Seize The Day

  • Gabbysaky
  • Capitulos 28
  • Gêneros Romance e Novela

Tempo estimado de leitura: 17 horas

    18
    Capítulos:

    Capítulo 20

    Reencontro desagradável

    Hentai, Linguagem Imprópria, Sexo

    Boa Leitura

    Sasuke tinha resolvido tudo com o casal que estava querendo a filha de volta. Esse caso tinha sido mais fácil do que tinha imaginado. O exame tinha dado positivo e com as testemunhas, e com admissão do médico, que tinha contado tudo sobre a trama dos pais do casal, eles conseguiram a filha de volta em menos de um mês. Naquele dia ele ficou em casa, já que não tinha reunião na empresa. Mesmo assim, Sakura foi trabalhar, a pedido de Daisuke e Mayu, que já estava acostumada a passar as horas do dia com o melhor amigo. Aqueles dois estavam um grude, e era fofa a forma como Daisuke a tratava. Ele sabia que Mayu estava doente, e por isso tinha extrema cautela com a pequena. Sasuke, assim como Sakura, gostava de ver a forma que um tratava o outro, em especial Daisuke. Enquanto Sakura preparava o almoço, Sasuke jogava videogame com as crianças. Quando seu pai disse que seu filho estava ficando viciado naquilo, ele não acreditou, agora ele sabia que era verdade. Daisuke sabia todos os especiais dos personagens de cor. Era impressionante como ele era inteligente, com apenas cinco anos e meio. Mayu tinha a mesma inteligência, mas já era de se esperar, afinal ela era filha de Haruno Sakura, e provavelmente seu filho era tão inteligente por ter pego tanto dele quanto de sua mãe. Sakura apareceu no batente para avisar que o almoço estava pronto, e Sasuke pausou o jogo. 

    — Ah, papai, eu estava ganhando. 

    — De novo. – Mayu deu uma risadinha. – Você é muito ruim nisso, tio Sasuke. 

    — Como é? – Ele a puxou para seu colo, lhe fazendo cócegas em seguida. A menina começou a gargalhar. – Como assim eu sou ruim, sua pestinha?  

    — É ruim sim. Perdeu de mim e da Mayu três vezes. – Sasuke para com as cócegas em Mayu. 

    — Vocês andam viciados, né? 

    — Papai, o senhor não está sabendo perder. –Sasuke não pôde deixar de rir.  

    — Verdade. Isso não é legal. 

    — Ah, mas me deixa pegar vocês dois. – Eles correram para a cozinha, e quando os seguiu, os encontrou atrás de Sakura, que estava confusa. 

    — O que está acontecendo? 

    — Mamãe, tio Sasuke não sabe perder. 

    — É. Ele disse que a gente está viciado. – Sakura riu.  

    — E isso é alguma mentira? – Mayu colocou a mão na cintura e Daisuke abriu a boca, indignado. 

    — Até você, Sakura? – Sasuke riu da forma que os dois olhavam para Sakura.  

    — Depois do almoço, eu vou acabar com vocês dois no videogame. 

    — Depois não chora se perder de novo, papai. –Sakura gargalhou, e Sasuke franziu o cenho. 

    — Onde é que você está aprendendo isso? 

    — Eu já vi o tio Naruto falando muito isso para o tio Nejí.  

    — E na verdade, o tio Naruto nunca ganha do tio Nejí. – Daisuke concorda.  

    — Naruto e Nejí não são uma boa influência para vocês. – Sakura riu, mas concordou. 

    — Eu já disse isso. 

    — O que você fez, Sakura? 

    — Eu fiz arroz, salada de tomate com alface e peixe de caldo. 

    — Ah, não. Tem espinho. – O menino fez uma careta. 

    — Esse não tem. Prometo. –Sakura ajudou as crianças a se sentar no cadeirão. – Ah, Sasuke, Itachi ligou quando estava no banho.  

    — Ligou? Meu celular não tocou. 

    — Fixo. – Ele assentiu. – Disse que precisava falar com você sobre o almoço no sábado. Vai ser na casa dele dessa vez. 

    — Entendo. E era só isso?  

    — Disse para você ligar depois. Eu tinha me esquecido.  

    — Tudo bem. Eu ligo mais tarde. – Eles se sentam um ao lado do outro, depois de colocar a comida no prato dos menores.  

    **--** **--** 

    Sasuke observava o filho e Mayu no tapete felpudo da sala. Sakura guardava os brinquedos que estavam fora do lugar. Normalmente as crianças faziam isso, mas como elas estavam dormindo e logo ela iria para casa, ela decidiu deixar tudo arrumado. Sasuke se prontificou a ajudá-la, mas ela negou e ele não insistiu, aproveitou o tempo para revisar um caso. No final, ele deixou os documentos em cima da mesa de centro, e passou a observar as duas crianças. Eles dormiam tranquilos. Mayu tinha passado mal depois do almoço, deixando os adultos e Daisuke preocupados. Ela teve febre alta, fraqueza e um enjoo tão forte, que ela vomitou tudo que tinha comido naquela manhã. Depois de um banho, e dos remédios, ela melhorou, e por estar ainda muito fraca, ele colocou um filme para que ela e o filho assistissem, quietinhos ali na sala. E agora eles dormiam. Graças a Deus. Sasuke tinha ficado um pouco assustado ao ver que o nariz da pequena começou a sangrar de uma hora para a outra, enquanto tomava banho. Tsunade mandou que dessem soro para ela, e bastante água, além de deixá-la em repouso pelo resto do dia. Ele viu o desespero de Sakura, e por isso tinha sido o primeiro a agir. Normalmente Sakura agiria primeiro, mas ela realmente tinha ficado estranha ao ver a filha naquele estado. Sasuke imaginava o que ela pensava. Tinha quase certeza que a culpa do estado em que ela ficou era do medo que a apossou. Sakura encontrou Sasuke em cima da poltrona, olhando para as crianças. Ele a olhou quando ela apareceu em seu campo de visão.  

    — Está tudo arrumado no quarto do Suke.  

    — Obrigado. – Ela assentiu. – Ela ainda está pálida.  

    — Isso me deixa agoniada. – Se sentou no sofá. – Obrigada por agir, eu fiquei... 

    — Eu entendo. – Ela o olhou. – Tudo bem. Imagino que não deva ser fácil ver sua filha naquele estado. 

    — Sim, mas fiquei mais assustada quando percebi que o nariz dela sangrava. O que quer dizer que ela está piorando. – Suspirou, triste. – Ela precisa da medula. 

    — Ela ainda tem alguns meses, Sakura. Até lá ela vai conseguir a medula.  

    — E se não conseguir? – Ele viu os olhos verdes marejarem.  

    — Não vamos pensar nisso. – Ele se levantou e se sentou ao lado dela. – Não vamos nem mesmo falar sobre isso. – Ela desviou os olhos para as crianças. – Vamos falar sobre o que fiquei sabendo... – Ela voltou a olhá-lo, curiosa. – Acredita que aquele velho maldito está de volta à cidade? 

    — O pai da sua tia? – Ele assentiu. 

    — Disse que vai ficar até o casamento do meu irmão passar. 

    — Mas eles nem mesmo marcaram a data ainda.  

    — Pois é. – Bufou. – Isso quer dizer que ele vai ficar bastante tempo na cidade. 

    — E isso meio que te irrita. 

    — Isso me deixa possesso. – Corrige. – Eu odeio esse desgraçado com todas as minhas forças, Sakura. – Ela pegou na mão direita dele.  

    — Eu entendo. Eu sentiria o mesmo. 

    — Para piorar tudo..., ele vai estar perto da Akanne e da Yuuki.  

    — Elas ficarão bem, não se preocupe. 

    — Como não? Esse maldito sequestrou a Kazumi, Sakura. E ainda fingi que não fez nada. – Bufou. – Viu como a filha ficou transtornada, entrou em depressão..., e mesmo assim...  

    — Ele vai pagar pelo que fez. E as suas sobrinhas estarão seguras.  

    — Amém. – Ele diz sem pensar, e Sakura sorriu. – Eu só espero não ver esse homem pelas ruas.  

    — Você ainda não se encontrou com ele? 

    —Não. Itachi e Shisui me contaram ontem quando foram me visitar no trabalho. – Revirou os olhos. – Ele está querendo se aproximar da família novamente. Diz que está arrependido, mas eu sei que ele tem algum propósito por trás do que ele diz. 

    — Eu poderia até dizer que você está errado. Que ele pode estar querendo mudar de verdade... – Sasuke abriu a boca para retrucar, mas Sakura o interrompeu. – Mas eu também acredito que ele tenha algum propósito. – Sasuke se aliviou. 

    — Eu queria ter logo as provas contra ele. 

    — Você vai conseguir, tenha paciência, Sasuke.  

    — Paciência não é o meu forte. – Ela não pôde discordar. O conhecia bem para concordar com aquela frase.  

    — Ah, já que estamos falando sobre isso..., você falou com Daisuke? 

    — Sobre? – Franziu o cenho. 

    — Sobre o Hotaru. – Sasuke então se lembra do que queria conversar com o filho á algumas semanas atrás. 

    — Não. – Suspirou. –Foram tantas coisas acontecendo... – Ela assentiu, compreendendo. – Mas eu falarei hoje mesmo.  

    — Eu fiquei preocupada aquele dia, por isso quando você falou em Hotaru... 

    — Obrigado por me lembrar. Eu também quero muito saber o que aconteceu. – Os dois se olharam. – Mas se eu conheço aquele desgraçado, ele deve ter assustado Daisuke de alguma forma. – E Sakura concordou. 

    **--** **--** 

    Sasuke ouvia os resmungos e reclamações do filho enquanto jantavam. O menino estava indignado que Sakura e Mayu tivessem ido embora sem se despedir. Sasuke já esperava por aquela reação. Até mesmo Sakura comentou sobre, e disse para falar para seu filho que ela estaria com ele no dia seguinte bem cedo. Mesmo assim, Daisuke não se conformou. Ele queria que a pessoa favorita dele tivesse ficado para jantar. Sasuke queria conversar com o filho sobre Hotaru, mas ainda não tinha achado a brecha, pelo seu pequeno estar tão irritado. Realmente, assim como seu pai disse, Daisuke ficava ainda mais parecido com ele quando estava daquela forma. Era impressionante. Nunca tinha presenciado o garotinho tão irritado. Depois de jantar e escovar os dentes, Sasuke o levou para sua cama. Os dois dormiriam juntos naquele dia, vendo como o garoto ficou sentido por não ter se despedido de Sakura. Sasuke tomou outro banho, e quando voltou para o quarto, Daisuke mexia em seu celular. Ele já podia imaginar o porquê. Suspirando, ele se aproximou da cama, sentando-se ao lado do filho.  

    — Então, está mais calmo? – Ele balançou a cabeça. 

    — Papai, tem como a gente passar amanhã igual hoje? – Sasuke, por mais que conhecesse seu filho, não esperava por aquela pergunta. 

    — Amanhã eu trabalho. – O menino suspirou. – Podemos marcar de ir aquele parque novamente, no domingo.  

    — Por que no sábado não? 

    — Porque sábado estaremos no almoço na casa do tio Itachi.  

    — A Sakura e a Mayu podem ir?  

    — Se elas quiserem... – Pegou seu celular e o colocou na mesa de cabeceira.  

    — Vou falar com a Sakura amanhã, então, tá? E vou ligar para o tio Ita depois. 

    — Para? 

    — Para avisar ele, ué? – Sasuke segurou uma risada. – Ele vai gostar também. 

    — Tenho certeza. – Murmurou. – Então, mudando de assunto... – Sasuke se virou na cama, para poder ficar frente a frente com o filho. – Tem algo importante que quero lhe falar.  

    — O que que eu fiz? 

    — Nada, filho. – Diz rindo. – Você não fez nada. O que o papai quer falar é sobre..., Hotaru. – Assim como imaginou, seu filho estremeceu só de ouvir aquele nome. – O que ele fez a você? 

    — Nada. – Responde baixinho, sem olhar nos olhos do pai. Sasuke estranhou ainda mais. 

    — Daisuke. Daisuke, olha para mim. – O menino o faz depois de alguns segundos. – Eu quero proteger você. Quero ajudar, mas se não me disser..., não vai ter como. – Daisuke ficou em silêncio por alguns minutos, e Sasuke esperou pacientemente. Sabia que ele falaria.  

    — Ele... – Sasuke ouviu, mesmo que o som da voz tivesse saído mais baixo que antes. – Ele disse que o papai nunca me quis. – Sasuke trincou os dentes, ao mesmo tempo em que franzia o cenho. – Disse que ninguém me amava. Disse que o papai matou a mamãe. – Sasuke reprimiu um xingamento. 

    — Olha para mim, filho. – Ele o fez imediatamente. – Eu sempre..., sempre quis você. Desde que sua mãe disse que você estava na barriga dela. Nós escolhemos seu nome, juntos. – Sorriu ao se lembrar. – Eu estive em cada ultrassom. Eu só não estive quando você nasceu. O papai já explicou que fez coisas erradas, e que por isso foi preso. – Ele balançou a cabeça. 

    — Tio Ita disse que o papai se arrependia. Que se sentia triste, igual eu.  

    — Sim, eu também ficava triste. Eu não vi seus primeiros passos, nem mesmo seus primeiros resmungos. E sua primeira palavra foi papai, mas mesmo assim, eu não estava lá para ouvir. – Colocou ambas as mãos no rosto do filho. – Não sabe como eu odeio isso. Eu te amei desde o primeiro instante em que te vi, Daisuke. Tão pequeno, e tão parecido com a sua mãe. Eu não a matei. 

    — Eu sei, papai. – Ele diz. – O papai amava a mamãe, por isso eu sei que o papai não faria mal a ela. – Sasuke suspirou alto. 

    — Eu a magoei. Muito. Ela me pediu para não fazer o que fiz e... – Suspirou alto mais uma vez. – Eu a magoei.  

    — Tudo bem. A mamãe já perdoou o papai. – Sasuke o olha surpreso. – Eu sonhei com a mamãe, papai. – Sasuke não sabia o que dizer. – Ela disse que o papai a amou muito, e que ela quer muito que agente seja feliz. – Sorriu. – A mamãe te perdoou, papai, mesmo que eu não saiba o que fez. – Sasuke sentiu os olhos marejarem, mas reprimiu as lágrimas. – E ela também disse... – Ele se interrompeu de repente. 

    — O que? 

    — O papai vai ficar chateado. 

    — Claro que não. Me diz. – Estava curioso. 

    — Eu perguntei se ela ficaria triste se eu tivesse duas mães, e ela disse que não. – A surpresa por essa frase foi maior que qualquer outra. – Ela disse que gosta muito da Sakura, e que quer que o papai e a Sakura sejam felizes.  

    Por que..., por que perguntou isso, filho? 

    Porque eu gosto do papai e da Sakura. — Ele encolheu o corpo, temendo alguma represália, que não viria. — Mas a Sakura não sabe disso, tá? Que eu falei com a mamãe. 

    Tudo bem... — Sussurro, ainda surpreso. 

    Agora o papai não precisa mais ficar triste. A mamãe te ama, e não quer que fique se culpando, papai. Ela disse que o papai tem que ser completamente feliz. — Fala cada frase dita pela mulher ruiva. Sasuke não consegue nem mesmo piscar. O menino o abraçou, e mesmo ainda surpreso, o pai retribuiu.  

    Como aquilo tinha acontecido, era o que ele se perguntava. Que tipo de sonho tinha sido aquele? Se perguntava se aquele sonho tinha acontecido á muito tempo, mas não conseguiu fazer a pergunta. Sasuke sentia várias coisas naquele momento; emoção, felicidade, tristeza, afeto, carinho, saudade. Daisuke havia conhecido a mãe, mesmo que em sonho. Ele tinha conversado com a mãe, provavelmente sentido seu abraço. Ele tinha visto a mulher que o carregou por nove meses, que o amou por todos aqueles meses. Daisuke teve uma experiência única. Será que mais alguém naquele mundo teve uma experiência como aquela? Sentia saudades de Karin, mas não de uma forma triste. Ele não mais se culpava. Karin o perdoou. Ela não o odiava. E ela queria que ele fosse feliz. Céus. A mulher que amou por toda adolescência queria que ele fosse de outra. Como era possível? Ela não se importava de seu filho chamar outra de mãe. Ele sabia que tinha sido só um sonho, mas para ele e Daisuke, foi algo especial. Algo que tanto seu filho quanto ele, precisavam ouvir. Ele mais ainda. O que sentia por Sakura por exemplo, era algo que ele pensou que nunca mais sentiria. Era algo novo e totalmente diferente do que sentia por Karin, e mesmo assim, sua falecida noiva torcia para que ele fosse feliz. Ele queria poder ter um sonho como esse com Karin. Ter uma última conversa com ela. Suspirou ainda abraçado ao filho. Mas ele se conformava com aquele recado dado por Daisuke.  

    **--** 

    Sasuke e Sakura conversavam sobre o que Daisuke lhe contou, enquanto ele dirigia até a casa do irmão e da cunhada. Ele não havia comentado antes, por estar ocupado com a empresa, por causa de um caso importante. Naqueles três dias que se seguiu, ele voltou tarde para casa por causa desse caso, o que deixou Daisuke um pouco triste. Ele queria que o pai estivesse com ele, Mayu e Sakura, em casa. Sasuke entendia o que o filho estava querendo e fazendo. Desde que falou sobre querer que o pai ficasse com Sakura, ele não tocou mais no assunto, mas também não parou de fazer com que eles ficassem mais perto um do outro. Assim como Sasuke, Sakura também percebeu o plano do pequeno garotinho de cinco anos e meio. Eles se perguntavam como podia uma criança daquela idade, fazer o que estava fazendo. Se perguntavam também, se naquele plano não tinha dedo do “tio Itachi”. Eles não se surpreenderiam se isso se confirmasse. Enquanto conversavam baixo para que as crianças não ouvissem, elas jogavam em um joguinho de celular ao mesmo tempo que conversavam, e desafiavam um ao outro. Sasuke e Sakura desceram do carro assim que Sasuke chegou a casa do irmão, e ajudaram as crianças fazerem o mesmo. 

    — Sakura. – A mulher de longos cabelos negros a cumprimentou com um sorriso, assim que abriu a porta. — Que bom que veio. 

    — Obrigada pelo convite. 

    — É sempre bem-vinda, sabe disso. — Sakura lhe sorriu. — E como vai você?  

    — Estou bem, Izumi.  

    — Tia Izumi, e a Akanne? — Daisuke pergunta depois de a abraçar.  

    — Ela está dormindo. Mas deve acordar daqui a pouco. — Sorriu para o menino. — Você está crescendo rápido demais. 

    — Concordo. Passa rápido, não é? 

    — Com certeza. Meu Deus, minha filha já tem três meses. – Sasuke e Sakura sorriram. – E você, Mayu? Está parecendo uma princesa. 

    — Obrigada. — Diz sorrindo. — Você também, tia Izumi. — A mulher sorriu ao ouvir como a pequena lhe chamou. Aquela era a primeira vez.  

    — Então você realmente veio. — Daisuke, correu até o tio que o pegou no colo. — Garoto, você está ficando pesado. 

    — Eu estou crescendo, tio Ita, é diferente. — Os quatro adultos riram. — Tio Ita, você nem foi ver a gente essa semana. 

    — Pois é, estive ocupado, campeão. 

    — Ah, você agora está trabalhando de verdade? — Sakura segurou uma risada.  

    — Ora, era só o que me faltava. — Bufou. — Eu sempre trabalho de verdade. 

    — Vou fingir que acredito.  

    — Mayu, não vai me dar um abraço? — A garotinha se aproximou, e Itachi se abaixou para abraçar a garotinha. — Linda como sempre, e a cada dia mais parecida com a sua mãe. 

    — Obrigada. — Ela se afastou para olhá-lo. 

    — Tio Ita, sabia que eu e a Mayu derrotamos o papai no videogame? 

    — Ah, eu não acredito que você levou uma surra de duas crianças. — Sasuke revirou os olhos. — Na próxima eu quero ver. — Ele piscou para Mayu que sorriu.  

    — Tio Sasuke disse que a gente é viciado. 

    — Isso é porque ele não sabe perder. — Izumi balançou a cabeça. — Que coisa feia, irmãozinho. — Se levantou, colocando uma das mãos nos cabelos rosados de Mayu.  

    — Itachi, não vou falar o que quero, porque tem crianças no recinto. — Izumi e Sakura riram. 

    — Desde quando você pensa nisso? — O outro bufou. — Bom, eu espero que estejam com fome. A Izumi quem cozinhou junto da Yumi. 

    — Apesar de a sua mãe reclamar muito. 

    — Reclamar? 

    — Ela queria fazer o nosso almoço. — Os irmãos reviram os olhos juntos, e Sakura sorri.  

    — Vamos até a sala? Estão todos lá.  

    — Daisuke, Mayu, tem um jardim enorme para brincarem. 

    — Legal. – Dizem juntos. – Podemos ir? – Ambos olham para Sasuke e Sakura. 

    — Depois de cumprimentarem os outros, sim, podem. — Eles correram para a sala. 

    — E como vocês estão? Vocês dois, eu digo? 

    — Como assim? 

    — Itachi. — Sasuke balança a cabeça, mas o irmão dá de ombros. 

    — Vocês estavam estranhos um com o outro. 

    — Então, Sakura, eu e Yumi estávamos falando sobre você. – Muda de assunto, propositalmente.  

    — Sobre? — Franziu o cenho. 

    — Ah, é que a gente recebeu a pulseirinha com o nome das nossas filhas. 

    — Ah, sim. Muito linda mesmo, Sakura. – Itachi diz, sorrindo. – Agradecemos. 

    — Fico feliz por terem gostado. Era para eu ter entregue no natal, mas não ficou pronto a tempo. 

    — Tudo bem.  

    — Sakura. — Ela é cumprimentada ao mesmo tempo por Yumi, Mikoto, Rin e Haruka.  

    — Então você veio mesmo. 

    — Mikoto achava que não viria. 

    — Ficamos feliz por ter aceitado o convite de minha nora. — Fugaku se pronuncia. 

    — Eu quem agradeço por ele. — Abraça as mulheres. — A Mayu já foi para o jardim? 

    — Ela e Daisuke. — Shisui respondeu. — Ela está mais animadinha hoje. 

    — Está sim. — Sorriu.  

    — Fiquei preocupada que não viesse, por causa de estar um pouco..., afastada por esses dias. 

    — Viu? Até a mãe percebeu. – Itachi sussurra para o irmão. 

    — Me desculpe por isso. 

    — Ah, eu compreendo. — E ela realmente compreendia. 

    — Nós soubemos que convenceu meu sobrinho a aceitar ir à escola. — Ela olha para Izuna. — O que muito me surpreendeu. 

    — Surpreendeu a todos nós. — Rin completa. 

    — Não foi fácil, mas consegui.  

    — Ele te adora, por isso achei que ele conseguiria fazer o pai dele desistir. 

    — Ele bem que tentou, tio Obito. — Sasuke respondeu. — Até mesmo recorreu ao Itachi. 

    — E foi muito difícil negar algo ao meu sobrinho. — Completa.  

    — Vai ser bom para ele estar com outras crianças. 

    — E você decidiu se vai matricular a Mayu? – Os outros ficam surpresos ao ouvir Izumi. 

    — Sim. Sasuke me convenceu. — Eles se olharam, e todos sorriram. — Bom, o fato é que..., isso pode fazer bem a minha filha. 

    — Eu concordo. — Haruka diz. — Ela vai estar com outras crianças. A situação dela não a impede de ir à escola. 

    — Com certeza não. Ela vai estar tomando os remédios nos horários certos, vai estar sendo monitorada o tempo todo pela professora... — Sakura concordou com Shisui. — Vai fazer bem a ela.  

    — Mas a preocupação de Sakura não é infundada. Á dois dias a Mayu teve uma crise. O nariz dela sangrou, deu febre, ela ficou fraca... – Todos demonstraram preocupação. 

    — Eu nem consegui agir rápido, Sasuke quem o fez.  

    — O nariz dela sangrou. — Itachi e Shisui se olham. 

    — Eu sei que isso não é nada bom. 

    — Não é. Mas ela está aguentando bem, Sakura. Vamos torcer para que ela aguente até aparecer uma medula. — Ela concorda. 

    — Não vamos falar sobre isso, querida. — Mikoto pega em suas mãos. — Soube que Izumi a chamou para apadrinhar minha neta. 

    — Sim. — As amigas se olharam. Izumi sorria, e apesar de Sakura não o fazer por estar nervosa, ela era agradecida pelo convite.  

    — Acho que Izumi escolheu muito bem. — Yumi diz. — Na verdade, você e Sasuke são perfeitos como padrinhos.  

    — Não posso dizer o mesmo sobre Itachi.  

    — Como assim, irmãozinho? — Franziu o cenho e os outros sorriram. 

    — Você é uma péssima influência para a Yuuki. 

    — Olha quem fala. O garoto que aos dez anos de idade, fugia da escola, pulando muros.  

    — Foram poucas vezes. — Retrucou. 

    — Mas o fez. — Os outros riram. — Minha filha que terá uma péssima influência, ainda bem que ela tem Sakura como madrinha. — Sasuke revirou os olhos. 

    — É. Você escolheu seu irmão como padrinho, e se ela e a minha filha forem tão ligadas quanto nós dois somos, eu estou ferrado. — Eles voltam a rir.  

    — Vou seu o melhor tio do mundo para elas. Você não devia era ter escolhido Itachi como padrinho da sua filha. — O irmão o fuzilou. 

    — Você por acaso está querendo meu lugar? — E novamente todos riram. — É o cúmulo.  

    — Vocês três são terríveis. Eu tenho dó das mães de vocês.  

    — Nós sofremos, Sakura. — Rin diz. 

    — Por falar em sofrer, irmãozinho... — Itachi coloca a mão no ombro direito de Sasuke. — Você ainda não levou Daisuke ao pediatra. 

    — Como é que você sabe disso? 

    — Porque a mamãe recebeu a ligação da mulher. — Revirou os olhos. 

    — Falamos sobre isso durante o almoço. — Mikoto se pronuncia.  

    — Vou chamar Daisuke e Mayu. — Sakura visa. 

    **--** **--** 

    — Pai. Como o senhor soube que estávamos aqui? – Sasuke ouviu sua mãe, e franziu o cenho. Ele estava na sala com os outros, mas sua mãe tinha se levantado para atender a porta, já que Izumi estava com a filha nos braços. Sakura pegava na mãozinha de Akanne, enquanto conversava com Izumi e Yumi, que também estava com a filha nos braços. As pequenas estavam acordadas, e olhavam para Sakura, que estava no meio das duas mamães, curiosas. Também, quem não ficaria ao ver uma mulher de cabelos rosas? Mas Sasuke parou de reparar na rosada assim que ouviu a voz da mãe. 

    — Fui à mansão e me disseram que estavam todos aqui. – Entrou na casa. – Minha neta nasceu e eu nem a conheci. 

    — Ela acordou a pouco.  

    — E como ela é? Itachi não me enviou fotos. 

    — Ela é parecida com Itachi, mas tem os olhos da Izumi. 

    — Então esse é o nome dela. Izumi. E como é a moça? 

    — Pai, por favor, okay? 

    — É só uma pergunta, querida. – Sasuke se levantou imediatamente, assim que eles chegaram à sala. Todos perceberam o humor de Sasuke mudar drasticamente, assim como de Fugaku e Itachi. – Ora, então estão todos reunidos. A família inteira. – Sorriu.  

    — Kaito? – Fugaku tinha o cenho franzido. 

    — Como vai, Fugaku? – Sasuke trincou os dentes ao ouvir a pergunta debochada, que só ele, seu pai e irmão puderam perceber.  

    — Eu estava ótimo até poucos minutos atrás.  

    — Querido. – Mikoto pede calma com os olhos.  

    — Como você está, meu neto? Eu soube que tinha saído, mas estava ocupado..., não pude vir vê-lo antes. – Colocou a mão direita no ombro do neto. 

    — Não fez falta. – Tirou a mão do “avô” de onde estava. Kaito não gostou de como o neto lhe falou. – Por que você veio até aqui? 

    — Soube que minha bisneta nasceu, vim conhecê-la. 

    — E desde quando você se importa com isso?  

    — O que é que está acontecendo com você? – Pergunta com o cenho franzido. – Pensei que estivéssemos nos entendendo. 

    — Pensou errado. Você achou mesmo que eu nunca descobriria seu joguinho? 

    — Joguinho? 

    — Por favor, vamos nos acalmar? – Mikoto pede. – Filho, seu avô... 

    — Ele não é meu avô. – Retrucou. – Ele pode ser seu pai. A senhora pode tratá-lo bem, mas não me peça o mesmo. Não vai acontecer.  

    — Você achou que colocaria Sasuke contra mim, e ficaria tudo bem? 

    — Como é? De onde tirou isso, Fugaku? – Fugaku bufou, e Sasuke passou as mãos nos cabelos, não suportando aquele cinismo todo.  

    — Você comeu a mente do Sasuke direitinho. Fez com que ele se revoltasse cada vez mais contra mim..., parabéns, Kaito.  

    — Mas isso não durou muito não. – Sasuke completa. – Quando eu saí daquele lugar..., eu e meu pai pudemos ter uma conversa bem franca, entende? 

    — Pai, me diz que o senhor realmente não fez o que Fugaku me disse. – Ela olhava para o homem. – Me diz que..., não colocava meu filho contra o pai dele? 

    — Ele nunca vai assumir.  

    — Quem é a mulher? – Sasuke revirou os olhos ao vê-lo olhar para Sakura. – Izumi? 

    — Izumi sou eu. – E os olhos de Kaito caem novamente em Sakura.  

    — Ela é minha amiga, mas isso não é realmente da sua conta. 

    — Olha como fala comigo.  

    — Você está na minha casa, então abaixa o tom de voz. – Itachi se pronuncia. – Minha filha e a minha afilhada podem se assustar.  

    — Como sempre, você conseguiu fazer com que ficassem contra mim, não é, Fugaku? 

    — Ah, por favor, Kaito. Não se faça de inocente, que você não é. – Obito se pronuncia no lugar do irmão. – Fugaku nunca disse nada contra você a Sasuke, apesar de tudo que fez.  

    — Ele nunca contou á Sasuke as coisas que você fez ele passar, para que consentisse o casamento dele com a sua filha.  

    — Não. Quem contou fui eu. – Itachi assumi. – Achei que ele deveria saber quem é você de verdade. 

    — E mesmo assim eu acreditei nas suas mentiras. – Rosnou. – Porque eu era um imbecil. Um moleque inconsequente que se deixava manipular. Mas isso acabou. – Se virou para Sakura. – Busca o Daisuke e a Mayu. Nós já vamos. 

    — Não mesmo. – Itachi impediu Sakura de se levantar e fazer como Sasuke pediu. – Essa casa é minha, e quem vai se retirar..., não é meu irmão. 

    — Está me expulsando? 

    — Quando o senhor virar gente, e começar a respeitar os outros, não importa o quê..., eu o aceito de volta. Até lá, fique longe da minha família. – Assim como Itachi, Fugaku, Sasuke, Obito, Izuna e Shisui tinham os braços cruzados. 

    — Mikoto? 

    — Essa casa não é minha, pai. E depois do que o senhor aprontou..., não posso fazer nada. – O outro balançou a cabeça, e saiu a passos irritados até a porta. 

    — Desculpe, mãe, mas não eu não poderia fazer diferente. 

    — Eu compreendo, amor. – Fugaku a abraçou pelos ombros. – Seu..., meu pai pediu por isso. – Ela se corrige ao quase dizer “seu avô.” 

    **--** **--** 

    — Será possível? Primeiro Hotaru, agora Kaito. Mais alguma bomba para cair sobre a minha cabeça? – Sasuke rosna enquanto dirigia. 

    — Precisa se acalmar.  

    — Não consigo. – Ela o vê apertar as mãos no volante. 

    — Eu compreendo sua raiva, Sasuke, mas pode assustar Daisuke. – Olhou para trás e encontrou tanto ele quanto sua filha, dormindo. 

    — Eu sei, eu sei. Foi mal se eu te assustei em algum momento. 

    — Na verdade, eu já estou acostumada. – Ele a olhou rapidamente, antes de se voltar para a estrada. – E também, você tem motivos para ficar nesse estado. 

    — Obrigado por me entender. 

    — Sempre. – Ele não pôde deixar de sorrir, mesmo que fosse de lado. – Acha que ele e Hotaru podem ser um problema? 

    — Sinceramente? Não sei. Espero que não. 

    — Você descobriu mais alguma coisa sobre a Kazumi? 

    — Nada, Sakura. – Balança a cabeça. – A mulher ainda está viajando.  

    — Então é porquê não é a hora de descobrir isso. Ela vai aparecer. 

    — Se Deus quiser. – Ele estaciona o carro. – Você disse que já ia para casa, né? 

    — Sim. Eu tenho umas roupas para lavar, e já que você vai estar em casa, Daisuke não vai precisar de mim. 

    — Daisuke vai reclamar novamente... — Olharam para trás.  

    — Eu ligo mais tarde para falar com ele. — Ele lhe sorri. 

    — Obrigado. — Ela sorriu. — Vou colocar a Mayu na cadeirinha dela.  

    — Eu vou deixar as roupas dela aqui, já que amanhã eu estarei de volta. 

    — Tudo bem. — Sasuke tira a pequena do carro com delicadeza, e a coloca no carro ao lado. — Vou acompanhar você até em casa. 

    — Não é preciso, Sasuke. 

    — Eu ainda não confio em Sasori solto por aí, por isso eu vou. — E ela sabia que não adiantaria contestar.  

    — Tudo bem. Eu agradeço por isso. Estou mesmo com medo do que ele pode fazer.  

    — Não voltou a te procurar, né? 

    — Não. E é isso que me assusta. — Eles se olham. — Ele está aprontando algo, tenho certeza. 

    — Não vou deixar que ele te faça mal, ou á Mayu. — Sakura pensou muito, mas então fez o que estava com vontade; pegou na mão direita dele e a apertou delicadamente, e ele entendeu como um agradecimento. Os olhos deles estavam focados um no outro. — Você sabe que pode sempre contar comigo. 

    — Eu sei. E sou muito, muito agradecida. Tanto pelo que faz por mim, quanto pelo que faz a Mayu.  

    — Eu a adoro, você sabe. — Diz sorrindo, e Sakura sorriu de volta.  

    — E ela a você. Sasuke, você sempre diz que eu posso contar com você..., eu digo o mesmo. Sempre. — Ele assentiu e beijou o rosto rosado dela, que fechou os olhos, apreciando o momento.  


    Somente usuários cadastrados podem comentar! Clique aqui para cadastrar-se agora mesmo!