Seize The Day

  • Gabbysaky
  • Capitulos 28
  • Gêneros Romance e Novela

Tempo estimado de leitura: 17 horas

    18
    Capítulos:

    Capítulo 21

    A aposta e o acordo

    Hentai, Linguagem Imprópria, Sexo

    Boa Leitura

    Sakura abriu a porta do apartamento e franziu o cenho ao não reconhecer o homem á sua frente. Ela percebeu que estava analisada. Era estranho, porque sempre que não avisavam que alguém estava subindo, era porque era da família do Sasuke, ou amigos; o que dava no mesmo. O senhor de cabelos e olhos igualmente negros, a olhava de cima a baixo, mas Sakura não se sentiu ameaçada ou envergonhada. Ele não a olhava com maldade, parecia tentar reconhecê-la. Sakura também passou a analisá-lo. Ela nunca o tinha visto, mas a semelhança daquele homem com Sasuke, era incrível. Tudo naquele homem aspirava Uchiha. Os cabelos, os olhos, o rosto sério e compenetrado. Ela resolveu pigarrear para chamar sua atenção e conseguiu. 

    — Me desculpe. – Ouviu a voz grossa, que por algum motivo o lembrou de Uchiha Fugaku. – Eu acho que apertei a campainha da porta errada... 

    — Ahmmm..., quem está procurando? 

    — Uchiha Sasuke.  

    — Oh, é aqui mesmo. – Ela abriu um pouco mais a porta. – Ele está trabalhando ainda, mas deve estar para chegar. Quem seria o senhor? 

    — Sou Uchiha Madara, o avô de Sasuke. – Aquele era o homem que Sasuke falou tanto nas últimas semanas.  

    — Sasuke falou muito do senhor. – Ele franziu o cenho. –  Entre. – Ele o fez, mas não deixou de olhá-la nem por um minuto. 

    — Você seria quem? 

    — Sou Haruno Sakura, a babá do Daisuke. 

    — Babá? – Ficou surpreso. – Daisuke aceitou ter uma babá? 

    — Ele me adora. – Diz com um sorriso.  

    — Bom. – Olhou em volta. – E onde está meu bisneto? 

    — Ele está na sala. – Antes que pudessem seguir para o cômodo à frente, as duas crianças apontaram no final do corredor.  

    — Bisa. – Sakura viu o sorriso do homem e se impressionou em como ele ficou parecido com Sasuke naquele momento. Daisuke correu para o homem que se abaixou para abraçá-lo.  

    — Garoto..., como você cresceu. – O levantou em seu colo. – Está a cada dia mais parecido com seu pai. 

    — Tio Ita diz isso também. – Sorriu. – Chegou agora? 

    — Faz algumas horas. Aproveitei para vir ver você e seu pai. 

    — Meu pai está trabalhando... – Olhou para Sakura. – Já conheceu a Sakura, bisa? – Impressionado com a forma carinhosa que Daisuke chamou a mulher, ele olhou para ela novamente. 

    — Conheci sim. Sua babá, certo? 

    — Ela é a melhor. – Madara o colocou no chão. – E ela e meu pai são amigos. Sabia que ela conheceu a minha mãe? 

    — Oh, sério? – Desviou os olhos para a garotinha. – Eu posso dizer que a pequena seja sua filha? 

    — Sim. Impressionado com a semelhança? 

    — Com toda a certeza. 

    — Venha aqui, Mayu. – A menina veio, mas comedida e muito tímida. 

    — Mayu, esse é meu bisa. 

    — Oi. – Cumprimenta em sussurro, por causa da timidez.  

    — Olá. – Ele ficou olhando para a garotinha por alguns minutos, antes de se voltar para o bisneto. – Então, o que você faz enquanto seu pai está trabalhando? 

    — Jogo videogame, jogo xadrez, monto quebra-cabeça..., a Sakura sai comigo e a Mayu quase sempre, né Sakura? – Ela assente. O menino puxava o bisavô até a sala. – E agente almoça no vovô e na vovó todo sábado. – Pula no sofá, sentando-se em seguida. – Eles sabem que está aqui, bisa? 

    — "Eles sabem". – Sussurra. Já tinha percebido que o menino falava muito certo para alguém de sua idade.  

    — Bisa? – Ele piscou algumas vezes e sorriu. 

    — Ainda não. Nem seu pai sabe que cheguei. Decidi fazer surpresa. – Olhou para Sakura. – Eu já vi você em algum lugar... – Sakura franziu o cenho. – Daisuke disse que conheceu a Karin..., estudaram juntas? 

    — Estudei na mesma sala que ela, Sasuke, Naruto... – Ele assentiu. – Eu era a capitã das líderes de torcida.  

    — Ah. Então é isso. Eu ia aos jogos do Sasuke, cada um deles. – Ele volta a sorrir. – Me lembro de acompanhar Sasuke até onde a Karin estava, em um deles. 

    — Oh, entendo. Então deve ser isso.  

    — E seus cabelos são rosas, então, é meio difícil de não reconhecer. – Ela não pôde deixar de sorrir. – Seu nome é..., Sakura, certo? 

    — Uhum. Isso mesmo. – O som da porta se abrindo foi ouvido por todos. 

    — Meu pai. – Sorriu pulando do sofá, ficando em pé. 

    — Cheguei. – Avisou. Tanto Daisuke quanto Mayu, que estava tímida até aquele momento, sorriram para onde vinha a voz. Assim que Sasuke apontou, as duas crianças correram até ele. Sasuke sorriu e os pegou no colo. 

    — Tio Sasuke, você demorou hoje.  

    — Eu estava em uma reunião entediante, pequena. – Beijou a bochecha da menina.  

    — Papai, olha quem tá aqui... – Apontou para o bisavô, que até aquele momento não tinha sido visto pelo pai.  

    — Avô? 

    — Como você está, Sasuke? – Ele tinha ficado impressionado pela forma carinhosa e aberta que a garotinha passou a ser assim que viu seu neto. Ele tinha ficado curioso a respeito daquela cena. Muito curioso. Mas deixaria para saber sobre isso mais tarde. 

    — Estou bem. – Colocou as crianças no chão e se aproximou do avô, abraçando-o. – Por que não avisou que chegaria hoje? 

    — Quis fazer surpresa. 

    — Pensei que fosse só para meus pais. 

    — Não disse sobre a carta, certo? 

    — Não. Como você pediu deixei em segredo. Mas por que não veio para o natal? 

    — Houve um problema na empresa da Inglaterra, então... – Ele assentiu. Seu avô estava cuidando das coisas na filial de lá. – Mas como já está tudo certo, resolvi que era hora de vir para casa. – Colocou as mãos nos ombros do neto. – Você parece mais maduro. 

    — Aa. O que a prisão não faz. – Madara não gostou do comentário. – Então..., já conheceu a Sakura? 

    — Sim. E já soube por Daisuke que ela estudou com você. – Decide não falar em Karin. 

    — Ela e Karin eram mais próximas do que nós dois. – Madara deixou a surpresa transparecer em seu rosto ao ouvi-lo falar na noiva falecida. – Está tudo bem. – Madara balança a cabeça, ainda surpreso, sem conseguir dizer uma palavra. Esperava que o neto ainda estivesse abalado com o que houve, mas pôde ver que estava errado. – Sakura tem cuidado de Daisuke quase desde que eu saí da prisão. 

    — E fico impressionado que ele tenha aceitado a mulher tão bem. – A olhou. – Nada contra você, querida. 

    — Ah, tudo bem, eu entendo. – Sorriu.  

    — Minha mãe me contou sobre a babá antiga. 

    — Que não durou uma semana. Me impressiono que você tenha durado tanto, e que ele goste tanto de você. – Sasuke concorda. – Mas isso é bom. Se está cuidando bem dele, não tenho do que reclamar. – Sasuke e Sakura sorriram. 

    — Você fez falta, avô. 

    — Eu posso imaginar. Você e seu pai ainda estão como gato e rato?  

    — Gato e rato? – A voz de Daisuke se faz presente. Ele tinha a cabeça tombada para a direita, confuso. 

    — Brigando, querido. – Sakura explica.  

    — O papai e o vovô não briga não, bisa. Eles são amigos agora. – Madara olha para o neto. 

    — Nós conversamos e nos entendemos. 

    — Já não era sem tempo, hein. – Não gostava de ver pai e filho discutindo, ainda mais do jeito que discutiam antes. Ele tinha feito de tudo para ajudar, mas o pai de sua nora sempre dava um jeito de destruir tudo que tentava fazer. Aquele homem asqueroso, ele pensa.  

    — Daisuke, Mayu, por que não vão brincar lá no quarto? Eu vou terminar o almoço, e já chamo vocês. 

    — Eu te ajudo, Sakura. 

    — Não precisa. – Se vira, e Sasuke revira os olhos. 

    — Avô, se importa de ficar com agente na cozinha? 

    — Claro que não. Eu pensei que você tivesse preguiça de preparar as refeições..., pelo menos era o que seu irmão dizia para mim. 

    — Ele ainda tem. – Sasuke a olha e ela dá de ombros.  

    — Bom, avô, com o Daisuke por perto, eu não poderia comer comida congelada como antes.  

    — Garoto, você não tem vergonha na cara? – Sakura segurou uma risada, e mesmo estando de costas, Sasuke percebeu. 

    — Não me julgue, eu não tenho muito tempo para isso, e quando tenho, eu prefiro passar esse tempo com Daisuke e Mayu. 

    — Mayu. A garotinha parece gostar muito de você. 

    — E ela gosta. Da mesma forma que Daisuke gosta de Sakura. – Ele pegou a travessa de lasanha que Sakura havia terminado de montar e colocou no forno. – Elas passam tanto tempo aqui, que foi meio que impossível, sabe? 

    — Entendo. E você..., que mal eu pergunte... – Sakura o olhou, ao perceber que o homem lhe falava. – É casada? 

    — Avô.  

    — O que? É só uma pergunta. – Deu de ombros. Sasuke bufou. 

    — Ainda bem que você já está acostumada com as inconveniências da minha família, Sakura. — Ela riu. 

    — Me respeita garoto. – Brincou, e Sasuke deixou um sorriso aparecer em seu rosto. – Então... 

    — Não. Eu não sou. – Passa a língua nos lábios. – Eu e o pai da Mayu nos separamos antes de ela nascer.  

    — E foi a melhor coisa que aconteceu a ela, acredite. 

    — O pai da sua filha não era um bom homem? – Sakura deu uma risada anasalada.  

    — Ele é um maldito. – Sasuke e Madara se olharam. – Nunca quis saber da própria filha. Ele só se importa com a porcaria da empresa da família. – Se virou de costas, voltando a montar outra travessa de lasanha de carne.  

    — Sinto muito.  

    — Ah, eu estou bem. Como Sasuke disse, foi a melhor coisa que me aconteceu. Eu estaria vivendo um inferno se tivesse me casado com ele. 

    — O senhor conhece a família dele, avô. 

    — Quem? 

    — Akasuna.  

    — Oh, se conheço. Fizemos uma parceria com eles, na época que Fujitaka era vivo. Algumas coisas aconteceram e decidimos desmanchar isso.  

    — Na minha opinião, senhor Uchiha..., foi a melhor coisa que fizeram. Tanto Sasori quanto o pai dele eram uns porcos nojentos.  

    — Ainda sente ódio dele. 

    — Ele tentou me tirar minha filha, então sim. – Madara assentiu, compreendendo a forma como a mulher falava do pai da filha dela. Ela tinha motivos para isso. 

    — Eu a ajudei a ficar com a guarda, e ter Sasori longe dela e de Mayu. 

    — Fiquei sabendo que está indo muito bem na empresa. – Diz sorrindo. – Fico orgulhoso de você.  

    — Obrigado. – Sasuke colocou a outra travessa no forno, enquanto Sakura lavava as mãos. – O pai e a mãe ainda não sabem que está aqui, sabe? 

    — Não. Nem ela, nem ninguém além de vocês. Vou visitá-los mais tarde. 

    — Ficou sabendo da bebê do Itachi? 

    — Akanne. Ele me mandou algumas fotos de quando ela nasceu. 

    — Ela está linda. Uma verdadeira princesa. – Sasuke ligou a tela do celular, se sentando ao lado do avô para mostrar as fotos que tinha. 

    — Você tem mais fotos de criança do que qualquer outra coisa, hein. – Sasuke sorriu. – Pelo jeito essa princesinha aqui vai ser muito mimada. – Sakura que estava encostada na bancada, sorriu. – Essa é a filha do Shisui? 

    — É sim, avô.  

    — Ela está linda. Shisui me enviou duas fotos de quando ela nasceu..., mas agora está maior. —Sorriu. — Está linda. Ambas estão.  

    — Sakura é a madrinha da Akanne.  

    — Oh. Imagino que essa ideia tenha sido do seu irmão? 

    — Também. Mas Izumi e Sakura são amigas. — O avô assentiu.  

    — Esses olhos...  

    — Tia Rin se impressionou com os olhos da Akanne também. 

    — Os olhos da Kazumi. — Sakura percebeu que o avô de Sasuke ficou impressionado, e emocionado. Ele também amava a garotinha. — Eu imagino que ela e Obito tenham ficado abismados. 

    — Na verdade, nem tanto, porque eles já conheciam Izumi. – A voz de Sakura se fez presente, e Sasuke concordou com ela. 

    — Eles ficaram muito emocionados. 

    — Rin trata Izumi como uma filha. — Madara olha para Sakura.  

    — Eu imagino que sim.  

    — Vai ver o porquê quando a conhecer, avô. 

    — Então..., uma perguntinha... – Olhou para o neto e depois para a rosada. – Vocês dois estão tendo alguma coisa? – Sasuke e Sakura se olharam, o primeiro não muito surpreso com a pergunta, e a segunda bastante corada. 

    — Não. – Dizem juntos. 

    — Tá. Eu vou fingir que acredito. – Volta os olhos para o celular, deixando dessa vez, os dois envergonhados. Sasuke pigarreou. 

    — Então, avô, pensei em chamar todos para jantar aqui. O senhor disse que queria fazer uma surpresa... — O outro sorriu. 

    — Acho uma ótima ideia. Fica com agente? — Sasuke olhou para Sakura assim como o avô. 

    — Hamm..., claro. — E Madara não pôde deixar de ver o sorriso do neto.  

    **--** **--** 

    Enquanto Sakura fazia o jantar com a ajuda de Madara, que havia feito questão, Sasuke ajudava Mayu e Daisuke no banho. Ele ainda não gostava de deixar os dois fazerem isso sem supervisão. Ainda mais por Mayu ter as crises dela. Enquanto ele ajudava as duas crianças, ele se perguntava se seu avô não estava enchendo Sakura de perguntas. Ele conhecia o avô qe tinha. Ele não era como Itachi, era mais sucinto, mesmo assim, Sakura perceberia as intenções do velho. Balançou a cabeça e se voltou para as crianças que começavam a jogar a água da banheira para cima, molhando-o. No final, eles riram, ao vê-lo os fuzilar, sabendo que era uma brincadeira. Sempre que dava banho naqueles dois era a mesma coisa. Ele não sabia como ainda usava camisa sempre que entrava no banho com eles, era inútil.  

    Sakura estava envergonhada, mas tentava não transparecer isso. As perguntas, mesmo que sucintas, eram de envergonhar qualquer um. Ele queria saber tudo sobre ela, e principalmente, coisas sobre ela e Sasuke. Como se conheceram, como se tornaram amigos; mesmo dizendo que era “apenas” amigos, o outro não acreditava. Ela se perguntava se toda a família Uchiha fariam perguntas constrangedoras sobre ela e Sasuke. Se todos haviam percebido que era apaixonada por ele. Será que era tão claro assim? Estava escrito na sua testa? Ela não compreendia como cada um dos Uchihas sempre faziam algo para que a deixasse mais perto do Uchiha mais novo. Faziam com que se sentassem perto um do outro, faziam perguntas sobre “como eles estavam”, faziam com que os olhares deles sempre se cruzassem, independente da conversa. E agora, o mesmo acontecia. Em pouco tempo que teve com Uchiha Madara, ele já havia percebido seus sentimentos. Ela tinha certeza que essa era a razão de tantas perguntas. 

     Madara não havia percebido apenas os sentimentos de Sakura, mas os de seu neto também. Ele havia achado aquilo interessante, porque ele jurou que seu neto amaria Uzumaki Karin para sempre. Grande erro o dele. Ali estava a prova. Naquelas horas que esteve com os quatro; ele contava com as crianças também; ele percebeu o quanto pareciam uma família. Percebeu que Sasuke e Sakura se amavam, mas que não haviam dito um pelo outro. Ele não precisava que seu neto lhe dissesse, estava nos olhares. Madara se perguntava por que ainda não estavam juntos. Tinha certeza de que seu filho ou qualquer um dos outros de sua família iria se opor. Sakura era uma mulher educada, gentil, carinhosa, agradável, cuidadosa, e o mais importante, solteira. Ele faria as perguntas para seus netos mais velhos, afinal, não gostaria de deixar o neto mais novo constrangido, ou até mesmo a rosada ao seu lado. O modo como ela tratava Daisuke, era o que mais o admirava. Ela era cuidadosa o tempo todo, carinhosa, sempre o chamando de “amor”, e o fato da filha dela não ter ciúmes desse amor que ela dava a Daisuke era mais impressionante ainda. O que mais lhe chamou a atenção foi a forma como a garotinha tratava seu neto. Era fofo demais, na sua opinião. E ele gostou de ver que seu neto estava bem, apesar de tudo que passou. E ele agradeceria Sakura em um outro momento, porque tinha certeza de que as mudanças tinham sido obra dela, mesmo que ela não soubesse disso.  

    — Eu vou atender. — Avisa ao ouvir a campainha. 

    — Eu vou para a sala assim que Sasuke descer.  

    — Tudo bem. — Ela se afastou e caminhou até a porta, abrindo-a em seguida.  

    — Sakura. — Mikoto a abraçou. — É muito bom vê-la novamente.  

    — Digo o mesmo. — Os deixou passar. 

    — Como você está? — Izumi e Yumi perguntam praticamente juntas. Elas seguravam um bebê conforto. 

    — Estou bem, e vocês? —Pergunta depois de as abraçar e seus olhos se voltarem para as bebês no bebê conforto.  

    — Estamos bem também.  

    — Onde está meu irmãozinho? — Beijou o rosto da rosada.  

    — Está dando banho no Daisuke e na Mayu... — Também foi beijada no rosto por Shisui, Fugaku, Obito e Izuna. — Mas como ele está demorando..., eu imagino que ele tenha ido trocar de camisa. 

    — Como assim? — Mokoto pergunta enquanto observava a rosada ser abraçada por Rin e Haruka.  

    — Sempre que ele os ajuda no banho, acaba sendo molhado. – Os outros riram. – Aprendam, Itachi, Shisui. 

    — E se ele sabe que isso sempre acontece..., porque vai de camisa? — Sakura deu de ombros, e Fugaku sorri.  

    — Você vai ficar com agente, certo? — Mikoto pergunta, mas Sakura sabia que se ela falasse não, cada um dos Uchihas não deixariam que ela fosse embora.  

    — Vou sim. — No mesmo momento em que chegava à sala, Sasuke descia as escadas com Daisuke e Mayu, que correram para Izumi e Yumi que estavam com as bebês. 

    — Ah, agora é assim? – Itachi se fez ouvir. – Quando eu chegava você corria para mim, agora você corre para as bebês? – Os outros riram, e Itachi viu o irmão revirar os olhos. – Eu fui trocado. 

    — Não sente ciúmes não, tio Ita. — Os outros sorriram ao ouvir, e vê-lo abraçar o tio.  

    — Elas estão lindas. — Ouvem Mayu. Estavam impressionados em como a garotinha mudou de umas semanas para cá. Desde o natal, para ser mais exato. Ela estava muito menos tímida, e conversava com os outros de forma animada.  

    — Elas estão sim. Assim como você. — Mayu sorriu para Izumi que colocava o bebê conforto no tapete felpudo. Yumi fez o mesmo. — Está parecendo uma princesa com esse vestidinho azul.  

    — Tio Sasuke que me deu. — A garotinha o olhou e sorriu. Sasuke devolveu o sorriso. 

    — Sasuke tendo bom gosto?  

    — Eu sempre tive bom gosto. — Retrucou e Sakura riu. 

    — Tem certeza de que não o ajudou, Sakura? 

    — Eu nem sabia desse vestido. — Itachi olhou para o “casal” desconfiado. 

    — Então, vai dizer por que desse almoço inusitado na sua casa? 

    — O que quer dizer, Shisui? 

    — Itachi sempre diz que você tem preguiça de cozinhar. — O primo bufou, e os mais velhos riram.  

    — Quer apostar que não foi ele quem fez?  

    — Não, porque eu perderia, irmão.  

    — Deixem o Sasuke em paz. — Haruka diz, rindo.  

    — Foi a Sakura quem fez. — Daisuke conta. 

    — Mas ela teve ajuda. — Mayu completou.  

    — Que gracinha, irmãozinho. — O outro revirou os olhos, e Daisuke e Mayu riram. 

    — Não foi o papai / Não foi o tio Sasuke. — Dizem juntos, e cada um dos presentes olham para as crianças, confusos. 

    — Fui eu. — Eles olham para trás, e encontram Uchiha Madara. 

    — Avô? / Pai? — Dizem todos juntos, surpresos. 

    — Quando foi que o senhor chegou? — Fugaku é o primeiro a se aproximar. Em seguida, Izuna, Obito, Itachi e Shisui.  

    — Á algumas horas. Quis fazer uma surpresa. — Foi abraçado por todos. — Como está, Mikoto? 

    — Vou bem, e parece que o senhor também. — Ela recebeu um beijo no rosto. — Faz algum tempo que não aparece. 

    — Exatamente dois anos. — Abraçou e beijou no rosto a outra nora. — Como vai Haruka? 

    — Vou bem. — Sorriu. — Não imaginei que o veria aqui.  

    — Pois é. Como a empresa está bem, achei que era hora de vir. — Caminhou até as esposas de seus netos. — Como você está, Yumi? 

    — Estou ótima. — Ela se afastou um pouco para que o homem se abaixasse para poder ver melhor as bebês. — Impressionado também? 

    — Não tanto. Sasuke me mostrou fotos mais cedo. — Olhou para Yumi. — Mas ela se parece mais com você do que com Shisui. 

    — O senhor acha? A maioria disse o contrário. — Ele sorriu e se voltou para a mulher ao lado de seu neto do meio, Itachi.  

    — Você deve ser a Izumi. 

    — Sim. É um prazer conhecer o senhor. 

    — O prazer é meu. — Sorriu para ela. — Acredite que fiquei muito surpreso quando soube que Itachi tinha se tornado pai, quando nem mesmo sabia que ele namorava. 

    — Ele escondeu isso de todos, meu sogro. Até mesmo dos pais dele. 

    — A senhora nunca vai esquecer isso? — Murmurou. 

    — Ele apanhou um pouco, avô.  

    — Você gosta de um mal feito, né? — Sasuke, assim como os outros riram. 

    — E vocês ainda gostam de se implicar, pelo jeito. 

    — Se pudessem, fariam isso 24h por dia, pai.  

    **--** **--** 

    Sasuke tinha percebido os olhares de seu avô. Ele conversava com Itachi, Shisui, seu pai e seus tios, mas os olhos estavam nele. Mesmo jogando videogame com Daisuke e Mayu, ele tinha percebido que o avô estava curioso. E até fazia ideia sobre o quê, a julgar pelo olhar que caía em Sakura vez ou outra. Já estava esperando pela pergunta feita por ele. Tinha certeza que assim que estivessem só os dois, ou pelo menos eles e Itachi, seu avô o questionaria. Ele só esperava que seu avô não fizesse as perguntas quando seu irmão e primo estivessem perto, porque seria, como diria Shikamaru, problemático. Sakura tinha a pequena Akanne nos braços. A garotinha estava tão quieta, que Itachi até mesmo estranhou, porque a pequena não gostava de ficar no colo de estranhos; isso já fazia meia hora; e apesar de Sakura ser a madrinha de Akanne, ela quase não via a pequena. Sasuke achava que mesmo vendo a “dinda” poucas vezes, ela já havia se acostumado com os braços, o cheiro e a voz de Sakura.  

    Sasuke deixou que Itachi entrasse no seu lugar, quando perdeu, de lava, de Mayu, mas continuou ali, prestando atenção - nem tanto – no jogo. Seu avô se aproximou também, e Sasuke soube que ele queria conversar. Shisui disse algo ao seu filho, mas não prestou atenção. Assim como o irmão, Itachi sabia que o avô queria conversar com Sasuke sobre Sakura. Estava por perto inclusive para poder contar tudo ao avô, caso o irmão resolva dizer o que sempre diz; ele tinha certeza de que seria assim mesmo. Sasuke ouviu quando o irmão chamou Mayu de viciada, indignado que ela tenha vencido ele em menos de cinco minutos. Para ele isso era quase impossível, e por isso não pôde deixar de rir. Daisuke, que estava sentado no tapete, pulou para o sofá, ao lado de Mayu, dizendo ser a vez dele. Shisui estava sentado no chão, pouco mais à frente de onde Sasuke estava sentado; no sofá.  

    — Então, você vai me contar o que está acontecendo entre você e a rosadinha? — Madara pergunta; Sasuke já esperava por ela. 

    — Como assim? — Se fez de desentendido. Itachi riu, assim como Shisui. Eles haviam ouvido, diferente das crianças.  

    — Nossa, priminho, como você é cínico.  

    — Como é? — Franziu o cenho.  

    — Você sabe o que nosso avô está perguntando, responda de uma vez. 

    — É. Ou nós faremos isso por você. — Completou a frase de Shisui. Sasuke bufou. 

    — Estou ficando mais curioso ainda sobre isso. 

    — Que isso, avô? O senhor nunca foi assim. 

    — Quando é sobre a vida dos meus netos..., e bisnetos, eu sou. — Ele estava dizendo que seria do mesmo modo com Daisuke, Akanne, Yuuki e quem vier. Sasuke suspirou. 

    — O que o senhor quer saber exatamente? – Shisui e Itachi olham para Sasuke; o segundo desviou minutos depois de volta para o jogo. 

    — Saiba fazer as melhores perguntas, avô. — O homem riu ao ouvir o neto mais velho.  

    — Não induza nosso avô, Shisui. — Rosnou, mas o outro apenas riu.  

    — Vocês dois são apenas amigos de verdade? 

    — Sim. 

    — Mas ele a ama. — Itachi completa, só para o avô e “os irmãos” ouvirem. Sasuke pensou em retrucar, mas não o fez, não iria adiantar. 

    — É, eu percebi. — Sasuke ficou surpreso. — O que? Seus olhos não saem dela. 

    — Ah, irmãozinho, agora você foi pego, hein. — Itachi foi fuzilado pelo mais novo. 

    — O que ela sente por você? 

    — Como é que eu vou saber? 

    — Ela o ama, mas está com medo de dizer. — Sasuke bufou ao ouvir o irmão. 

    — Ela acha que ele ainda ama Karin. — O primo completou. 

    — Olha, vou dizer, vocês são bem..., problemáticos, diria Shikaku. – Os netos, com exceção de Sasuke, riram.  

    — Ô garoto viciado, você não vai me deixar ganhar? — O menino riu. — Ele está precisando começar ir à escola. — Murmura.  

    — Você é ruim pra caramba, tio Itachi. — A garotinha se pronuncia. Madara estava surpreso pela menina chamar Itachi de “tio”. Era a primeira vez que acontecia desde que chegou.  

    — Vocês que não fazem outra coisa, senão jogar. — Retrucou, e as duas crianças riram. 

    — Você é uma criança no corpo de um adulto. — Itachi fingiu não ouvir o irmão. 

    — Está mudando de assunto. — Sasuke fuzilou o primo, que fingiu não ver. 

    — Outra pergunta, meu neto: por que não disse a ela que não ama mais a sua ex? 

    — Eu não..., pude.  

    — Mas eles se beijaram, avô. 

    — Duas vezes.  

    — Vocês dois vão ficar fazendo isso por quanto tempo? — Os dois riram. — Eu e ela nos beijamos, okay? Mas ela fugiu..., nas duas vezes. Satisfeitos? 

    — Duas vezes, e estão nesse chove e não molha até hoje? — Sasuke o olha incrédulo, enquanto os outros dois riam.  

    — Ah, tio Itachi, você está me deixando ganhar. — Reclamou. 

    — Foi mal, garoto. Vai jogando aqui com a Mayu, que na próxima vou derrotar os dois. – Eles riram. – O que? Estão duvidando? Se eu ganhar, vão ter que trocar a fralda da Akanne. – Eles fizeram uma careta. 

    — E se a gente ganhar?  

    — Bom, aí..., eu dou o que quiserem. — Eles se olham sorrindo. 

    — Tio Itachi, você vai perder feio. — Mayu concorda.  

    — Por que eu acho que você não devia ter feito essa promessa? 

    — Porque seu irmão vai sofrer uma derrota humilhante. — Shisui e Sasuke começam a rir. 

    — De que lado tu tá, energúmeno? — Shisui não se importa com o jeito que o primo diz. — Se bandeou para o lado dele? 

    — Só por um momento. 

    — Vocês devem deixar seus pais loucos até hoje. — E dessa vez os três riram. 

    — O senhor tem toda a razão. — Obito se aproxima com os irmãos.  

    — Eles se implicam o tempo todo, sempre que se veem. — Izuna conta. 

    — E na maioria das vezes, Sasuke é quem mais sofre. 

    — Viu? O pai está de prova de que vocês dois são um..., porre. — Fala a última palavra em sussurro por causa das crianças que estavam ao lado. 

    — Pai, o avô estava perguntando sobre Sasuke e Sakura. 

    — Filho da mãe. — Xinga, e os irmão e primo riem.  

    — Até mesmo seu avô já percebeu, sobrinho. E olha que ele chegou aqui á poucas horas. 

    — Até o senhor, tio Izuna? Já não basta Itachi e Shisui? 

    — Queria saber o que está esperando para dizer a ela o que sente.  

    — Já expliquei, pai, ela não está pronta. 

    — Você acha isso porque ela fugiu de você, pela segunda vez, no natal. 

    — Ah. Tá brincando? — Izuna e Obito perguntam juntos, incrédulos.  

    — Obrigado, Itachi. — Suspirou. 

    — Por que? 

    — Porque ela acha que ainda amo a Karin. — Eles olham para a rosada que ria junto de Yumi de algo que Izumi dizia. 

    — Onde foi que ela viu isso? 

    — Ótima pergunta. — Sasuke diz.  

    — Ela está com medo, e isso é totalmente normal, depois de tudo que ela passou. 

    — O tio Obito está certo. 

    — Eu acho que você deveria dizer de uma vez. Assim, ela tem a certeza de que você não ama mais a Karin. 

    — Você vai esperar até quando? Quando ela enfim estiver com alguém? — Sasuke franziu o cenho, não gostando de ouvir aquela frase, mas seu pai estava certo.  

    — Tio Itachi, sua vez. 

    — E a gente já sabe o que quer. 

    — Pronto para passar o dia na sorveteria, tio Itachi? — Os outros riram. 

    — Vocês são dois vermentos. — Pegou o controle das mãos do sobrinho. — Vamos ver quem vai ganhar quem aqui.  

    Sasuke já sabia quem ganharia. Mayu havia aprendido com o melhor, seu filho. Itachi perderia e feio. Dos ainda por cima. Eram três round’s cada um. Sasuke riu quando Shisui chamou os outros para verem Itachi “perder feio”; palavras dele. Para a surpresa dos mais velhos, Mayu ganhou as três rodadas com a vida de seu personagem praticamente intocada. Os outros riam do desespero de Itachi em vencer a garotinha, e no final, ele perdeu “feio”, como Shisui mesmo disse. A garotinha sentou-se atrás de Daisuke, no encosto do sofá, depois de passar o controle para ele. Assim como a pequena, ele estava concentrado em seu personagem. Enquanto Daisuke guardava os especiais para o final, Itachi usava cada um que sabia, de seu personagem. Sasuke balançou a cabeça ao perceber que seu irmão tinha perdido aquela primeira rodada. Itachi sorriu quando a vida do adversário começou a baixar, mas Sasuke sabia que seu filho não perderia. Itachi gritou um “fala sério”, quando a vida do adversário começou a aumentar de novo, e todos começaram a rir. Itachi perdeu feio na primeira rodada. Na segunda, foi pior, Daisuke usou o especial duas vezes, e acabou com a vida do personagem que o tio escolheu. Ele tinha um sorriso, enquanto deixava o tio bater nele na última rodada, ele queria ter um momento para conseguir subir sua vida e fazer o especial novamente. Itachi não deixaria, bom, isso era o que ele pensava. De repente, Daisuke usa o especial e acaba com ele bem rápido. Itachi balança a cabeça. 

    — Fala sério. Garoto, você é viciado mesmo. Não é possível. — Os outros riram. — Como? Eu estava vencendo. 

    — Eu vi você perder antes mesmo de isso acontecer. 

    — Calado, irmãozinho. —Os outros voltam a rir.  

    — Itachi, você perdeu feio para duas crianças de quase cinco e seis anos. 

    — E você acha que aconteceria diferente com você? 

    — Não mesmo. — Se virou para Sakura e Sasuke, que estavam um do lado do outro. — Vocês dois deixam eles ficarem no videogame quantas horas por dia? — Todos não puderam deixar de rir. — Caraca.  

    — Eles não ficam o dia todo. 

    — Não, só doze horas por dia. – Os outros riram ao ouvir o deboche de Itachi. – Nunca pensei que seria derrotado dessa forma. A vida deles não acabava nunca. – Olhou para as crianças. – Como é que fazem isso? 

    — Tio Itachi, como é que você pega um personagem que você mal sabe os especiais? — Os outros acharam graça de Mayu.  

    — Errou feio ao fazer isso. — Daisuke completou. 

    — Eles não vão se esquecer mais nunca disso. — Izuna comenta. 

    — Nem eu. — Obito diz. — Eu já vi Sasuke e Itachi jogarem nesse nível aí. 

    — É, mas esse jogo aqui é novo. 

    — Tio Nejí que comprou pra gente. — Daisuke explica.  

    — Seus amigos devem mimar essas duas crianças até dizer chega, né? — Sasuke e Sakura sorriram. 

    — Mais do que pode imaginar. 

    — Bom, já que eu perdi... 

    — Muito feio. — Completa as duas crianças, fazendo os adultos rirem. 

    — Vou passar para buscar vocês no domingo. – Eles sorriram. – Se preparem vocês dois..., não vão dormir tão cedo.  

    — O que? Por que? — Sakura pergunta, confusa. 

    — Porque vou empanturrar esses dois de sorvete. 

    — Você quem deveria cuidar deles, então, é você que vai dar doce para eles. – Os outros riram. 

    — Concordo, Sakura. 

    — O que? A culpa não é minha. 

    — Foi você que prometeu dar o que eles quiserem. — Repetiu a promessa. — Que cuide deles você. 

    — Irmãozinho, eu só faço isso com uma condição. — Sasuke franziu o cenho.  

    — Se eu fosse você, eu desistia dessa ideia. — Haruka diz.  

    — Pela cara do seu irmão, eu acho que ele vai pedir algo constrangedor. 

    — Eu já tenho certeza, Rin, Haruka. Conheço o filho que tenho. —Os adultos riram. Sasuke e Sakura se olharam por alguns minutos. 

    — Fico com eles até o dia seguinte..., mas vocês terão que ir em um lugarzinho. 

    — Lugarzinho? – Repete, desconfiado. 

    — Só vão saber no dia. E aí? 

    — Não sei se devo não. Você está me assustando. — Todos riram ao ouvir Sakura, com exceção de Sasuke e as crianças.  

    — Que se dane. – Bufou. – Eu não fujo, nunca. – Itachi sorriu. 

    — Muito bom, irmãozinho, corajoso da sua parte. — O outro revirou os olhos. — E você, Sakura? 

    — Eu tenho certeza de que vou me arrepender.  

    — Ah, eu tenho certeza de que não. — Izumi e Yumi dizem juntas ao ver o sorriso de Itachi. 

    — Ah, primo, eu faço uma ideia do seu plano. — Diz para Sasuke e Sakura, que ficam apreensivos, ao perceber que os “primos” se olham com um sorriso estranho. 


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