo. Eu já estou cheio das intromissões desse ouriço miserável. Quero acabar com tudo agora, AGORA! E vamos fazer isso, nem que eu destrua essa fortaleza.

    Ele então se levanta, indo até um vitral, com vista a uma câmara com vários domos. Eis que seu plano é revelado:

    - Hoje é um dia histórico para todo meu império. Estamos longe de tudo e de todos, no fim do mundo. E será nesse lugar que finalmente irei robotizar Sonic e seus amigos de uma vez por todas! - Completou Eggman, voltando a gargalhar.

    As coisas pelo visto ficarão piores do que já estão para Sonic e seus amigos. E para o estranho chamado Vicent?

    Enquanto isso, em Mobotrópolis.

    O time Liberdade estava com muita dificuldade em conter Great Doom Doll. Embora Big, Heavy e Bomb mostravam bastante garra e força de vontade para lutarem, a criatura era muito poderosa. O grande gato foi arremessado para longe inúmeras vezes pelos tentáculos do monstro e já mostrava sinais de cansaço e suas energias estavam acabando. Heavy e Bomb o cobria, protegendo-o de diversos ataques que lhe feririam ainda mais. Nicole estava mantendo a todo custo a barreira, enquanto Rotor fazia a pesquisa. Até que, num instante, o líder do time Liberdade diz a Nicole.

    - Nicole, eu tive uma ideia.

    - E qual seria? Essa é a hora.

    - Tire a barreira.

    - O que? Ficou louco? É na única coisa que temos pra detê-lo no momento. Big está ferido e Heavy e Bomb não vão conseguir suportar ele sozinhos.

    - Eu sei. É por isso que eu quero que tire a barreira. Precisamos nos reagrupar.

    - Mas você não ouviu essa coisa dizer que quer nos destruir?

    - Sim, por isso mesmo precisamos nos reagrupar. Mas não se preocupe. Essa é só uma das ideias. Confie em mim.

    - Tudo bem então.

    Ela então retira sua bateria, fazendo com que os nanites se juntem a ela novamente. Rotor então vai a encontro de Big, sendo acompanhado por Nicole e os outros dois robôs, Heavy e Bomb. Com todo o time reunido, Rotor diz:

    - Gente, chegou a hora. Não temos muitos recursos. E você Big já lutou muito.

    - Eu posso lutar mais.

    - Eu sei que pode, mas eu quero que descanse um pouco. Nicole, hora de usarmos sua arma secreta.

    - Rotor, você está falando sério?

    Ele, olhando para a criatura, que investia contra eles, continuava dizendo:

    - Nunca estive tão certo disso.

    - Mas sabe que se usarmos a cidade ficará parcialmente vulnerável, não?

    - Já estamos vulneráveis com essa coisa aqui agora. Não fará diferença. Precisamos dar um fim nessa coisa agora.

    - Tudo bem, Rotor. Eu entendi. Então posso começar?

    - Quando quiser, Nicole.

    - Muito bem?

    Ela então começa a controlar seus nanites e pouco a pouco começa a construir algo a frente de todos. Era incrível o quanto Nicole reunia mais e mais nanites para criar a citada arma secreta. Mais e mais ela ficava ainda maior, até que finalmente havia fica evidente sua criação: uma arma enorme, com uma proporção nunca antes vista em Mobotrópolis. Nicole então, a frente de todos, diz:

    - Aí está, Rotor. Como nossa última alternativa...

    Rotor então se posicionava para por em uso a tal arma, dizendo:

    - A arma suprema da Nicole: PROTON CANNON.

    - Mas você sabe usar esse canhão? - Disse Big, cansado e bastante impressionado.

    - Não, Big... mas essa coisa é muito grande pra eu errar o tiro.

    Great Doom Doll não se intimidava com o tráfego da arma e começou a infrator com toda a guria que tinha:

    > Porcentagem da aniquilação do time Liberdade em 89%. Iniciar ataque massivo: 10, 9, 8?

    Rotor, já mostrando certa preocupação, diz:

    - Time Liberdade, só temos um tiro. É nossa última chance. Big, Heavy e Bomb, impeçam que ele se aproxime mais. Conto com vocês. E Nicole, prepare-se. Será um tiro e tanto...

    Voltando ao Ártico

    Death Egg 2.0

    O plano de Eggman enfim estava dando certo. Claro, por uma obra do acaso, já que a coincidência do estranho aparecer tirou a atenção de todos e fez com que Amy fosse capturada.

    Sonic, Amy, Tails e Vicent estavam na câmara. Seus pés e braços estavam presos, com trincos os deixando a mercê de tudo. O doutor estava indócil, saboreando sua vitória.

    - Isso tudo pode me custar toda a fortaleza, mas vai valer a pena. Hora de me servir, ouriço. E seus amigos também.

    Sonic ouvia tudo aquilo, ficando ainda mais irritado.

    - Grande coisa, Eggman. Você sabe que no "um x um" não tem como me vencer. Então usou a Sally o tempo todo.

    - Pode chorar, gritar, pedir por misericórdia a vontade, seu miserável. Em breve estaremos juntos para conquistar novamente Mobotrópolis e, em breve, o mundo todo! - Eggman gargalhava loucamente, enquanto observava a todos.

    Vicent, mostrando desconhecer tudo que estava acontecendo, indaga.

    - Ei, um momento... UM MOMENTO POR FAVOR!

    - Hã? Ah sim... Até me esqueci de você, pobre desconhecido.

    - O que você está fazendo?

    O garoto, pasmo com a loucura dos planos de Eggman, olha para Sonic e diz:

    - Esse cara tá falando sério? Porque nada que está acontecendo aqui faz sentido algum pra mim.

    - Ele está falando bem sério, vacilão. Tá vendo a Sally alí, aquele robô que você viu sequestrando a Amy?

    - O que tem?

    - Ela era uma de nós. Na verdade, ela é uma princesa e agora serve ao barriga de paletó alí.

    - Era melhor eu não ter feito essa pergunta.

    - Porque?

    - É absurda demais pra ser verdade. Só quero voltar pra minha vida. É pedir muito?

    Eggman, os ouvindo, logo trata de dizer:

    - Garoto, eu não sei quem é e de onde veio, mas devo te agradecer por ter finalmente capturado esse ouriço e seus amigos. E pra mostrar minha gratidão, você será o primeiro a entrar no robotizador.

    - Eggman, você é um traste sujo. Você não tem consideração nem com a sua espécie? - Disse Sonic, bastante frustrado.

    - Oh? Minha espécie? Nesse planeta não existem espécies pra mim. Todos são de carne e osso e não são subalternos meus. Então eu transformo tudo em metal. São mais confiáveis e fiéis - O cientista se esbaldava de tanto rir, tamanha sua satisfação.

    Tails, olhando para Sonic, diz:

    - Calma, Sonic. Logo eles vão nos achar aqui e?

    - Ah? eu sei o que você queria dizer, Tails - Disse Eggman, ligando um dos monitores da câmara.

    Na tela, mostra os Lutadores da Liberdade do Ártico lutando contra swatbots do império do doutor, que diz:

    - Seus amigos estão muito ocupados agora para se preocuparem com vocês. Então, sejam bons perdedores e aceitem o seu fim de forma digna. Mas não fiquem tristes. Logo estaremos no mesmo lado!

    Cubot, mostrando impaciência, logo catuca Eggman:

    - Dotô, num perde tempo. Ocê num aprendeu com seus erros? Num dá chance pro azar. Acaba cum isso logo!

    - Seu ferro velho do Arouche, fique calado! O único que dá ordens aqui sou eu. Muito bem, chegou a hora.

    Eggman então liga a chave do robotizador, que recolhe Vicent onde estava preso. O garoto, que estava ainda mais assustado que antes, começava a tentar se soltar, em vão. Mas mesmo assim, não parava um instante de falar:

    - VOCÊ TÁ MALUCO, CARA? ME SOLTA DAQUI! DANE-SE ESSA SUA HISTÓRIA! EU NÃO TENHO NADA A VER COM SEUS PROBLEMAS!

    - Como eu adoro isso! Ver alguém não conseguir se soltar e ainda assim pedir clemência. É música para meus ouvidos. Começar processo de robotização agora!

    Orbot então vira a chave que ativava o raio robotizador, que começa a emanar de vários propulsores espalhados pela plataforma onde Vicent estava preso. Logo o jovem é atingido por toda aquela energia. Seu corpo começava a se contorcer, com Sonic, Amy e Tails assistindo a tudo e ouvindo os gritos angustiantes de Vicent. Amy, ao observar aquele ato terrível, começava a chorar, pedindo exaustivamente que parassem. Tails lamentava por tudo, também com lágrimas em seus olhos. E Sonic, visivelmente irritado, suplicava.

    - EGGMAN, PARE COM ISSO! ELE NÃO TEM NADA A VER COM NOSSOS ASSUNTOS!

    - Cale-se, ouriço. Isso é um aperitivo. Eu vou fazer isso com seus amigos na sua frente. Você será o último!

    Vicent continuava gritando de forma angustiante, pois a dor parecia ser terrível. Porém, durante sua tortura, algo estranho começa a acontecer. Sobre seu braço direito, quase na altura de seu ombro, por baixo de sua camisa, uma luz rubra estava brilhando. Conforme os raios continuavam, essa luz começa a ficar mais forte, até queimar a manga da camisa de Vicent. Logo ficou evidente que havia uma pedra rubra fincada no braço do rapaz, que ficava cada vez mais iluminada, chamando a atenção de Eggman.

    - Ei, o que é aquilo no braço do garoto?

    Orbot, frente aos computadores de robotização, diz:

    - Eu não sei. Mas embora a máquina esteja funcionando normalmente, a robotização não começou. Pior, doutor: já estamos na potência máxima e ele já deveria ser um robô. O processo leva segundos e já estamos a um minuto. Se continuarmos, ele vai...

    - Morrer, é isso? Você acha mesmo que eu estou preocupado com isso? Continue, não pare.

    - Mas senhor, a nossa energia...

    - BASTA DA SUA INSOLÊNCIA! CONTINUE!

    Eggman estava mesmo determinado a seguir com seus planos. Vicent, gritando pela dor, parecia já estar nas últimas. Mas, para surpresa de todos que estavam observando, a tal pedra rubra começou a emanar uma luz mais concentrada. Tails, percebendo isso, diz:

    - Sonic, aquela pedra no braço dele?

    - O que foi, Tails?

    - Ela parece estar absorvendo a energia do robotizador. E? Sonic, OLHA! OLHA PRA ELE!

    - O que? MINHA NOSSA!

    Os enormes cabelos de Vicent logo começam a mudar de cor, ficando vermelhos. E, num instante, o garoto deixa de se contorcer e, fechando os punhos, solta um grito, abrindo os olhos:

    - JÁ BASTA DISSO!

    Ele, usando a própria força, de desprende da plataforma, com os raios do robotizador começando a serpentear por toda a câmara. Eggman fica em desespero ao ver Vicent daquela forma e de pé sobre a plataforma, o fitando, com suas íris de cor rubra. No mesmo instante, o cientista indaga:

    - Meca Sally, entre lá e acabe com ele. ACABE COM ELE SEM DÓ!

    - Entendido.

    Ela então adentra a câmara e vai em direção a Vicent, já com suas lâminas sacadas. Voando contra o jovem, ela diz:

    - Deveria ter aceitado seu fim. Agora eu irei terminar com você.

    E assim que ela iria golpeá-lo em seu abdômen, com um só golpe, ele quebra as duas lâminas de Meca Sally. Vicent havia deferido um único soco contra as lâminas. Frustrada e olhando para seus danos, Meca Sally então decide usar seus próprios punhos contra Vicent.

    Mas era uma situação completamente fora de controle por parte de todos. Vicent então começa a se defender usando seus braços de todos os violentos golpes de Meca Sally, impressionando a todos, inclusive a Sonic. Eggman estava pasmo com o que estava vendo.

    - MAS COMO ISSO PODE ESTAR ACONTECENDO?! ALGUÉM ME EXPLICA ISSO!

    Orbot foi categórico em suas palavras.

    - Doutor, acho que é essa hora que deveríamos desligar a máquina e fugir no veículo de emergência Egg Mobile.

    - NÃO! NÃO! ESTAMOS TÃO PERTO DE ACABAR COM SONIC! VAMOS ATÉ O FIM!

    - O fim? Olhe só a situação, seja racional. Um garoto está conseguindo lutar de igual pra igual com seu robô mais poderoso e você acha mesmo que as coisas irão funcionar? O robotizador está na potência máxima e esse garoto conseguiu se soltar. Ele com um golpe destruiu as lâminas de Meca Sally. Sabe reconhecer os erros do passado? Essa é boa hora, senhor.

    - DROGA! DROGA! DESSA VEZ EU NÃO POSSO NEM CULPAR O OURIÇO MISERÁVEL? muito bem, vamos sair daqui e? aquela pedra no braço dele. Quero relatório de tudo, entendeu?

    - Entendido, doutor.

    Eggman segue enfim a sugestão de seu robô assistente e os três saem em disparada do lugar, indo em direção a uma câmara de segurança. Mas antes de fugir, Eggman diz:

    - É uma pena, mas perder um robô tão poderoso como ela me fará falta. Mas sempre posso substituir minhas máquinas. A teoria do caos realmente é algo em que eu posso me apoiar. Me faz relaxar e ainda me ajuda a raciocinar com tranquilidade...

    A luta entre Meca Sally e Vicent continuava feroz, com Sonic, Tails e Amy ainda presos, presenciando o embate sem poderem fazer nada. Vicent, cansado de só se defender, passou então a agredir Sally. Por alguma razão, ele estava muito mais forte, superando com folgas a força de Meca Sally. Ele desferia socos poderosos contra a lataria da princesa, que acusava os golpes cada vez que era atingida.

    - Danos severos. Armadura com avarias em 75?. Sistema comprometido. Perdendo força.

    Sonic, ao ouvir Sally, logo entra em desespero.

    - NÃO! SALLY!! VICENT, PARE DE BATER NELA! ELA NÃO VAI AGUENTAR!

    - SONIC, PRECISAMOS NOS SOLTAR JÁ! - Disse Amy, tentando se soltar a todo custo.

    - Não tem como. Só se alguém apertar o botão lá na sala de controle - Disse Tails, também tentando a fuga.

    Mas por uma ironia do destino, T-Pup aparece justamente na sala de controle, sendo visto por Tails.

    - T-PUP! RÁPIDO, APERTE O BOTÃO DE DESTRAVE DA CÂMARA!

    T-Pup estava no lugar certo na hora certa, destravando a todos que, sem pensar muito, correm para acudir Sally, que estava sendo praticamente massacrada pelos ataques poderosos de Vicent. Sonic, usando de sua velocidade, golpeia o jovem com toda a força do seu corpo, fazendo com que Vicent voasse para longe, caindo sobre vários computadores da câmara, que desabaram sobre seu corpo. O ouriço, vendo Meca Sally de joelhos, com faíscas em sua lataria, diz:

    - Sally, pare de lutar. O doutor te abandonou a própria sorte.

    - Eu sou... Meca Sally... e eu sirvo ao Doutor Eggman até o fim. É meu propósito...

    - Não, Sally. SAI DESSA!

    Meca Sally então, com um movimento rápido, segura com força no pescoço de Sonic. Amy, já puxando seu martelo, diz:

    - Solte-o, Sally! Não está vendo que estamos tentando te ajudar? ACORDA!

    - Prioridade um: destruir Sonic.

    Sally começa a esganar Sonic, que tentava se livrar. Amy já iria golpeá-la com seu martelo, sendo impedido por Sonic, que estendeu sua mão, sinalizando para que parasse.

    - Não, Amy... é a Sally... eu não posso deixar que a machu?

    E antes que Sonic pudesse terminar sua frase, Vicent retorna e executa um último golpe poderoso, atingindo Sally em sua pedra de energia do alto de sua cabeça. Ao fazê-lo, uma luz emanou entre os estilhaços, que começou a absorver os raios do robotizador, causando uma imensa explosão, que jogou a todos para longe, cegando-os com o choque. Um forte feixe de luz emanava para fora da Death Egg, atingindo a altura das nuvens, mudando sua direção para o sul.

    Voltando novamente a Mobotrópolis...

    Big, Heavy e Bomb estavam nas últimas. A criatura avançava sem parar e estava mesmo disposta a acabar com todos. Rotor preparava o canhão, mas levava um pouco de tempo para juntar energia suficiente para destruir a criatura. Nicole, preocupada com seus amigos, diz:

    - Rotor, eles não podem mais suportar os ataques. Big está exausto e Heavy e Bomb podem ser destruídos de tanto que foram atingidos. Precisamos ativar o canhão agora!

    - Eu sei Nicole, mas precisamos de mais energia.

    Heavy e Bomb, já esgotados, são arremessados para longe, depois de um fortíssimo ataque de Great Doom Doll. Por estarem fracos, seus núcleos de energia se apagaram, desativando-os no momento. Em pé somente restaram Nicole e Rotor, que diz:

    - Minha nossa... agora é com a gente...

    - Mas e a energia?

    - Está em 87%. É insuficiente para destruir uma coisa desse tamanho.

    - Rotor, não dá mais. Ela está se aproximando.

    - Tenha fé, Nicole. Tenha fé.

    Rotor estendeu a mão a Nicole que, entendendo a mensagem, a segurou com força. Juntos, Rotor disse:

    - Não podemos abaixar a cabeça. Lembre-se que todos dependem de nós. Sempre há uma esperança.

    - Sempre, Rotor. Eu acredito. Vamos vencer...

    Era um momento de desolação. O canhão não tinha poder suficiente para destruir a criatura, que avançava contra nossos heróis. O tempo era o maior vilão.

    - Precisamos só mais alguns segundos? só mais alguns... Vamos... Vamos... - disse Rotor, ainda com esperanças.

    Talvez o tamanho da fé de Rotor seja sua maior virtude. Sua posição de líder do time Liberdade lhe mandava sempre manter a calma e ser mais racional. Mas no momento de incertezas, recorrer ao imponderável era a única saída. Pois bem, a sua paciência e perseverança deu resultado. Uma forte luz rubra brilhou só céu e, de forma inesperada, se chocou contra a criatura, destruindo sua pedra de energia, paralisando seus movimentos. Great Doom Doll pela primeira vez estava imóvel, somente com seus tentáculos em movimento.

    > Perda de energia confirmada. Ligando energia reserva. Todas as missões abordadas. Única diretriz: destruir time Liberdade.

    Rotor, ao ver o indicador de porcentagem, diz a Nicole:

    - Nicole, não sei o que aconteceu mas pode atirar. 100% atingido! ATIRE!

    - Com todo prazer!

    E Nicole ativa o Proton Cannon. Assim que o tiro é desferido, é possível perceber o quanto era uma arma poderosíssima. O feixe de energia emanado pelo canhão era tanta que até mesmo a vegetação ao redor se movimentava como se estivesse em um furacão. O tiro atinge Great Doom Doll em cheio, erradicando no mesmo instante cada centímetro de seu corpo. Ao fim, só restou o resíduo da pedra de energia, que vai ao chão, se estilhaçando. Um silêncio toma conta do lugar, enunciando o fim da intensa batalha. E a felicidade toma conta de todos.

    - CONSEGUIMOS! CONSEGUIMOS! VENCEMOS! - Disse Rotor, dando pulos de alegria

    - SIM! CONSEGUIMOS! SALVAMOS A CIDADE! VIVA! - Disse Nicole, abraçando Rotor em seguida

    - CONSEGUIMOS MESMO? LEGAL! VENCEMOS! - Disse Big, ainda sentado, por estar muito cansado.

    Uma grande vitória é conseguida pelo time Liberdade, levantando o astral de todos e fortificando a união de seus membros.

    Enquanto isso...

    Voltando a Death Egg 2.0

    A situação era caótica. Toda a câmara havia sido destruída, restando somente escombros. Faíscas possuem ser vistas saindo dos computadores danificados pela explosão, assim como a câmara danificada.

    Mas não foi o suficiente para o fim de todos. Tails, junto a Amy, que conseguiu proteger a ambos com seu martelo, se levantavam com dificuldades. Sonic, um pouco ferido, for acudido pelos dois. O ouriço, bastante cabisbaixo, se levantava, procurando por Sally.

    - SALLY! Onde você está...

    - Sonic, nós... você... - Amy tentava dizer, mas não conseguia.

    - Não, Amy... sem chances...

    - Sonic, nós tentamos... ela iria te matar...

    - A Sally nunca faria isso... eu iria trazê-la de volta pra gente...

    - Sonic...

    Ao fundo estava Vicent, já com seu cabelo na sua cor natural e aparentemente desacordado. Tails, sabendo que era o certo também acudir o rapaz, vai até seu encontro. Retira alguns entulhos que estavam sobre o corpo do rapaz e, sacudindo-o, diz:

    - Ei... Vicent... acorde, vamos! Acorde?

    E antes que pudesse continuar tentando acordar Vicent, Tails logo olha para um de seus braços e percebe que Sally estava alí, mas na sua forma original. Sua robotização havia sido desfeita.

    - SONIC! SONIC! A SALLY ESTÁ AQUI!

    - O QUE?

    Sonic usa sua velocidade, limpando o caminho até onde estava Vicent, que tinha Sally a seu lado. Chegando lá, Sonic apoia a cabeça da princesa em seu braço, dizendo:

    - SALLY! SALLY! VOCÊ VOLTOU! VOCÊ VOLTOU! MINHA NOSSA! SALLY... Sally?

    Sonic logo para por alguns segundos. Percebe que há algo errado. Sally não esboçava nenhuma reação e, para sua preocupação, nenhum pulso. Começando a chorar e abatido, acode Sally.

    - Sally? Não... não... não faça isso... Não agora... não não... Sally... acorda... por favor? Sally... reage... viemos aqui só pra trazer você de volta... não desista... fique com a gente... temos tanto pra fazer... muitas aventuras... comer chili dogs... eu ouvir você me dar bronca por agir sem pensar... Não não não... Não vá ainda...

    Surpreendendo Sonic, Vicent vai a encontro dos dois. Mas Sonic estava tão transtornado com a situação que lhe aplicou um forte soco no rosto, fazendo com que fosse jogado para longe. O ouriço, muito irritado e chorando como nunca antes, se levanta e começa a caminhar em direção ao rapaz:

    - Você é o culpado por tudo isso! Eu nunca vou deixar você fazer nenhum mal a ela e nem a ninguém aqui...

    Vicent se levanta e mais uma vez vai em direção a Sally, sendo impedido por Sonic mais uma vez, com um soco em sua barriga.

    - VOCÊ NÃO ME OUVIU? EU NÃO VOU DEIXAR QUE SE APROXIME!

    Mas Vicent era insistente. Ele se levantou mais uma vez, tentando alcançar Sally. Mas Sonic o segurou pelo pescoço com força, dizendo:

    - PORQUE QUER MACHUCÁ-LA? ME DIGA, VAMOS!

    E Vicent, mostrando que estava muito fraco, diz:

    - Eu... Eu não quero... machucá-la...

    - Então porque insiste em se aproximar da gente?

    - Porque só eu... posso salvá-la...

    - O que? Como assim?

    - Eu... eu sei o que... está acontecendo... com ela... Só me deixe agir e... torça por ela...

    Tails, sentindo o tom nas palavras de Vicent, vai até Sonic, fazendo-o soltar o rapaz, e diz:

    - Sonic, eu sei que não sabemos... digo, não conhecemos ele nem de onde veio, e nem uma explicação coerente do que aconteceu aqui, mas acho que deveria deixá-lo tentar ajudar.

    - Tails, você viu o que ele fez a Sally, não?

    - Sim, mas ela agora foi desrobotizada. E é bem possível que ele teve participação disso.

    - Está me dizendo que devo entregar a Sally pra um desconhecido que bateu nela? Que coerência é essa?

    - Nada o que aconteceu aqui faz sentido. E se ele quer fazer algo pra ajudar, melhor que deixe.

    - O que? Você concorda com isso?

    - Sim. Sonic, estamos longe de tudo. Estamos isolados. Não temos tempo.

    Sonic então, refletindo bem sobre a situação, somente abre caminho para Vicent passar. O rapaz passa pelo ouriço sem sequer olhá-lo nos olhos e seguiu até Sally. No mesmo instante, o rapaz começa a examiná-la, dizendo:

    - Ela teve uma... parada respiratória e cardíaca. Vou precisar fazer massagem...

    No mesmo instante, Vicent levou sua boca até a de Sally, para assoprar e lhe dar ar. Sonic, não entendendo, o empurra, dizendo:

    - DÁ O FORA, SEU MANÍACO! O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO?

    - PARE DE ME ATRAPALHAR! EU ESTOU TENTANDO SALVÁ-LA!

    - COMO SALVÁ-LA FAZENDO ESSAS COISAS?

    - EU SOU MÉDICO... DIGO, EU SOU ESTUDANTE DE MEDICINA! EU PRECISO FAZER ELA VOLTAR A RESPIRAR E PRECISO FAZER SEU CORAÇÃO VOLTAR A BATER OUTRA VEZ, ENTENDEU? Então, se quiser fazer algo útil, começa a torcer pra ela ser forte.

    Tails vai até Sonic, puxando-o pelo braço, e diz:

    - Sonic, deixa ele fazer o que puder fazer. Se ele é médico, vamos deixar que tente.

    Vicent imediatamente começa a fazer a massagem cardíaca. Força contra o dorso de Sally com cautela, usando suas mãos para comprimir usando o peso de seu corpo. As contagens de cada massagem mostrava o quão tenso era o momento. Sonic somente os olhava, de longe, torcendo.

    O rapaz de longos cabelos tentava incessantemente trazer Sally de volta. Era visível em seu semblante a determinação de fazer o que disse. Suas habilidades, como Tails estava reparando, era mesmo de alguém que tinha conhecimento de medicina. O tempo passava e em nenhum momento Sally dava sinais de recuperação. Sonic estava desesperado, torcendo pela princesa. Amy estava ajoelhada, com suas mãos próxima a seu peito, quase como se estivesse fazendo uma prece. E Tails somente observava, com lágrimas nos olhos.

    Vicent não desistia. Sabia que era necessário ir até o fim, seguindo a risca seus ensinamentos.

    E depois de muito massagear Sally, eis que ouve-se o que todos queriam: Sally desperta, puxando uma inspiração bem forte, como se estivesse acordado. Vicent sente seu coração bater novamente. No mesmo instante Sonic, mal acreditando no que havia acontecido, corre até ela, empurrando Vicent e a pegando em seus braços. Ele, chorando ainda mais, diz:

    - Sally? SALLY? ESTÁ ME OUVINDO?

    Ela, ainda muito debilitada, diz:

    - Sonic... é você?

    E a abraça com força contra seu peito, chorando.

    - Sally... você voltou... você voltou... nós nunca desistimos de você, nunca... nunca passou pela nossa cabeça em te deixar nas mãos daquele maníaco do Eggman...

    - Sonic... eu... o que acon...

    - Shih! Sem perguntas no momento...

    Ao fundo, Vicent somente observava o reencontro. Porém, de forma breve, ele vai ao chão. Amy e Tails logo correm até ele, para acudí-lo. O rapaz mostrava-se fraco, quase desacordado. Tails pergunta:

    - Vicent, o que houve?

    - Eu estou tento uma síncope...

    - O que?

    - Tanto eu quanto a Sally precisamos de atendimento médico... o quanto antes...

    - Porque está dizendo isso?

    - Nós estamos... com pouco... oxigênio... no organismo...

    - O que isso quer dizer?

    - Risco... de morte...

    Tails, sentindo a gravidade da situação, vira-se para Sonic, dizendo:

    - Sonic, temos mesmo que voltar pra Mobotrópolis.

    O ouriço, ainda segurando Sally, olha ao redor, procurando por algo.

    - Tails, tente encontrar uma dessas naves do Eggman.

    - Mas como? Ele deve ter colocado rastreadores.

    - Não importa. Depois a gente se preo...

    E antes que pudesse concluir, sente que Sally desmaiou.

    - Sally? SALLY? Acorde! Tails, rápido!

    - Foi o que Vicent disse.

    - O que ele disse?

    - Que eles dos estão correndo risco de morte. Precisamos levá-los ao doutor Quack o quanto antes.

    - Amy, fique com a Sally aqui. Vou procurar por alguma nave para que possamos sair daqui.

    - Tudo bem.

    O ouriço, junto a seu amigo, logo começam a procurar por todo o quadrante. Mas não foi preciso ir muito longe.

    - SONIC, AQUI! EU ACHEI!

    Logo o ouriço se aproxima e a neve em si era um cargueiro, veículo mais do que apropriado para que pudessem sair da Death Egg.

    - Tails, chame os Lutadores da Liberdade do Ártico para cá. Vamos levar todo mundo.

    - Ok!

    Logo os demais Lutadores da Liberdade do Ártico aparecem e são muito úteis para o transporte tanto de Sally quanto de Vicent a nave. Tails havia conseguido dar a ignição, com a ajuda de T-Pup.

    No interior da nave, já com todos acomodados e exaustos por causa da intensa batalha, Sonic, de mãos dadas a Sally, ainda desmaiada, pensa:

    - *Sally, lutamos muito para tê-la ao nosso lado novamente. Aguente firme... pois logo estará bem... E também devo agradecer ao Vicent... foi ele quem te trouxe de volta... pra gente...*

    E seguem em direção ao sul, para Mobotrópolis...

    Continua


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