Seize The Day

  • Gabbysaky
  • Capitulos 28
  • Gêneros Romance e Novela

Tempo estimado de leitura: 17 horas

    18
    Capítulos:

    Capítulo 24

    Eu te amo

    Hentai, Linguagem Imprópria, Sexo

    Boa Leitura

    Sakura não conseguiu dizer uma palavra desde que ouviu a palavra "namorada". Achou que estivesse ouvido errado, mas sabia que tinha sido de verdade. Ele tinha dito que a queria como sua namorada. E mesmo que ainda achasse que poderia ser um erro, ela amou ouvir aquelas palavras. Cada uma delas. Seu coração não havia parado de bater desenfreado, parecia que ia pular e sair pela sua boca, e se perguntava se o som de seu coração batendo não estava sendo ouvido pelo moreno a sua frente. Ela não esperava pelo que ouviu, nem em seus melhores sonhos, ela esperava ouvir todas aquelas palavras de Uchiha Sasuke. E era por sentir algo tão forte por ele, que sentia aquela emoção, era por vê-lo falando tanto, sentindo aquele cheiro gostoso, que ela sabia que era verdade. Que estava acontecendo.  

    Sasuke esperava pela resposta. Não sabia o que ela poderia estar pensando, mas imaginava que ela estivesse surpresa demais para falar alguma coisa. Ela com certeza não esperava por aquelas palavras. Ele mesmo se surpreendeu, porque não estava nos seus planos dizer tudo aquilo, mas quando viu, já tinha começado, então resolveu terminar. Afinal, era a verdade. Ele amava Sakura. Amava de uma forma que ele nunca imaginou que amaria alguém, depois de Karin. Era tão forte, que nem ele mesmo estava se reconhecendo. Ele havia dito tudo aquilo, e mesmo assim, estava surpreso por conseguir deixar que o que sentia saísse por sua boca. Ele tinha sido verdadeiro, e pôde saber que ela sentiu isso. Apesar de ela estar calada a mais ou menos cinco minutos, e por esse tempo não ser tanto tempo assim, ele estava ansioso pela resposta dela. 

    — Sakura? – Ela voltou a si, mordeu o lábio, sem descer da mesa, aproximou seu rosto do dele.  

    — Acha que pode dar certo? – Sussurrou. 

    — Eu acho. – Ele diz, convicto. – Eu sei que eu nunca vou me esquecer da Karin, de verdade. Ela sempre vai estar nos olhos do Daisuke, ou quando ele ri. As lembranças, os momentos que vivemos juntos..., eu sempre vou me lembrar dela com carinho. Eu não quero substituir a Karin. Até porque o que eu senti por ela é completamente diferente do que eu estou sentindo agora, e isso me assusta um pouco... – Sorriu. –  Mas não quero viver no passado, e muito menos ficar me culpando pelo que houve. Karin morreu, e não vai mais voltar, com isso eu já me conformei. Eu não quero uma segunda Karin na minha vida, até porque seria impossível..., eu quero a Sakura. – Sakura, então sorriu, inclinando a cabeça. Nunca pensou que ouviria aquele tipo de coisa de Uchiha Sasuke. 

    — Então eu aceito..., ser a sua namorada. – Ele sorriu. Ela pegou na mão livre dele. — Mas vamos deixar isso só entre nós, por enquanto. 

    — Por mim tudo bem.  

    Diz, antes de tomar os lábios dela novamente. A rosada levou as mãos aos cabelos negros, aprofundando o beijo, trazendo-o para mais perto de seu corpo. Sasuke colocou a mão livre, de volta na cintura, onde o pano da blusinha não pegava, sentindo a textura da pele cremosa de sua, agora, namorada. Era oficial. Ele estava namorando Haruno Sakura. Ele imaginou que um dia poderia estar acontecendo? Nunca. Mas era bom. Era bom sentir aqueles sábios sem se sentir confuso, era bom sentir as mãos dela na pele e nos cabelos dele, sem que sentisse que era um erro. Sakura sentia-se da mesma forma. Era algo que nenhum dos dois imaginou que aconteceria. Sakura sentia-se mais que tudo, alívio. Alívio por não se sentir tão confusa, ou temerosa por estar fazendo algo errado, porque pela primeira vez, depois de dois beijos trocados com o moreno, ela não sentia aquela irritante vontade de chorar, enquanto dizia que entre eles não podia acontecer nada. A rosada não se arrependeria de ter dado uma chance a eles, e Sasuke muito menos. Sakura se afastou rapidamente quando ouviu as crianças.  

    — Nossos filhos. – O segundo sentido daquela frase, faz com que os dois se olhem. – É melhor eu ir. Eu ainda tenho que passar no meu tio.  

    — Tudo bem. – Sasuke deixou que ela se levantasse da mesa. – Nos vemos amanhã. – Ela sorriu, e assentiu. Antes de se dirigir a porta, lhe deu um beijo na bochecha.  

    — Sakura, eu estou com fome. – Daisuke diz assim que vê Sakura sair do quarto. – Quero sua pipoca. – Ele olhou para a porta, vendo seu pai sair do mesmo. – Papai, o que estava fazendo sozinho com a Sakura? – A rosada desviou os olhos do garotinho, corando.  

    — Estávamos conversando. – Se aproximou. – E sobre a pipoca, vai ter que se contentar com a do papai, a Sakura já está indo. 

    — Agora? – Tanto Daisuke quanto Mayu reclamaram. Sakura sorriu, voltando a olhá-los.  

    — Sim. Eu ainda tenho que passar no meu tio. – Daisuke cruzou os braços e fez um bico. – Mas eu venho amanhã.  

    — Eu queria brincar mais. – Mayu diz, emburrada. Naquele dia estava mais pálida do que o normal. Sakura estava preocupada, mas não desesperada, já que a filha não teve enjoos.  

    — Amanhã vocês brincam. – Voltou para o quarto pegando as coisas de ambas.  

    — Ah, Sakura, não queria que fosse. – Ela olhou para o garotinho e depois para Sasuke, praticamente pedindo ajuda. 

    — Daisuke, ela precisa ir. Ela tem um compromisso, e não pode faltar. – Daisuke abaixou o olhar. – Amanhã vocês vão se ver, filho.  

    — Só mais um pouquinho, mamãe. – A sua garotinha pede, fazendo o agora, casal sorrir com a fofura de Mayu.  

    — A mamãe não pode mesmo, filha. Hoje não. O vovô Hiashi está esperando. – Era assim que a pequena chamava o tio de sua mãe. – Daisuke. – Sakura se abaixou na altura de Daisuke. – Não fique assim, amanhã estou de volta. E prometo que faço a pipoca para o lanche, e ainda compro sorvete.  

    — Promete? – Ele a olhou. Sasuke percebeu que o brilho tinha voltado aos olhos do filho.  

    — Prometo. – Beijou a bochecha do pequeno e se levantou. – Vamos, gatinha? 

    — Tchau, Suke. Tchau, tio Sasuke. – Ela se despede, abraçando Sasuke. 

    — Tchau, Mayu. Nos vemos amanhã. – Beijou os cabelos rosados, que tinha o mesmo cheiro que os cabelos de Sakura. Mayu deu um beijo na bochecha de Daisuke e deu a mão para a mãe. – A gente acompanha vocês até a porta, não é, filho? – O menino assente. Eles se despedem na porta também, e Sasuke fecha a mesma. – Agora somos só nós dois. O que quer fazer? 

    — Jogar videogame. – Sasuke sorriu.  

    — Mas e a pipoca? 

    — Eu não quero mais, papai. Pode fazer panqueca de frango? 

    — Claro. Mas você vai me ajudar.  

    — Sakura disse que criança na cozinha é a maior bagunça. – Sasuke sorriu. – Então só o papai faz. 

    — De jeito nenhum, seu preguiçoso. – O jogou nos ombros, fazendo-o gargalhar. – Nós dois vamos cozinhar. – Caminhou até a cozinha com o filho ainda rindo. 

    **--**  

    Quando Sakura chegou no apartamento para cuidar de Daisuke. Ela não ouviu som algum, e por isso pensou que Sasuke já tinha ido trabalhar. Era raro ele fazer aquilo; só quando tinha alguma reunião importante e tinha que chegar mais cedo na empresa, e como ela não avisou que se atrasaria, ele não se preocupou em deixar o filho sozinho por alguns minutos. Ela colocou a filha no quarto, e verificou se Daisuke ainda dormia. Foi para a cozinha para fazer o café-da-manhã, pois não demoraria muito para que as crianças acordassem mortas de fome. Ela escolheu fazer um suco de laranja, o pão francês com queijo e presunto assado no forno, e algumas panquecas doces, que suas crianças amavam. Enquanto fazia aquilo, ela beliscava alguns biscoitos de com pedacinhos de chocolate, que havia feito no dia anterior. Esquentou o leite, que sabia, Daisuke e Mayu iriam querer, e colocou o pote de “Toddy” em cima da mesa de vidro, junto do açúcar e a calda de morango, que ela havia acabado de fazer. Sakura vestia uma jardineira cinza clara, que batia dois palmos do joelho, uma blusa verde água de mangas longas, com pequenas flores vermelhas em algumas partes dela, e nos pés, uma sapatilha da mesma cor da blusa. Seus cabelos estavam em um perfeito rabo de cavalo, com a franjinha solta na testa.  

    Sasuke ouviu um som vindo da cozinha, quando saiu do banho. Ele havia acordado tarde naquele dia, e perdido a hora para o trabalho. A sorte era que ele não tinha nada importante na empresa. Quando ouviu aquele som, ele soube que era ela. Sua namorada. Só havia passado um dia desde que aquilo aconteceu, e por isso ainda era novo para ele. Mas era um novo muito bom. Vestia uma camisa cinza de mangas curtas, com o desenho de um leão na cor branca, uma bermuda branca, e descalço, ele seguiu para fora do quarto. Quando estava em casa, ele quase sempre ficava descalço, assim como Daisuke e Mayu, e como ele já estava atrasado, e não teria nenhuma reunião no trabalho, ele ficaria em casa, com a sua agora, família. O moreno desceu as escadas, e ao chegar à cozinha, encontrou a namorada de costas para si, linda como sempre, e com um fone em um dos ouvidos; o celular estava ao lado dela, na bancada. Sorriu ao vê-la tão concentrada, e por isso se aproximou, abraçando-a pela cintura. Ela se assustou, ele percebeu pelo pulinho que ela deu, além do arfar.  

    — Bom dia. – Beijou a parte exposta de seu pescoço.  

    — Sasuke. — Ela soltou a faca. — Você me assustou. — Ele deixou que ela se virasse em seus braços. — Pensei que já tinha ido trabalhar. 

    — Eu não queria te assustar. E sobre eu ir trabalhar..., perdi a hora. — Ela sorriu. 

    — Você, perdendo a hora? Alguma coisa está errada. — Ele não pôde deixar de sorrir. 

    — Daisuke estava ligado no 220 ontem. Dormiu tarde, e consequentemente, eu também. 

    — Acho que isso é culpa minha. Ele e Mayu me ajudaram a fazer bolo, e eles acabaram comendo a massa que sobrou. — Ele riu. — Juro que não era para acontecer, mas quando eu vi, eles já estavam lambuzados com ela. Depois, eles quiseram comer do bolo quente..., e acabei deixando. — Ele riu novamente.  

    — Conheço o filho que eu tenho. E sei como ele é persuasivo.  

    — E muito. Principalmente comigo. Ainda bem que eles não passaram mal.  

    — Eu é que vou passar mal. — Ela fica confusa.  

    — Com o que? 

    — Com essa sua jardineira minúscula. — Ela corou, e ele sorriu, divertido. 

    — Ela..., não é nada. — Olhou para o cumprimento.  

    — Eu definitivamente não estou reclamando. Eu já gostava antes... 

    — Isso quer dizer que você olhava para a minha bunda antes? — Ele quase riu pela forma que ela perguntou. Quase. 

    — Isso é pergunta que se faça? – Ela fez um bico que ele achou fofo. – Não tenho culpa de você adorar usar essas roupas que mostram mais do que devia. 

    — Eu..., eu... — Ele esperava pela resposta dela. — Não tenho argumentos sobre isso. — Ele riu. — Eu gosto deles assim. E nem são tão curtos assim... 

    — Eu não estou reclamando. — Diz novamente. — Eu até gosto.  

    — Pervertido. — Sussurra, e ele volta a rir. — Não conhecia esse seu lado. 

    — Acostume-se. – Beijou sua bochecha. Ela não pôde deixar de sorrir diante aquele jeito fofo que ele estava tratando-a. 

    — Isso..., parece até um sonho, sabe. — Os olhos deles se encontram novamente.  

    — Vou te mostrar que não é.  

    Sasuke tomou os lábios dela de forma urgente. Sakura aperta os braços dele, e então, devagar, ela sobre as mãos por eles, até chegar ao pescoço, emaranhando os dedos da mão direita nos cabelos negros. Ele apertou ambas as mãos na cintura dela, antes de colocá-la sentada em cima da bancada, longe da faca que ela havia largado á alguns minutos. Se colocou no meio das pernas dela, sem deixar os lábios carnudos. Eles sabiam que as crianças podiam descer a qualquer momento, mas eles não se importavam, afinal, eles esperavam por aquele momento á muito tempo. Ele adentrou a mão esquerda na parte aberta da jardineira, conseguindo sentir a pele dela, ao subir um pouco a blusa que ela vestia. Sakura gemeu em meio ao beijo, ao sentir o toque da mão livre dele em uma de suas coxas. Sasuke mordiscou o lábio inferior de forma provocante, e então tomou os lábios dela novamente, introduzindo a língua, pedindo passagem para a dela, que prontamente consentiu. Como ele sentia falta do gosto dos lábios dela. Ela sentia-se da mesma forma. Ela gemeu, em meio ao beijo, puxando os cabelos dele com uma das mãos. Apesar de estar concentrada no beijo maravilhoso que trocava com o namorado, Sakura pôde ouvir passos, e por isso afastou Sasuke. 

    — Daisuke e Mayu. — Ele franziu o cenho. Não tinha ouvido nada.  

    — Eles estão dormindo, Sakura. 

    — Não estão mais. Eu ouvi os passos deles. — Sasuke não pôde retrucar, pois as crianças entraram na cozinha chamando por Sakura. — Eu disse. 

    — Papai. — Sasuke se afastou de Sakura, e olhou para as crianças. — Não foi trabalhar? 

    — Não. Eu acordei tarde. — Respondeu. 

    — Mamãe, por que está aí em cima? — O casal trocou olhares rapidamente.  

    — Estava..., fazendo o café-da-manhã. — Pulou de cima da bancada. — Está tudo pronto. Vão querer agora? — Pergunta, querendo mudar de assunto. 

    — Sim. — Respondem juntos. 

    — Eu quero panqueca. — Sasuke ajudou ambos a se sentarem.  

    — Mamãe, não quero leite. — Sakura estranhou, afinal, sua filha nunca ficava sem o leite com achocolatado.  

    — Por que? — Ela fez uma careta. 

    — Não quero. – Balançou a cabeça. Percebendo a palidez, Sakura colocou a mão na testa da filha, e percebeu que ela estava um pouco quente. 

    — Está com febre? — O casal se olhou. 

    — Um pouco. – Suspirou. – Está sentindo alguma coisa, querida? 

    — Estou enjoada. – A preocupação nos olhos da rosada não passou despercebida pelo namorado. 

    — Que tal tomar o suco de laranja, e a bolacha de sal? — A garotinha aceitou.  

    — Posso comer gelatina?  

    — Claro, querida. — A mãe responde com um sorriso fraco.  

    — Toma, Mayu. — Daisuke, que estava com a gelatina de morango na sua frente, passa para a amiga.  

    — Eu faço isso. – Diz para o namorado, que passava a fraca camada de manteiga na bolacha. 

    — Não precisa. — Diz, tomando o pacote de bolacha das mãos dela. Ele a olhou quando a ouviu suspirar. — Ei. — Ela o olhou nos olhos. — Ela vai ficar bem.  

    — Ela ficou tantos dias boa..., tantos dias sem sentir esse enjoo e essa febre insuportável, que eu achava que de alguma forma, ela estivesse melhorando. – Ele balançou a cabeça, compreendendo-a. — Eu já havia passado por isso, ela já tinha ficado alguns dias sem sentir isso, e depois sentia com mais força esses sintomas, mas... 

    — Você achou que dessa vez seria diferente. — Ela assentiu. 

    — Eu sei que deveria ser forte, por ela, mas..., eu não consigo.  

    — Tudo bem. Completamente compreensível que não seja forte o tempo todo. — Ele pegou na mão dela, e apertou de leve, dando apoio. — Estamos juntos, Sakura. O que vocês precisarem, o que você precisar..., vou estar aqui. — Ela inclinou a cabeça, e sorriu fraco, agradecida.  

    — Obrigada.  

    — Papai, esse toddy está fraco demais. — O casal olha para Daisuke, e ambos se surpreendem ao ver o copo de leite, com bastante achocolatado. 

    — Daisuke. — Sasuke se aproximou. — Quanto de toddy você colocou? 

    — Ahmmm..., três colheres? 

    — Só três? Tem certeza? Olha essa crosta? — Apontou ao levantar o copo.  

    — Querido, isso faz mal. 

    — Mas está fraco. — Sasuke revirou os olhos. 

    — Eu juro que vou comprar um lombrigueiro para você. — Sakura segura uma risada. — Isso não é certo. — Mexeu o leite com toddy com uma colher de sopa.  

    — Desculpa.  

    — Seu pai não está brigando, querido, ele só está conversando com você. — Colocou a mão nos cabelos negros. — Muito chocolate faz mal.  

    — Você não mexeu direito... — Entregou o copo, que estava com o conteúdo escuro.  

    — Não faço mais, papai. 

    — Só não quero que fique doente. — O menino assentiu. — Comeu da gelatina? 

    — Não. Eu dei para a Mayu o meu. — E o casal não pôde deixar de sorrir.  

    — Tem mais na geladeira, você quer? 

    — Não. Mas eu quero da panqueca, Sakura. 

    — Antes, coma do pão, okay? — Colocou um pedaço do pão assado em um prato e entregou para o menino, ao mesmo tempo em que Sasuke deixava o prato com bolacha em frente a Mayu. 

    — Já que eu não vou trabalhar hoje..., que tal passarmos o dia no parque? 

    — Podemos levar a Shasta? — Quem perguntou foi Mayu.  

    — Claro.  

    — Acha uma boa ideia? Mayu está febril. — Eles se olharam. 

    — Ficaremos de olho nela. Vai ficar tudo bem.  

    — Tudo bem. Então eu vou preparar um lanche para levarmos. 

    — Podemos comer na rua mesmo.  

    — Sanduíche. — As crianças dizem, animados, até mesmo Mayu. 

    — De jeito nenhum. — Eles fizeram um biquinho fofo. — Sem sanduíche hoje. Vamos comer comida saudável. Vocês estão precisando disso.  

    — Não olhem para mim. — Diz quando Daisuke e Mayu olham para ele, pedindo ajuda. — Não posso passar por cima do que Sakura disse.  

    — A gente vai poder tomar sorvete? – O casal se olha, que suspirou. 

    — Tudo bem. — Ambas as crianças sorriram. — Mas..., com uma condição. 

    — Ah, não, Sakura..., você vai fazer chantagem. – O Uchiha mais velho segura uma risada. 

    — É. Não é justo, mamãe. 

    — É pegar ou largar. — Eles fazem o mesmo biquinho de a pouco.  

    — Se fosse vocês, eu aceitava de uma vez, ou vão ficar sem sorvete. – Eles olham para Sasuke por alguns segundos, antes de se voltarem para Sakura. 

    — Tá bom. — Aceitam, juntos. 

    — Ótimo. Vão ter que comer toda a salada que eu colocar no prato.  

    **--** **--** 

    Sasuke reconheceu a cara de entusiasmo de sua mãe, quando disse que ele, Sakura, Mayu e Daisuke passariam o dia no parque das cerejeiras. Ele pensou que ela faria perguntas, e deu graças a Deus quando ela não o fez. Seria demais para ele naquele momento, até porque, o namoro era segredo. Ele concordava com a namorada, quando ela dizia que eles precisavam de um tempo para eles. Se sua mãe soubesse do namoro, ela contaria para a família inteira, mesmo sem querer, porque ela ia ficar animada demais com a situação. Era tudo que ela e sua família, incluindo os amigos, queriam. Ele e Sakura juntos. 

    Enquanto as crianças brincavam com Shasta, correndo pelo parque, o casal estava sentado debaixo de uma das árvores, onde Sakura havia forrado uma toalha de piquenique, quadriculado, branco e verde. Sasuke, por ser um Uchiha, foi reconhecido por algumas pessoas, e por esse motivo, Sakura tomava bastante cuidado para que não desconfiassem deles dois. Não estava pronta para dizer a ninguém. E ela era muito agradecida pelo namorado lhe compreender. Ela queria um tempo para eles, um tempo para se conhecerem, para “namorarem”, em paz, sem que ninguém fizesse tantas perguntas, ou ficassem eufóricos por estarem finalmente juntos; ela sabia que a família inteira não os deixaria em paz querendo saber de todos os detalhes.  

    A rosada sabia como a família Uchiha era conhecida. Era a família mais importante do país, por causa da empresa multinacional, e era por esse motivo que ela não queria mostrar romantismo em público. Os jornalistas ficariam sabendo em menos de um dia. Quando eles foram naquele encontro, já foi uma repercussão sem tamanho, imagina quando souberem que os dois estão juntos? Demorou dias para que parassem de olhar para ela de forma estranha, e mesmo assim, os sussurros e as especulações continuavam. Ela dava graças a Deus por todos do andar de Sasuke não serem indiscretos; eles não se envolviam na vida do “vizinho”, e isso era o que mais agradava Sakura, e Sasuke, claro.  

    Naquele momento, enquanto os filhos corriam com a cadela atrás deles, o casal conversava sobre seus gostos musicais. 

    — Temos algo em comum. — Sasuke comenta. — Eu nunca pensei que fosse alguém que curtisse rock. Aquele dia que saímos, me surpreendeu quando começou a cantar “Seize The Day”. 

    — Eu amo essa música. É uma das minhas preferidas. Adoro ouvir Link Park, Guns N’ Rose, Red Hot Chilipepers, Aerosmith... 

    — Impressionante. Você não tem cara que escuta esse tipo de música. 

    — E você não tem cara de quem curte “A Incrível História de Adaline”. — Ele franziu o cenho.  

    — Como é que você... 

    — Naruto. — Responde. 

    — Fofoqueiro. – Ela riu. – Karin me obrigou ir assistir no cinema. Achei interessante o que acontece com a personagem principal. Imagina, nunca envelhecer? Ficar mudando de cidade a cada... – Fez uma pausa, tentando se lembrar do tempo. – Oito décadas. Não deve ser fácil. 

    — Ela sofreu muito. Não pôde ficar com alguém que ela gostava de verdade, tinha que se mudar para que não achassem estranho o fato de ela não envelhecer, mal fazia amigos, não podia ter vida amorosa.  

    — Mas o que mais chamou minha atenção, foi a história em si. O que acontece com ela, e como ela volta a envelhecer.  

    — Muito legal mesmo. — Diz sorrindo. — Mais algum filme romântico que você goste? 

    — Poucos, muito poucos. Eu assisti alguns, mas a grande maioria eu achei uma palhaçada. 

    — Tipo? 

    — Crepúsculo. O vampiro brilha! Que merda a escritora tinha na cabeça? — Sakura riu da forma indignada que ele falava. 

    — Ora, cada um tem sua imaginação. 

    — Ela errou feio nisso aí. Tudo bem eles serem rápidos, tudo bem ele se apaixonar por uma humana..., mas brilhar? – Sakura não conseguiu segurar a gargalhada – Quem respeitaria um vampiro que brilha no sol? – Ela riu ainda mais. 

    — Você é tão crítico. 

    — Ué. Minha opinião. — Deus de ombros. — E querendo ou não, muitos concordam comigo. 

    — Eu também não gosto do fato de eles brilharem. E eu me decepcionei muito com a filha do casal. Esperava algo..., como no livro, e me veio aquela versão malfeita... 

    — Do Chuck. — Completa, interrompendo-a. Ela gargalhou, e ele riu. — Mas não é verdade? Ficou parecendo um monstrinho. 

    — Pior é que é mesmo verdade. Ler os livros, foi muito mais emocionante do que assistir aos filmes.  

    — Eu não li, então não vou opinar. Gosto de livros e filmes de terror e suspense. 

    — Nem pensar. Odeio. — Estremeceu. — Tive a péssima ideia de assistir “O Grito”. Tive pesadelos por semanas. 

    — Eu assisti It: A coisa.  

    — Deus me livre. — Ele riu. — Eu não assisto nem se me pagarem, Sasuke.  

    — Mas por que? É tão leve. — Brincou. 

    — Leve? Aquele filme é do demônio. — Ele volta a rir. — Eu já tinha pavor de palhaços, agora eu tenho horror.  

    — Então não gosta de palhaços, Sakura? 

    — Não. Não tive uma boa experiência quando era criança. – Ele segurou uma risada para poder tentar falar sério. 

    — Que tal levarmos nossos filhos ao circo? — Ela olha para o namorado, indignada. 

    — Eu acabei de dizer que eu tenho pavor a palhaços, e você tem a brilhante ideia de levá-los ao circo? — Sasuke volta a rir. — Por acaso você não gosta de mim? 

    — Eu estou brincando. — Diz, pegando na mão dela, e aproximando seu rosto do dela. — E sobre a sua pergunta..., eu te amo. — O coraçãozinho dela bateu tão forte ao ouvir aquela frase, que ela pensou que ele tinha ouvido.  

    — Eu..., te amo também. — Ela percebeu o que ele faria, quando o rosto dele chegou mais perto. — Sasuke, estamos em público. 

    — E esse é o único motivo de eu não te beijar agora. – Ela sorriu, afinal, sentia-se da mesma forma. 

    **--** **--** 

    Sasuke e Sakura jantavam sozinhos já que Daisuke e Mayu tinham chego do parque muito cansados, e depois do banho tinham capotado assim que foram deitados na cama. A diversão tinha sido tão boa, que eles dormiram do parque até o apartamento, e só acordaram por causa do banho. A rosada ficaria ali naquele dia, para todos os efeitos, o moreno teria que sair no dia seguinte mais cedo, e essa era a desculpa perfeita, já que ninguém sabia do namoro do casal. Apesar do moreno ter certeza de que não conseguiriam esconder por muito tempo, principalmente porque eles estarão saindo mais vezes juntos, com e sem as crianças. Ele também se perguntava por quanto tempo seu irmão voltaria a tocar no assunto sobre “falar seus sentimentos a Sakura”; todos os dias ele lhe enchia por causa daquilo.  

    — Eu falei com a Izumi hoje. Ela disse que me quer amanhã à tarde para a última prova do vestido. Eu disse que estaria cuidando do Daisuke, e mesmo assim ela não desistiu. Disse que viriam aqui. 

    — Izumi é bem teimosa. Talvez seja por isso que vocês se dão tão bem. – Diz rindo.  

    — Hahaha. Que engraçado. – Ela fez um bico. – Eu não sou teimosa. 

    — Ah, claro que não. Eu é que sou. – Sakura revirou os olhos. – Quando você coloca algo na cabeça, não há quem tire.  

    — Eu sou assim, ora. – Deu de ombros, e Sasuke sorriu. – Você também não é fácil. 

    — Meu pai que o diga. – Diz, não tendo como discordar da namorada. – Fiz tantas coisas para chamar a atenção do velho, que você nem imagina. 

    — Isso é coisa de adolescente. Totalmente normal. – Ela sorriu. – Eu sei que parte disso começou para ajudar o Gaara. 

    — Verdade. Gaara era bem..., como diria o Shikamaru: Problemático. – Ela riu. – Depois que comecei a participar das loucuras do ruivo, percebi que era a única forma que eu conseguia chamar a atenção do meu pai, então... 

    — Então começou a aprontar cada vez mais. E começou a ficar até mesmo assustador. — Ele franziu o cenho. — Me lembro de um dia que você entrou na sala irritado com alguma coisa, e jogou a mochila com força até onde eu estava. 

    — Você estava na cadeira ao lado?  

    — Você jogou na minha cadeira. – Ele riu. – E ela arrastou alguns metros. Você realmente me assustou.  

    — Foi mal. – Ela deu de ombros. – Naquele dia eu tinha ficado sabendo que eu passaria o final de semana com o pai da minha mãe. Você sabe que não nos damos bem. 

    — E como. Não posso nem dizer que você não tem motivos. 

    — Meu avô Madara estava sempre tentando me fazer ver que eu estava errado, que eu não devia acreditar em tudo que Kaito dizia. 

    — Você se arrepende de não ter ouvido seu avô? 

    — Muito. Kaito e Hotaru faziam da minha vida um inferno. Sempre que podia, o pai da tia Rin sempre me azucrinava. – Bufou. – E o outro sempre me colocava contra o meu pai. O inferno só piorava, quando estávamos todos em um almoço familiar. 

    — Que família, hein! 

    — Nem fala. Se lembra de um jogo em que eu soquei o técnico do outro time? – Ela segurou uma risada.  

    — Sim, foi alguns dias depois do susto que você me deu. E também..., passou no telão do colégio. – Ele riu. – O que ele te fez? 

    — Acho que ele falou das pernas da Karin... – Diz arqueando as sobrancelhas. – O fato é que eu já estava irritado com o meu pai. Ele viajaria, levaria Itachi e eu ficaria com o velho maldito. Estava possesso.  

    — Então você fez aquilo para jogar pra fora o ódio que estava sentindo. 

    — O técnico estava pedindo e eu estava querendo alguém para socar, então... – Ele diz com um sorriso. – Não me lembro, quem que me tirou de cima dele? 

    — Foi o Nejí. 

    — Claro. Ele era o certinho da turma. Ele e o Shikamaru.  

    Ela se lembrava daquela época. Apesar de estar namorando com Sasori, ela foi feliz naquela época. Tinhas seus melhores amigos. Não tinha do que reclamar, nem mesmo de estar com o Akasuna, afinal, ele deu a ela a pessoa que ela mais ama no mundo. Ela nunca mudaria isso pelo simples fato de que Mayu existe. Nunca poderia viver sem a filha, mesmo que ela tenha o sangue da pessoa que mais a fez mal, Sakura nunca mudaria seu amor pela filha. 

    — Eles sofriam. Nejí vivia reclamando de você, Naruto e Gaara. – Sasuke riu. – Como foi que vocês envolveram meu primo e o Shika naquelas loucuras? 

    — Nós começamos a ter problemas com alguns idiotas do time, em especial com o anoréxico. – Ela riu, sabendo de quem ele falava. – Ele tinha chamado Temari de gostosa, e disse algo sobre Tenten, que não me lembro agora... 

    — Ah, então foi por isso. Vocês não se davam bem porque o Sai vivia provocando. 

    — Isso mesmo. Acabou que até mesmo Nejí e Shikamaru se cansaram dele. E por isso que fizemos aquilo. – Ela assentiu. – Nós éramos inconsequentes..., mas nossa amizade era mais forte do que os outros imaginavam.  

    — Eu achei bonito da sua parte, não dedurar seus amigos. – Sorriu.  

    — Eles estavam sempre comigo, me dando força, me ajudando com meu pai..., fazíamos altas loucuras juntos... – Riu, e ela o acompanhou. – Éramos parte de uma mesma equipe.  

    — Eu me lembrei de uma coisa... – Mudou de assunto, mas não porque a conversa ficou pesada. – Você jogava hóquei, certo? 

    — Jogava sim. Eu, Naruto, Gaara, Shikamaru, Nejí... – Sorriu. – Não pensei que fosse se lembrar disso. 

    — Eu adorava ir assistir.  

    — Me lembro da primeira vez que foi. Karin que convidou, não foi? 

    — Foi sim. Ela chegou dizendo: Já assistiu jogo de hóquei? Quer ir? – Ela riu e ele sorriu. – Eu fiquei confusa, porque agente quase nunca conversava, e nunca saíamos juntas, mas mesmo assim eu aceitei. E naquele dia eu soube que você jogava. 

    — Você sabia dos outros? – Ela assentiu. 

    — Deveria imaginar que você também jogava. Você e os outros eram muito unidos. 

    — Ainda somos. Só temos menos tempo um para os outros.  

    — Assim como eu e as garotas. – Ele concordou. – Eu, Ino e Hinata praticamente crescemos juntas, você sabe..., e você, Naruto e Gaara o mesmo. – Sorriu. – Percebeu a coincidência? 

    — Nunca tinha pensado nisso. – Sorriu. 

    — Você não sente saudades? – Ele ficou confuso, e ela percebeu. – De jogar hóquei. – Explicou.  

    — Sinto. Faz tanto tempo... 

    — Eu acho que você deveria voltar a jogar. 

    — Será? Eu nunca mais pensei nisso... 

    — É algo que gosta, não é? Por que parar? – Inclinou a cabeça. – Sei que gosta de esportes, deveria voltar a fazê-los. 

    — Não é uma má ideia. Posso levar Daisuke comigo.  

    — Tenho certeza que vai ser uma alegria para ele. – Sorriu, se lembrando do garotinho em cima dos patins que ganhou de Nejí.  

    — É. Ele gosta de patins, não há muita diferença. Vou chamar os outros.  

    — Eu e as garotas ficamos olhando. – Aquela conversa deu uma ideia a Sasuke. 

    — Falando nisso, você já patinou no gelo?  

    — É claro que já. – Sakura responde sorrindo, se lembrando da época que saía com as amigas para patinar no gelo, escondida dos pais. – Quem não?  

    — Pode acreditar, existia gente que não. O Naruto era péssimo. Ele já caiu em cima de mim, aquele infeliz. – Sakura riu.  

    — Eu poderia ficar surpresa, mas sendo o Naruto, eu não estou. – E dessa vez Sasuke a acompanhou na risada. – Ele era muito atrapalhado. 

    — Ainda é, às vezes. – E Sakura não pôde discordar. – Então, voltando à minha pergunta, já que você sabe patinar, que tal irmos esse final de semana? 

    — Nós e as crianças? 

    — Só nós dois. – Sakura inclina a cabeça. – O que acha?  

    — Por que não? Pode ser legal.  

    — Ótimo. Eu vou pedir para a minha mãe ficar com Daisuke e Mayu. 

    — Sasuke, ela vai desconfiar.  

    — Não se preocupe com isso, minha mãe não vai nem perguntar por que eles ficarão com ela. Ela sabe ser discreta. – Piscou, e ela não pôde deixar de sorrir. – Combinado? 

    — Combinado. 


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