Os Cinco Selos

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    Capítulos:

    Capítulo 196

    Ro'resh

    Linguagem Imprópria, Mutilação, Violência

    Yoo!

    Como cês tão?

    Eu to para morrer

    Vou ter que comparecer na escola de aprendiz de marinheiro porque parece que se interessaram em mim

    LOGO EU

    Se a marinha querer um soldado como eu, rapaz, a situação está mais critica do que parece

    Boa leitura ^^

    Uma parcela do muro recaiu ao chão. Dante passou sobre os destroços com as chamas vermelhas lambendo seu corpo e adentrou na fortaleza. No pátio, havia uma grande concentração diversificada de demônios, sendo que a maioria estava sendo treinados pelo nagduz. Ele não deixou de perceber que de fato os nagduz que ali viviam eram mais magros que os livres.

    Imediatamente, os demônios chiaram e investiram contra o Selo. Com indiferença, Dante utilizou suas chamas para incinerar as criaturas sombrias, e continuou seguindo pelo pátio em direção ao castelo. Sem cessar, as labaredas vermelhas coloriam de vermelho a fortaleza, levando consigo muitos demônios a morte. Ora, Dante queria matar  quanto fosse possível para facilitar a fuga dos nagduz.

    Os nagduz livres investiram em seguida, dispersando pelo pátio, destroçando os demônios com sua enorme força e libertando seus semelhantes um a um. Com o número crescente de nagduz se juntando a revolta, os sombrios começaram a ter dificuldades ao chegar ao Selo, e precisaram direcionar seu foco de ataque. Dahklag liderava seu exército com auxílio da Akriz e Gharol, que tinha o foco de libertá-los o quanto antes e ir embora, para não atrapalhar o Fúria.

    Agora, Dante estava de frente para o castelo, que era alto, constituo por rochas marrons e detinha duas torres laterais. Quando ele retesou seu braço direito, o demônio veio de cima e pousou no chão a alguns metros à frente. O Dedo Ro'resh estava equipado com sua armadura de couro e envolto em um manto, ambos negros, e mantinha sua espada de lâmina vermelho-sangue em sua mão direita. Seu par de olhos negros e o terceiro, de esclera laranja e íris amarela, fintaram o Selo.

    — Não precisa destruir meu castelo, Fúria.

    — Então, você é o Ro'resh? — questionou Dante, olhando-o de cima a baixo.

    — O próprio. — Ro'resh apontou sua lâmina o lado, levou a mão ao peito e fez uma sútil reverência. — Um dos Dedos do nosso orgulho Imperador, Lúcifer. Devo admitir que foi uma surpresa quando senti sua poderosa presença em meu andar. Imagino que meu imperador não saiba sobre vocês.

    — Ele que nos empurrou aqui para dentro.

    — Hmm, então isso muda minha percepção. — O demônio apontou a lâmina para o Selo. — Fúria, meu imperador confiou a mim a lhe dar a sentença de morte.

    As chamas vermelhas explodiram intensamente. Dante as concentrou em seu braço direito e golpeou o ar, lançando a tormenta em direção ao demônio. Ro'resh, movendo-se com a leveza de uma sombra, desviou em muito para o lado, e o turbilhão passou atingindo a base do castelo, que começou a ruir.

    — Isso foi desnecessário — reclamou o Dedo.

    O demônio deu mais um salto para trás, e o punho do Selo explodiu contra o solo. Praticamente no mesmo instante, ele puxou um gancho de esquerda, e Ro'resh inclinou levemente seu corpo para trás, e o golpe passou rente ao seu rosto, abrasivo. Não obstante, Fúria prosseguiu com uma sequência de golpes com seus punhos envoltos em chamas, assim pressionando o demônio, que desviava e recuava a cada golpe. Em um determinado momento entre as alternações, Ro'resh girou seu corpo e deslizou seus pés, assim indo para as costas do nephilim, que estava completamente exposta. Diagonalmente, ele brandiu sua espada nas costas, mas surpreendeu-se quando a armadura do Selo simplesmente ricocheteou a lâmina sem dano algum. Dante girou seu corpo também, o seu cotovelo direto quase atingiu o demônio, que novamente inclinou o corpo para trás. Ro'resh também fora obrigado a agachar, pois o punho esquerdo do Selo acompanhou o momento e passou próximo aos seus chifres. Novamente atacou com a espada, mas a armadura aparou. Dante juntou as mãos e desceu, mas acertou o vento, pois o demônio recuou rapidamente deixando um rastro de sombras e saltou para o topo do muro.

    Dante não se moveu. "Ele conseguiu me acertar duas vezes em intervalos curtos, e eu nenhuma", pensava. "É como Pietra e Kleist disseram... ele lê meus movimentos e reage de acordo com tais, sem um padrão definido."

    — Essa sua armadura é bem surpreendente. Meu Imperador nunca havia contado sobre ela — disse Ro'resh, ainda sobre o muro, com as mãos atrás das costas. — Praticamente toda minha espada é composta por um minério que retiramos de um andar especifico, e é possível adquirir propriedades semelhantes ao aço com ele. Contudo, o fio da minha espada é composto por outro minério com propriedades muito superiores ao aço quando temperado, chamamos ele de “falso-vidro”. Portanto...

    As chamas vermelhas subitamente se propagaram de forma exagerada e intensa, interrompendo a fala do demônio. Ro'resh observou as labaredas ondularem e ondularem, e logo percebeu que elas passaram a deslocar em sua direção com ímpeto. Ele saltou. O muro fora atingido por esta massa quente, arrebentando a construção, fazendo com que um misto de chamas, poeira e fragmentos de rochas com variados tamanhos.

    Em meio a esta amalgama, encontrava-se Ro'resh. No ar, ele conseguiu apoiar seus pés em um fragmento grande do muro e se impulsionou para o lado. Três segundos depois, os punhos de Dante atingiram a rocha em que o demônio estava, destroçando-a. Ro'resh concentrou sua energia sombria em sua espada e disparou-a em forma de corte no Selo, causando assim uma segunda explosão, dissipando os destroços.

    Subitamente, Ro'resh cruzou os braços, e três segundos depois dois punhos o atingiram, projetando seu corpo violentamente para trás, que viajou com ímpeto no ar até brandir e encrustar-se contra uma colina.

    Fúria, em seu Despertar, caiu sobre o solo, agachado e com seus punhos esquerdos tocando o chão. Diferente do que pensava, sua armadura se remodelou para que seu no par de braços pudesse sair. Fissuras rasgavam-se pelas partes de seu corpo descobertas, pulsando um brilho incandescente e exalando calor. Algumas finas fissuras também surgiram em sua armadura, deixando o calor sob ela se dissipar.

    O Dedo se desprendeu das rochas e também recaiu sobre o solo. Seus antebraços, onde foi atingido diretamente, estavam com a carne negra, completamente queimada, pois a armadura de couro de nada servira. "Por sorte", pensava, "ele não conseguiu se esticar o suficiente para me atingir com tudo". Sentia a forte dor e intensa queimação, mas ainda conseguia segurar sua espada com firmeza.

    — Vejo que seu renome o precede — começou a dizer o demônio —, Fúria, os braços de dragão.

    — Um renome meio errôneo. — Dante se ergueu, alongando seus braços. — Seguindo esta linha de pensamento, eu deveria ser o próprio dragão. Não tenho culpa senão aguentam um único soco meu.

    — Quanta arrogância.

    — Desde quando demônios são tão sensíveis ao ponto de não suportar uma simples verdade?

    — Então diga-me, Fúria, o dragão... — A energia negra começou a envolver todo o corpo de Ro'resh, ondulando. — Eu tenho chances de matar você?

    — Você sabe que sim. — Uma fissura incandescente começou a se rasgar da bochecha e desceu pelo pescoço até se ocultar sob a armadura. — E isto me enfurece um pouco.

    Continua <3 :p


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